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Medicina e Saúde

Os riscos do consumo de energéticos entre crianças e adolescentes

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Essas bebidas contêm altas concentrações de estimulantes, além de outras substâncias como ginseng, taurina e carnitina. Veja o alerta

Nos últimos anos, o consumo de bebidas energéticas entre adolescentes tem aumentado significativamente. Elas são frequentemente usadas para aumentar a disposição nos estudos, melhorar o desempenho esportivo ou simplesmente para manter-se acordado por mais tempo.

No entanto, esses produtos podem trazer sérios riscos à saúde, especialmente para jovens em fase de crescimento e desenvolvimento.

As bebidas energéticas contêm altas concentrações de estimulantes, como cafeína e guaraná, além de outras substâncias como ginseng, taurina, carnitina e glucuronolactona, que podem impactar diversas funções do organismo.

Embora muitas pessoas associem os energéticos apenas a um aumento da disposição, seus efeitos podem ser prejudiciais, especialmente quando consumidos em excesso ou combinados com outras substâncias, como álcool.

Os efeitos da cafeína e outros estimulantes no organismo

A cafeína é o principal ingrediente ativo das bebidas energéticas, e seu consumo excessivo pode gerar diversos problemas de saúde. Em adolescentes, cujos organismos ainda estão em desenvolvimento, os efeitos podem ser ainda mais intensos.

Entre os principais riscos do consumo excessivo de cafeína, destacam-se:

  • Aumento da pressão arterial, podendo sobrecarregar o coração e contribuir para problemas cardiovasculares no futuro.
  • Efeito diurético, levando à perda excessiva de líquidos e eletrólitos, o que pode causar desidratação.
  • Insônia e alterações no ciclo do sono, afetando a qualidade do descanso e o desempenho escolar e esportivo.
  • Ansiedade e irritabilidade, aumentando os níveis de estresse e prejudicando a concentração.
  • Bruxismo (ranger ou apertar os dentes, muitas vezes de forma inconsciente), o que pode levar a dores musculares, desgaste dental e dores de cabeça.
  • Alterações de humor, incluindo crises de agressividade, agitação e até sintomas depressivos em longo prazo.
  • Risco de dependência física, já que o corpo pode passar a necessitar de doses cada vez maiores de cafeína para obter o mesmo efeito estimulante.
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Muitos adolescentes consomem essas bebidas sem perceber que podem estar colocando a própria saúde em risco.

O problema se agrava quando os energéticos são combinados com outras substâncias estimulantes, como café e refrigerantes à base de cola, ou quando são ingeridos junto com álcool, o que pode mascarar os efeitos da embriaguez e aumentar o risco de intoxicação.

Os impactos das bebidas energéticas na saúde bucal

Além dos efeitos no organismo, as bebidas energéticas também trazem grandes riscos para a saúde bucal, sendo um fator de preocupação para dentistas e ortodontistas.

Seus principais impactos incluem:

Favorecimento do bruxismo: A cafeína e outros estimulantes aumentam a atividade muscular da mandíbula, levando ao ranger e apertamento dos dentes. O bruxismo pode causar desgaste excessivo do esmalte, dores na articulação temporomandibular (ATM) e até fraturas dentárias.

Aumento do risco de cáries: Muitas marcas de energéticos contêm altas quantidades de açúcar, que servem de alimento para as bactérias presentes na boca. Isso favorece a proliferação bacteriana e aumenta significativamente o risco de cáries e inflamações gengivais.

Desgaste do esmalte dentário: As bebidas energéticas possuem pH ácido, o que contribui para a erosão do esmalte dental. Muitas dessas bebidas também contêm ácido cítrico, que agrava ainda mais esse processo. Quando o desgaste do esmalte ocorre em conjunto com o bruxismo, os danos aos dentes podem ser extremamente severos, levando a hipersensibilidade dentária e necessidade de tratamentos restauradores.

