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Medicina e Saúde

Pasta de dentes sem flúor: tendência ou preocupação justificada?

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Nos últimos anos, observa-se uma crescente tendência entre os consumidores pela opção por pastas de dentes sem flúor, motivados principalmente pela preocupação com a toxicidade dessa substância. Contudo, é crucial analisar essas preocupações para entender se são fundamentadas ou apenas frutos de desinformação.

A toxicidade do flúor é uma questão que frequentemente gera debates. É verdade que o flúor, em quantidades excessivas, pode ser tóxico. A toxicidade do flúor pode ocorrer com a ingestão de doses muito altas, acima de 5 mg/kg de peso corporal, o que é improvável de ser alcançado apenas pelo uso regular de creme dental.

Para evitar a ingestão de doses elevadas de flúor e garantir a segurança do consumidor durante a escovação, os níveis de flúor nas pastas de dentes são regulados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão diária de flúor não exceda 0,05 mg/kg de peso corporal.

Normalmente, os cremes dentais contêm entre 1.000 a 1.500 ppm (partes por milhão) de flúor, uma concentração considerada segura e eficaz para a prevenção de cáries.

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É importante também a orientação do volume de creme dental utilizado para cada escovação, que não deve ultrapassar o tamanho de um grão de ervilha, ou seja, ser bem pouquinho.

Outra preocupação relevante em relação ao flúor é a fluorose dental, uma condição causada pelo consumo excessivo de flúor durante a formação dos dentes, especialmente em crianças, resultando em manchas e, em casos severos, danos ao esmalte dental.

A fluorose pode ser evitada com uso adequado do volume de creme em crianças pequenas ( volume ainda menor comparado aos adultos) e supervisão durante a escovação, para garantir que os pequenos não engulam o creme dental.

Em contrapartida o flúor é amplamente reconhecido por seus benefícios na saúde dental. Ele desempenha um papel crucial na prevenção de cáries, ajudando a remineralizar o esmalte dos dentes tornando-os mais resistentes aos ácidos produzidos pelas bactérias na boca.

Estudos têm demonstrado consistentemente que o uso de creme dental com flúor pode reduzir significativamente a incidência de cáries em todas as faixas etárias.

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É importante que os consumidores sejam bem informados sobre os riscos e benefícios do uso de flúor no creme dental, permitindo uma escolha consciente e baseada em evidências para manter a saúde bucal em seu melhor estado. A moderação e a educação são fundamentais para garantir que o flúor seja utilizado de forma segura e eficaz, proporcionando benefícios duradouros para a saúde bucal.

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Medicina e Saúde

Saúde passa a realizar cirurgias eletivas aos sábados

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O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), dá início a mais uma estratégia para reduzir o tempo de espera por cirurgias eletivas no Espírito Santo, com atendimentos também aos finais de semana. As cirurgias eletivas tiveram início no  sábado (15), com 504 procedimentos agendados em 18 unidades hospitalares.

A iniciativa faz parte do Programa Estadual de Redução de Filas e do Tempo de Espera para Cirurgias Eletivas (OperaES) e foi lançada pelo secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, em um dos hospitais que faz parte da programação, o Hospital Estadual de Vila Velha “Dr. Nilton de Barros”, em São Torquato, Vila Velha.

“Temos avançado muito com o nosso Programa Estadual de Redução de Filas para Cirurgias Eletivas, o OperaES, visando aumentar a produção, melhorar o acesso dos pacientes e cumprir as metas estabelecidas para este ano, que é realizar mais de 135 mil cirurgias, ultrapassando o desempenho de 2024”, falou o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.

As 504 cirurgias estão agendadas para acontecer em todas as regiões de saúde do Estado, contemplando 18 hospitais, sendo eles da rede estadual e rede contratualizada. As cirurgias são nas especialidades de oftalmologia, ginecologia, oncologia, otorrinolaringologia, urologia, cirurgia geral adulto e pediátrica.

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Segundo a subsecretaria de Estado de Atenção à Saúde, Carolina Sanches, a realização das cirurgias eletivas aos sábados tem como objetivo também otimizar a utilização dos centros cirúrgicos hospitalares. “Especialmente nos finais de semana, períodos historicamente menos demandados, aumentando, assim, a disponibilidade de procedimentos”, explicou Sanches.

Além de cirurgias eletivas aos sábados, a Secretaria da Saúde (Sesa) está elaborando uma programação para ofertar esse tipo de procedimentos em horários estendidos durante a semana. “São ações que reforçam o compromisso do Governo do Estado e da Sesa com a melhoria contínua dos serviços prestados à população capixaba, garantindo o acesso ampliado e o atendimento mais ágil”, destacou o secretário.

