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Internacional

Onda de calor provoca apagões no México e racionamento de energia elétrica na Costa Rica, Equador e Colômbia

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Mundo está passando por onze meses consecutivos de temperaturas anormalmente altas, tanto no ar quanto na superfície dos oceanos

A forte onda de calor que afeta o mundo, tem surtido efeito em vários setores. O México, por exemplo, várias regiões têm sofrido com apagões intermitentes devido ao alto consumo de energia, anunciou o governo nesta quinta-feira (9). “Houve uma demanda superior à capacidade de geração” de energia, disse em entrevista coletiva o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador. Nos últimos dias, foram registrados apagões na capital do país, no vizinho Estado do México e em outras áreas, como Michoacán (oeste), Tamaulipas (nordeste) e Campeche (sudeste). Em algumas dessas regiões a temperatura passou de 40º C. A entidade responsável pelo sistema elétrico mexicano costuma fazer cortes de energia para equilibrar a oferta e demanda. O calor provocou a redução do nível de diversas represas do país, causando preocupação nos setores produtivos, principalmente no agropecuário.

Uma situação semelhante acontece na Costa Rica, onde autoridades anunciaram que a partir da segunda-feira (13) haverá um racionamento de energia devido à escassez de água nos reservatórios como resposta às secas provocadas pelo fenômeno climático El Niño, informaram as autoridades. O racionamento durará um máximo de três horas por cliente de forma alternada. “Este El Niño foi realmente o mais complicado da história da Costa Rica”, disse Roberto Quirós, diretor do Instituto Costarriquenho de Eletricidade (ICE), principal fornecedor de energia do país. “Esta é uma seca que não víamos há 50 anos”, disse Berny Fallas, especialista em hidroclimatologia do ICE.

calor no mundo

A Costa Rica possui uma matriz energética verde em que 99% da produção provém de fontes renováveis. Dessa produção limpa, 75% é gerada em hidrelétricas, que foram afetadas pela falta de chuvas no período de seca (novembro-maio). Esse será o primeiro racionamento de energia desde 2007, quando o El Niño também causou problemas. Os cortes começarão na segunda-feira (13) em toda a Costa Rica, com um máximo de três horas por cliente de forma alternada. Hospitais, centros de saúde, serviços básicos e indústria não serão afetados, segundo o ICE.

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A medida tem duração indeterminada e dependerá da quantidade de água que cair nas próximas semanas. A temporada de chuvas vai de maio a novembro. O ICE recomendou que a população faça uso responsável da energia elétrica e não desperdice seu consumo, uma vez que os reservatórios estão em níveis criticamente baixos. Equador e Colômbia também têm sofrido com o racionamento de energia, devido à falta de água para alimentar as usinas hidrelétricas.

11 meses de temperaturas anormais 

Não são apenas os países da América Latina que têm sofrido com o calor e os impactos do El Niño. O mundo inteiro tem sofrido as consequências. Segundo o observatório europeu Copernicus, mundo está passando por onze meses consecutivos de temperaturas anormalmente altas, tanto no ar quanto na superfície dos oceanos, apesar do enfraquecimento do fenômeno climático natural El Niño. A temperatura da superfície dos oceanos bateu um recorde mensal em abril, com uma média de 21,04°C fora das zonas próximas aos polos, marcando o décimo terceiro recorde mensal consecutivo. O globo terrestre tem registrado uma média de temperatura anormal desde junho do ano passado. Abril de 2024 não é exceção a essa regra, com uma temperatura média de 15,03°C, o que representa 1,58°C a mais do que um mês de abril médio da era pré-industrial (1850-1900).

“Embora incomum, uma série semelhante de recordes mensais já foi observada em 2015/2016”, observou o Copernicus. Nos últimos doze meses, a temperatura global tem sido 1,61°C mais alta do que na era pré-industrial, ultrapassando o limite de 1,5°C estabelecido pelo acordo de Paris. No entanto, essa anomalia precisa ser observada em média por várias décadas para considerar que o clima atingiu esse limite crítico. O mês passado foi o segundo abril mais quente já registrado na Europa, assim como março e todo o período de inverno. “Cada grau adicional de aquecimento climático é acompanhado por eventos climáticos extremos, tanto mais intensos quanto mais prováveis”, lembrou Julien Nicolas.

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calor

As últimas semanas têm sido marcadas por ondas de calor extremo na Ásia, da Índia ao Vietnã, enquanto o sul do Brasil sofre com inundações devastadoras. No entanto, em termos de precipitação, o Copernicus não identifica tendências claras para abril, relatando contrastes significativos em todo o mundo. O mês foi mais úmido do que o normal em grande parte da Europa, mas mais seco no sul do continente e em partes dos Bálcãs e da Rússia. A situação é semelhante fora da Europa: em grande parte da América do Norte, Ásia Central e Oriental, Golfo Pérsico e sul do Brasil, chuvas intensas causaram inundações, que continuaram em maio. Mas no norte do México, ao redor do Mar Cáspio e em grande parte da Austrália, a seca tem predominado.

“El Niño atingiu seu pico no início do ano”, observa Julien Nicolas, o que pode explicar uma diminuição em certos valores: em abril, a anomalia da temperatura do ar é menos pronunciada do que em março, em comparação com a era pré-industrial, e a temperatura da superfície do oceano é menos quente do que em março. “Os modelos de projeção indicam uma possível transição para condições La Niña na segunda metade do ano, mas as condições ainda são bastante incertas”, continua o climatologista. La Niña é o oposto de El Niño, produzindo efeitos contrários. No entanto, a saída de El Niño não alterará a tendência fundamental do aquecimento causado pela atividade humana. “Este fenômeno se sobrepõe a tendências de longo prazo que persistem e estão diretamente relacionadas ao aquecimento devido ao aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera e às quantidades de calor que são absorvidas e armazenadas, especialmente nos oceanos”, destaca Nicolas.

