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Política e Governo

População ainda tem dúvidas do verdadeiro papel do vereador

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Por Paulo Borges*

Para grande parcela da população brasileira o vereador ou o parlamentar de modo geral tem que executar obras, arranjar emprego, tornar ações de competência do Executivo como se suas fossem. É um desconhecimento muito comum. Mas a culpa não está somente na ignorância desses conhecimentos pela população e sim na própria atuação do legislador que se esquece das suas principais funções para se sentar na cadeira do governante ou ao seu lado, ajudando-o a pegar na caneta e despachar como se tivesse ordenando serviços e obrigações tipicamente do poder executivo. Mas, no Brasil, até o Supremo Tribunal Federal (STF) dá péssimo exemplo, rasgando a Constituição e, mesmo sem receber um voto do cidadão brasileiro, toma o lugar do presidente da República.

A reportagem do Pauta1 e do Jornal do Norte esteve conversando com alguns cidadãos e a maioria acredita mesmo que o vereador tem que calçar a rua, demitir e nomear funcionário, estar ligado ao prefeito para poder conseguir atendimento às suas demandas. Um vício que deve ser combatido.

De maneira geral, o vereador tem como papel da sua função representar as pessoas da sua comunidade e todo o seu município. Representa o poder legislativo depois de ser votado, eleito e diplomado pela Justiça Eleitoral. O seu papel se equivale aos deputados federais e senadores na esfera federal e ao deputado estadual na esfera estadual. O vereador tem a câmara como local de sua atuação mais importante, onde exerce papel de legislador e fiscalizador do poder executivo do seu município.

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Na prática isso significa que a sua função é a de legislar. Ele é o autor de leis. Podemos, então, citar como ações específicas do vereador, criar, extinguir e emendar leis da forma que ele julgar mais adequada ao interesse da população e não do prefeito. Se este estiver em sintonia com as demandas do cidadão, a aliança é natural. Vale lembrar que o vereador só pode exercer o seu mandato à esfera do seu município. Suas ações podem ser: Alteração, extinção ou criação de tributos municipais; criação de bairros, distritos dentro do município; determinar o chamado “perímetro urbano” (área do município urbanizada); sugerir nomes de ruas e avenidas; aprovar documentos orçamentários do município; elaborar, deliberar e votar o plano diretor municipal; aprovar o plano municipal de educação; estabelecer regras para o zoneamento, uso e ocupação dos solos e definir o tombamento de prédios, como patrimônio público preservando a memória do município.

Como se percebe, o vereador é um agente político importante e por isso deve-se ter critérios rigorosos quando o eleitor decide confiar seu voto a esse parlamentar.

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Além de legislar. O vereador tem também o papel de fiscalizar as ações do prefeito. Ele tem o papel de fiscalizar as contas da prefeitura, evitando assim superfaturamentos, por exemplo. Deve controlar atos do poder executivo, visitando órgãos públicos e fazer questionamentos por escrito ao chefe do executivo onde o mesmo deverá responder em até 30 dias. Pode também criar comissões parlamentares de inquéritos; exercer o controle externo das contas públicas com a ajuda do Tribunal de Contas do Estado.

Vale destacar que o vereador e o prefeito não podem tudo. Eles só podem o que a lei permite e determina. Não é papel do vereador terminar obra de uma rua ou escola e nem melhorar o serviço de coleta de lixo no município. Muito menos implantar escolas em tempo integral ou criar centros culturais e reforçar policiamento nos bairros.

Cabe ao eleitor cobrar do seu vereador o cumprimento de suas funções. Lembrando que “tomar a benção numa operação beija a mão de prefeito” não é papel de um parlamentar honrado e comprometido com as demandas da população. O povo tudo pode e é quem paga o salário de toda essa gente que tem, por obrigação, dignificar o seu mandato.

* O autor é professor e jornalista.

 

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Vice-presidente da OAB-ES repudia lista sêxtupla para vaga no TJES: “Covardia”

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Em um comunicado divulgado em grupos de WhatsApp ontem (04) e direcionado principalmente às mulheres advogadas, a vice-presidente da Seccional Capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Anabela Galvão, repudiou a falta de paridade de gênero na lista sêxtupla que foi formada pelo Conselho da Ordem para preencher a vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional.

Militante da causa há décadas, Anabela chamou a eleição do Conselho de “machista e vexatória” e a formação da lista de “ato de covardia” por conter apenas uma mulher, das cinco que disputavam vaga e que inclusive foram bem votadas na lista duodécima formada pela advocacia, em votação direta, no dia 7 de novembro.

“Lamentavelmente, em um ato de covardia (não há outro nome), colegas extremamente qualificadas foram retiradas da lista sêxtupla pelo Conselho Seccional, e na condição de mulher, que vem lutando contra o machismo enraizado na Ordem há mais de 25 anos, devo me manifestar”, diz trecho da nota de Anabela.

