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Obras da segunda etapa de descomissionamento do barramento do rio Pequeno começam em Linhares

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Decisão judicial determinou que estrutura seja removida por medida de segurança; intervenções começaram na última terça-feira (03) 

A Fundação Renova informa que, em cumprimento a decisão judicial, deu início à segunda etapa das obras de descomissionamento do barramento do rio Pequeno, em Linhares. As intervenções começaram no dia 3 de dezembro e têm previsão de duração de até 30 dias.

A remoção do barramento acontece após a conclusão da primeira etapa de instalação da base da ensecadeira na parte jusante (abaixo) do atual barramento com a aprovação da Aecom, empresa que atua como perito judicial.

A ensecadeira é uma estrutura provisória que impede o contato das águas do rio Doce com a lagoa Juparanã. Caso o nível do rio Doce aumente, a ensecadeira será alteada (elevada). Atualmente, o nível da lagoa Juparanã está em 7,47 metros.

A decisão proferida pela 12ª Vara Federal de Belo Horizonte (MG) determinou a remoção do barramento em duas etapas, após análises realizadas por empresas especializadas apontarem riscos estruturais. Esse cenário poderia causar o rompimento do barramento e colocar em risco a integridade dos moradores no entorno.

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A atuação da Fundação Renova para garantir a segurança das obras e das famílias em seu entorno é realizada por profissionais das áreas de Infraestrutura, Engenharia, Diálogo, Saúde, Proteção Social, Meio Ambiente, Segurança e Contingência.

Estudos realizados

Após estudos realizados por uma consultoria técnica especializada apontarem riscos estruturais no barramento, a empresa Themag Engenharia foi contratada pela Fundação Renova a pedido da Aecom para a validação dos resultados.

A Themag também atestou a existência de problemas na estrutura e recomendou a execução de obras.

Além disso, o estudo apontou cinco cenários de risco a serem considerados em caso de rompimento do barramento, nos quais as casas poderiam ser atingidas e, assim, colocar em risco a segurança das famílias que estiverem no local.

Histórico

Uma decisão liminar de 2015, emitida logo após o rompimento da barragem de Fundão, determinou a construção de um barramento emergencial no rio Pequeno para impedir o contato das águas do rio Doce com a lagoa Juparanã. Apesar de temporário, o barramento permaneceu instalado por força de uma sentença proferida pelo juiz de Linhares, à época competente para o julgamento da ação, o que agravou a ocorrência de alagamentos, já habituais na região.

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A Fundação Renova informa que, das 33 famílias que residiam na avenida Beira-Rio em março deste ano, 5 permanecem em suas moradias e 28 estão em moradias provisórias.

Sobre a Fundação Renova

A Fundação é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar, com autonomia técnica, administrativa e financeira, os programas e ações de reparação e compensação socioeconômica e socioambiental para recuperar, remediar e reparar os impactos gerados a partir do rompimento da Barragem de Fundão, com transparência, legitimidade e senso de urgência.

A Fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.

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Dezembro, período das festas de fim de ano, deve movimentar R$ 7,9 bilhões em vendas no comércio capixaba

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Levantamento prevê crescimento de R$ 401 milhões em relação ao mesmo mês de 2023. Principais compras serão em hiper e supermercados e em lojas de roupas e calçados

Com a economia capixaba em um momento promissor, tendo o comércio varejista alcançado, em setembro, seu maior patamar de crescimento nos últimos 20 anos, 3,4% – o maior do país –, as expectativas para as vendas no último mês do ano no Espírito Santo são muito otimistas. De acordo com previsões do Connect Fecomércio-ES, o varejo deverá movimentar R$ 7,9 bilhões em dezembro – um aumento de cerca de R$ 401 milhões em relação ao mesmo mês de 2023 –, contribuindo para um total estimado de R$ 81,3 bilhões em todo o ano de 2024.

Segundo o estudo, a expectativa de crescimento nas vendas destaca o potencial do varejo local para aproveitar o aumento da confiança e do poder de compra dos consumidores, consolidando o Natal como uma das principais datas para o comércio capixaba, alavancando as vendas em diversos setores.

As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base nas informações da Confederação Nacional do Comércio de bens, serviços e turismo (CNC).

