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Segurança

Menor Bolsonaro e Sombra são presos na Serra: “Tocavam o terror”

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Os dois têm ligação com o assassinato de um jovem de 20 anos, crime motivado pela disputa por pontos de tráfico de drogas, segundo a Polícia Civil

A Polícia Civil conseguiu prender dois suspeitos de envolvimento em um assassinato registrado no Bairro das Laranjeiras, na região de Jacaraípe, na Serra, crime com ligação direta com a disputa pelo controle de pontos de tráfico de drogas.

Foram presos: Igor Gabriel da Silva, o Menor Bolsonaro, 19 anos, e Alan Carlos de Souza Elias, o Sombra, 18. O chefe da Polícia Civil, José Darcy Arruda, disse que eles “tocavam o terror” na região.

Segundo a investigação, ambos saíram armados de um ponto de drogas com o objetivo claro de executar Vinicius da Conceição Amarante de Jesus, 20. Câmeras de segurança flagraram o crime, ocorrido em outubro do ano passado.

O caso foi detalhado pela polícia nesta quinta-feira (9), durante coletiva de imprensa. De acordo com Marcelo Brito, delegado adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, Vinicius foi morto na disputa entre grupos rivais que atuam nas ruas 15, Nelson Monteiro e São Paulo, todas no Bairro das Laranjeiras.

“O crime ocorreu devido a essa disputa de pontos de droga. Ali há uma guerra, um conflito grande entre os integrantes do tráfico na Rua 15, que é a Rua Clérigo Vieira Falcão, e os integrantes da Rua Nelson Monteiro, da Rua São Paulo. Há também a atuação dessas facções no local, que são o Primeiro Comando de Vitória (PCV) e o Terceiro Comando Puro (TCP)”, disse o delegado Marcelo Brito.

Vinicius foi morto a tiros enquanto caminhava pela rua. As imagens das câmeras mostram quando ele foi abordado e perseguido por um dos suspeitos. Após tentar se refugiar em uma residência, acabou executado com vários disparos.

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Segundo a Polícia Civil, Alan Carlos, o Sombra, foi preso no dia 6 de dezembro no bairro Divinópolis. Já Igor Gabriel, o Menor Bolsonaro, foi capturado ainda em outubro, no dia 28, em Vila Nova de Colares. Ambos já estão no sistema prisional, à disposição da Justiça.

“Tocavam terror”, diz chefe da Polícia Civil

Para o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, as prisões são um marco na investigação e no combate ao tráfico na região. 

“São prisões extremamente importantes de dois criminosos que, quanto mais voltados para essa prática de crimes, tocavam o terror naquele local. Essas prisões são importantes porque interviram em um processo que poderia ter mais mortes. Então, para nós, tirar de circulação essas pessoas é muito importante e dizer para toda a sociedade que a Polícia Civil, mesmo a vítima também sendo participante de crimes, para nós não importa, pois nos preocupamos com a segurança. São vidas e temos que trabalhar para isso”, destacou.

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Segurança

Empresários, advogada e coronel são investigados por tráfico e lavagem de dinheiro

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Segundo a Polícia Civil, os investigados na Operação Baest lavam dinheiro para o Primeiro Comando de Vitória (PCV)

A Operação Baest, que cumpre 19 mandados de busca e apreensão nos municípios de Vitória, Serra, Vila Velha e Guarapari, tem como alvo das investigações empresários, uma advogada e um coronel da reserva da Polícia Militar. Ao todo, são 20 investigados.

Segundo a Polícia Civil, os investigados lavam dinheiro para o Primeiro Comando de Vitória (PCV). Na manhã desta quarta-feira (14), foram apreendidos 12 veículos de luxo, cinco armas de fogo, nove imóveis, além de joias, obras de arte e até criptomoedas.

Empresários são de vários ramos de atuação

Os empresários investigados são de vários ramos de atuação, como comércio imobiliário, automotivo e de materiais de construção. A operação também acontece nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Segundo o delegado Alan Andrade, eram realizados vários procedimentos de lavagem de dinheiro entre os investigados e o PCV.

A principal técnica é o smurfing, que consiste em pegar uma grande quantia em dinheiro, pulverizar em diversas contas menores e, depois, esse dinheiro acaba sendo aglutinado em uma conta destino. Ou, então, como compra e venda de veículos ou imóveis. Esse dinheiro também era encaminhado para regiões limítrofes do Brasil, onde compravam mais drogas e armas e abasteciam o tráfico de drogas capixaba.

Policiais cumprem 25 mandados de busca e apreensão no país

Em todo o Brasil, são mais de 100 policiais civis, cumprindo 25 mandados de busca e apreensão, 17 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis e 29 bloqueios de contas bancárias, totalizando aproximadamente R$ 104 milhões.