A eleição da lista sêxtupla ocorreu na última terça-feira (03). Os 12 advogados – sete homens e cinco mulheres – passaram por uma sessão de arguição, respondendo a uma pergunta cada, feita por uma comissão designada pelo presidente da Ordem, José Carlos Rizk. Os candidatos tiveram três minutos para uma apresentação pessoal e mais cinco minutos para responder ao questionamento.

Logo após a sabatina, os 45 conselheiros, diretores e membros honorários da advocacia receberam um envelope com uma cédula contendo o nome dos candidatos, tendo que, obrigatoriamente, marcarem seis nomes na lista.

Na apuração, porém, apenas dois advogados que ficaram entre os seis mais votados pela categoria passaram, gerando estranheza em muitos advogados que acompanhavam a sessão. Entraram: Sarah Merçon-Vargas, que teve 4.084 votos na lista duodécima e ficou em terceiro lugar; e Alexandre Puppim, que passou na lista duodécima na 4ª posição, com 3.852 votos.

A advogada Flávia Brandão, que foi a campeã de votos na lista duodécima (4.596 votos) ficou de fora da lista sêxtupla, recebendo apenas cinco votos do Conselho. O mais votado da lista sêxtupla foi Vinícius Pinheiro, com 35 votos, mas que na lista duodécima ficou em 7º lugar.

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Só a título de comparação, na lista duodécima, formada pela advocacia, entre os seis mais votados, estavam três homens e três mulheres:

  • Flavia Brandão: 4.596 votos
  • Anderson Pedra: 4.156 votos
  • Sarah Merçon-Vargas: 4.084 votos
  • Alexandre Puppim: 3.852 votos
  • João Dallapiccola Sampaio: 3.649 votos
  • Lucia Roriz: 3.560 votos
  • Vinicius Pinheiro de Sant’Anna: 3.542 votos
  • Adriano Pedra: 3.468 votos
  • Carla Fregona: 3.399 votos
  • Erfen Ribeiro: 3.218 votos
  • Rosemary de Paula: 3.112 votos
  • Américo Mignone: 3.013 votos

Já a lista sêxtupla, formada pelo Conselho e que segue para o TJES, contemplou apenas uma mulher, que passou raspando já que o mínimo para entrar na lista seria obter 26 votos:

  • Vinícius Pinheiro: 35 votos
  • Adriano Pedra: 30 votos
  • Alexandre Puppim: 27 votos
  • Américo Mignone: 26 votos
  • Erfen Ribeiro: 26 votos
  • Sarah Merçon-Vargas: 26 votos

“Venho a público, dessa forma, registrar o meu repúdio contra a eleição machista e vexatória realizada ontem no Conselho Pleno da Ordem, ratificando cada manifestação de repúdio das colegas e dos colegas capixabas no sentido de se opor ao machismo estrutural em nossa instituição”, disse Anabela, que também faz parte do Conselho e participou da votação do Quinto.

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:

“Boa noite a todas!

Precisamos fazer alguns esclarecimentos sobre a votação do quinto constitucional.

Como é de conhecimento de todas, fui a relatora do processo de paridade de gênero e raça numa sessão do Conselho realizada em Iúna.

Naquela ocasião, lamentavelmente tivemos apenas 10 votos, sendo 7 mulheres e 3 homens.

Após aquela sessão e também pela última lista do quinto constitucional, incentivei e apoiei as colegas advogadas a participarem do processo da escolha do quinto constitucional que está em trâmite.

Nesse movimento se inscreveram seis grandes colegas competentes, com uma linda trajetória de vida e de advocacia, as quais pude acompanhar de perto e, inclusive, pedir pessoalmente o apoio à advocacia por onde passei e às Conselheiras e Conselheiros nesta etapa que cabia à Ordem.

Com a eleição de cinco das seis colegas advogadas na primeira fase do quinto, pude, emocionada, renovar minha confiança em dias melhores e em uma ordem mais justa, paritária, fraterna e, ainda, humana.

Nesse contexto, defendi diariamente que o conselho escolhesse três mulheres e três homens, prevalecendo a paridade que venho defendendo não desde Iúna, mas desde 1999, quando trabalhei na gestão do Presidente Agesandro, ocasião em que ainda éramos poucas mulheres, mas sempre com muita coragem e força de vontade!

Lamentavelmente, em um ato de COVARDIA (não há outro nome), colegas extremamente qualificadas foram retiradas da lista sêxtupla pelo Conselho Seccional, e na condição de MULHER, que vem lutando contra o machismo enraizado na Ordem há mais de 25 anos, devo me manifestar.

