Por Zene Lagace
Voo Cego?
O prefeito de São Mateus costumava viajar às pressas para Brasília, sempre que a coisa apertava com risco de ver o seu mandato derreter.
Agora mudou o rumo do seu voo e o destino foi São Paulo, com a finalidade de se encontrar com o ex-governador Paulo Hartung. Até foto ele tirou numa posse que, para os incautos, poderia se pensar tratar de homem de conduta ilibada.
A viagem ficou encoberta por nuvens, mas os meteorologistas da política mateense acreditam que a ida ao encontro do Hartung teve a finalidade de pedir ajuda para colaborar na articulação para impedir Amadeu Boroto de ser candidato, uma vez que ainda existem pendências a serem removidas para a sua pré-candidatura a prefeito de São Mateus ser oficializada.
Pode ser também a oportunidade de reeditar o “cabo de guerra” entre Hartung e Casagrande. Ambos têm olhares para a Explanada, mais precisamente para o Senado, em 2026.
Vale lembrar que, em algum momento, Paulo Hartung apadrinhou Daniel da Açaí (quando assim ainda era chamado) e o seu mandato. Dito pelo próprio prefeito em vídeo gravado à época.
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Enigma permanece
As narrativas que Daniel e seu grupo se movimentam para um suposto alinhamento com a pré-candidatura do radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos), continuam. Várias raposas felpudas da política de São Mateus acreditam que uma composição Carlinhos com um indicado (a) pelo grupo danielista para ocupar a vice, pode levá-los a vitória em outubro.
No Brasil mais vale a versão do que a verdade.
Pesadelo dormindo e acordado
Alguém já disse que São Mateus, assim como o Brasil, não é para amador.
No caso mateense, existe a sina de sempre se apostar no que dá errado e, quando se acha que vai dar errado, dá mesmo errado. Veja o caso do atual prefeito Daniel Santana (sem partido)…. Se cassado fosse, quem subiria ao altar político local, seria seu vice, Ailton Cafeu (PSB). Não seria o mesmo que escolher morrer com um tiro de canhão ou uma rajada de metralhadora?
Deixemos de hipocrisia. Não há inocente nessa história. Todos somos pecadores.
Labirinto esquizofrênico da política
Diante de tanta gente se dizendo amante do município, por que na hora de votar o eleitor vota no festeiro, no farofeiro, no caixeiro viajante, no bisturi oportunista, no sem noção em detrimento daqueles que provaram ser bom gestores em seus empreendimentos e têm proposta e programas de desenvolvimento e progresso para seu município?
É automutilação, gosto pelo sofrimento, que desgraça é essa das escolhas do eleitorado? E pior: entre o nu e o malvestido, vota-se nos dois, chapa completa.
E ainda dizem que tem jeito. Em vez de orar tem muita gente preferindo apostar. E perdemos todos.
Política de resultado. É sabedoria?
O governador Renato Casagrande (PSB) é o político que sabe fazer dá certo. Tantos embates ideológicos, ele em um partido de esquerda e tudo flui em todas as prateleiras. As de esquerda, direita e a banda voou. Se equilibra com competência político-administrativa e segue o fluxo. Acredita-se um dos motivos do Espírito Santa dá certo em seu governo.
Dá-lhe Freitas!
O Departamento Estadual de Edificações e Rodovias (DER-ES) era tempos atrás, o grande vilão para alguns municípios da região serrana, principalmente para Santa Leopoldina. O antigo diretor-presidente do órgão fazia reuniões, prometia o céu na terra, era aplaudido e nunca mais voltava para cumprir o prometido.
Hoje, tendo à frente Eustáquio de Freitas, a imagem do órgão é outra. Foi resgatada a credibilidade e várias ações, dentro das condições orçamentárias estão sendo implementadas no Estado do Espírito Santo.
E a região de Santa Leopoldina, Santa Teresa e Santa Maria de Jetibá estão apostando na capacidade e sensibilidade do seu novo gestor.
União estável?
Não é verdade a conversa atravessada que andou por aí dizendo que o MDB mais parece mulher de malandro. Passa de mão em mão. Ao que parece, agora vai se casar de papel passado. No Estado casou com Ricardo Ferraço; em São Mateus, com Amadeu Boroto. Mas… divórcio é sempre uma possibilidade…
Revelado o que já se sabia
Finalmente foi respondida à pergunta “Quem matou Marielle”? Aliás, já se sabia, mas somente agora resolveram prender os mandantes.
Agora é preciso descobrir quem mandou matar Jair Bolsonaro. Os indícios existem, mas isso é “apenas um detalhe sem importância” para os paladinos da moralidade e da construção de narrativas.
O joio e o trigo
Na hora da tragédia causada pelas fortes chuvas, governadores como Renato Casagrande PSB-ES) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) estiveram presentes junta a população atingida.
