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Internacional

Primeiro-ministro japonês pede desculpas a vítimas de esterilizações forçadas

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Palavras chegam duas semanas após a Suprema Corte declarar inconstitucional lei que impedia a procriação de pessoas com doenças hereditárias, mentais ou deficiências para ‘evitar descendentes de baixa qualidade’

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, pediu nesta quarta-feira (17) desculpas às vítimas de uma antiga lei que levou à esterilização forçada de milhares de pessoas no país entre 1948 e 1996. Suas palavras chegam duas semanas após a Suprema Corte declarar inconstitucional esta lei que impedia a procriação de pessoas com doenças hereditárias, doenças mentais ou deficiências para “evitar a geração de descendentes de baixa qualidade”. Em uma grande vitória para as vítimas, o tribunal também decidiu que o prazo de prescrição de 20 anos para indenização não poderia ser aplicado. “A responsabilidade do governo na implementação desta lei eugenista é muito grande”, disse Kishida em Tóquio. “Peço minhas mais sinceras desculpas em nome do governo”, acrescentou. Ele também se comprometeu a tomar novas medidas para garantir que as vítimas recebam a anunciada indenização de 3,2 milhões de ienes (cerca de 111.000 reais na cotação atual) anunciada em 2019, considerada muito baixa.

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O governo, que já tinha pedido desculpas, reconheceu que cerca de 16.500 pessoas foram esterilizadas à força ao abrigo dessa lei. As autoridades calculam que outras 8.500 pessoas o fizeram com consentimento, embora seus advogados afirmem que provavelmente foram “forçadas”. O número de intervenções caiu para níveis mínimos nas décadas de 1980 e 1990, antes da revogação da lei em 1996. Este período sombrio da história japonesa voltou à tona quando uma mulher de cerca de 60 anos denunciou o governo em 2018 por ter sido forçada a se submeter a uma cirurgia aos 15 anos.

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Internacional

Militares do Equador são mortos na Floresta Amazônica em ataque atribuído a dissidência das Farc

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O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou luto nacional de três dias neste sábado (10) após a morte de 11 militares em uma emboscada na Floresta Amazônica, na província de Orellana, região próxima à fronteira com o Peru. O ataque é atribuído ao grupo Comandos da Fronteira, dissidência das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que atualmente negocia um acordo de paz com o governo colombiano.

Segundo o Exército equatoriano, os militares participavam de uma operação contra o garimpo ilegal quando foram surpreendidos por explosivos, granadas e tiros de fuzil. Um soldado ficou ferido, e um integrante do grupo armado foi morto no confronto. A presidência declarou os militares mortos como heróis nacionais e prometeu que “o crime não ficará impune”. “Encontraremos os responsáveis e acabaremos com eles”, escreveu Noboa nas redes sociais. A homenagem oficial se estende de 10 a 12 de maio. Vídeos divulgados pelo Ministério da Defesa mostram os soldados embarcando em um helicóptero pouco antes do ataque.

A emboscada ocorre em um momento de crescente violência nos dois lados da fronteira. O tráfico de cocaína — produzida na Colômbia e escoada por portos equatorianos rumo aos Estados Unidos e à Europa — tem alimentado o poder de organizações criminosas na região. Em resposta ao ataque, o Exército da Colômbia declarou alerta máximo em áreas de fronteira. “Nossas unidades estão em alerta e prontas para cooperar”, afirmou o comandante colombiano Luis Emilio Cardozo.

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A região amazônica do Alto Punino é alvo de disputa entre várias quadrilhas, como os equatorianos Los Choneros, Los Lobos e Los Tiguerones, além do Comando Vermelho, facção brasileira. Os Comandos da Fronteira, grupo acusado do ataque, estão em negociação com o governo colombiano, mas ainda sem avanços significativos. Seu líder, Andrés Rojas, conhecido como “Aranha”, foi preso em fevereiro durante uma reunião com representantes do presidente Gustavo Petro, em Bogotá.

Desde a desmobilização das Farc em 2017, os Comandos da Fronteira conseguiram se reestruturar rapidamente. Segundo especialistas, o grupo é hoje uma das principais ameaças à segurança na região. Em abril de 2024, Rojas foi incluído pelo Equador na lista de “alvos militares”, ao lado de chefes do cartel de Sinaloa. A violência se espalha pelo país: o garimpo ilegal no rio Punino quadruplicou em 2024, e denúncias indicam ligações entre grupos criminosos e atividades de mineração ilegal. O governo equatoriano oferece recompensas por informações sobre os responsáveis pelo ataque.

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Apesar da política de tolerância zero contra o crime organizada por Noboa, o Equador enfrenta uma onda de violência. Segundo dados oficiais, há hoje cerca de 40 mil membros de quadrilhas criminosas no país — quase o dobro do número de traficantes e insurgentes estimado na Colômbia. O país também lidera o ranking de homicídios na América Latina, com uma média de um assassinato por hora.

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Internacional

Disney anuncia primeiro parque de diversões no Oriente Médio, em Abu Dhabi

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Empreendimento, que marca a ascensão do país como um polo financeiro e de entretenimento global, será o sétimo resort temático da companhia no mundo

Na última quarta-feira (8), a Disney anunciou oficialmente a construção de seu primeiro parque temático no Oriente Médio, marcando um novo capítulo na expansão global da gigante do entretenimento. Este será o 13º parque da Disney e estará localizado na ilha Iás, em Abu Dhabi, um dos principais polos turísticos dos Emirados Árabes Unidos. A responsabilidade pela construção e operação do parque ficará a cargo do grupo Miral, conhecido por gerenciar diversos hotéis, resorts e parques de diversão na região, incluindo o Warner Brothers World, Ferrari World e o SeaWorld.

Este empreendimento representa o primeiro novo parque da Disney desde a inauguração em Xangai, em 2016. Uma equipe já está trabalhando no projeto das atrações e de um resort, um processo que geralmente leva cerca de dois anos, conforme informou Josh D’Amaro, responsável pela área de parques, navios de cruzeiro e produtos de consumo da Disney. A construção do parque está prevista para durar de cinco a seis anos, destacando-se como parte de um plano mais amplo da Disney para impulsionar o crescimento de seus parques temáticos, que são a área mais lucrativa do grupo.

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No ano passado, a Disney revelou um plano ambicioso para dobrar o investimento no negócio de resorts, destinando 60 bilhões de dólares na próxima década para expandir suas experiências. Este pacote inclui a duplicação da frota de cruzeiros para 13 navios até 2031 e a construção de uma área dedicada aos vilões da Disney no Walt Disney World Resort, na Flórida. Com o novo parque no Oriente Médio, a Disney estabelecerá uma presença significativa no maior hub aéreo global, com mais de 120 milhões de passageiros transitando anualmente por Abu Dhabi e Dubai.

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