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Medicina e Saúde

Maioria dos remédios caseiros não tem eficácia comprovada

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Alguns deles, no entanto, como o tradicional mel para dor de garganta e a compressa com gelo para hematomas, são eficazes, afirma médico

Quem nunca tomou um chá para gripe ou má digestão? Tradicionalmente, a população recorre a diversos remédios caseiros para problemas de saúde comuns e de menor complexidade.

Em conversa com o clínico geral Alfredo Helito Salim, médico de família do Sírio-Libanês, para saber quais remédios realmente funcionam.

Segundo Salim, existem três remédios comuns com eficácia comprovada. Um deles é a compressa de gelo, útil para contusões e traumas ortopédicos e que possui efeito analgésico e anti-inflamatório.

Além disso, afirma, “cada vez mais está se notando que o mel tem uma ação analgésica e anti-inflamatória, principalmente das vias respiratórias. Existem estudos científicos nesse sentido”.

Um terceiro remédio com ação comprovada é a camomila. A compressa do chá da planta pode ser utilizada para tratar hematomas e flebites, inflamação nas veias comuns após utilização de agulhas. “Ela é utilizada, inclusive, em ambiente hospitalar”, explica.

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Porém, o uso da erva para aliviar dores de cabeça, gripe, estresse e para dormir não é comprovado. Outros chás como erva-doce, macela, alho, gengibre e boldo, utilizados para gripe, insônia, dor de cabeça, fígado e má digestão também não possuem comprovação científica de que são benéficos.

Outras práticas comuns como mastigar cravo-da-índia para melhorar dor de dente; comer maçã para rouquidão; tomar água com açúcar para se acalmar; e colocar álcool nos pulsos ou sal debaixo da língua para subir a pressão também não são validadas pelas comunidade médica como tratamentos que funcionem.  

“O sal vai demorar muito para ser absorvido. A melhor coisa a se fazer quando a pressão cai é tomar líquido, suco, refrigerante, água. Água de coco é uma boa opção também”, explica.

Tomar sopas e canjas para melhorar a gripe ou suco de laranja e vitamina C para preveni-la também não é comprovado. “Não tem nada que diz que uma sopa de legumes vai melhorar sua imunidade, mas é um alimento suave e quente que pode fazer a pessoa se sentir melhor”, afirma.

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Outra medida comum, sem comprovação, é a utilização de bolsa de água quente para cólicas menstruais. “Não tem nenhuma comprovação, mas muitas pacientes se beneficiam disso”, explica.

“A maioria [dos remédios caseiros] podem aliviar os sintomas sem causar nenhum dano ou dependendo pode até ser prejudicial. Se a pessoa se sente melhor tomando um chá ou uma canja, pode tomar”, afirma.

O médico alerta para soluções caseiras em caso de queimaduras. “Tem pessoas que colocam pasta de dente ou borra de café. Pode ser muito prejudicial, causar uma infecção e uma lesão dermatológica desnecessária. A substância gruda na pele e é muito difícil de tirar. Muitas vezes temos que sedar o paciente”, explica.

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Dengue no ES: número de casos é 10 vezes maior que em 2022

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Entre janeiro e a última semana de novembro de 2023, o Estado registrou 185.174 casos da doença. No mesmo período do ano passado, foram 17.922

Os números da dengue no Espírito Santo em 2023 chamam a atenção, principalmente quando comparados ao mesmo período do ano passado. Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado no dia 30 de novembro pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Espírito Santo registrou 185.174 notificações de casos. 

A incidência é de 4.556,7 casos por 100 mil habitantes entre a semana epidemiológica (SE) 01 (de 1 a 7 de janeiro deste ano) e a semana epidemiológica (SE) 47 (de 19 a 25 de novembro).

Já em 2022, entre a SE 01 (de 2 a 8 de janeiro) e a SE 47 (de 20 a 26 de novembro) a incidência foi de 440,99 casos por 100 mil habitantes.

Mortes pela doença também saltaram esse ano: 93 até o dia 30 de novembro. Em 2022, até o dia 26 de novembro, foram 5 óbitos.

Nova vacina contra a dengue

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, (Anvisa) aprovou em março o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue. Chamada Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda, o imunizante apresentou eficácia de 80% em ensaios clínicos. A vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença.

