conecte-se conosco


Segurança

“Pó virado”: traficantes preparavam droga em piscina até com fermento

Publicado

Dentre os integrantes da quadrilha que produzia o pó virado estava um policial militar, segundo investigação da Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu 14 pessoas durante a Operação Killers, desmantelando uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas em Cariacica e Vila Velha, incluindo a prisão de um policial militar que repassava informações estratégicas para traficantes. Os envolvidos eram conhecidos pela produção e venda do chamado “pó virado”.

O pó virado é um processo de mistura de crack com outros produtos como ácido bórico, fermento e até pó de mármore, para simular cocaína e vender aos usuários por um preço mais baixo.

A droga estava em uma piscina e foram encontrados pelo menos 100 quilos do entorpecente. De acordo com a polícia, a quadrilha movimentava de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões com a comercialização.

De acordo com o delegado Alan Moreno, coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), informou que o pó virado dobra o risco para os usuários da droga e aumenta o lucro para a organização criminosa.

“Descobrimos que a organização estava utilizando o ‘pó virado’, um processo de adulteração de crack com outras substâncias como ácido bórico e pó Royal. Isso não só coloca em risco a saúde dos usuários, mas também aumenta o lucro da organização, já que a droga é vendida a um preço mais baixo, mas com um alto potencial de danos para quem consome”, disse.

Operação Killers

A operação, que começou em novembro de 2023, identificou diversas lideranças do tráfico local, como o chefe Adair Fernandes da Silva (vulgo Dadá), preso em maio do mesmo ano, e o traficante José Cândido Javarini Filho, conhecido como Dé, que também foi preso.

Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo e uma grande quantidade de drogas, além de armamentos pesados, demonstrando a complexidade e o poder da organização criminosa.

Leia mais:  Suspeito de cometer estupro durante corrida por aplicativo na Serra é preso

A investigação aconteceu com o com apoio do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) e da Subsecretaria de Inteligência (SEI) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e com denúncias do Ministério Público.

O delegado detalhou o início da operação e as dificuldades enfrentadas pelas equipes de investigação:

“A operação começou com a prisão de Gideão da Silva Jorge, em março de 2023, e foi a partir dessa prisão que vimos a necessidade de uma ação contundente, pois o tráfico naquela região era imenso. A área estava basicamente sob o controle de criminosos ligados ao PCC, mas também havia facções menores e traficantes independentes. Com a prisão de Gideão, avançamos com a investigação e fizemos nossa primeira operação, a Cripta, em setembro de 2023”, disse o delegado Alan Moreno.

Liderança e estrutura

A organização criminosa em questão é liderada por Adair Fernandes da Silva, vulgo “Dadá”, de 42 anos, figura central do tráfico de drogas e armas no bairro Flexal II, em Cariacica.

“Dadá” carrega um extenso histórico criminal, envolvendo-se diretamente no controle de diversos pontos de venda de entorpecentes e no comércio de armas. Sob sua liderança, a organização se mantém estruturada, com uma hierarquia bem definida, capaz de manter suas operações mesmo diante das constantes investigações.

A estrutura inclui figuras de confiança, como o gerente Gideon da Silva Jorge, conhecido como “CAVEIRA”, responsável pela coordenação das operações de tráfico de cocaína e crack.

Wemerson Rosa de Oliveira, vulgo “BOI”, gerencia a venda de maconha, enquanto Vandeilson da Fonseca Antunes, “Vandinho”, cuida do tráfico de skank (haxixe), sendo ambos elementos essenciais para o abastecimento de entorpecentes na região.

Outros membros da organização, como Carlos Eduardo Silva Correa, “Lambão”, e Matheus Martins Barbosa, “Gaguinho”, Ruan Lourenço Correa, vulgo “Marola”, Marcos de Jesus Bispo, vulgo “Chapinha”, auxiliam na preparação e ocultação de veículos e propriedades adquiridas com os lucros do tráfico.

Leia mais:  Polícia desarticula associação criminosa especializada em golpe do "bilhete premiado" no ES

As outras prisões foram de Sidney dos Santos Nunes, vulgo “Nego Sidney”, que tinha participação no tráfico de drogas. Ederson Braga Paradela, na sua residência , foram encontrados armas, munições e entorpecentes.

E também de Carlos Victor Hugo de Oliveira, vulgo “Coroa Mel”, segundo a Polícia, ele revendia aparelhos telefônicos para o grupo de Dadá, além de habilitar linhas em seu nome, para facilitar a comunicação do grupo.

Policial Militar envolvido em espionagem criminosa

Um dos aspectos mais chocantes da operação foi a descoberta de que um policial militar estava envolvido com o tráfico de drogas, fornecendo informações operacionais sobre a Polícia Militar para os criminosos.

O PM, identificado como Maurício Simonassi de Andrade, mantinha contato direto com os líderes do tráfico, repassando escalas de serviço e fotos dos policiais, o que colocava em risco a segurança de seus colegas.

O Policial fornecia informações sigilosas, incluindo rotas de patrulhamento e horários, e
alertas sobre operações policiais, permitindo que a organização evitasse a apreensão de drogas e dinheiro.
Ele recebia pagamentos regulares de “Dadá”, estimados em R$ 5 mil mensais, em troca do fornecimento das informações confidenciais. Também há indícios de que recebeu um veículo usado como pagamento, um Fiat Palio, registrado sob nome falso.

