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Política Nacional

ONGs contratadas pelo governo Lula são investigadas por suspeita de desvio em programa de distribuição de refeições, diz O Globo

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ONGs contratadas pelo governo Lula para distribuir refeições à população em situação de rua em São Paulo estão sendo investigadas após denúncias de que não entregaram as refeições previstas em contrato. As organizações, que receberam R$ 5,6 milhões do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), seriam ligadas a parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT), segundo reportagem do O Globo.

A apuração jornalística revelou que uma das ONGs é comandada por um ex-assessor do PT e teria repassado recursos a entidades geridas por auxiliares e ex-auxiliares de parlamentares petistas. Durante visitas aos endereços fornecidos ao governo, jornalistas não encontraram evidências da produção ou distribuição dos alimentos contratados.

Diante da repercussão, o MDS afirmou em nota que já iniciou uma investigação interna e enviou uma equipe para vistoriar as unidades denunciadas. “As denúncias apontadas estão sendo objeto de averiguação, e o MDS já enviou uma equipe ao local nesta quinta-feira, que ficará pelo tempo que for necessário”, destacou a pasta.

Além disso, o ministério acionou a Rede Federal de Fiscalização, que reúne a Controladoria-Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Polícia Federal, para acompanhar o caso. “Estamos comprometidos com a correta aplicação dos recursos públicos e tomaremos todas as medidas cabíveis para garantir transparência”, declarou o órgão.

Uma das ONGs investigadas, liderada por Júnior Varjão, destinou parte dos R$ 5,6 milhões recebidos do governo a empresas de familiares. Varjão repassou recursos a uma firma de sua própria propriedade, registrada como prestadora de “serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas”. Além disso, a empresa assinou um contrato de R$ 96 mil com a ONG Mover Helipa para fornecer “consultoria de relações institucionais”.

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Outro contrato, no valor de R$ 72 mil, foi firmado com uma empresa de Jhonatas Varjão Ferreira, sobrinho de Júnior Varjão. O contrato foi assinado três dias antes da abertura oficial da empresa na Receita Federal. Jhonatas afirmou que retornou à ONG como consultor de comunicação e que seu trabalho inclui a gestão de redes sociais.

— Eu fui um dos fundadores da ONG, junto com meu tio, mas agora voltei depois de passar por outros empregos. Sou consultor de comunicação e cuido de redes sociais — disse ele.

Júnior Varjão defendeu as contratações.

— Os diretores da instituição que executam o trabalho podem receber pelo projeto. Está tudo dentro da lei. Meu sobrinho foi contratado pela capacidade técnica, não por ser parente — argumentou.

No entanto, especialistas questionam a legalidade dessas contratações. A desembargadora federal aposentada Cecilia Mello afirmou que, ao utilizar recursos públicos, é necessário adotar critérios rigorosos.

— Mesmo sendo uma ONG, é necessário fazer uma pesquisa de preços, algo similar a uma licitação. Não se pode contratar a própria empresa sem comprovação de capacitação. Quando ele contrata sua própria empresa, ela deve ter experiência na área — ressaltou.

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Diante das denúncias, o MDS acionou a Rede Federal de Fiscalização, que inclui a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU), para investigar os gastos das ONGs no programa Cozinha Solidária.

Em nota, o ministério garantiu que todas as apurações estão sendo conduzidas com transparência. “As denúncias estão sendo objeto de averiguação, e o ministério já enviou uma equipe ao local, que ficará pelo tempo que for necessário, vistoriando todas as unidades denunciadas”, afirmou. A pasta também destacou que, caso sejam confirmadas irregularidades, “outras providências serão tomadas conforme a legislação vigente”.

Além disso, o convênio firmado previa a construção de uma cozinha-escola, objetivo que ainda não foi alcançado.

Parlamentares da oposição acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Tribunal de Contas da União (TCU), exigindo explicações sobre os critérios para a escolha das ONGs.

— O governo Lula precisa explicar por que escolheu ONGs sem capacidade comprovada para uma tarefa tão crucial — disse a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), classificando o episódio como “inadmissível”.

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Política Nacional

Conheça a bancada da cerveja, nova frente do Congresso com governistas e oposicionistas

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Indústria cervejeira representa 2% da economia nacional, justificam parlamentares

O Congresso criou nesta quarta-feira (12) a Frente Parlamentar Mista da Cadeia da Cerveja.

Com 199 integrantes, a bancada tem membros que vão do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, ao PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como mostrou a Coluna do Estadão, a frente parlamentar recebe críticas de entidades de saúde. As organizações afirmam que a criação da bancada contraria o princípio de que o poder público deve proteger a saúde da população.

A frente parlamentar mista pode ser composta por deputados e senadores. Do total de integrantes, 198 são da Câmara. Luiz Carlos Heinze (PP-RS) é o único representante do Senado.

Com 32 membros, o PP é o partido que está mais presente na bancada da cerveja. Essa é a sigla do presidente da frente parlamentar, o deputado Covatti Filho (RS).

Procurado pela Coluna do Estadão, ele disse que o grupo não incentiva o consumo excessivo de álcool e ressaltou que a indústria cervejeira representa 2% da economia nacional.

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Depois do PP, os partidos com mais membros são PL (31), PT (28), PSD (19) e MDB (18).

Os Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul são os que possuem mais integrantes, com 20 cada. Em seguida, aparecem Minas Gerais (19), Rio de Janeiro (18) e Bahia (18).

Entre os membros da bancada da cerveja, estão líderes de partidos na Câmara, como Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), Luciano Amaral (PV-AL), Pedro Lucas Fernandes (União-MA) e Talíria Petrone (PSOL-RJ).

O líder da Oposição, Luciano Zucco (PL-RS), também é um dos integrantes.

O documento de criação da Frente Parlamentar da Cerveja cita que o objetivo do grupo é “promover debates, ações e políticas públicas a toda a cadeia produtiva, que envolve diversos atores e estágios, desde a produção dos ingredientes até a distribuição e consumo da bebida”.

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Política Nacional

Lula visita Japão e busca solicitar inspeção sanitária para liberar exportação de carne brasileira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, programou uma visita ao Japão entre os dias 24 e 27 de março. O objetivo principal da viagem é solicitar uma inspeção fitossanitária que possibilite a liberação da exportação de carne bovina in natura do Brasil. Essa inspeção é um passo crucial para a abertura do mercado japonês, que ainda não estabeleceu uma data para a realização do processo. Durante sua estadia no Japão, Lula terá a oportunidade de se encontrar com o imperador Naruhito e o primeiro-ministro Shigeru Ishiba. Acompanhado por uma comitiva de aproximadamente 500 empresários, o presidente participará de um fórum empresarial Brasil-Japão em Tóquio. O embaixador japonês no Brasil, Teiji Hayashi, ressaltou que a visita de Lula será um fator importante para fortalecer as relações bilaterais, que celebram 130 anos de diplomacia em novembro.

Além do Japão, Lula também seguirá para o Vietnã, onde se reunirá com líderes locais. O comércio entre os dois países já alcançou cerca de US$ 8 bilhões, e a meta é atingir US$ 15 bilhões até 2030. O governo brasileiro está empenhado em transformar as relações com o Vietnã em uma parceria estratégica, refletindo a importância que o país asiático tem na política externa do Brasil. A ampliação das relações com nações asiáticas é uma prioridade na agenda do governo Lula, que busca diversificar seus parceiros comerciais e fortalecer laços econômicos.

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