De acordo com estimativas da CNC, hiper e supermercados lideram as vendas capixabas com aproximadamente 41% do total, refletindo sua relevância na comercialização de alimentos e itens básicos, especialmente no período natalino.

Em seguida, o segmento de vestuário e calçados corresponde a cerca de 34%, impulsionado pelo aumento significativo nas compras de presentes e roupas para as festividades. Outros segmentos, como utilidades domésticas e eletroeletrônicos, representam cerca de 13%, enquanto farmácias e perfumarias compõem aproximadamente 6%.

Para a coordenadora de pesquisa do Observatório do Comércio, o Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio, esses dados refletem a concentração de vendas em categorias diretamente ligadas ao consumo sazonal e à preparação para o Natal, com comidas típicas, roupas e presentes, refletindo o entusiasmo e tradição dessa época.

“Esse período do ano vai além do consumo: ela mobiliza sentimentos de união, celebração e tradição, que se traduzem em uma busca por presentes, alimentos e experiências que reflitam o espírito natalino. Para o varejo, o Natal é não apenas uma oportunidade de aquecer as vendas, mas também de se conectar emocionalmente com os consumidores, oferecendo produtos e serviços que atendam às expectativas e às necessidades de celebração”, explicou Ana Carolina Júlio.

A coordenadora ressaltou ainda que o otimismo do mercado em dezembro se deve, além do crescimento do varejo capixaba, à queda na inadimplência das famílias do estado nos últimos quatro meses, permitindo que mais de 87 mil famílias saíssem do vermelho entre 2023 e 2024. “Com isso, empresários capixabas já antecipam promoções para todo o mês. A expectativa de um bom desempenho reflete a confiança dos consumidores e a estratégia do comércio local em aproveitar ao máximo essa data”.

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Brasil
De acordo com o levantamento da CNC, para o Natal, a estimativa é que o comércio brasileiro movimente R$ 69,75 bilhões. Isso representará uma alta de 1,3% no faturamento em relação ao ano passado.

Quanto aos preços, os produtos, segundo a CNC, devem apresentar aumento médio de 5,8%, destacando-se livros (12,0%), produtos para a pele (9,5%) e alimentos consumidos no domicílio (8,3%). Em contrapartida, itens como bicicletas (-6,2%) e brinquedos (-3,5%) devem ficar mais baratos.

Apesar do mercado de trabalho dinâmico e do aumento real da massa de rendimentos (7% a mais em relação a 2023), o crédito se tornou menos acessível, com altas nas taxas de juros para pessoas físicas, dificultando o financiamento de compras e influenciando o comportamento do consumidor, aponta a CNC.

Contratação de temporários
Neste fim de ano, a previsão é de 289 contratações temporárias no Espírito Santo, o maior número registrado nos últimos 12 anos, impulsionado pelo aumento na expectativa de movimentação no varejo durante o Natal. “Esse dado reforça o otimismo do setor, que projeta um crescimento significativo nas vendas, especialmente em categorias como hipermercados, vestuário e utilidades domésticas”, esclareceu a coordenadora do Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio.

O número vem crescendo desde 2021, após o período crítico da pandemia. “Esse aumento está alinhado com um mercado de trabalho aquecido, evidenciado pela taxa de desemprego de 4,1%, a menor da série histórica iniciada em 2012. Com mais pessoas ocupadas e com renda, a demanda potencial para as compras de fim de ano se amplia, consolidando um ambiente mais favorável para o setor varejista. Além disso, há ainda o impacto positivo do aumento na intenção de consumo das famílias, a maior capacidade de pagamento e a queda na inadimplência”, pontou Ana Carolina.

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No Brasil, estima-se que 98,1 mil trabalhadores sejam contratados neste período. As categorias de produtos mais impactadas são hiper e supermercados; vestuário, calçados e acessórios; utilidades domésticas e eletroeletrônicos; e farmácias, perfumarias e cosméticos.

Pesquisas on-line sobre o Natal
Dados analisados pelo Think with Google em dezembro mostram que um dos assuntos mais buscados no Espírito Santo foi “Peru de Natal – preço”, que registrou um aumento de 4.200%. Isso reflete a preocupação crescente dos consumidores com os custos dos itens tradicionais da ceia. Outro destaque foi o aumento de 3.950% nas buscas por “lista de ceia de Natal simples”, indicando um interesse por soluções mais práticas e econômicas para as celebrações.

