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Segurança

Menina de 12 anos engravida após estupro; homem é preso

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Família descarta aborto; homem de 54 anos fugiu com ela para uma comunidade rural no interior de Linhares, onde vivia como se fossem casados 

Uma menina de 12 anos ficou grávida após ser estuprada por um homem de 54 anos no interior do Espírito Santo. Segundo o titular da Delegacia Regional de Linhares, delegado Fabrício Lucindo, ele era vizinho da família da criança e fugiu com ela para uma comunidade rural no interior de Linhares, distante 80km da cidade natal, onde vivia como se fossem casados. Através de denúncias, a Polícia Civil conseguiu localizar a menina e regatá-la. O homem conseguiu fugir, mas no final do mês de setembro foi localizado em Vila do Riacho, Aracruz. Ele foi autuado por estupro de vulnerável e encaminhado para o presídio do Xuri, em Vila Velha.

De acordo com Lucindo, o sequestro durou cerca de duas semanas. “Estávamos investigando o sumiço dela, que estava sendo dada como desaparecida. Conseguimos localizá-la, recuperá-la e devolvê-la para a família, junto com o Conselho Tutelar”, disse em entrevista à Jovem Pan. Ainda segundo o delegado, a família resolveu que ela não vai abortar e terá uma gestação normal. A criança está sendo assistida pelo Conselho Tutelar e por uma equipe com médico e psicólogo.

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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo disse que, “por boa prática e respeito às leis, à criança e aos familiares, não presta informações sobre casos específicos”. No entanto, informou que desde setembro tem tomado medidas para a organização de mais uma porta de serviço de referência para interrupção legal de gravidez, nos casos previstos em lei, no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), habilitado tanto para realização do aborto legal ou da antecipação do parto. Com isso, serão três serviços de referência no estado. Além disso, para os anos de 2021 e 2022, pretende trabalhar no cumprimento da Portaria Federal Nº 2.282, para que qualquer maternidade que preste serviço público de saúde possa fazer a interrupção legal.

Caso semelhante

Em setembro, um caso parecido de uma menina de 10 anos, também no Espírito Santo, ganhou notoriedade após a criança, vítima de estupro, engravidar e a família solicitar o aborto. A lei garante o direito ao aborto em casos de risco de vida para a mulher, quando a gestação é resultante de um estupro ou se o feto for anencefálico. Ao conseguir na Justiça autorização para o aborto, a família da menina passou a ser pressionada a desistir do procedimento e grupos contrários ao aborto estiveram no hospital onde a interrupção da gravidez aconteceria. A vítima foi estuprada pelo tio, que está preso desde 18 de agosto, na Grande Vitória.

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Depois deste episódio, o Ministério da Saúde editou a portaria que dispõe sobre a autorização de aborto nos casos previstos em lei pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Médicos e demais profissionais da saúde precisarão comunicar o fato as autoridades policiais, além de preservar possíveis evidências materiais do crime, como fragmentos de embrião ou feto para a realização de confrontos genéticos que poderão levar à identificação do respectivo autor do crime, independentemente da vontade da vítima.

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Segurança

Empresários, advogada e coronel são investigados por tráfico e lavagem de dinheiro

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Segundo a Polícia Civil, os investigados na Operação Baest lavam dinheiro para o Primeiro Comando de Vitória (PCV)

A Operação Baest, que cumpre 19 mandados de busca e apreensão nos municípios de Vitória, Serra, Vila Velha e Guarapari, tem como alvo das investigações empresários, uma advogada e um coronel da reserva da Polícia Militar. Ao todo, são 20 investigados.

Segundo a Polícia Civil, os investigados lavam dinheiro para o Primeiro Comando de Vitória (PCV). Na manhã desta quarta-feira (14), foram apreendidos 12 veículos de luxo, cinco armas de fogo, nove imóveis, além de joias, obras de arte e até criptomoedas.

Empresários são de vários ramos de atuação

Os empresários investigados são de vários ramos de atuação, como comércio imobiliário, automotivo e de materiais de construção. A operação também acontece nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Segundo o delegado Alan Andrade, eram realizados vários procedimentos de lavagem de dinheiro entre os investigados e o PCV.

A principal técnica é o smurfing, que consiste em pegar uma grande quantia em dinheiro, pulverizar em diversas contas menores e, depois, esse dinheiro acaba sendo aglutinado em uma conta destino. Ou, então, como compra e venda de veículos ou imóveis. Esse dinheiro também era encaminhado para regiões limítrofes do Brasil, onde compravam mais drogas e armas e abasteciam o tráfico de drogas capixaba.

Policiais cumprem 25 mandados de busca e apreensão no país

Em todo o Brasil, são mais de 100 policiais civis, cumprindo 25 mandados de busca e apreensão, 17 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis e 29 bloqueios de contas bancárias, totalizando aproximadamente R$ 104 milhões.

