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Política Nacional

Lira defende privatização da Petrobras e mudanças na lei das estatais

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Presidente da Câmara diz que legislação trava a Petrobras e impede que pessoas capacitadas assumam a chefia da empresa

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sugeriu que a Petrobras seja privatizada e que a lei das estatais seja alterada para evitar episódios como o de Adriano Pires, que foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o comando da empresa mas teve de recusar o convite por causa de conflito de interesses. Na avaliação do deputado, a legislação atrapalha o funcionamento da Petrobras ao proibir que a estatal seja presidida por alguém que atue em um empreendimento concorrente do mercado privado.

“A regra é difícil de ser cumprida porque ela foi feita para isso, para travar a Petrobras e ela se tornar isso que é hoje, causando esse inconveniente para todo o Brasil. Então, a partir daí, eu acho que há necessidade clara de o Congresso debater, para ver a possibilidade de mudar alguns tópicos da lei das estatais, inclusive tratando claramente da privatização dessa empresa”, afirmou Lira a jornalistas, nesta terça-feira (5).

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Nesta segunda-feira (4), Pires avisou ao governo federal que não poderia aceitar o convite por não ter conseguido se desligar do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), consultoria que fundou há mais de 20 anos e que dirige em sociedade com o filho dele. Na avaliação de Lira, Pires tinha capacidade para liderar a Petrobras, em especial por causa da experiência no setor de óleo e gás, e disse que ele não poder assumir a estatal é um problema.

“Ele é reconhecidamente um grande estudioso e entendido nesse assunto, dá inclusive assessorias. E você não pode partir da premissa de que um cara, porque dá assessoria no ramo privado a uma empresa privada, não possa assumir o comando de uma empresa pública, porque isso é desonestidade”, ponderou.

De acordo com Lira, caso não haja nenhuma revisão por parte do Congresso, a Petrobras e outras estatais correrão o risco de ser presididas por pessoas que não tenham o preparo necessário. “O compliance que existe na lei das estatais, e principalmente na questão da Petrobras, inviabiliza qualquer pessoa do ramo a atuar como presidente da Petrobras e agir com sabedoria e com firmeza na gestão desse processo”, comentou.

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“A gente tem que se debruçar sobre esse assunto. Hoje, eu pergunto: a quem serve a Petrobras? Não dá satisfação a ninguém, não produz riqueza, não produz desenvolvimento. Ela é uma empresa estatal. Se ela não tem nenhum benefício nem para o povo brasileiro, que vive reclamando todo dia do preço dos combustíveis, que seja privatizada. E que a gente trate isso com seriedade necessária”, acrescentou Lira.

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Política Nacional

Presidente Lula se reúne com ministros do STF em jantar para discutir insatisfação no Congresso

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Conversa foi marcada por preocupações com as reclamações crescentes e a falta de ação dos políticos aliados para proteger o tribunal

O clima de insatisfação no Congresso com o Supremo Tribunal Federal (STF) foi tema de um jantar entre o presidente Lula e quatro ministros da corte em Brasília, na noite desta terça-feira (16). A conversa foi marcada por preocupações com as reclamações crescentes e a falta de ação dos políticos aliados para proteger o tribunal.

A percepção de deterioração das relações com o STF se intensificou após acusações de Elon Musk contra Moraes sobre censura. O encontro ocorreu na residência de Gilmar Mendes e contou com a presença de ministros como Flávio Dino, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes, alvo de críticas no Congresso.

No final de 2023, Arthur Lira garantia nos bastidores que não permitiria avanço de pautas anti-STF na Câmara, mas a situação mudou. Lira passou a articular formas de limitar os poderes da corte. Durante o jantar, os ministros pediram a Lula maior empenho do governo em defesa da democracia e do Supremo, destacando que a corte está sob ataque. A avaliação foi de que o STF tem se posicionado contra iniciativas antidemocráticas e, por isso, é alvo da direita.