Ao mesmo tempo em que parabenizo e me alegro com a escolha de Sarah Merçon, Advogada, Professora e mãe, que com o filho no colo circulou de norte a sul do Espírito Santo, preciso honrar Flávia, Rosemery, Carla, Lúcia e Patrícia, que também precisaram se esforçar duas, quando não três vezes ou mais para lutarem contra o machismo enraizado no sistema OAB.

Venho a público, dessa forma, registrar o meu REPÚDIO contra a eleição MACHISTA e VEXATÓRIA realizada ontem no Conselho Pleno da Ordem, ratificando cada manifestação de repúdio das colegas e dos colegas capixabas no sentido de se opor ao machismo estrutural em nossa Instituição e acolher, como diz a canção, as “mulheres, Marianas, índias, brancas, negras, pardas, indianas”.

Não foi falta de candidatas na lista. Reitero. A ordem trouxe CINCO de SEIS ADVOGADAS na lista duodécima. A advocacia escolheu. Escolheu e não foi respeitada pelo Conselho. E isso PRECISA SER DITO!

Não nos peçam silêncio! Somos muitas e não andamos só.”

Por Anabela Galvão
MULHER, que também é Vice-Presidente da OAB/ES

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Governo do Estado inicia reurbanização de trecho da orla de Vila Velha

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O governador do Estado, Renato Casagrande, anunciou, na noite dessa sexta-feira (06), o início da reurbanização do trecho 1 da orla de Vila Velha, que compreende os bairros Interlagos e Ponta da Fruta. As intervenções vão contemplar um trecho de 6,5 quilômetros, que receberá drenagem, calçamento e ciclovia, alterando a infraestrutura viária e urbanística da orla. O projeto tem investimento total de R$ 38 milhões com recursos provenientes do Estado, além de contrapartida do Município.

O principal objetivo da iniciativa é modernizar e valorizar a região litorânea, promovendo melhorias em infraestrutura, mobilidade urbana e qualidade de vida para a população local e turistas. A intervenção promete transformar a orla de Vila Velha em um espaço mais moderno e atrativo, fortalecendo o potencial turístico da região e gerando benefícios econômicos e sociais. A população beneficiada com essa ação ultrapassa 467 mil habitantes.

“Estamos repassando o recurso para que a Prefeitura Municipal possa fazer a reurbanização do trecho da orla de Ponta da Fruta até Interlagos e Morada do Sol. Um investimento que vai dar mais dignidade a quem mora nessa região, além de servir como um incentivo para o turismo. Vamos seguir investindo e desenvolvendo Vila Velha nessa parceria que deu tão certo para a população”, afirmou o governador.

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Serão implementados 43.781 metros quadrados de pavimentação em blocos de concreto, garantindo maior durabilidade e estética ao local. A revitalização inclui 37.366 metros quadrados de novas calçadas, com foco em acessibilidade. O projeto contempla obras de drenagem para prevenir alagamentos e uma nova ciclovia, incentivando o uso de transportes alternativos e sustentáveis, além de plantio de grama e reflorestamento da área com espécies da Mata Atlântica.

Serão contempladas as vias: avenida Atlântica, rua Garoupa, avenida Antônio Leite, rua da Uva, avenida Silvio Baratella, avenida Três, rotatória avenida Três x rua Dois, rua Três, rua Nove, rua Maringá e ciclovia com rotatória pela avenida Três x rua Dois. A obra contempla também a instalação de equipamentos públicos de lazer na orla de Nova Ponta da Fruta.

“Esse trecho não possui a infraestrutura necessária para atender moradores e turistas. Com a nova urbanização, vamos impulsionar ainda mais o crescimento e o desenvolvimento da região. Mas a prefeitura está trabalhando para requalificar os 32 quilômetros de orla de Vila Velha, o que vai garantir 21 novos quilômetros de ciclovias. Assim, moradores e turistas terão estrutura adequada para desfrutar das belezas de Vila Velha”, declarou o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo.

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“Nos últimos três anos e meio, quase quatro anos, Vila Velha caminhou de um jeito novo, construindo pontes, ampliando relacionamento de um jeito leve. Confirmamos aqui hoje mais uma parceria estabelecida com o Governo do Estado, que vai gerar uma série de benefícios diretos à sociedade. Orla nova numa região tradicional do município, investimento, infraestrutura capaz de gerar empregos e renda com a abertura de novos negócios, valorização de imóveis, melhoria do trânsito, mais esporte e lazer e melhor qualidade de vida às pessoas”, reforçou o vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Ricardo Ferraço.

O secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Marcus Vicente, pontua ainda que a obra também terá um impacto positivo na mobilidade urbana, com foco em alternativas sustentáveis, como o uso de bicicletas.

(Com informações da Prefeitura de Vila Velha)

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