Por Zene Lagace
As eleições e o Day After
Fim do 2º turno e os olhos de águia dos nossos políticos se voltam para 2026. No meio disso existe o compromisso de se fazer algo pela população. Parece ser apenas um detalhe, porque a essência é garantir mais espaço político nas próximas eleições. A maioria já está se articulando pensando em candidaturas às Assembleias e ao Congresso Nacional.
Deveria haver uma reforma política que obrigasse o eleito para um cargo só poder se candidatar a outro após o cumprimento daquele mandato original para o qual foi eleito. É algo tão obvio que é impossível ser implementado através de uma reforma ou lei. O simples no Brasil não vale.
Política só tem sentido quando traz resultado prático para a sociedade. O resto é muita conversa e pouca ação.
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Varre, varre, varre vassourinha…
Após o término das eleições em segundo turno, ficou patente a derrota fragorosa do PT, o partido do presidente Lula. Só conseguiu “vencer” em Belém, assim mesmo dizer que ganhou com menos de 10 mil votos de diferença é desconhecer o resultado apertadíssimo. E o candidato vencedor teve o apoio do governador e de toda a máquina do estado.
O Lula perdeu na cidade onde “nasceu” politicamente, São Bernardo dos Campos. O PT foi praticamente expulso do ABC paulista. E expurgado de São Paulo.
O time
No universo da política mateense já estão surgindo nomes para as eleições futuras. Para estadual Rodrigo da Cozivip, Ferreira Júnior (Rede), Cupertino (União), Paulo Fundão (União), alguém do PT, Nilis (PL) e o Célio Vital. Aliás, quanto ao Célio, não se sabe se votando nele se elege o “Cumpadre Chico”.
Para a Câmara dos Deputados, tem o Freitas (PSB) e, se for liberado e não houver ninguém para atrapalhar lá em Brasília, Amadeu Boroto (MDB) é candidato a uma vaga de deputado federal.
Falando em região Norte, temos o Bruno Araújo, de Pedro Canário e Marcos Guerra, de jaguaré. Ambos devem pleitear uma vaga na Assembleia Legislativa. Lembrando que Guerino Zanon é forte candidato a qualquer cargo.
Festança
Ainda não foi desta vez que a população mateense e, principalmente de Guriri, se livrou da gastança com bandas e bundas. Vai ter a festa com o selo Daniel Santana (sem partido, sem noção e sem pudor). Acredita-se que será somente desta vez, até porque tudo, supostamente, já estava organizado e não havia como suspender a “farra danielesca”.
Contradições…
Moradores do balneário de Guriri estão ávidos para ver melhorias que facilitem o seu dia-a-dia. Quem gosta das festas da maneira que são realizadas é o comerciante. A vontade do morador – por enquanto – é apenas um detalhe que nunca foi levado a sério pela atual gestão municipal.
Equívoco
O arcebispo de Vitória, Dom Dario, em sua homilia durante a missa de domingo (3), comentou sobre um projeto de lei da Câmara Municipal da capital sobre a questão dos moradores de rua. Falou que o projeto iria acabar com os pobres de rua. Mostrou estar mal informado e que sequer leu o projeto do vereador Luiz Emanuel (Republicanos). Em sessão da Câmara desta segunda-feira *4), o vereador autor do projeto, pediu que o arcebispo se retrate.
Retomada de território
A Praça Mesquita Neto, localizada no centro da cidade de São Mateus, é o cartão de visita para quem desembarca na rodoviária. Hoje é um território sem lei, sem fiscalização e povoado de delinquentes que afastaram as famílias que frequentavam o local. Mas, se dizem que “a praça é do povo como o céu é o avião”, caberá ao novo governo solicitar a sua desocupação de meliantes, usuários de drogas e dos ambulantes para que possa fazer as intervenções necessárias para a execução de obras para que seja entregue, novamente aos cidadãos mateenses.
O recado já deveria ser dado aos que lá ocupam um espaço que não é dos que lá se aboletaram ilegalmente. Se a alegação para a sua ocupação foi com autorização do atual prefeito, é mais um motivo para configurar a ilegalidade. Um governante não pode destruir um patrimônio público. Aliás, de destruição o prefeito que sai entende, pois em oito anos, sob a omissão de muitos, destruiu o município de São Mateus. Cabe ao próximo a sua trabalhosa reconstrução.
Um ato deplorável de covardia
A vereadora de São Mateus, Preta do Nascimento (PP), subiu à tribuna da Câmara, na sessão desta segunda-feira (4) e, na oportunidade, destilou (com razão) toda a sua revolta contra aqueles que a desqualificaram e debocharam da sua atuação parlamentar e do fato de não ter sido reeleita. Citou nominalmente um professor universitário aposentado e um outro cidadão que se disse ser pastor.
Um sujeito, que supostamente preza pela postura ética, não deveria ir às redes sociais para – covardemente – criticar maldosamente uma outra pessoa, desqualificando-a e fazendo chacota.
Para alguns que presenciaram essa situação disseram ter muitos terrenos baldios para serem capinados. Sugeriram que a vereadora desse enxada, rastelo e carrinho de mão para remover o entulho de mentes ociosas e esquisitas.
A parlamentar recebeu a solidariedade de alguns colegas e principalmente do presidente daquela Casa de Leis, vereador Paulo Fundão (PP).
A Ponte da Encrenca
A comunidade da região do Nativo de Barra Nova está uma arara com o diretor-presidente do DER, Freitas (PSB). Tudo por causa de uma promessa feita e não cumprida. Trata-se da construção de uma ponte. A que existe é de madeira e coloca em risco a segurança de quem precisa trafegar por ela. Já aconteceu acidente e os pais estão preocupados com seus filhos que são transportados para a escola ou para a faculdade. Motoristas e pessoas, além de conduzirem seus veículos, a atravessam com terço e bíblia nas mãos.
Recentemente teve manifestação de moradores e lideranças da região. Os vereadores Cristiano Balanga (PP) e Adeci de Sena se manifestaram em discurso na Câmara.
À boca miúda ouviu-se a conversa que a obra está na prancheta por motivos políticos. Supostamente pelo fato do deputado federal Paulo Foleto (PSB) ter conseguido muitos votos naquela região. O presidente do DER também foi candidato, mas não se elegeu.
EM TEMPO
* A prefeita eleita de Olinda é a mais jovem do Brasil. Tem 30 anos.
* Na Serra venceu a melhor proposta. Weverson é cria do atual prefeito, Sergio Vidigal (PDT), o que o qualifica, até porque quase tudo que tem de mais relevante no município de Serra se deve a Vidigal e Audifax.
* O PT de São Mateus tem mais de uma vertente. Qual foi a que venceu?
* Existem partidos que nunca venceram eleição em São Mateus e acreditam ter influência na política local. É o mesmo que não ser convidado para uma festa e entrar de penetra.
* A direita venceu as eleições em todo o Brasil. A sociedade brasileira é conservadora em seus costumes e liberal na economia. O estranho é ter um presidente que se diz comunista que não manda nas cidades e “manda” no país. Agregado a isso, sem povo.
* Todo governo tem a sua eminência parda. Qual será a do próximo governo municipal?
* Não basta escolher nomes para ocuparem cargos. É preciso saber se têm competência.
* Criar uma “nova polícia” parece coisa da ditadura bolivariana…