O delegado também comentou sobre a ação envolvendo o policial militar:

“Infelizmente, um policial militar, Maurício, foi identificado como colaborador do tráfico. Ele passava informações sigilosas para a organização criminosa, como escalas operacionais e fotos de policiais, colocando a vida de seus colegas em risco. Esse é um fato lamentável, mas que foi fundamental para nosso avanço na operação”, disse o Delegado Alan Moreno.

publicidade

Segurança

Casal é indiciado após abandonar cadela no cio em Vila Velha

Publicado

A cadela até correu atrás do carro onde estava o casal após ser abandonada em rua. O animal foi “rejeitado” por estar no cio

Um homem de 60 anos e uma mulher de 51 anos foram indiciados pelo crime de maus-tratos após serem flagrados abandonando uma cadela no bairro Praia dos Recifes, em Vila Velha.

O caso ocorreu na última sexta-feira (7), e foi flagrado por câmeras de videomonitoramento da rua onde o abandono aconteceu. O inquérito foi concluído nesta quarta-feira (12) com o indiciamento dos suspeitos.

Nas imagens, é possível ver que o homem conduz o veículo até o local e a mulher abre a porta do carro e coloca a cadela para fora. O automóvel utilizado na ação não é do casal, e segundo a Polícia Civil, o dono não tem ligação com o crime.

A investigação apurou que os suspeitos alimentavam o animal, que vivia na rua, mas ficaram incomodados quando a cadela entrou no cio, o que acabou atraindo mais cães para o local.

Esse animal começou a trazer muito lixo para a porta da casa deles e entrou no cio. Isso trouxe mais cachorros para o local. Então, por esse motivo, eles resolveram pegar a cadela e abandoná-la em outro local, disse o delegado Leandro Piquet, da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).

Cadela correu atrás do carro

Após o abandono, a cadela foi flagrada pela câmera correndo atrás do carro, mas o casal simplesmente acelera e abandona o animal.

Leia mais:  Pai de adolescente é afastado e investigado na PM após ataques em escolas de Aracruz

“A cachorra até tentou correr atrás do carro, mas os suspeitos não pararam e deixaram o animal abandonado”, relatou o delegado.

A Polícia Civil informou que não houve representação pela prisão, pois não estão presentes os requisitos para a decretação da prisão preventiva.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para a devida análise.

Continue lendo

Segurança

“Gangue da Hilux”: suspeito é morto em confronto com a polícia no ES

Publicado

Quadrilha que furta caminhonetes no ES foi alvo de operação nesta terça. Um suspeito foi morto, outro baleado e um terceiro preso

Uma operação da Polícia Civil terminou com um homem, de 32 anos, morto na BR-259, na localidade de João Neiva, na região Norte do Espírito Santo. Segundo informações da corporação, ele fazia parte da “Gangue da Hilux”, especializada no roubo de caminhonetes.

A operação, realizada na manhã desta terça-feira (11), deixou outro suspeito ferido no braço, que foi levado para o Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra.

Um terceiro envolvido foi detido e encaminhado para a Delegacia Especializada de Crimes de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).

Segundo informações da Polícia Civil, os três suspeitos, de 27, 29 e 32 anos, eram monitorados pela corporação. Eles foram abordados pela equipe durante uma movimentação na BR-259, no sentido Colatina.

No momento da abordagem, segundo a corporação, eles não obedeceram à ordem de parada e um deles fez menção de que atiraria na direção dos policiais.

Leia mais:  Familiares encontram menina que desapareceu em Jaguaré

“Para se defender da possível injusta agressão, um dos policiais efetuou um disparo, que atingiu o braço de um dos suspeitos e atingiu o rosto de outro”, diz a polícia em nota.

O suspeito atingido no rosto não resistiu e morreu no local. Já o homem de 27 anos foi socorrido e está internado no hospital da Serra e o de 29 anos foi encaminhado para a delegacia.

“O corpo do suspeito foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares”.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito de 29 anos foi autuado em flagrante por receptação, associação criminosa, adulteração veicular e resistência. Já o de 27 foi autuado em flagrante por associação criminosa, adulteração veicular e resistência.

Como a “Gangue da Hilux” agia?

Segundo a polícia, a “Gangue da Hilux” é especializada em furtar caminhonetes no Estado. A quadrilha é investigada por furtar, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, sete caminhonetes na Grande Vitória, sendo que cinco veículos foram recuperados. 

Leia mais:  Presos quebram báscula e fogem de presídio em Guarapari

 A polícia explicou que os criminosos usam aparelhos para destravar a caminhonete e bloquear o rastreador. Dessa forma, o criminoso entra e sai com o veículo como se fosse o dono.

Suspeito foi preso na última semana

A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos prendeu, na última quinta-feira (6), em Cariacica Sede, um homem de 24 anos suspeito de integrar a associação criminosa. É apontado como um dos responsáveis pelos furtos de dois veículos Toyota Hilux, ocorridos nos dias 5 e 6 de fevereiro.

“Ele teria praticado o crime ao lado de outro suspeito de 27 anos e de um terceiro envolvido, que ainda não foi identificado, utilizando um Toyota Etios”, diz a polícia.

Desde a última quarta-feira (05), equipes realizavam diligências contínuas, incluindo a análise de imagens de videomonitoramento, para identificar e localizar os envolvidos. O Etios utilizado nos furtos foi encontrado com um suspeito capturado.

Continue lendo

São Mateus

Política e Governo

Segurança

Camisa 10

Mais Lidas da Semana