Desidratação e boca seca: A cafeína tem efeito diurético, o que pode reduzir a produção de saliva. Como a saliva é essencial para neutralizar ácidos e proteger os dentes, sua redução pode tornar a boca mais vulnerável a cáries e erosão ácida.

Crianças e adolescentes devem evitar o consumo

Diante de todos esses riscos, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que as bebidas energéticas são um perigo para a saúde de crianças e adolescentes.

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Seus efeitos no sistema nervoso, cardiovascular e metabólico são preocupantes, e seu consumo deve ser evitado nessa faixa etária.

No âmbito odontológico, os prejuízos também são evidentes, tornando essas bebidas contraindicadas para quem deseja manter a saúde bucal e evitar complicações futuras.

O desgaste dos dentes, o aumento de cáries e o agravamento do bruxismo são problemas que podem exigir tratamentos longos e complexos no futuro.

Como proteger a saúde dos jovens?

É fundamental que pais e responsáveis estejam atentos ao consumo de energéticos por parte dos adolescentes e conversem abertamente sobre os riscos envolvidos.

Algumas estratégias para reduzir o consumo incluem:

✔ Incentivar alternativas saudáveis para obtenção de energia, como uma alimentação equilibrada, rica em frutas, proteínas e carboidratos de qualidade.
✔ Estimular boas práticas de sono, garantindo que o adolescente tenha um descanso adequado, sem precisar recorrer a estimulantes.
✔ Reforçar a importância da hidratação com água e bebidas naturais, evitando refrigerantes e energéticos.
✔ Conversar sobre os riscos da cafeína e do açúcar em excesso, destacando os impactos na saúde física e bucal.
✔ Monitorar o consumo de bebidas energéticas, especialmente em situações sociais onde possam ser combinadas com álcool ou outras substâncias prejudiciais.

A informação é a melhor forma de prevenção! O consumo desenfreado de bebidas energéticas pode ter consequências sérias para a saúde geral e bucal dos jovens. Ao entender os riscos e buscar alternativas saudáveis, é possível garantir um futuro mais equilibrado e livre de complicações desnecessárias.

Energia de verdade vem de hábitos saudáveis, não de bebidas artificiais! Preserve sua saúde e seu sorriso!

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11 bebês recebem antídoto contra picada de cobra em vez de vacina em hospital de SC

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Os bebês estão sob acompanhamento de equipe médica, mas não apresentaram reações ao antídoto

No lugar da vacina de prevenção à hepatite B, 11 recém-nascidos receberam antídoto contra picada de cobra, em um hospital de Canoinhas, no norte de Santa Catarina. Os bebês estão sob acompanhamento de equipe médica, mas não apresentaram reações ao antídoto. Os casos aconteceram entre os dias 9 e 11 deste mês e foram confirmados pelo hospital. Uma sindicância foi aberta para apurar o erro.

A troca da vacina pelo soro antiofídico aconteceu no Hospital Santa Cruz, que é filantrópico e mantém convênio com a prefeitura.

“Reforçamos que nenhuma reação adversa foi identificada nos recém-nascidos, os quais não estão internados, permanecem estáveis e sob acompanhamento”, diz o hospital em nota. Ainda segundo a nota, as famílias são acompanhadas e todos os protocolos de segurança dos pacientes estão sendo seguidos.

A substância aplicada nos bebês, chamada imunoglobulina heteróloga é um antibotrópico, utilizado para neutralizar ou reduzir os efeitos da picada de jararaca. Conforme o hospital, os rótulos dos dois medicamentos são do mesmo laboratório e o soro teria sido colocado em local errado.

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O hospital informou ter identificado a troca da medicação no último dia 12. “Desde o primeiro momento, o hospital adotou todas as medidas de assistência e acolhimento às famílias e aos recém-nascidos envolvidos, que vêm e serão monitorados de forma contínua por nossa equipe multidisciplinar”, diz, ainda, a nota.

