conecte-se conosco


Medicina e Saúde

Paracetamol na gravidez pode aumentar risco de TDAH em crianças; entenda

Publicado

Essa não é a primeira pesquisa sobre o assunto, que gera polêmica e discussões na comunidade médica há alguns anos

Uma dúvida muito comum entre mulheres grávidas é se elas podem tomar paracetamol. Um questionamento que faz todo sentido, uma vez que a comunidade médica ainda não chegou a veredito sobre o tema. Existem estudos que relacionam essa substância a algumas doenças que podem acometer o bebê e outros que dizem que não há problema nenhum.

Para quem não ligou o nome ao remédio, ele é o princípio ativo do Tylenol, por exemplo, e, como analgésico e antitérmico, serve para aliviar dores e ajudar a controlar a febre. Ou seja, trata-se de medicamento comum e amplamente usado aqui no Brasil — tanto que nem precisa de receita médica para comprá-lo.

Esse fácil acesso torna seu uso mais perigoso, segundo os cientistas que defendem a proibição. É o caso de pesquisadores da Universidade de Washington (EUA), que acabam de divulgar artigo, publicado na Nature Mental Health, que sugere a relação do uso do paracetamol na gravidez a risco maior de a criança desenvolver o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

O TDAH é uma condição neurológica que afeta a capacidade de concentração e pode causar hiperatividade (como diz seu próprio nome). Os principais sintomas são dificuldade de atenção, inquietação, impulsividade, agitação, além de distração fácil.

Leia mais:  Nova resolução amplia grupo de trabalhadores da saúde contemplados com a imunização contra a Covid-19

Paracetamol e TDAH

  • Neste estudo mais recente, os cientistas analisaram biomarcadores de exposição ao acetaminofeno (nome científico do paracetamol) em 307 pares de mães e filhos estadunidenses;
  • A partir disso, a equipe identificou que a maioria das crianças desse grupo com diagnóstico de TDAH têm mães cujas amostras de sangue apontaram para presença da substância no segundo trimestre da gravidez;
  • Essas crianças tiveram probabilidade 3,15 vezes maior de diagnóstico de TDAH quando comparadas com aquelas sem exposição ao remédio;
  • Segundo os cientistas, a associação se mostrou mais forte entre as mulheres do que entre os homens;
  • Vale destacar que esta foi uma pesquisa de observação de dados;
  • Ela ajuda a fortalecer a tese, mas não é definitiva — assim como várias outras que existem.

O que diz a outra pesquisa

“E por que esse debate todo na comunidade científica?”, você pode estar se indagando. Há aproximadamente um ano, em abril de 2024, outro estudo causou bastante impacto no meio acadêmico. E ele fala justamente o contrário da pesquisa recém-divulgada.

Leia mais:  Setembro Verde: SESA realiza ações ao longo do mês para a conscientização sobre doação de órgãos

Publicado na revista científica JAMA, o artigo leva a assinatura de pesquisadores do Instituto Karolinska (Suécia) e da Universidade de Drexel (EUA).

Os pesquisadores analisaram os registros médicos e pré-natais de cerca de 2,5 milhões de crianças nascidas na Suécia entre 1995 e 2019. E o critério principal utilizado foi o estudo de irmãos com os mesmos pais biológicos.

 

Associação Brasileira de TDAH estima que cerca de 8% das crianças e adolescentes do País tenham o transtorno (Imagem: Phalexaviles/Shutterstock)

Segundo o MedicalXpress, na ciência, a análise entre irmãos é poderosa, pois eles compartilham fatores genéticos e ambientais, o que elimina algumas das variáveis que podem distorcer os resultados nos ensaios clínicos.

E, a partir dessa coleta de dados, os cientistas demonstraram que não havia evidências de maior risco de autismo, TDAH ou deficiência intelectual associado ao uso de paracetamol durante a gravidez.

Há especialistas que concordam com essa análise e outros que ficam com a pesquisa mais recente. Independentemente disso, o mais importante é sempre seguir a orientação de seu médico.

publicidade

Medicina e Saúde

11 bebês recebem antídoto contra picada de cobra em vez de vacina em hospital de SC

Publicado

Os bebês estão sob acompanhamento de equipe médica, mas não apresentaram reações ao antídoto

No lugar da vacina de prevenção à hepatite B, 11 recém-nascidos receberam antídoto contra picada de cobra, em um hospital de Canoinhas, no norte de Santa Catarina. Os bebês estão sob acompanhamento de equipe médica, mas não apresentaram reações ao antídoto. Os casos aconteceram entre os dias 9 e 11 deste mês e foram confirmados pelo hospital. Uma sindicância foi aberta para apurar o erro.

A troca da vacina pelo soro antiofídico aconteceu no Hospital Santa Cruz, que é filantrópico e mantém convênio com a prefeitura.

“Reforçamos que nenhuma reação adversa foi identificada nos recém-nascidos, os quais não estão internados, permanecem estáveis e sob acompanhamento”, diz o hospital em nota. Ainda segundo a nota, as famílias são acompanhadas e todos os protocolos de segurança dos pacientes estão sendo seguidos.

