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Segurança

“Minha filha falava que ia mudar ele”, lamenta mãe de jovem morta pelo namorado

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Desabafo foi feito durante o enterro de Fernanda Prates Santos Bernardo, 19 anos, assassinada a facadas

“Minha filha gostava muito dele, ela mesmo falava que ia mudar ele, que gostava dele. Mas eu perguntava para ela: ‘que amor é esse, que a pessoa não gosta de si mesma e está atrás de uma pessoa que não dá valor nenhum para ela?'”.

O desabafo é de Viviane Prates, mãe da jovem Fernanda Prates Santos Bernardo, de 19 anos, assassinada pelo namorado em um apartamento do bairro Vista do Mestre, na Serra, na noite do último domingo (5).

A fala emocionada foi feita nesta terça-feira (7) durante enterro de Fernanda, em Carapina Grande, no mesmo município. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens à jovem. 

“Ela queria ser veterinária, mas queria também fazer outro curso, de mecânica, para entrar na área de mecânica, que é uma das coisas que ela mais amava. Era uma paixão dela”, disse Viviane Prates.

A jovem foi morta em um crime que, segundo a polícia, contou com requintes de crueldade. Ela teria se desentendido com o namorado, Luiz Paulo Lucas de Araújo Rosa, que primeiro a asfixiou.

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Luiz Paulo, mesmo vendo que a vítima estava inconsciente, foi até a cozinha do apartamento, pegou uma faca e deu vários golpes na jovem, até ela morrer.

O crime aconteceu na casa onde Luiz Paulo morava com o pai. Após o crime, ele teria ido à casa da avó para tomar banho e de lá telefonou para o pai, confessando o crime. Após isso, o pai acionou a polícia e contou o que aconteceu.

“Ela já havia se separado de Luiz Paulo após ter sofrido agressões. A gente ajudou Fernanda a ir para a delegacia para fazer queixa, mas ela não falou tudo na delegacia sobre o que tinha acontecido com ela. Acho que ela não relatou o restante porque gostava muito dele. Minha filha falava que ia mudar ele, que gostava dele. Mas eu perguntava para ela: ‘que amor é esse que a pessoa não gosta de si mesma e está atrás de uma pessoa que não dá valor nenhum para ela?'”, relatou a mãe da jovem assassinada.

Luiz Paulo se entregou em uma delegacia na mesma noite do crime, no domingo. Ele foi autuado em flagrante por feminicídio e encaminhado ao sistema prisional. 

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No enterro, familiares de Fernanda fizeram um apelo para as mulheres que estejam em relacionamentos abusivos.

“Nós, mulheres, nos tornamos vítimas nas mãos desses homens cruéis, covardes e perversos. A primeira coisa que nós temos que fazer é fugir com a roupa do corpo, não pagar para ver e não esperar”, disse Ivoneide Alves, prima da vítima. 

Fernanda deixou duas filhas, uma de 1 ano e meio, e outra de 4 anos de idade. Para a mãe, será difícil superar a perda da filha.

“Sinceramente, eu peço justiça, porque é o certo. Mas eu, sinceramente, de coração, não desejo nada de bom para ele, porque quem perdeu a filha fui eu, e é minha única filha. Eu não tenho mais filhos nenhum, só tenho ela. Tinha, né? É uma dor que destrói você por dentro, que você não tem como nem pensar o que vai fazer, como vai reconstruir sua vida. Eu tenho que pensar que tem duas crianças pequenas agora. Então, eu nem sei por onde começar”, destacou Viviane.

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Segurança

“Pó virado”: traficantes preparavam droga em piscina até com fermento

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Dentre os integrantes da quadrilha que produzia o pó virado estava um policial militar, segundo investigação da Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu 14 pessoas durante a Operação Killers, desmantelando uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas em Cariacica e Vila Velha, incluindo a prisão de um policial militar que repassava informações estratégicas para traficantes. Os envolvidos eram conhecidos pela produção e venda do chamado “pó virado”.

O pó virado é um processo de mistura de crack com outros produtos como ácido bórico, fermento e até pó de mármore, para simular cocaína e vender aos usuários por um preço mais baixo.

A droga estava em uma piscina e foram encontrados pelo menos 100 quilos do entorpecente. De acordo com a polícia, a quadrilha movimentava de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões com a comercialização.

De acordo com o delegado Alan Moreno, coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), informou que o pó virado dobra o risco para os usuários da droga e aumenta o lucro para a organização criminosa.

“Descobrimos que a organização estava utilizando o ‘pó virado’, um processo de adulteração de crack com outras substâncias como ácido bórico e pó Royal. Isso não só coloca em risco a saúde dos usuários, mas também aumenta o lucro da organização, já que a droga é vendida a um preço mais baixo, mas com um alto potencial de danos para quem consome”, disse.

Operação Killers

A operação, que começou em novembro de 2023, identificou diversas lideranças do tráfico local, como o chefe Adair Fernandes da Silva (vulgo Dadá), preso em maio do mesmo ano, e o traficante José Cândido Javarini Filho, conhecido como Dé, que também foi preso.

Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo e uma grande quantidade de drogas, além de armamentos pesados, demonstrando a complexidade e o poder da organização criminosa.