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O Ministério da Saúde estuda incorporar nova vacina da dengue ao SUS. Na rede particular, o preço médio gira em torno de R$ 450.

Atenção aos mínimos sinais e sintomas da dengue

Diante de qualquer suspeita de dengue e dos sintomas da doença, é fundamental buscar o serviço de saúde mais próximo, além de começar a se hidratar quanto antes. Fique atento:

– Febre;

– Dor no corpo;

– Dor nas articulações;

– Dor muscular;

– Dor ao redor dos olhos e de cabeça;

– Dores abdominais;

– Náusea;

– Vômitos.

Faça uma vistoria em casa uma vez por semana

O Aedes aegypti tem um ciclo de reprodução muito rápido, apenas sete dias, entre ovo e mosquito adulto. Por esse motivo, é fundamental que as pessoas chequem uma vez por semana possíveis focos dentro das residências.

CUIDADOS IMPORTANTES

1. Limpe o quintal, e jogue fora o que não é utilizado;

2. Retire a água dos pratos de plantas;

3. Coloque garrafas vazias de cabeça para baixo;

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4. Mantenha tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água fechados;

5. Quintais devem estar sempre bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;

6. Escove bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantenha-os sempre limpos.

 

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Anvisa decide abrir uma consulta pública sobre cigarros eletrônicos

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Norma vigente (RDC 46), de agosto de 2009, proíbe fabricação, comercialização, importação e propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs)

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, de forma unânime, em reunião virtual de mais de 7 horas desta sexta, 1º, abrir uma consulta pública para rediscutir a regulamentação dos cigarros eletrônicos no País. 

A norma vigente (RDC 46), de agosto de 2009, proíbe fabricação, comercialização, importação e propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).

Na consulta pública, que ficará aberta por 60 dias, a sociedade poderá fazer sugestões e contribuições por meio de um formulário eletrônico no site da Anvisa, no qual serão coletadas opiniões de cidadãos, sociedades médicas e científicas, empresas e qualquer outro interessado. 

Ao fim do processo, as contribuições serão consideradas na discussão sobre uma eventual nova regulamentação para os cigarros eletrônicos. Uma outra reunião da diretoria será agendada após o processo, no próximo ano.

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A abertura da consulta pública e a discussão de uma eventual nova regulamentação dos cigarros eletrônicos não significam, no entanto, que o vape obrigatoriamente passará a ser permitido no Brasil. 

“O período de consulta pública é um período que, em absoluto, amarra a agência àquilo que foi mostrado e demonstrado na reunião de hoje”, disse o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, referindo-se a posicionamentos expostos durante a reunião por diferentes partes.

DIÁLOGO

Antes do voto dos cinco diretores, foram reproduzidos ao público que assistia à reunião mais de 60 vídeos com diferentes posicionamentos sobre o produto. Falaram ex-fumantes, pesquisadores nacionais e internacionais, médicos, líderes de organizações sanitárias, como a Organização Pan-Americana da Saúde, ONGs que atuam no campo da saúde pública e associados da indústria tabagista.

Parte dos participantes defendia a regulamentação, alegando que a substituição do cigarro comum pelo cigarro eletrônico pode ser benéfica aos tabagistas e que outros países já regulamentaram os DEFs, o que ajudaria também a diminuir o contrabando. 

Do outro lado, médicos renomados como Drauzio Varella, Jaqueline Scholz (coordenadora do Comitê de Controle do Tabagismo da Sociedade Brasileira de Cardiologia) e Roberto de Almeida Gil (diretor-geral do Inca) se posicionaram contra a mudança da regulamentação atual, que proíbe o uso, alegando que o produto pode causar dependência em crianças e adolescentes não fumantes e que seus danos ainda não são totalmente conhecidos pela ciência.

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“As companhias tabaqueiras querem continuar fazendo o que sempre fizeram: viciar nossas crianças e nossos adolescentes na dependência mais feroz que existe. É mais fácil largar o crack do que largar o cigarro. E por isso querem que a Anvisa aprove o uso: para ampliar o mercado, e isso que não podemos permitir”, afirmou o médico Drauzio Varella.

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