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Internacional

Bilionário morre após engolir abelha

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Sunjay Kapur, presidente da gigante de autopeças Sona Comstar, era amigo do príncipe William e ex-marido de estrela de Bollywood

O bilionário indiano Sunjay Kapur, amigo do príncipe William e ex-marido da estrela de Bollywood Karisma Kapoor, faleceu ontem após desmaiar em uma partida de polo – esporte que já praticara junto ao príncipe de Gales – na Inglaterra ontem.

Relatos sugerem que ele foi picado por uma abelha na boca, o que pode ter provocado um choque anafilático e causado um ataque cardíaco.

O empresário, presidente da empresa multinacional de autopeças Sona Comstar, havia prestado homenagem às vítimas da tragédia do acidente aéreo da Air India ontem, horas antes e supostamente engolir uma abelha.

Karisma Kapoor, extrela do cinema indiano e ex-esposa de Sunjay Kapur — Foto: reprodução/Instagram
Karisma Kapoor, extrela do cinema indiano e ex-esposa de Sunjay Kapur — Foto: reprodução/Instagram

“Notícias terríveis sobre o trágico acidente da Air India em Ahmedabad. Meus pensamentos e orações estão com todas as famílias afetadas. Que elas encontrem forças neste momento difícil”, escreveu o empresário.

Sunjay Kapur atualmente era casado com a ex-modelo e atriz Priya Sachdev — Foto: reprodução/Instagram
Sunjay Kapur atualmente era casado com a ex-modelo e atriz Priya Sachdev — Foto: reprodução/Instagram
Internautas mencionaram que a morte de Sunjay Kapur, ex-marido da atriz Karisma Kapoor, aconteceu horas depois dele lamentar a tragédia da queda do avião da Air India — Foto: reprodução/Instagram

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Internacional

‘Não faço ideia de como saí desse avião’: Único sobrevivente de queda de avião

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Vishwash Kumar Ramesh conseguiu pular para fora da aeronave, que levava 242 pessoas a bordo. Todos os outros ocupantes morreram, segundo as autoridades

O único sobrevivente do voo da Air India, que caiu no oeste da Índia com 242 pessoas a bordo nesta quinta-feira (12), ligou para o pai momentos após o desastre.

Único sobrevivente da queda do avião sai andando do local; veja momento  surpreendente

Viswash Kumar Ramesh, de 40 anos, está hospitalizado. Ele conseguiu escapar da aeronave pela saída de emergência.

“Não faço ideia de como saí desse avião”, disse ele, segundo um de seus irmãos, Nayan Kumar Ramesh.

Nayan mora em Leicester, na Inglaterra, assim como Viswash. Ele contou à imprensa britânica que o irmão recebeu uma ligação do pai já sentado na sua poltrona no avião, e disse que o voo iria decolar em beve.

Minutos depois, porém, o pai recebeu uma ligação de vídeo na qual Viswash relatou a queda.

Único sobrevivente de acidente de avião na Índia teria feito contato com a  família para dizer que estava 'bem' | Jovem Pan

Poltrona 11A

Relatos da imprensa indiana dizem que Kumar Ramesh estava na poltrona 11A, do lado de uma saída de emergência.

“Ele estava perto da saída de emergência e conseguiu escapar pulando pela porta”, afirmou a policial Vidhi Chaudhary, em Ahmedabad. Ainda não está claro se ele pulou antes ou depois do impacto.

Viswash Kumar Ramesh nasceu na Índia, mas tem cidadania britânica. Em entrevista no hospital, ele contou que estava voltando com o irmão para o Reino Unido após visitar a família na Índia.

“Quando me levantei, havia corpos ao meu redor. Fiquei com medo. Me levantei e corri. Havia pedaços do avião por todo lado. Alguém me segurou, me colocou em uma ambulância e me trouxe ao hospital”, disse ele ao jornal Hindustan Times.

Sobrevivente de queda de avião na Índia escapou pela saída de emergência,  diz a polícia - Rádio Pampa

Imagens divulgadas nas redes sociais e exibidas por canais indianos mostram um homem com camiseta branca manchada de sangue e calça escura, mancando na rua. Ele aparece amparado por um socorrista, com hematomas no rosto, e usando um cavanhaque.

No vídeo, pessoas perguntam onde estão os outros passageiros. Ele responde: “estão todos lá dentro”.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente a autenticidade da gravação. A aparência do homem no vídeo, no entanto, é semelhante à de outras imagens divulgadas do sobrevivente.

Um familiar que vive no Reino Unido confirmou à Reuters que Viswash Kumar Ramesh sobreviveu e que a família conseguiu contato com ele, mas não deu mais detalhes.

Já um primo do sobrevivente que mora no Reino Unido, disse à rede britânica BBC que também falou com o sobrevivente por telefone. “Ele só disse que estava bem, nada mais”, contou.

A família ainda não tem notícias de Ajay, o irmão de Viswash Kumar Ramesh. “Estamos mal. Todos muito abalados”, afirmou o primo.

Infográfico mostra detalhes da queda do avião Boeing 787-8 da Air India ocorrida em 12 de junho — Foto: g1

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