O hospital explica que, ainda que os recém-nascidos tivessem sofrido uma picada de cobra, eles receberiam o soro em doses de 20 a 40 mililitros, para sintomas leves, e até 120 para casos mais graves, conforme orientação do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (Ciatox).

No entanto, a dose aplicada nos bebês foi de 0,5 ml. “Não existe risco de reações graves e moderadas”, reforça.

De acordo com a prefeitura, parte dos atendimentos do hospital são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O município repassa cerca de R$ 1 milhão por mês para ajudar a custear os atendimentos. A prefeitura informou que vai contratar uma auditoria para apurar o caso.

Em nota, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) afirma que foi notificada e monitora o caso. “Não há registro de reações graves até o momento e a orientação é manter as crianças em observação por período de até 30 dias.”

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Quanto à conduta vacinal, considerando que a vacina da Hepatite B (dose zero) pode ser realizada até 30 dias do nascimento, o imunizante deve ser aplicado, assim como a vacina BCG. As duas vacinas são as primeiras que a criança recebe após o nascimento.

“Os Erros de Imunização devem ser notificados, sendo que a SES realiza o monitoramento dessas notificações e orientações quanto às condutas em situações de gravidade.”

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Saúde infantil no Brasil avança com soluções que unem afeto e inovação

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O cuidado com a saúde das crianças tem ganhado novas aliadas: a tecnologia e a humanização. No Dia do Pediatra, celebrado em 27 de julho, especialistas chamam atenção para a importância de recursos que não apenas garantem precisão nos diagnósticos, mas também ajudam a tornar o momento do cuidado menos traumático, especialmente nos primeiros anos de vida.

Dispositivos como oxímetros, termômetros e inaladores com design voltado ao público infantil têm feito a diferença na adesão ao tratamento e no monitoramento em casa, especialmente em um cenário onde os pais estão cada vez mais envolvidos na rotina de saúde dos filhos.

Um dos exemplos que podem ser observados é o oxímetro pediátrico OLED Graph, que ganhou espaço em consultórios e residências por permitir a medição da saturação de oxigênio (SpO2) e da frequência cardíaca em crianças pequenas. Com capacidade de leitura em dedos a partir de 7mm de largura, o aparelho utiliza um algoritmo que evita falhas de leitura mesmo em situações de agitação ou movimento.

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“O desenvolvimento infantil impõe desafios próprios, como variações rápidas nos sinais vitais. Soluções como essa ajudam a garantir mais confiabilidade nos dados clínicos”, observa Pedro Henrique de Abreu, gerente de marketing da G-Tech.

Outro ponto de atenção entre pediatras é a resistência das crianças aos tratamentos por nebulização. Nesse contexto, dispositivos com apelo visual e formatos lúdicos têm sido utilizados como estratégia para tornar o processo menos invasivo. É o caso do nebulizador Compact DCDOG1, que adota o formato de um cachorrinho e utiliza a tecnologia SuperFlow Plus, com menor ruído e maior eficiência de partículas inaladas.

“A proposta vai além da estética. O uso de elementos visuais amigáveis tem impacto direto na aceitação do tratamento por parte da criança”, aponta Abreu. “Além disso, a performance técnica do aparelho permite que a medicação chegue com mais eficácia aos pulmões.”

Já o termômetro infravermelho sem contato Easy Sensor, utilizado em atendimentos e também no ambiente doméstico, busca oferecer uma alternativa rápida, higiênica e de fácil leitura para a aferição de temperatura. Com visor que muda de cor conforme o estado febril, o modelo dispensa o contato direto com a pele, o que reduz o risco de contaminação cruzada e evita incômodos nos pequenos.

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Nos últimos anos, fabricantes do setor têm investido em soluções que combinam precisão clínica e design pensado para o dia a dia das famílias. “O desafio é equilibrar usabilidade, confiança e conforto e isso passa não só por tecnologia de ponta, mas por empatia com as realidades das crianças e dos cuidadores”, resume o executivo.

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