“A partir dessas informações, é possível perceber que o Natal de 2024 será marcado por um consumidor mais criterioso, que valoriza tanto o custo-benefício quanto a manutenção das tradições familiares. Essa tendência oferece ao varejo a oportunidade de se alinhar às necessidades dos consumidores e maximizar os resultados durante esse período”, completou a coordenadora do Connect Fecomércio-ES.

A pesquisa completa, com os dados detalhados, pode ser acessada no site https://portaldocomercio-es.com.br.

Sobre a Fecomércio-ES
A Fecomércio-ES integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e representa 374.523 empresas, responsáveis por 65% do ICMS arrecadado no estado e pelo emprego de 719 mil pessoas. Com 31 unidades espalhadas por 15 municípios e ações itinerantes, o Sistema Fecomércio-ES atua em todo o Espírito Santo. A entidade representa 24 sindicatos empresariais e tem como missão contribuir para o desenvolvimento social e econômico do estado. O projeto Connect é uma parceria entre Fecomércio-ES e FAESA, com apoio do Senac-ES, Secti-ES, Fapes e Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI).

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Turismo capixaba avança com mais emprego e menos informalidade

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A Secretaria do Turismo (Setur), em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), apresentou, nesta segunda-feira (09), o Boletim da Economia do Turismo – 3º Trimestre de 2024, na sede do IJSN, em Vitória. A pesquisa trouxe dados relevantes sobre o desempenho do turismo capixaba, incluindo geração de empregos formais, redução da informalidade e variação das receitas e atividades econômicas. 

Entre os destaques do boletim está a redução da taxa de informalidade no setor turístico, que caiu de 38,8% no segundo trimestre para 35,3% no terceiro trimestre. Essa diminuição reflete os esforços contínuos do setor em promover formalização e qualificação.

Além disso, o turismo no Espírito Santo manteve o saldo positivo de empregos pelo quinto trimestre consecutivo, com a criação de 209 novos postos de trabalho celetistas no período. Desde o terceiro trimestre de 2023, o setor gerou 2.419 novas vagas formais, reafirmando sua importância para a economia estadual. 

“Não podemos falar de qualificação profissional sem mencionar o Qualificar ES, programa do governo que, desde 2019, já abriu mais de 750 mil vagas em cursos de capacitação, incluindo no setor de turismo. Esse programa tem sido fundamental para preparar as pessoas e facilitar sua inserção em um mercado tão promissor”, destacou o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira. 

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Outro dado relevante é o aumento da massa de rendimentos no turismo, que chegou a R$ 489,87 milhões no trimestre. No entanto, o rendimento médio dos trabalhadores caiu de R$ 2.814,13 no segundo trimestre para R$ 2.703,68 no terceiro. 

Desafios e oportunidades 

No acumulado do ano, o Espírito Santo apresentou um decréscimo de 6,5% no volume de atividades turísticas, abaixo das médias nacional (2,0%) e regional (2,5%). A receita turística no Estado ficou abaixo da média do Sudeste e do Brasil, o que evidencia desafios para o fortalecimento da competitividade do turismo capixaba. 

Segmentos como transporte e alimentação lideraram a ocupação no setor, enquanto alojamento e atividades culturais registraram quedas significativas em comparação ao mesmo período de 2023, embora o setor de alojamento tenha mostrado sinais de recuperação em relação ao trimestre anterior, com um aumento de 7%. 

Os municípios de Aracruz, Cariacica, João Neiva, Vila Velha e Nova Venécia apresentaram os melhores saldos de empregos no período, enquanto cidades litorâneas como Guarapari e Anchieta aguardam recuperação com a proximidade da temporada de Verão. 

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O secretário de Estado do Turismo, Philipe Lemos, celebrou os resultados, mas reforçou a necessidade de manter o foco em estratégias de longo prazo: “Os números mostram que o turismo capixaba está no caminho certo, com geração de empregos e redução da informalidade. No entanto, ainda temos desafios importantes, como o aumento da competitividade e a valorização dos nossos atrativos. A expectativa é que o próximo trimestre registre um crescimento ainda maior, impulsionado pelo tradicional aumento do fluxo de turistas no Verão”, ressaltou Lemos.

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