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Internacional

Presidente afastado é preso na Coreia do Sul após segunda operação policial

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Por sua tentativa fracassada de impor a lei marcial, Yoon Suk Yeol tornou-se o primeiro chefe de Estado ainda no cargo a ser detido na história do país asiático

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, afastado de suas funções, foi preso nesta quarta-feira (15) por sua tentativa fracassada de impor a lei marcial, depois que centenas de investigadores anticorrupção e policiais invadiram sua residência para encerrar um impasse de semanas. Yoon, que foi afastado em um processo de impeachment e acusado de insurreição por seu esforço de curta duração para impor a lei marcial em dezembro, torna-se assim o primeiro presidente ainda no cargo a ser preso na história do país asiático. Centenas de policiais e agentes do Escritório de Investigação de Corrupção (CIO, na sigla em inglês) chegaram à entrada da residência presidencial antes do amanhecer desta quarta-feira, protegida por milhares de simpatizantes de Yoon e por sua fiel guarda presidencial.

Bloqueados pelo pessoal de segurança, alguns agentes escalaram muros do perímetro e caminharam por trilhas nos fundos para chegar ao prédio principal, situado no alto de uma colina. Esta foi a segunda tentativa de prender Yoon. A primeira, em 3 de janeiro, falhou após um tenso impasse de horas com membros da segurança presidencial oficial de Yoon, que se recusaram a ceder quando os investigadores tentavam executar seu mandado de prisão. Após horas de tensão, o advogado de Yoon anunciou na manhã de hoje que ele tinha concordado falar com os investigadores, mas, pouco tempo depois, estes anunciaram que o presidente afastado tinha sido preso.

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“O Escritório de Investigação Conjunta executou um mandado de prisão para o presidente às 10h33 [locais, 22h30 da terça-feira em Brasília]”, diz o comunicado da equipe formado pela polícia, a agência anticorrupção e o Ministério da Defesa. Em uma mensagem de vídeo gravado previamente, o dirigente conservador afirmou que decidiu cumprir a ordem de prisão “para evitar qualquer derramamento de sangue infeliz”. O presidente deixou a residência num comboio policial e entrou pouco depois nas dependências da agência anticorrupção, confirmaram jornalistas da AFP.

Brigas e tensão

Antes da confirmação da prisão, correspondentes da AFP presenciaram algumas brigas no portão, onde os apoiadores ferrenhos de Yoon estavam acampados para protegê-lo, enquanto as autoridades conseguiam entrar pela primeira vez no complexo. Legisladores do Partido do Poder Popular de Yoon também correram para a área em uma aparente tentativa de defender o presidente afastado, segundo os profissionais da AFP. Seus apoiadores gritavam “mandado ilegal!” enquanto agitavam bastões luminosos e bandeiras sul-coreanas e americanas. Alguns estavam deitados no chão do lado de fora do portão principal do complexo residencial.

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Policiais e oficiais do CIO começaram a removê-los da entrada à força, enquanto cerca de 30 legisladores do partido de Yoon também bloqueavam os investigadores, segundo a emissora Yonhap News TV. Os seguranças de Yoon instalaram arame farpado e barricadas em volta da residência, transformando-a no que a oposição chamou de “fortaleza”. Devido à situação tensa, a polícia decidiu não portar armas de fogo, mas usar apenas coletes à prova de bala na nova tentativa de executar o mandado nesta quarta, caso fossem recebidos por guardas armados, informou a mídia local.

A ordem judicial vigente permite sua retenção por no máximo 48. Para que ele siga sob custódia, os investigadores precisam solicitar outro mandado de prisão. A equipe jurídica de Yoon criticou reiteradamente o mandado como ilegal. Em uma investigação paralela, o julgamento de impeachment de Yoon começou na terça-feira com uma breve audiência, após ele se recusar a comparecer. Embora sua falta — que seu estafe atribuiu a supostas preocupações de segurança — tenha forçado um adiamento processual, as audiências continuarão sem Yoon, com a próxima marcada para quinta-feira.

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Internacional

Trump quer menos funcionários públicos e dá mais poder a Musk

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para reduzir “significativamente” o tamanho da administração pública. Ele também deu mais poder ao novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que está sob a supervisão do empresário Elon Musk e é responsável por cortar gastos públicos.

Trump falou com a imprensa no Salão Oval da Casa Branca, ao lado de Musk, que usava um boné preto com as iniciais do slogan da campanha eleitoral do presidente e estava acompanhado de seu filho mais novo, X Æ A-Xii, a quem o empresário chama de X.

Trump passou a palavra a Musk, que alegou que a administração federal se tornou um “quarto ramo não eleito” e enfatizou a necessidade de implementar “controles de bom senso” para reduzir, por exemplo, gastos desnecessários.

Musk minimizou as críticas sobre seu papel no governo e possíveis conflitos de interesse, uma vez que seis de suas empresas estão sob investigação, reclamações ou foram objeto de ação regulatória por parte de 11 agências federais, que agora estão agindo para cortar funcionários.

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Ele garantiu aos jornalistas que está tentando ser o mais transparente possível, embora não tenha intenção de tornar públicas suas divulgações financeiras.

Por sua vez, Trump apoiou a posição de Musk, assegurando que não há nenhum problema com sua função e denunciando a existência de “fraude” e “abuso” na concessão de contratos públicos, além de “dezenas de bilhões de dólares” que seriam desperdiçados.

A ordem executiva instrui as agências federais a trabalharem com o DOGE para reduzir equipes e limitar Contratações, com o objetivo de reduzir “significativamente” o tamanho do governo federal, segundo confirmou um funcionário da Casa Branca aos jornalistas.

De acordo com a nova ordem executiva de Trump, as agências de governo só poderão contratar um novo funcionário para cada quatro que deixarem seus cargos, assim que o atual congelamento de contratações federais terminar, de acordo com um documento da Casa Branca compartilhado com o jornal The Washington Post.

O mesmo documento afirma que serão feitas exceções para cargos relacionados à segurança nacional e à fiscalização da imigração, permitindo a contratação nessas áreas.

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As ações do DOGE, que incluem o desmantelamento de algumas agências dos EUA, a remoção de dezenas de milhares de funcionários públicos e o acesso a alguns dos sistemas de pagamento mais sensíveis do governo federal, têm sido alvo de polêmicas.

Como parte de sua ofensiva de redução de custos, o DOGE desmantelou a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e a Agência de Proteção Financeira ao Consumidor (CFPB), órgão criado após a crise financeira de 2008, com o fechamento de seus escritórios e a incerteza sobre o futuro de seus funcionários.

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Internacional

Netanyahu ameaça encerrar cessar-fogo se Hamas não devolver reféns

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O primeiro-ministro de IsraelBenjamin Netanyahu, fez uma declaração contundente nesta terça-feira (11), afirmando que o cessar-fogo em vigor será encerrado se o Hamas não devolver os reféns até o próximo sábado. A situação se complicou, pois o Hamas alega que Israel não cumpriu com as principais condições do acordo, o que resultou no adiamento da libertação de mais três reféns, que estava prevista para o dia 15.

“Se o Hamas não libertar nossos reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará e [o Exército israelense] retomará os intensos combates até que o Hamas seja derrotado definitivamente”, disse Netanyahu em um comunicado.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, incentivou o governo israelense a focar na liberação dos reféns que ainda permanecem em cativeiro, ao invés de se concentrar apenas na troca programada para os próximos dias.

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