A substância aplicada nos bebês, chamada imunoglobulina heteróloga é um antibotrópico, utilizado para neutralizar ou reduzir os efeitos da picada de jararaca. Conforme o hospital, os rótulos dos dois medicamentos são do mesmo laboratório e o soro teria sido colocado em local errado.

Leia mais:  Nova resolução amplia grupo de trabalhadores da saúde contemplados com a imunização contra a Covid-19

O hospital informou ter identificado a troca da medicação no último dia 12. “Desde o primeiro momento, o hospital adotou todas as medidas de assistência e acolhimento às famílias e aos recém-nascidos envolvidos, que vêm e serão monitorados de forma contínua por nossa equipe multidisciplinar”, diz, ainda, a nota.

O hospital explica que, ainda que os recém-nascidos tivessem sofrido uma picada de cobra, eles receberiam o soro em doses de 20 a 40 mililitros, para sintomas leves, e até 120 para casos mais graves, conforme orientação do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (Ciatox).

No entanto, a dose aplicada nos bebês foi de 0,5 ml. “Não existe risco de reações graves e moderadas”, reforça.

De acordo com a prefeitura, parte dos atendimentos do hospital são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O município repassa cerca de R$ 1 milhão por mês para ajudar a custear os atendimentos. A prefeitura informou que vai contratar uma auditoria para apurar o caso.

Em nota, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) afirma que foi notificada e monitora o caso. “Não há registro de reações graves até o momento e a orientação é manter as crianças em observação por período de até 30 dias.”

Leia mais:  Sesa realiza Dia D de mobilização contra a dengue

Quanto à conduta vacinal, considerando que a vacina da Hepatite B (dose zero) pode ser realizada até 30 dias do nascimento, o imunizante deve ser aplicado, assim como a vacina BCG. As duas vacinas são as primeiras que a criança recebe após o nascimento.

“Os Erros de Imunização devem ser notificados, sendo que a SES realiza o monitoramento dessas notificações e orientações quanto às condutas em situações de gravidade.”

Continue lendo

Medicina e Saúde

Saúde infantil no Brasil avança com soluções que unem afeto e inovação

Publicado

O cuidado com a saúde das crianças tem ganhado novas aliadas: a tecnologia e a humanização. No Dia do Pediatra, celebrado em 27 de julho, especialistas chamam atenção para a importância de recursos que não apenas garantem precisão nos diagnósticos, mas também ajudam a tornar o momento do cuidado menos traumático, especialmente nos primeiros anos de vida.

Dispositivos como oxímetros, termômetros e inaladores com design voltado ao público infantil têm feito a diferença na adesão ao tratamento e no monitoramento em casa, especialmente em um cenário onde os pais estão cada vez mais envolvidos na rotina de saúde dos filhos.

Um dos exemplos que podem ser observados é o oxímetro pediátrico OLED Graph, que ganhou espaço em consultórios e residências por permitir a medição da saturação de oxigênio (SpO2) e da frequência cardíaca em crianças pequenas. Com capacidade de leitura em dedos a partir de 7mm de largura, o aparelho utiliza um algoritmo que evita falhas de leitura mesmo em situações de agitação ou movimento.

Leia mais:  Setembro Verde: SESA realiza ações ao longo do mês para a conscientização sobre doação de órgãos

“O desenvolvimento infantil impõe desafios próprios, como variações rápidas nos sinais vitais. Soluções como essa ajudam a garantir mais confiabilidade nos dados clínicos”, observa Pedro Henrique de Abreu, gerente de marketing da G-Tech.

Outro ponto de atenção entre pediatras é a resistência das crianças aos tratamentos por nebulização. Nesse contexto, dispositivos com apelo visual e formatos lúdicos têm sido utilizados como estratégia para tornar o processo menos invasivo. É o caso do nebulizador Compact DCDOG1, que adota o formato de um cachorrinho e utiliza a tecnologia SuperFlow Plus, com menor ruído e maior eficiência de partículas inaladas.

“A proposta vai além da estética. O uso de elementos visuais amigáveis tem impacto direto na aceitação do tratamento por parte da criança”, aponta Abreu. “Além disso, a performance técnica do aparelho permite que a medicação chegue com mais eficácia aos pulmões.”

Já o termômetro infravermelho sem contato Easy Sensor, utilizado em atendimentos e também no ambiente doméstico, busca oferecer uma alternativa rápida, higiênica e de fácil leitura para a aferição de temperatura. Com visor que muda de cor conforme o estado febril, o modelo dispensa o contato direto com a pele, o que reduz o risco de contaminação cruzada e evita incômodos nos pequenos.

Leia mais:  Sesa realiza Dia D de mobilização contra a dengue

Nos últimos anos, fabricantes do setor têm investido em soluções que combinam precisão clínica e design pensado para o dia a dia das famílias. “O desafio é equilibrar usabilidade, confiança e conforto e isso passa não só por tecnologia de ponta, mas por empatia com as realidades das crianças e dos cuidadores”, resume o executivo.

Continue lendo

São Mateus

Política e Governo

Segurança

Camisa 10

Mais Lidas da Semana