Quando a tragédia se abateu ano passado sobre vários municípios do Rio Grande do Sul, o “pai e mãe dos pobres” – Lula e Janja – pegaram o avião e foram para mais um tour pelo exterior.
A estrada do Pula-Pula
Quem procura um local para fazer atividade física, vale usar a rodovia estadual ES-080, que liga Santa Leopoldina a Santa Teresa. As crateras os obrigam ao exercício do Pula-Pula, do malabarismo e do contorcionismo. A estrada tem pontos críticos colocando em risco motoristas, passageiros, estudantes e todos que desejam visitar a região.
Turismo Cova Rasa
Existem cidades que seus cemitérios guardam, além dos mortos famosos, verdadeiras obras de arte de seus túmulos. E existe roteiro turístico para visita-los.
Em São Mateus, diante do caos em que se encontra a cidade, já tem empreendedor querendo elaborar o roteiro turístico para visitar as “covas” existentes nas ruas e avenidas da cidade. Será a ida ao caos infernal.
Lanche legislativo
O vereador Dalton Neves (PDT) disse da tribuna da Câmara Municipal de Vitória que se fosse um servido iria para a porta do Legislativo e daria umas bolachas no seu colega Vinicius Simões (Cidadania). Tudo porque Simões quando presidente daquela Casa de Leis e aliado do prefeito da época, Luciano Rezende, ele nunca questionou ações erradas do ex-chefe do Executivo.
Sobre a bolacha a dar no colega vereador, Dalto Neves não disse a marca do produto. Ou seria outro tipo de bolacha?
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EM TEMPO I
* No Rio de Janeiro existe malandro demais e otário de menos…
* Atos da esquerda em defesa da democracia foi um fracasso. Nem o governo petista quis aderir. Esquerda defendendo democracia, relativa ou não, é ficção.
* A temporada é de mudança para os políticos. Calma gente, a mudança é só de partido e não de caráter. Pilantra vai continuar pilantra, mesmo em nova sigla partidária.
* Têm pré-candidatos que em vez de discutirem e apresentarem propostas, preferem debater qual a melhor marca de cerveja. Pelo jeito que anda a consciência de inúmeros eleitores, esse tem chance de ganhar as eleições. Futilidade e mediocridade viraram virtudes no Brasil de hoje.
* As chuvas continuam fazendo um estrago, mas não confundam com o PT.
* Unidade de Saúde de Guriri – Sul ficou sem energia durante uma semana. É justo, até porque a festa no balneário acabou e a realidade chegou.
* Os mandantes da morte de Marielle apoiaram Dilma e Lula. Agora que já resolveram essa questão, cabe ao ministro da Justiça, Lewandovisk e ao ministro do STF, Alexandre de Moraes mandarem descobrir quem mandou matar o ex-presidente Bolsonaro.
* Câmara de Vereadores de São Mateus vai instalar a CPI da Viação São Gabriel.
* Presidente da Câmara, Paulo Fundão (União Brasil), denunciou que uma quadrilha de criminosos está vendendo áreas da Prefeitura de São Mateus. “Estão dilapidando o patrimônio que é do povo mateense”, disse ele.
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EM TEMPO II – A revelação
O tempo passa, o tempo voa e a verdade se manifesta em algum momento da história
É o caso desta coluna, que começou como Informe JN e depois se consolidou como Pinga-Fogo. O titular sempre foi o jornalista e professor de História e cientista político, Paulo Roberto Borges, que usou o pseudônimo de Zene Lagace durante todos esses anos. Esse pseudônimo foi dado como presente por um amigo e colega (David Schlenz) quando éramos estudantes universitários, numa conversa em mesa de boteco, no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro.
“Eu queria participar de um concurso literário em Minas Gerais e por timidez ou insegurança, não usar meu nome para não passar vergonha, jamais por medo”.
Foi aí que esse amigo sugeriu usar esse pseudônimo de Zene Lagace, que ele me disse ter usado algumas vezes em Cabo Frio e Araruama, na região dos Lagos, aonde esse amigo morava. Achei esquisito, mas aceitei de bom grado. Escrevi em alguns folhetos na UFRJ, na PUC e na USU com esse pseudônimo. Não chamou atenção porque meus escritos eram de cunho político e sem relevância para muitos colegas. Principalmente para os conservadores e liberais. Eram contra a ditadura e eu, como quase todo universitário da época, tinha coloração de esquerda. Tentei escrever no Semanário Zona Sul (bairro de Copacabana, onde sempre morei). Nada consegui.
São mais de 50 anos usando esse pseudônimo, mas nos últimos 40, no JN. Nunca foi segredo, nunca tive a intenção de esconder nada; era, na verdade, divertido. E até hoje, amadurecido, continuo me divertindo.
Que Deus, na sua infinita misericórdia, tenha paciência com esse filho errante que sempre deu o seu melhor naquilo que procurou fazer com dignidade. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo. O purgatório nos espera, o céu seria muita pretensão!
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