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Medicina e Saúde

Pesquisadoras descobrem que ômega 3 é eficaz contra zika vírus

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Molécula protege neurônios, diminui a taxa viral e age como anti-inflamatório diminuindo sintomas como febre, inflamação nos olhos e mal-estar

O ômega 3 pode ser utilizado como tratamento auxiliar para zika vírus, segundo pesquisa desenvolvida por um grupo de pesquisadoras na UnB (Universidade Federal de Brasília) e publicada na revista científica Scientific Reports.

A equipe, que é composta em 70% por mulheres, já pesquisava os efeitos anti-inflamatórios da molécula e seu efeito contra o câncer de mama e de ovário.

Segundo a chefe do laboratório responsável pela pesquisa, Kelly Grace Magalhães, bióloga e professora da UnB, a epidemia de zika vírus despertou a ideia de testar os efeitos do ácido graxo contra o zika.

“Tivemos um resultado surpreendente. As amostras tratadas com ômega 3 tinham uma carga viral menor e 70% menos mortes celulares.”

Ela explica que o zika vírus age nas mitocôndrias das células neurológicas, uma organela responsável pela geração de energia das células. Isso faz com que a célula morra, o que acarreta no dano neurológico.

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O ômega 3 age nas células estimulando a produção de moléculas anti-inflamatórias e antioxidantes, tornando a célula mais resistente contra o vírus.

Além disso, sintomas relacionados à inflamação como febre, inflamação nos olhos e mal-estar, também são diminuídos pelo ômega 3.

Kelly explica que o suplemento pode ser utilizado tanto como medida preventiva, antes da contaminação, quanto como auxiliar no tratamento.

“A ideia não é substituir o medicamento viral, mas complementar para um tratamento mais eficaz.”

A pesquisa foi agora para a fase de testes em camundongos, mas ela recomenda o consumo do ômega 3.

“Não existe nenhuma contraindicação, é uma molécula de fácil acesso, barata e disponível. Ela é indicada até para gestantes. Tomar só trará benefícios.”

A molécula também pode ser consumida através da alimentação. “Consumir os alimentos ricos em ômega 3 também é benéfico. Peixes de água fria, óleo gelatinosas, azeitona, azeite de oliva, abacate.”

A pesquisadora enfatiza a importância da pesquisa para a ciência nacional e para a participação das mulheres na ciência.

“Depois de ter sido publicada [a pesquisa] em um periódico renomado, nós recebemos várias propostas para continuar as pesquisas em outros contextos, com outras doenças. Isso prova que, mesmo com as dificuldades orçamentárias, o Brasil faz ciência de ponta e temos pesquisadores muito competentes.”

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Ela acrescenta que a área científica possui pouco espaço para as mulheres e a visibilidade da pesquisa é benéfica para incentivar mulheres da nova geração seguirem carreira na ciência.

“Isso mostra para as jovens que as mulheres podem ser cientistas e ocupar cargos de liderança nessa área, assim como eu.”

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Medicina e Saúde

Danos provocados por bebidas como refrigerantes, energéticos e sucos calóricos é devastador, dizem cientistas

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Bebidas açucaradas como refrigerantes e energéticos são projetadas para serem hiperpalatáveis, carregadas com quantidades extravagantes de açúcar para estimular os centros de prazer no cérebro.

Esse prazer inicial esconde um perigo oculto, no entanto. Bebidas açucaradas geralmente oferecem pouco valor nutricional e podem aumentar o risco de problemas de saúde como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

De acordo com um novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade Tufts, nos EUA, cerca de 1,2 milhão de novos casos de doenças cardiovasculares e 2,2 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 que se desenvolvem em todo o mundo a cada ano se devem em grande parte às bebidas açucaradas. As informações são do Science Alert.

E, embora o consumo geral de bebidas açucaradas tenha diminuído recentemente em algumas nações desenvolvidas, refrigerantes e seus semelhantes continuam sendo uma ameaça significativa à saúde pública em grande parte do mundo, especialmente em países em desenvolvimento.

O problema é especialmente grave em alguns países. O estudo vincula quase um terço de todos os novos casos de diabetes no México e quase metade de todos os novos casos de diabetes na Colômbia a bebidas açucaradas, por exemplo.

Na África do Sul, cerca de 28% dos novos casos de diabetes e 15% dos novos casos de doenças cardíacas podem ser atribuídos a bebidas açucaradas, relatam os pesquisadores.

Os autores definem bebidas açucaradas (SSBs) como qualquer bebida com açúcares adicionados e pelo menos 50 calorias por porção de 226 gramas. Isso inclui refrigerantes comerciais ou caseiros, bebidas energéticas, sucos de frutas e águas frutadas, entre outras.

Esta definição exclui bebidas como leite adoçado, sucos com 100% de frutas e vegetais e bebidas adoçadas artificialmente sem calorias, observam os pesquisadores, embora muitas delas ainda possam representar riscos à saúde se consumidas em excesso.

Globalmente, o estudo estabeleceu as SSBs como um fator contribuinte em 1,2 milhão de novos casos de doenças cardíacas a cada ano, bem como 2,2 milhões de novos casos de diabetes tipo 2. O estudo também sugere que SSBs causam cerca de 80.000 mortes por diabetes tipo 2 e 258.000 mortes por doenças cardiovasculares a cada ano.

Esse é um número devastador, mas destacar o papel das bebidas açucaradas como essa pode ajudar a mudar essa história, diz a cientista nutricional Laura Lara-Castor, ex-aluna de doutorado na Tufts e agora na Universidade de Washington.

“Precisamos de intervenções urgentes e baseadas em evidências para reduzir o consumo de bebidas açucaradas globalmente, antes que ainda mais vidas sejam encurtadas por seus efeitos no diabetes e nas doenças cardíacas”, diz Lara-Castor.

A conscientização pública sobre esses riscos pode estar crescendo, mas não de forma rápida e universal o suficiente, dizem os pesquisadores. “Muito mais precisa ser feito, especialmente em países da América Latina e da África, onde o consumo é alto e as consequências para a saúde são graves”, diz Mozaffarian.

O estudo foi publicado na Nature Medicine.

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Surto do vírus marburg na Tanzânia causa oito mortes e preocupa OMS

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Organização Mundial da Saúde (OMS) está investigando um surto do vírus Marburg na Tanzânia, que já resultou em oito mortes e nove casos confirmados até o dia 11 de novembro. Este vírus, que pode apresentar uma taxa de letalidade de até 90%, é transmitido principalmente por morcegos e provoca febre hemorrágica em humanos.

O surto está concentrado na região de Kagera, uma área que serve como um importante ponto de trânsito, aumentando o risco de propagação para países vizinhos, como Ruanda e Uganda. Os sintomas da infecção incluem febre alta, dores de cabeça, diarreia e hemorragias, que podem se agravar rapidamente.

O Marburg é um vírus raro da família Filoviridae, mesma do ebola, com uma das taxas de letalidade mais altas já registradas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mortalidade do agente infeccioso pode chegar a 88% dos contaminados. Até o momento, não existem vacinas ou tratamentos antivirais disponíveis para combater o vírus Marburg, o que torna a situação ainda mais preocupante.

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A transmissão do vírus ocorre através do contato com fluidos corporais de indivíduos infectados, o que exige medidas rigorosas de controle e prevenção. O vírus Marburg foi identificado pela primeira vez em 1967 na Alemanha e é classificado como uma zoonose, uma vez que sua origem está relacionada a animais.

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