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Política Nacional

Manifestação anti-Congresso explode nas redes após compartilhamento de Bolsonaro

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A notícia de que o presidente Jair Bolsonaro compartilhou em seu Whatsapp pessoal vídeo no qual convoca as pessoas a comparecerem ao ato marcado para 15 de março em favor do governo – cujas pautas incluem teor anti-Congresso e STF – fez explodir o número de menções e compartilhamentos sobre a manifestação nas redes sociais. A ação de Bolsonaro também intensificou o foco do movimento, antes mais difuso, para a defesa da figura do presidente. O informação do endosso presidencial foi publicada no site BR Político, na última terça-feira, 25.

No Twitter, houve um aumento de 550% no número de menções ao assunto em 48 horas, segundo levantamento feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas, da FGV (DAPP-FGV), a pedido do Estado. Até o dia 24 de fevereiro, 127 mil menções ao protesto do dia 15 haviam sido registradas. No dia seguinte, quase dobrou, saltando para para 231 mil. Em 26 de fevereiro, no dia que se seguiu à notícia do compartilhamento de Bolsonaro, as menções ao tema chegaram a 830 mil.

Já no Facebook, o aumento do volume da mobilização, registrado pela DAPP, foi ainda mais expressivo. No mesmo período, as interações sobre o tema (soma de reações, comentários e compartilhamentos) saltaram de 490 mil para 7,4 milhões – mais de 1.400% em 48 horas.

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O coordenador de linguística da DAPP, Lucas Calil, um dos responsáveis pelo estudo, diz que os números englobam tanto postagens favoráveis como contrárias aos protestos. “O estudo mostra que o debate sobre o assunto se intensificou de forma significativa, sempre de forma polarizada”, afirmou. Ele ressalta o ponto de virada nas discussões após a notícia sobre o compartilhamento de Bolsonaro. “A notícia dada pela Vera Magalhães (colunista do Estado e editora do BR Político) foi determinante no aumento de engajamento do assunto nas diferentes redes”.

Marcada desde o final de janeiro, os protestos inicialmente trazia defesa de pautas como a aprovação da prisão em segunda instância e o pacote anticrime. A partir do dia 19, no entanto, após declaração do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, em que chama os congressistas de “chantagistas”, o alvo preferencial passou a ser o Congresso Nacional e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Heleno se referia à negociação entre governo e líderes do Congresso sobre vetos de Bolsonaro a pontos da Lei Orçamentária que aumentariam o controle de fatias do orçamento pelos parlamentares.

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O tom de “salvador da Pátria” dado a Bolsonaro no vídeo que compartilhou fez com que a mobilização nas redes em torno da data mudasse de tom, segundo a DAPP. Até terça, 25, a principal hashtag era #dia15pelobrasil, com 63 mil menções. A partir de quarta, 26, a ênfase converteu-se à hashtag #euapoiobolsonaro, com 188 mil menções.

Outro dado constatado pelo levantamento mostra que discussões sobre a imprensa, jornalistas e a cobertura do governo federal, que antes eram pouco associadas ao assunto, chegaram a 173 mil menções na quarta-feira, quando mais de uma a cada cinco postagens sobre o 15 de março eram relacionadas à imprensa (21% do total).

A metodologia empregada na análise da DAPP identifica temas, atores, e instituições, a partir de dados de Twitter, Facebook, YouTube, WhatsApp e Instagram, para o monitoramento do debate público no ambiente digital. Segundo o grupo, que é coordenado pelo professor da FGV Marco Aurelio Ruediger, a pesquisa utiliza fontes primárias (APIs) e secundárias para obtenção de dados das plataformas.

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Política Nacional

Moro diz que Dia de Combate à Corrupção é como se fosse “de luto” no Brasil

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“O combate à corrupção voltará, mas não agora”, escreveu o ex-juiz

O senador Sérgio Moro (União-PR) fez uma publicação na rede social X (antigo Twitter) na qual afirmou que o Dia Internacional de Combate à Corrupção, comemorado nesta segunda-feira (9) é “como se fosse um dia de luto” no Brasil, durante o governo Lula. 

“Condenações anuladas, bandidos tratados como autoridades, agentes da lei perseguidos, órgãos de controle manietados. O combate à corrupção voltará, mas não agora”, escreveu o ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Operação Lava Jato.

A Operação Lava Jato teve início em 2014 como uma investigação da Polícia Federal (PF) envolvendo a Petrobras. A operação resultou na prisão do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2017, determinada pelo então juiz federal Sérgio Moro.

A condenação enquadrou Lula na Lei da Ficha Limpa e o tirou da corrida presidencial de 2018, que foi disputada por Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Após a vitória de Bolsonaro no pleito, Moro deixou o cargo de juiz e aceitou o convite para ser ministro da Justiça e Segurança Pública, permanecendo até 2020 no cargo. Em 2022, se elegeu senador pelo Estado do Paraná.

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Em 2021, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para o processo e julgamento das quatro ações da Operação Lava Jato contra o ex-presidente, anulando todas as decisões daquele juízo nos respectivos casos.

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, do STF, um dos primeiros a se opor à condução da Operação Lava Jato, fez uma crítica indireta a Moro, dizendo que a Curitiba da década de 1970, onde foi realizado um congresso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre alternativas à ditadura, não era a “Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro e companhia”. 

O ex-juiz foi à rede social para criticar o magistrado, dizendo que “ninguém se importa com a opinião” do ministro.

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Política Nacional

Lula está consciente após cirurgia de emergência e deve permanecer na UTI por 48 horas

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Presidente passou por uma cirurgia de emergência após sentir dor na cabeça. Médicos identificaram uma hemorragia em decorrência da queda sofrida em outubro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está consciente e tranquilo após realizar uma cirurgia de emergência na cabeça. O procedimento foi feito madrugada desta terça-feira (10) para drenar um hematoma no crânio.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que o procedimento foi bem-sucedido e que Lula não apresenta sequelas, mas que deverá ficar 48 horas na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês. 

Segundo o ministro, o presidente não apresenta nenhum tipo de sequela e após essas 48 horas será possível ter uma posição mais clara sobre quando ele poderá retornar a Brasília.

A cirurgia ocorreu após a detecção do hematoma em exames realizados no dia anterior. Pimenta reforçou que o procedimento foi necessário para estabilizar a saúde do presidente e que novas atualizações sobre sua recuperação serão divulgadas nas próximas horas.

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