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Mulheres vítimas de violência terão curso de educação financeira

O projeto social “Mulher Superando o Medo” atenderá inicialmente 100 mulheres de comunidades de Vila Velha. As inscrições estão abertas e terminam nesta sexta (31).

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O número de feminicídio permanece preocupante no Espírito Santo. No ano passado, 33 mulheres foram assassinadas – mais de dois casos por mês. A maioria foi vítima de maridos (33%) ou companheiros (21%), segundo dados do Observatório Brasileiro de Segurança Pública. Para tentar mudar essa realidade, o projeto “Mulher Superando o Medo” quer ajudar mulheres vítimas de violência doméstica no município de Vila Velha a aumentarem suas rendas e ganharem autonomia financeira.

Lançado durante a abertura da 15ª Semana Nacional Justiça pela Paz em Casa, em novembro de 2019, o projeto inovador foi idealizado pela economista Isabel Berlinck, com a realização do Instituto de Inovação Win e apoio institucional do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comvides).

A iniciativa possui apoio financeiro da Fundação Rotária, dos distritos 4751 e 3522 do Rotary Internacional, Rotary Club Vitória Mata da Praia, Rotary Club Taipei_Taiwan, Rotary Club Vila Velha Praia da Costa e Rotary Club Ituzaingo Maroñas (Uruguai). Foi firmado também um termo de cooperação junto à Prefeitura de Vila Velha.

Além de ajudar mulheres vítimas de violência a não depender financeiramente do marido agressor, a iniciativa consiste em atendimentos psicossociais, levantamento das demandas psicológicas e encaminhamento para o Centro de Atendimento à Vida (Cav) e para o Centro de Referência Especializado em Atendimento à Mulher Vítima de Violência em Vila Velha (Cranvive).

Inicialmente serão atendidas 100 mulheres de sete comunidades do município canela-verde, que receberão capacitação em educação financeira com ênfase no aumento da renda. “O projeto já nasce com o conceito 4.0 da revolução industrial que envolve todas as áreas da sociedade, onde nós vamos entregar a elas o direito de uso de um aplicativo para orientação financeira. Elas receberão mensagens motivadoras, além de terem acesso ao controle das finanças de forma prática. O app inclui ainda o botão do Disque-180, caso precisem fazer alguma denúncia, além de dicas de combate à violência”, explicou Isabel.

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Serão 10 turmas, cada uma com 10 vagas, e cinco encontros semanais, dos meses de fevereiro a junho de 2020. A formatura acontece em agosto, no Tribunal de Justiça do Estado. Dentre os assuntos abordados estão prevenção e combate à violência, apresentação dos serviços da rede pública de saúde, TPM (Treinamento de Inteligência Emocional), conceitos básicos de finanças, controles financeiros, introdução ao empreendedorismo, marketing pessoal, como elaborar um curriculum e atendimentos psicossociais.

As duas primeiras turmas serão nos dias 3, 5, 10, 12 e 17 de fevereiro, segundas e quartas, das 18h às 21h30, com atendimento psicossocial nos dias 4, 6, 11 e 13, terças e quintas, das 17h às 21h. As interessadas devem se inscrever até a próxima sexta-feira (31), pelo site www.institutowin.com.br/mulher ou pelo e-mail [email protected]. As vagas são limitadas.

Segundo o Secretário Executivo do Rotary Club Mata da Praia, Antônio Lacourt, o “Mulher Superando o Medo” promete transformar vidas. “Nós esperamos abrir a mente dessas mulheres para receber o novo, que é a educação financeira, para mostrar que, sabendo administrar o pouco recurso que elas têm oriundos de suas atividades, elas vão conseguir sair desse ciclo de violência. Com isso, buscaremos também mais pessoas para se associarem ao Rotary Club e participarem de ações sociais semelhantes a esta. Nossa missão é conectar o mundo e abrir oportunidades”, disse Lacourt.

A juíza da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJES, Hermínia Maria Azoury, enfatizou a importância da parceria. “A nossa luta é incentivar mulheres. A presença de projetos como esse trazem um upgrade para a vida pessoal e profissional de mulheres que sofrem com a violência doméstica. Muitas delas são dependentes dos algozes e ficam na inércia, sem se posicionarem por conta desta dependência afetiva e econômica dos provedores”, ressalta a juíza.

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De acordo com a Prefeitura de Vila Velha, a parceria com diversas instituições, especialmente com o TJ-ES, é importante. “A Constituição Federal estabelece que a política pública de assistência social tem de ser centrada na família. Sem proteção social não há proteção policial. Vila Velha está se alistando neste movimento em defesa das mulheres”, afirmou o prefeito Max Filho.

