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Internacional

Israel anuncia fim das grandes operações no norte de Gaza e destruição da infraestrutura do Hamas

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O porta-voz das forças militares, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que não há planos de enviar mais tropas para a região

O exército de Israel declarou neste domingo, 7, que concluiu as grandes operações de combate no norte de Gaza e finalizou o desmantelamento da infraestrutura militar do Hamas na região. Essa ação ocorre exatamente no momento em que a guerra contra o grupo terrorista completa três meses. O porta-voz das forças militares, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou no sábado, 6, que não há planos de enviar mais tropas para o norte de Gaza. Ele ressaltou que as forças continuarão a fortalecer as defesas ao longo da cerca entre Israel e Gaza, além de concentrar seus esforços nas áreas central e sul do território.

O anúncio foi feito antes da visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Israel. Membros da administração de Joe Biden têm instado Israel a reduzir sua campanha aérea e terrestre em Gaza, optando por ataques mais direcionados contra os líderes do Hamas, a fim de evitar danos aos civis palestinos.

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Nas últimas semanas, Israel já vinha diminuindo suas operações militares no norte de Gaza e intensificando suas ações no sul do território, onde a maioria dos 2,3 milhões de palestinos que vivem em Gaza está presa em áreas cada vez menores sob bombardeios israelenses, o que tem gerado uma crise humanitária.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou neste domingo que a guerra não terminará até que os objetivos de eliminar o Hamas, recuperar os reféns israelenses e garantir que Gaza não seja uma ameaça para Israel sejam alcançados. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, os ataques israelenses já causaram a morte de mais de 22,8 mil palestinos e feriram mais de 58 mil. No entanto, esses números não foram confirmados de forma independente.

Neste domingo, dois jornalistas foram mortos em um ataque aéreo perto da cidade de Rafah, no sul de Gaza. Entre as vítimas está Hamza Dahdouh, filho mais velho de Wael Dahdouh, principal correspondente da Al-Jazeera em Gaza. A Al-Jazeera exibiu imagens emocionantes de Dahdouh chorando sobre o corpo de seu filho antes de sair atordoado. Outro ataque aéreo atingiu uma casa entre Khan Younis e Rafah, matando pelo menos sete pessoas. Os corpos foram levados para um hospital próximo, de acordo com um jornalista da Associated Press presente no local. As forças israelenses estão avançando sobre a cidade central de Deir al-Balah, onde os moradores de vários bairros foram alertados no sábado para evacuarem suas casas por meio de panfletos lançados sobre a cidade.

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A organização Médicos Sem Fronteiras anunciou a retirada de sua equipe médica e suas famílias do Hospital dos Mártires de Al Aqsa, em Deir al-Balah, devido ao aumento do perigo. A Organização Mundial da Saúde fez um apelo pela proteção dos profissionais de saúde em toda Gaza. O porta-voz militar, Hagari, afirmou que são esperados combates esporádicos no norte de Gaza, juntamente com disparos ocasionais de foguetes em direção a Israel. Ele ressaltou que membros do Hamas ainda estão presentes, mas sem uma estrutura organizada e sem comandantes.

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Internacional

Maduro anuncia entrega de 180 mil hectares de terras na Venezuela ao MST

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A chamada “Pátria Grande do Sul” tem como objetivo, segundo Maduro, incentivar a produção agroecológica

O ditador venezuelano Nicolás Maduro anunciou nesta quinta-feira, 13, a entrega de cerca de 180 mil hectares de terras agrícolas expropriadas naquele país ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil.

A chamada “Pátria Grande do Sul” tem como objetivo, segundo Maduro, incentivar a produção agroecológica.

Em anúncio na TV estatal venezuelana, Maduro afirmou que este será um “projeto cooperativo, humano dirigido por movimentos camponeses alternativos do mundo inteiro” em parceria com indígenas e militares.

“São terras muito boas para produção, é um dos resgates mais importantes que houve em seu momento e já avançamos tremendamente para ativar todos os planos produtivos”, afirmou o venezuelano.

As terras foram expropriadas durante o governo de Hugo Chávez, seu antecessor, na década de 2000. Segundo o venezuelano, elas serão utilizadas para cultivar alimentos destinados ao consumo na Venezuela, no norte do Brasil e para exportação

Entre as produções previstas estão banana, mandioca, frutas, cana-de-açúcar, abóbora, carnes de frango, porco e bovina, leite e derivados, feijão, hortaliças e milho. O projeto contempla ainda a criação de um banco de sementes tradicionais, um viveiro para reflorestamento do sul venezuelano e uma escola de formação.