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Entre os integrantes do centrão, há uma lista de episódios que aumentaram a insatisfação com o Supremo, como buscas autorizadas contra parlamentares e a prisão de Chiquinho Brazão sem flagrante. O jantar também abordou medidas do Congresso que geram tensão entre os Poderes, como o marco temporal das terras indígenas e a proposta de criminalização do porte de drogas. Lula concordou com a necessidade de apoio da base governista, mas o encontro não teve o objetivo de adotar medidas práticas. Novos encontros semelhantes estão previstos para as próximas semanas.

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Política Nacional

Senado aprova PEC das Drogas em enfrentamento ao STF

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Casa fez a votação em dois turnos no mesmo dia: na primeira, foram 53 a favor e 9 contra, e na segunda, 52 a 9; agora o projeto irá à Câmara dos Deputados

Senado aprovou, nesta terça-feira (16), a proposta de emenda à Constituição (PEC), que criminaliza o porte de drogas, de autoria do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte analisa um processo sobre o tema com entendimento contrário ao texto votado pelos senadores. A PEC incorporará à Constituição um artigo considerando tanto a posse quanto o porte de drogas em qualquer quantidade como crime. Segundo emenda de autoria de Rogério Marinho (PL-RN), caberá ao policial distinguir a pessoa entre usuário e traficante. A Casa fez a votação em dois turnos no mesmo dia: na primeira, foram 53 a favor e 9 contra; na segunda, 52 a 9. O texto precisava de pelo menos 49 votos dos 81 senadores para ser aprovado. Agora, o projeto irá à Câmara dos Deputados. Com a diferenciação feita, a PEC abre a possibilidade de o usuário receber penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência para os usuários.

É mais uma derrota que o Senado impõe ao PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como nos casos dos projetos de lei do marco temporal e da “saidinha”, já aprovados pelo Congresso Nacional. O PT orientou voto contrário à proposta e ficou isolado. “O governo não orienta porque é uma questão praticamente de consenso”, argumentou Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo. Ele firmou que votaria individualmente contra. O PDT e o PSB, os partidos mais fiéis aliados da base governista, seguiram caminho contrário e orientou voto favorável à PEC. Acompanharam o voto favorável das siglas o PSD, o PL, o União, o PP, o Republicanos, a oposição e a minoria. O MDB e a maioria liberaram a bancada.

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Petistas dizem que haverá uma superlotação de prisões com o endurecimento das regras. “Transferir para terceiros, um agente público, se aquele cidadão é traficante ou dependente, é gerar um sistema que vai colocar muita gente inocente e sem necessidade na prisão”, diz Rogério Carvalho (PT-SE). Na atual legislação, o artigo 28 da lei de drogas diz que o usuário que portar drogas deve ser advertido, prestar serviços à comunidade ou comparecer a um programa ou a um curso educativo. É esse exato artigo que a Corte avalia a constitucionalidade.

Neste momento, o STF julga caso que pode descriminalizar o uso da maconha. O placar está 5 a 3, com divergências entre os ministros sobre uma dosimetria, isto é, um cálculo de quantidade da droga que diferenciaria o usuário de um traficante. Os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes dizem que a quantidade limite é de 60 gramas. O crime de tráfico é passível cinco a 15 anos de prisão e multa.

A oposição lidera o enfretamento à Suprema Corte, assim como aconteceu no caso de quanto o Congresso transformou a interpretação do marco temporal, que define o dia 5 de outubro de 1988 como linha de corte para a demarcação dos territórios indígenas, em lei. Eles argumentam, especialmente, que a maconha é uma “porta de entrada” para drogas mais pesadas. “É fundamental fortalecer a legislação frente aos impasses causados por recentes interpretações judiciais”, argumenta Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, em uma das emendas que tratam do texto. “Consideramos que a decisão sobre descriminalização e fixação de limites deve ser enfrentada pelo Poder Legislativo. Essa medida legislativa reforça a prerrogativa deste Poder.” “É um momento que essa Casa toma lugar e repudia a invasão da Suprema Corte do Brasil às atribuições desta Casa”, diz Magno Malta (PL-ES).

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