São Mateus – Uma praça deveria ser um local de encontros casuais e românticos, encontro das famílias, das brincadeiras de criança, de eventos culturais e da boa conversa. Um lugar bem cuidado. E quando essa praça está localizada próxima a uma rodoviária – por onde chegam a maioria dos visitantes, deve ser o cartão de visita, o cartão postal da cidade. Deveria ser.
Mas, em São Mateus, a sua principal praça – Mesquita Neto – localizada no centro da cidade, é o retrato do que tem de pior para a imagem de um lugar, impactando negativamente quem chega pela rodoviária. Para o cidadão mateense esse quadro tenebroso já não o assusta, pois vem convivendo com o desprezo da atual administração que negligência na oferta dos serviços básicos da população, carreando vultosos recursos da municipalidade para promover festas no balneário de Guriri e, consequentemente, favorecer aos seus organizadores que, “coincidentemente” é o prefeito da cidade, Daniel Santana, empresário e dono de trios elétricos.
Praça ocupada por quiosques e vândalos.
A tradicional Praça Mesquita Neto virou reduto de desocupados, drogados, vândalos e ainda é local ocupado por barracas, quiosques de todo tipo de comércio ambulante. Além disso, os canteiros estão cobertos pelo mato, os brinquedos que ainda restam estão quebrados e impraticáveis para serem usados e o coreto que tem suas paredes pichadas, serve como local para as necessidades fisiológicas. O cenário é de desolação e a Prefeitura de São Mateus, comandada pelo prefeito-festeiro e que conta com importantes aliados em nível estadual e federal, continua impune diante do descalabro a que levou o município. Para algumas pessoas ouvidas pela reportagem “falta pouco para destruir de vez a cidade”.
A cidade de São Mateus está um caos e essa realidade é em todo o município. Para salvar e reverter tudo isso, o povo, com a sua religiosidade, acaba celebrando uma parceria Deus-e-população. Por saber que Deus existe, esquece que escolher melhores governantes contribui em muito para reverter esse quadro de desolação e tristeza. A escolha criteriosa de representantes políticos se torna algo fundamental. A política mudou em muitas partes do Brasil e do Espírito Santo e São Mateus não pode ficar no atraso, aceitando conversa fiada e promessas que não serão cumpridas por certos políticos já conhecidos do eleitor. Tem que tomar cuidado com aqueles que se esconderam e ainda se escondem na hora de cerrar fileiras com a sociedade produtiva e ordeira da cidade, justamente na sórdida intenção de se omitir para ganhar a simpatia do poder político para um apoio futuro em sua campanha. Só desejam o poder pelo poder e não têm compromisso com a população e suas demandas e muito menos com o desenvolvimento de São Mateus. Existem vários que se acovardam, se omitem e – em alguns casos – são coniventes com o estado caótico em que o município se encontra. Tem até receio de um certo elemento que denigre e ofende autoridades e instituições pelas redes sociais.
Procurada para comentar a situação da Praça Mesquita Neto a Prefeitura – como é de praxe – nada tem a declarar.
A reportagem ouviu inúmeras pessoas de vários segmentos da sociedade mateense e a decepção é total com o prefeito, os que foram e ainda desejam voltar ao poder e também com deputados que nada fazem para ajudar na superação dessa situação desesperadora que todos estão vivendo. Tem até declaração de ex-prefeito que aplaude o desastre político-administrativo do atual prefeito para voltar ao poder como “salvador da pátria”. Mas o cidadão ouvido pelo JN demonstrou que São Mateus não merece aqueles candidatos que se escondem por detrás de um abadá, do púlpito, de um microfone, de uma sapateira, de falsas profecias, de um bisturi, de playground e de ideologias do atraso.
A população, em sua maioria, deseja, com certeza, um município próspero, organizado, uma cidade limpa, prazerosa de se viver e na qual as leis da boa convivência sejam moeda de troca. Deseja um gestor responsável, capaz de unir todos em prol de resgatar a credibilidade e
reconstruir o município com a finalidade de torná-lo a ser importante novamente no contexto da economia do Estado. Que o próximo prefeito seja um cidadão íntegro, de família, cristão, respeito da diversidade e tenha o compromisso com o desenvolvimento do município e com o futuro dos seus filhos.