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O anúncio contou com a participação de integrante do MST, e da representante Roxana Fernández, que classificou a iniciativa como um “ato de reafirmação do compromisso do MST com o povo venezuelano”.

“O MST reafirma o princípio da solidariedade e o internacionalismo quando fazemos esses atos nesse território, concretizando e mostrando o resultado da luta para tornar a terra um território nosso e construir um projeto diferente de sociedade: o socialismo”, afirmou.

O MST promoveu mais de 70 ações de protestos e invasões entre os dias 11 e 14 de março, em todas as regiões do Brasil. As manifestações reivindicam mais apoio à reforma agrária e criticam o agronegócio. O governo Lula remanejou cerca de R$ 40 bilhões no Orçamento de 2025 para aliados e programas petistas, incluindo o MST, contemplado em duas frentes, que somam R$ 750 milhões.

Antes do anúncio de Maduro, o governo Lula também prometeu apoiar o regime do ditador na área agropecuária. No último dia 12, foi publicado no Diário Oficial da União um acordo entre Brasil e Venezuela para apoiar produção de alimentos com suporte da Embrapa, Ministério da Agricultura e Ministério do Desenvolvimento Agrário. O texto diz que a cooperação não prevê ajuda financeira de um país para outros.

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Esse acordo entre a gestão petista e o governo Maduro é fruto de uma reaproximação após a posse para o terceiro mandato do ditador venezuelano. Como revelou o Estadão, o governo Lula retomou, com discrição, alguns contatos com o regime, enquanto observa com atenção as medidas adotadas pela Casa Branca de Donald Trump em relação à Venezuela.

Acordo entre Maduro e MST já foi alvo de questionamento no Brasil

Em 2014, um outro acordo entre o governo da Venezuela e o MST foi alvo de questionamento por integrantes da oposição. O então deputado Ronaldo Caiado, hoje governador de Goiás e pré-candidato à presidência da República, apresentou requerimento na Câmara para convocar os ministros do governo Dilma Rousseff para dar esclarecimentos sobre o caso.

Na época, Caiado disse ao Estadão que o acordo era uma ameaça aos interesses internos do Brasil. “Pelo que vi, tem mais a ver com formação de milícias. Estão chamando um professor para dar aula de revolução em nosso País”, afirmou.

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Internacional

Julgamento sobre o desastre de Mariana termina em Londres

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Processo foi movido pelos atingidos do rompimento da barragem no Tribunal Superior londrino, que agora reivindicam mais de R$ 260 bilhões em indenizações da mineradora anglo-australiana BHP Billiton

O julgamento sobre o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, chegou ao fim no Tribunal Superior de Londres, marcando um importante capítulo na busca por justiça após um dos maiores desastres ambientais do Brasil. A decisão final, aguardada com grande expectativa, deve ser anunciada nos próximos meses. Este processo foi movido por comunidades, municípios, igrejas e empresas que foram diretamente afetadas pelo desastre, e que agora reivindicam mais de 260 bilhões de reais em indenizações da mineradora australiana BHP Billiton. Esta empresa é uma das controladoras da Samarco, responsável pela barragem que colapsou.

As audiências, que tiveram início em outubro do ano passado, foram concluídas recentemente com as alegações finais das partes envolvidas. Mesmo que a sentença seja proferida até a metade de 2025, há uma possibilidade significativa de que a apresentação de recursos por alguma das partes possa resultar em um novo processo em 2026. O rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 5 de novembro de 2015, liberou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, causando um impacto ambiental e social devastador.

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O desastre não apenas destruiu povoados inteiros e modos de sobrevivência, mas também resultou na contaminação do rio Doce e seus afluentes. A lama tóxica chegou até o Oceano Atlântico através do Espírito Santo, ampliando ainda mais o alcance da tragédia. Além dos danos ambientais, o incidente resultou na morte de 19 pessoas, deixando um legado de dor e perda para as famílias afetadas. A expectativa agora se volta para a decisão do tribunal londrino, que poderá definir o futuro das indenizações e a responsabilidade das empresas envolvidas.

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