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A Operação Baest é uma parceria entre a Polícia Civil e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A corporação informou que as diligências estão em andamento e os resultados serão repassados após a finalização da operação.

A Polícia Militar e a Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) foram procurados para um posicionamento a respeito dos investigados, tanto o coronel quanto a advogada, mas ainda não responderam até o fechamento da reportagem. O texto será atualizado.

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Segurança

Vitória, antes a capital mais violenta do Brasil, ultrapassa os 50 dias sem assassinatos

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Na realidade brasileira, onde a violência impede o país de avançar, é utópico imaginar que uma capital consiga passar sequer um dia sem o disparo fatal de uma arma de fogo ou qualquer outro tipo de morte com intenção de matar. Vitória (ES) conseguiu esse feito.  Em abril, a capital capixaba comemorava o primeiro mês livre de mortes violentas desde 1996. O feito continuou e, na última terça-feira (6), trouxe um marco inédito para a história do município: o recorde de 50 dias sem homicídios. 

A capital do Espírito Santo atribui o feito a um trabalho integrado entre as forças de segurança. Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e até a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) colaboraram no monitoramento e na prisão de homicidas.  

“Com investimentos robustos em tecnologia, inteligência e valorização dos servidores fortalecemos a segurança municipal e passamos a entregar respostas rápidas das equipes na repressão e na prevenção de crimes”, destacou Amarílio Boni, secretário de Segurança Urbana da capital, em publicação sobre a segurança na cidade.  

No caso da Guarda Civil Municipal, que integra a pasta comandada por ele, parte dos investimentos foi na central de monitoramento e na criação da chamada Gerência de Inteligência (GI), em 2021. A secretaria define essa gerência como um “setor que visa realizar levantamentos para a realização de operações próprias ou conjuntas com outras forças de segurança e colaborar com investigações da Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Militar”. A Guarda Municipal de Vitória conta com 1.142 câmeras e possui apoio de drones e softwares de inteligência artificial, diz a prefeitura. 

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Vitória efetuou prisões mesmo sem novos homicídios

A polícia do Espírito Santo, por sua vez, destacou o foco na elucidação de crimes no período sem homicídios, trabalho conduzido pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Mesmo com os dados do Observatório de Segurança Pública do Espírito Santo indicando zero casos de homicídios, a delegacia não deixou de prender suspeitos no mês de abril.

“Embora a DHPP Vitória não tenha instaurado nenhum inquérito de homicídio consumado, conseguiu prender 15 pessoas envolvidas com esse tipo de crime”, diz o delegado Ricardo Almeida em nota à imprensa. “São prisões qualificadas, que envolvem indivíduos com histórico de homicídios contumazes, e essas ações contribuem diretamente para a redução da violência letal na cidade”, acrescenta. Fora as prisões, a DHPP informa ter concluído oito inquéritos com autoria definida.

Queda nos homicídios é melhor resultado em quase três décadas no ES

Desde 2019, o estado do Espírito Santo evidencia o programa “Estado Presente em Defesa da Vida”. Por meio dessa ação, os capixabas fizeram concursos para recomposição do efetivo e a aquisição de equipamentos, armas e viaturas. 

“Hoje temos uma polícia tecnológica, com recursos que nos colocam em posição de enfrentar e coibir a criminalidade violenta de forma eficaz”, diz Leonardo Damasceno, secretário de estado da Segurança Pública e Defesa Social.  O número de homicídios em Espírito Santo caiu para 253 nos quatro primeiros meses de 2025.

Esse número é uma redução de 21% em relação ao mesmo período no ano passado, além de ser o melhor resultado em 29 anos. “Ainda temos muito desafios, mas toda conquista deve ser comemorada”, afirmou o governador Renato Casagrande (PSB) em nota. 

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Já para o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), o caminho é seguir apostando em “políticas públicas integradas, planejamento e ação técnica”. Além das ações policiais, ele destaca que “iluminação pública eficiente, revitalização de espaços de lazer, educação integral” também impulsionam a segurança pública.

Outros números

Antes mesmo de zerar os homicídios em abril, Vitória apresentava uma redução nas ocorrências. No ano de 2024, o município teve uma redução de 35% nos casos, caindo de 85 para 55 homicídios. O dado só não é menor que o total de registros no ano de 2016, quando a cidade registrou 51 mortes com intenção de matar.

Espírito Santo teve outro marco positivo na área da segurança pública em 2024: a redução da taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Há 16 anos, o estado tinha uma das maiores taxas do país, de 58,3 homicídios por 100 mil habitantes. Esse não é mais o caso.

Agora, segundo a taxa parcial calculada para o primeiro quadrimestre, o número caiu para 18,5 homicídios por 100 mil habitantes, segundo o governo. Para se ter ideia, no mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a média brasileira era a de 22,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes.

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