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A investigação aconteceu com o com apoio do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) e da Subsecretaria de Inteligência (SEI) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e com denúncias do Ministério Público.

O delegado detalhou o início da operação e as dificuldades enfrentadas pelas equipes de investigação:

“A operação começou com a prisão de Gideão da Silva Jorge, em março de 2023, e foi a partir dessa prisão que vimos a necessidade de uma ação contundente, pois o tráfico naquela região era imenso. A área estava basicamente sob o controle de criminosos ligados ao PCC, mas também havia facções menores e traficantes independentes. Com a prisão de Gideão, avançamos com a investigação e fizemos nossa primeira operação, a Cripta, em setembro de 2023”, disse o delegado Alan Moreno.

Liderança e estrutura

A organização criminosa em questão é liderada por Adair Fernandes da Silva, vulgo “Dadá”, de 42 anos, figura central do tráfico de drogas e armas no bairro Flexal II, em Cariacica.

“Dadá” carrega um extenso histórico criminal, envolvendo-se diretamente no controle de diversos pontos de venda de entorpecentes e no comércio de armas. Sob sua liderança, a organização se mantém estruturada, com uma hierarquia bem definida, capaz de manter suas operações mesmo diante das constantes investigações.

A estrutura inclui figuras de confiança, como o gerente Gideon da Silva Jorge, conhecido como “CAVEIRA”, responsável pela coordenação das operações de tráfico de cocaína e crack.

Wemerson Rosa de Oliveira, vulgo “BOI”, gerencia a venda de maconha, enquanto Vandeilson da Fonseca Antunes, “Vandinho”, cuida do tráfico de skank (haxixe), sendo ambos elementos essenciais para o abastecimento de entorpecentes na região.

Outros membros da organização, como Carlos Eduardo Silva Correa, “Lambão”, e Matheus Martins Barbosa, “Gaguinho”, Ruan Lourenço Correa, vulgo “Marola”, Marcos de Jesus Bispo, vulgo “Chapinha”, auxiliam na preparação e ocultação de veículos e propriedades adquiridas com os lucros do tráfico.

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As outras prisões foram de Sidney dos Santos Nunes, vulgo “Nego Sidney”, que tinha participação no tráfico de drogas. Ederson Braga Paradela, na sua residência , foram encontrados armas, munições e entorpecentes.

E também de Carlos Victor Hugo de Oliveira, vulgo “Coroa Mel”, segundo a Polícia, ele revendia aparelhos telefônicos para o grupo de Dadá, além de habilitar linhas em seu nome, para facilitar a comunicação do grupo.

Policial Militar envolvido em espionagem criminosa

Um dos aspectos mais chocantes da operação foi a descoberta de que um policial militar estava envolvido com o tráfico de drogas, fornecendo informações operacionais sobre a Polícia Militar para os criminosos.

O PM, identificado como Maurício Simonassi de Andrade, mantinha contato direto com os líderes do tráfico, repassando escalas de serviço e fotos dos policiais, o que colocava em risco a segurança de seus colegas.

O Policial fornecia informações sigilosas, incluindo rotas de patrulhamento e horários, e
alertas sobre operações policiais, permitindo que a organização evitasse a apreensão de drogas e dinheiro.
Ele recebia pagamentos regulares de “Dadá”, estimados em R$ 5 mil mensais, em troca do fornecimento das informações confidenciais. Também há indícios de que recebeu um veículo usado como pagamento, um Fiat Palio, registrado sob nome falso.

O delegado também comentou sobre a ação envolvendo o policial militar:

“Infelizmente, um policial militar, Maurício, foi identificado como colaborador do tráfico. Ele passava informações sigilosas para a organização criminosa, como escalas operacionais e fotos de policiais, colocando a vida de seus colegas em risco. Esse é um fato lamentável, mas que foi fundamental para nosso avanço na operação”, disse o Delegado Alan Moreno.

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Segurança

Foragido manda cachorro morder PM para escapar de prisão

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Rapaz ainda tentou dar um nome falso para não ser reconhecido, mas acabou preso. Com ele, os policiais encontraram uma drogas e dinheiro

Um homem de 37 anos foi preso em uma operação policial no bairro Divino Espírito Santo, em Vila Velha, após uma tentativa frustrada de fuga. Para tentar se livrar dos policiais, o rapaz deu ordens para o cachorro morder os militares.

Pablo Velten de Jesus, segundo a polícia, estava foragido do sistema prisional desde setembro e possuía uma extensa ficha criminal.

Durante uma ação no bairro, policiais militares viram o suspeito no “Beco da Lica”. De acordo com a polícia, o rapaz estava com uma sacola suspeita e, ao notar a presença dos policiais, tentou escapar e jogou a sacola para um lado. Nela, foram encontradas mais de 200 pedras de crack e R$ 200.

O rapaz acabou detido pouco depois. No momento da prisão, Pablo reagiu com violência e desferiu socos e chutes contra um dos policiais. 

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Ele ainda ordenou que o cachorro atacasse os agentes. O animal mordeu um policial na perna, que precisou de atendimento médico. Pablo ainda tentou dar um nome falso aos policiais. O homem foi levado para a delegacia e acabou preso.

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