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A Operação Baest é uma parceria entre a Polícia Civil e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A corporação informou que as diligências estão em andamento e os resultados serão repassados após a finalização da operação.

A Polícia Militar e a Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) foram procurados para um posicionamento a respeito dos investigados, tanto o coronel quanto a advogada, mas ainda não responderam até o fechamento da reportagem. O texto será atualizado.

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Segurança

Vitória, antes a capital mais violenta do Brasil, ultrapassa os 50 dias sem assassinatos

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Na realidade brasileira, onde a violência impede o país de avançar, é utópico imaginar que uma capital consiga passar sequer um dia sem o disparo fatal de uma arma de fogo ou qualquer outro tipo de morte com intenção de matar. Vitória (ES) conseguiu esse feito.  Em abril, a capital capixaba comemorava o primeiro mês livre de mortes violentas desde 1996. O feito continuou e, na última terça-feira (6), trouxe um marco inédito para a história do município: o recorde de 50 dias sem homicídios. 

A capital do Espírito Santo atribui o feito a um trabalho integrado entre as forças de segurança. Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e até a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) colaboraram no monitoramento e na prisão de homicidas.  

“Com investimentos robustos em tecnologia, inteligência e valorização dos servidores fortalecemos a segurança municipal e passamos a entregar respostas rápidas das equipes na repressão e na prevenção de crimes”, destacou Amarílio Boni, secretário de Segurança Urbana da capital, em publicação sobre a segurança na cidade.  

No caso da Guarda Civil Municipal, que integra a pasta comandada por ele, parte dos investimentos foi na central de monitoramento e na criação da chamada Gerência de Inteligência (GI), em 2021. A secretaria define essa gerência como um “setor que visa realizar levantamentos para a realização de operações próprias ou conjuntas com outras forças de segurança e colaborar com investigações da Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Militar”. A Guarda Municipal de Vitória conta com 1.142 câmeras e possui apoio de drones e softwares de inteligência artificial, diz a prefeitura. 

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Vitória efetuou prisões mesmo sem novos homicídios

A polícia do Espírito Santo, por sua vez, destacou o foco na elucidação de crimes no período sem homicídios, trabalho conduzido pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Mesmo com os dados do Observatório de Segurança Pública do Espírito Santo indicando zero casos de homicídios, a delegacia não deixou de prender suspeitos no mês de abril.

“Embora a DHPP Vitória não tenha instaurado nenhum inquérito de homicídio consumado, conseguiu prender 15 pessoas envolvidas com esse tipo de crime”, diz o delegado Ricardo Almeida em nota à imprensa. “São prisões qualificadas, que envolvem indivíduos com histórico de homicídios contumazes, e essas ações contribuem diretamente para a redução da violência letal na cidade”, acrescenta. Fora as prisões, a DHPP informa ter concluído oito inquéritos com autoria definida.

Queda nos homicídios é melhor resultado em quase três décadas no ES

Desde 2019, o estado do Espírito Santo evidencia o programa “Estado Presente em Defesa da Vida”. Por meio dessa ação, os capixabas fizeram concursos para recomposição do efetivo e a aquisição de equipamentos, armas e viaturas. 

“Hoje temos uma polícia tecnológica, com recursos que nos colocam em posição de enfrentar e coibir a criminalidade violenta de forma eficaz”, diz Leonardo Damasceno, secretário de estado da Segurança Pública e Defesa Social.  O número de homicídios em Espírito Santo caiu para 253 nos quatro primeiros meses de 2025.

Esse número é uma redução de 21% em relação ao mesmo período no ano passado, além de ser o melhor resultado em 29 anos. “Ainda temos muito desafios, mas toda conquista deve ser comemorada”, afirmou o governador Renato Casagrande (PSB) em nota. 

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Já para o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), o caminho é seguir apostando em “políticas públicas integradas, planejamento e ação técnica”. Além das ações policiais, ele destaca que “iluminação pública eficiente, revitalização de espaços de lazer, educação integral” também impulsionam a segurança pública.

Outros números

Antes mesmo de zerar os homicídios em abril, Vitória apresentava uma redução nas ocorrências. No ano de 2024, o município teve uma redução de 35% nos casos, caindo de 85 para 55 homicídios. O dado só não é menor que o total de registros no ano de 2016, quando a cidade registrou 51 mortes com intenção de matar.

Espírito Santo teve outro marco positivo na área da segurança pública em 2024: a redução da taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Há 16 anos, o estado tinha uma das maiores taxas do país, de 58,3 homicídios por 100 mil habitantes. Esse não é mais o caso.

Agora, segundo a taxa parcial calculada para o primeiro quadrimestre, o número caiu para 18,5 homicídios por 100 mil habitantes, segundo o governo. Para se ter ideia, no mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a média brasileira era a de 22,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes.

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