Em 2019, a Lei Maria da Penha completou 13 anos, e apesar de todos os esforços, os números de violência doméstica e dos feminicídios no Espírito Santo ainda são alarmantes. O medo, a vergonha e a dependência emocional e financeira ainda são fatores impeditivos para mulheres denunciarem seus agressores. O sofrimento é silencioso e pode culminar em tragédias mais graves.

Inscrições abertas

Mulheres ouvintes e surdas, vítimas de violência doméstica, podem se inscrever no projeto social “Mulher Superando o Medo”. As duas primeiras turmas serão nos dias 3, 5, 10, 12 e 17 de fevereiro, segundas e quartas, das 18h às 21h30, com atendimento psicossocial nos dias 4, 6, 11 e 13, terças e quintas, das 17h às 21h, na Assembleia de Deus de São Torquato, localizada na Praça Getúlio Vargas, 85, São Torquato, Vila Velha.

As inscrições podem ser feitas até a próxima sexta-feira (31) pelo site www.institutowin.com.br/mulher ou pelo e-mail [email protected]. Serão abertas 20 vagas nas duas primeiras turmas. Voluntários da área de recreação ficarão com os filhos das participantes durante as aulas, no local. Mais informações pelos telefones (27) 99730-3300 e (27) 98115-5324.

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Tornado atinge município de Santa Catarina e causa destruição

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Três comunidades sofreram com destelhamentos, queda de árvores e postes de energia; seis pessoas ficaram desalojadas

Um tornado atingiu a cidade de Praia Grande, em Santa Catarina, no sábado, 2. As comunidades Figueira, Três Irmãos e Fortaleza foram as mais atingidas, sofrendo com destelhamentos, queda de árvores e postes de energia. Segundo a prefeitura do município, seis pessoas ficaram desalojadas e um morador teve sua casa destruída. A vítima sofreu apenas ferimentos leves. Além disso, muitas famílias ficaram sem energia elétrica e acesso à internet devido ao temporal. A Cooperativa de Eletricidade Praia Grande (Ceprag) está trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia.

A administração municipal intensificou os trabalhos no domingo, 3, convocando equipes profissionais da própria prefeitura e da Defesa Civil para prestar assistência às vítimas. A Secretaria de Assistência Social também está realizando o cadastro dos desalojados, que estão buscando abrigo com familiares. O prefeito Elisandro Machado ressaltou que este é o quarto fenômeno climático registrado na cidade em 2023, sendo que os primeiros foram observados em junho. Ele destacou os esforços da prefeitura em colaboração com a Defesa Civil para reverter os danos causados e garantir o bem-estar dos cidadãos.

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O que está acontecendo em Maceió? Entenda o risco de colapso da mina da Braskem

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Chão está afundando 2 cm por hora e já cedeu cerca de 1 metro, segundo a Defesa Civil; famílias precisaram deixar suas casas

Famílias precisaram deixar a região do bairro de Mutange, em Maceió (AL), por causa do risco de uma mina da Braskem colapsar e o solo ceder. Os primeiros danos ocorreram em fevereiro de 2018 e atingiram parte das ruas do bairro. Na ocasião, mais de 55 mil pessoas precisaram deixar as suas casas.

Agora, o rompimento de uma das minas de sal-gema exploradas pela empresa deixou a situação ainda pior. Segundo a Defesa Civil, nas últimas 48 horas, o chão cedeu 1 metro e está afundando 2 centímetros a cada 60 minutos.

A preocupação é que o desabamento possa ocasionar grandes crateras, além de tremores. O efeito cascata de rompimento de solos em outras regiões também é uma possibilidade. Cinco abalos sísmicos foram registrados no bairro de Mutange somente no mês de novembro.

Entenda o risco:

• A exploração do sal-gema começou na década de 1970 em Maceió. Desde então, foram criados 35 poços de extração;

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• Em 2018, um forte tremor de terra fez surgir as primeiras rachaduras nos bairros. Uma delas tem 280 metros de extensão;

• Agora, uma das minas do bairro Mutange corre o risco de colapsar e afundar todo o solo. Uma capa extremamente fina cobre a cavidade da mina 18.

Simulação feita pelo programa 'Fala Brasil', da Record

Por que o sal-gema é extraído?

Essa e outras minas foram criadas em decorrência da atividade de mineração para a extração de sal-gema, um cloreto de sódio usado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC).

Essas minas são como cavernas e ficam sob uma lagoa. O topo dessas cavernas pode colapsar a qualquer momento. Os possíveis impactos ambientais são imprevisíveis.

Estado de emergência

A Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por causa do risco iminente de colapso.

Pacientes de um hospital no bairro de Pinheiros foram transferidos para outras unidades de saúde, já que o Hospital Sanatório fica perto do bairro de Mutange, afetado pela atividade de mineração da Braskem.

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A empresa diz estar mobilizada e afirma monitorar a situação da mina 18.

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