Dona Luzinete de Oliveira Amorim, 68 anos, estava ansiosa para operar a mão direita para se livrar das dores do túnel do carpo. “A cirurgia saiu em dois meses, foi rápido. Já fiz vários procedimentos no SUS. Sem ele, nao sei o que seria de nós. O atendimento aqui tem sido muito bom, esse agendamento no sábado facilita minha filha para estar comigo me acompanhando também”, falou.

Hospitais participantes

A partir deste sábado (15), a Secretaria da Saúde (Sesa) dá início à realização de cirurgias eletivas aos finais de semana. Para este primeiro dia de atividades, 504 procedimentos são realizados, em 18 unidades hospitalares alcançando todas as regiões de saúde do Espírito Santo, sendo 10 da rede própria e 08 da rede contratualizada. São eles:

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Na Região Sul de Saúde: Unidade Integrada Jerônimo Monteiro (UIJM); Hospital Estadual de São José do Calçado (HSJC); e Hospital Evangélico de Cachoeiro do Itapemirim (HECI).

Na Região Central-Norte de Saúde: Hospital Estadual Dr. Alceu Melgaço Filho (HDAMF), em Barra de São Francisco; Hospital Estadual João dos Santos Neves (HJSN), em Baixo Guandu; Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares (HRAS), São Mateus; Hospital Rio Doce (HRD), em Linhares; e Hospital e Maternidade São José, em Colatina.

Na Região Metropolitana de Saúde: Hospital Estadual de Vila Velha “Dr. Nilton de Barros” (HESVV), Hospital Evangélico de Vila Velha e Hospital Antônio Bezerra de Faria (HABF), em Vila Velha; Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), Hospital Estadual Central (HEC), Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (SCMV), Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM), localizados em Vitória; Maternidade Municipal de Cariacica (MMC), em Cariacica; Hospital São Camilo, em Aracruz; e Hospital Dr. Dório Silva (HDDS), na Serra.

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Medicina e Saúde

Vendidos por R$ 20, “dentes da Shopee” preocupam dentistas

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Kits de resinas comercializados online prometem um novo sorriso, mas Conselhos de Odontologia alertam para riscos à saúde bucal

Kits de resinas termoplásticas e “bolinhas fixadoras”, vendidos em plataformas de e-commerce, têm viralizado nas redes sociais. Em vídeos divulgados no “TikTok”, eles passaram a ser conhecidos como “dentes da Shopee”.

Em alguns vídeos, os criadores de conteúdo divulgam os produtos, vendidos entre R$ 20 e R$ 40. Nas publicações, é mostrado até mesmo o passo a passo de como “renovar o sorriso”.

O que são os “dentes da Shopee”?

Nos anúncios dos chamados “dentes da Shopee” são descritos como uma massa ou dentes termoplásticos, ou seja, que se molda conforme a temperatura.

Além disso, os itens têm a intenção de ser uma “solução temporária” para uma futura correção nos dentes.

Entre os principais produtos comercializados estão as “resinas” ou “massas de restauração”, os kits de lente dental, também anunciados como “snap on”, os clareadores dentais e as “joias de dentes”.

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Além disso, também há anúncios de toxina botulínica, utilizada para tratamentos de harmonização orofacial, a preços muito abaixo do praticado no mercado. 

“Itens colocam em risco a saúde da população”, diz CRO-ES

Procurado pela reportagem, o presidente do Conselho Regional de Odontologia do Espírito Santo (CRO-ES), Luzimar Gomes de Oliveira Pinheiro, explicou que os produtos colocam a saúde da população.

Isso ocorre, pois, com o intuito de resolver um problema provisório, podem gerar questões mais graves.

“Com o intuito de resolver um problema estético provisório, podem causar cáries, inflamações gengivais, disfunção na mordida, alergias e toxicidades em decorrência do material não aprovado pelos órgãos de saúde”, descreve o presidente do CRO-ES,

Órgãos vão combater a comercialização dos produtos

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) informou que foi tomada a decisão de combater a comercialização desse tipo de mercadoria e enviar os ofícios às empresas de comércio eletrônico com a recomendação para os anúncios serem retirados do ar.

“Vamos recomendar às grandes empresas de e-commerce que tirem os anúncios do ar e que sejam parceiras do Conselho Federal de Odontologia na proteção da saúde dos brasileiros”, disse Claudio Miyake, presidente do CFO.

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