Não são somente os bairros da periferia mateense que estão abandonados. Todos carecem de serviços da municipalidade
Existem candidatos que usam e abusam da confiança da população se apresentando como seus benfeitores caso se elejam. O eleitor do município de São Mateus conhece bem essa história, pois sempre foi vítima dos políticos espertalhões que apenas vão buscar o voto nas regiões mais carentes e depois que se elegem “governam para seus amigos, familiares e suas camarilhas”.
O prefeito Daniel Santana (PSDB), conhecido como Daniel da Açaí, usou de uma situação que a cidade sofria com a crise hídrica dificultando o abastecimento das casas. E estabelecimentos. Ele, como é proprietário de uma fonte de água mineral, usou dessa água para dar de beber aos moradores, principalmente aos dos bairros periféricos. Em troca pedia voto. Um crime eleitoral que leva o candidato a impugnação. Até que foi punido, mas a “magna justiça brasileira” no que pese todas as provas e condenação em segunda instância o absolveu sabe-se lá como pelos homens togados de preto de Brasília.
A crise hídrica se tornou grave em virtude da omissão do prefeito da época, Amadeu Boroto, que disse que nada faria porque poderia vir depois como o salvador da pátria. “Deixou o povo sofrer por egoísmo sem se incomodar com a obrigação como representante da população buscar soluções para o problema”, lembrou um morador. “E também não vimos os deputados apresentarem nada, nenhuma emenda com recursos para ajudar a resolver a crise que se instalou”, completou. “E aqueles que só aparecem em período eleitoral se omitiram e agora todos estão aí para pedir voto e achar que somos trouxas”, detonou outro morador ouvido pelo JN.
Daniel se apresentou sempre como o prefeito de periferia. Acontece, porém, que a periferia nunca recebeu nenhuma benfeitoria da Prefeitura de São Mateus. O que deu a esse povo foi “pão e circo”, investindo milionários recursos em festas e até distribuindo frango pelos bairros. Em contrapartida, a população ficou sem médico, sem saúde, educação precária, ruas cheias de cratera, insegurança, e a apologia de tudo aquilo que é tido como futilidade e que sempre favoreceu seus negócios de empresário de shows e eventos em geral. Tudo isso sob as barbas da justiça e Ministério Público.
O município de São Mateus passa por um período de total abandono. Não existe nenhum projeto que o cidadão possa se orgulhar dizendo que existe e que trará renda e prosperidade. O caos é evidente. A Câmara de Vereadores, com o empenho de pelo menos seis dos onze parlamentares, procura fazer a sua parte, contendo naquilo que pode os descalabros do prefeito e de seus colaboradores.
As eleições estão chegando e será a hora da aprovação ou não dessa administração municipal que tem o seu chefe como pré-candidato à reeleição.