Por Paulo Borges
As eleições deste ano prometem e no município de São Mateus prometem muito mais. Pelo menos poderá haver uma novidade a concorrer ao pleito eleitoral de outubro. Trata-se do padre Patrick, que tem aparecido em eventos que possam lhe dar visibilidade.
Sua participação na Audiência Pública da Segurança, realizada pela Assembleia Legislativa, ano passado ele participou ativamente, se pronunciando sobre a necessidade de ações mais eficazes no combate à criminalidade.
Recentemente subiu em um trio elétrico durante as festividades no balneário de Guriri, por ocasião da virada de ano, ao lado do atual prefeito, Daniel Santana (PSDB), justamente, na opinião de muitas lideranças políticas mateense, que é quem promove o caos na cidade seja na parte administrativa ou no investimento em políticas públicas voltadas para os jovens.
Em função das constantes aparições do padre em eventos, despertou a sensação de que ele tem interesse em militar na política local. O que se especula até aqui é se ele estaria se articulando para vir a ser o vice na chapa do prefeito Daniel.
Sobre essa questão não há nenhuma confirmação, pelo menos não oficialmente, até porque não é momento de se fazer política visando às eleições, apesar dessa lei ser desrespeitada em São Mateus, no Estado e no resto do Brasil.
Ainda sobre pré-candidaturas, as conversas continuam entre os interessados na disputa. Gente ligada ao radialista Carlinhos Lyrio (Podemos) disse que foi procurado para uma possível composição de chapa. Teria sido um escritor que atua também na política. A mesma fonte adianta que essa possibilidade de composição não agregaria voto capaz de fortalecer a chapa. O interesse estaria em uma composição com Claudetinha, filha do ex-deputado Mateusão. A fonte adianta que existe interesse de ambas as partes.
Carlinhos Lyrio (Podemos) sempre aparece como pré-candidato nas eleições. Tem experiência como candidato, mas ainda não conquistou a confiança da maior parte do eleitorado na sua capacidade de gestor. Numa composição com a jovem Claudetinha poderia tornar a chapa com forte conteúdo populista, porém, sem lastro administrativo para enfrentar os problemas que se descortinam à frente.
Mateusão não é candidato, mas vem se empenhando para fazer da sua filha uma pré-candidata capaz de administrar o município. Ele já declarou que a falta de experiência de Claudetinha (SD) poderia ser compensada pela experiência que ele teve como parlamentar e prefeito de dois municípios (Pedro Canário e Conceição da Barra). Mas, caso a composição com Lyrio se estabeleça, o acordo seria receber o apoio para uma candidatura a deputada, em 2022.
O empresário do setor supermercadista, Natan Beltrame também tem sido procurado, mas – até onde se sabe – descartou a possibilidade de enfrentar as urnas, alegando que teria prejuízos em seus negócios que necessitam de acompanhamento diário, o que não seria possível se viesse a ser prefeito de um município com grandes desafios à sua frente. Diante desse fato, a corrida tem sido à procura do seu apoio, visto que o empresário é tido como forte nome em apoio a qualquer candidatura pela sua credibilidade e sempre ter sido lembrado em quase todas as eleições.
O ex-prefeito, Amadeu Boroto (sem partido), também está no páreo. Ele diz que não, mas todo político quando diz que não é, acaba sendo. Para observadores da política mateense colocam a questão da crise hídrica como fator que poderia dificultar a sua candidatura. Essa situação seria muito explorada pelos adversários, inclusive como responsável pelo fortalecimento da candidatura do atual prefeito que distribuiu água para a população e acabou sendo eleito por isso. Existe ainda pendências judiciais que podem afastá-lo da disputa.
Outras pré-candidaturas também estão aparecendo. O ex-deputado, Jorge Silva (SD), é uma delas. O que parece pesar pela sua insegurança quanto a uma disputa é o fato de ter apoiado o atual prefeito e se omitido em buscar uma solução para o fato da população estar bebendo água salgada quando ainda era deputado federal já em segundo mandato.
Pedro Hemerly é outro pré-candidato. Não tem a visibilidade que o faça conhecido do eleitor mateense. Wellington Secundino também tem o reconhecimento do seu trabalho voltado para a agricultura, mas ainda não conseguiu fazer com que a sua mensagem chegue em todos os cantos do município de São Mateus.
Também aparece no cenário político-eleitoral mateense o professor Keydson Quaresma. Apesar da sua capacidade profissional pesa contra si o fato de ter sido vice do ex-prefeito Boroto e não se posicionar a favor de uma solução para enfrentar a crise hídrica que afetou a população. “Foi omisso”, disse alguns ouvidos pela reportagem do JN.
O historiador e administrador de empresas, Eliezer Nardoto (PV), é outro pré-candidato. Tem procurado ouvir vários segmentos da sociedade, suas demandas e, por conhecer cada canto do município de São Mateus elaborou projetos que – segundo ele – podem vir a contribuir para dar uma alavancada no desenvolvimento mateense. Para isso tem projetos de valorização do servidor público municipal, projetos de apoio ao pequeno e médio produtor rural e fortalecimento dos valores da família mateense.
Além desses existem outros que ainda não colocaram a sua intenção de enfrentar o jogo político, mas que certamente irão se apresentar como uma solução para mudar a realidade em que se encontra o município de São Mateus. O pastor Nilis Castberg (PR) demonstrou seu interesse em colocar o seu nome para a disputa eleitoral deste ano.
A política mateense promete muita movimentação e, “pior do que está não tem como ficar”, disse em uníssono muitos cidadãos ouvidos atentamente pela nossa reportagem.