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Medicina e Saúde

Proliferação de festas de verão desafia sistema de saúde em cidades menores

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Pandemia de coronavírus avança, mas promotores e frequentadores de eventos seguem exercendo pressão por retomada do setor

Apesar de passada a virada do ano, as festas deste período de verão e de férias seguem pressionando os gráficos que registram o avanço do contágio e as mortes pelo coronavírus. Com autorização ou clandestinas, elas se tornaram assunto constante nas redes sociais nas quais são divulgadas – e, em proporções semelhantes, denunciadas.

Essa retomada conturbada do setor de eventos coloca em campos opostos os cientistas, que temem o terreno livre para a contaminação, e os empresários, que alegam não aguentar mais prejuízos após quase um ano de restrições pesadas.

Chama a atenção que parte considerável das festas tem ocorrido em cidades turísticas interioranas, onde não costuma haver uma rede hospitalar complexa, preparada para atender, por exemplo, pacientes graves de Covid-19.

Metrópoles conversou com o administrador de um perfil no Twitter dedicado a denunciar aglomerações festivas, o Brazil Covid Fest, que disse (sem se identificar, porque a divulgação tem lhe rendido ameaças) que o fenômeno é nacional e não há um perfil específico de festeiros que se enquadrem como típicos irresponsáveis, apesar de jovens serem maioria nos eventos. “Aglomeração existe na esquerda, na direita, no centro”, afirma ele, que tem recebido muitas denúncias de festanças promovidas por políticos.

O perfil divulgou, apenas nos primeiros dias de 2021, grandes festas em locais afastados das capitais, em praias como Pipa e São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, ou na Ilha de Javah, em Salinópolis, no Pará, cidade que já registrou 55 mortes pela doença. Além de comemorações da posse de prefeitos nas cidades maranhenses de Riachão e de São José dos Basílios e um megashow de forró em Campo Maior, no interior do Piauí – onde não há leitos de UTI para tratar Covid-19, e os casos graves, como o de um médico da cidade, precisam ser transferidos para Teresina.

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Veja exemplos:

A pessoa responsável pelo perfil de denúncia diz acreditar que a ação tem o poder de constranger promotores e participantes desses eventos, e diz que vê mobilizações semelhantes em outras redes, como Instagram e Facebook. “Eu recebo denúncias em comentários e vou no perfil de participantes e artistas para confirmar se o vídeo é atual. Normalmente eles postam, divulgam. Mas quando a gente mostra e pega mal, muita gente apaga o perfil, deixa privado. Teve o caso de um médico que, depois de ser flagrado, foi muito cobrado – ele e o hospital. Então, tem um efeito, sim”, afirma.

Essas aglomerações também têm sido noticiadas por veículos de imprensa em todo o Brasil. As grandes festas de posse dos novos prefeitos foram registradas nesta semana. Na terça (5/1) uma festa, sem nenhuma medida de prevenção ao novo coronavírus, realizada por vereadores da cidade de Monteiro, interior da Paraíba, após eleição da mesa da Câmara local.

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Com comida, música e danças, o local foi tomado por parlamentares, correligionários e apoiadores, que pareciam não se preocupar com a possibilidade de contaminação pelo vírus e a disseminação do mau exemplo. Imagens da festa se espalharam nas redes sociais, e o material viralizou.

Os perigos

As festas podem acontecer em cidades paradisíacas do interior, mas atraem um público que vive nos grandes centros, onde o vírus circula mais. “Não há dúvidas de que teremos nos próximos dias e semanas um aumento de casos e mortes relacionados a essas aglomerações. Tanto na população que vive onde acontecem as festas quanto entre quem viaja, além dos familiares dessas pessoas”, avalia o epidemiologista José Cassio de Moraes, consultor da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

O especialista ouvido pela reportagem diz que não é completamente contra a reabertura no setor de turismo e lazer, mas avalia que seria importante focar em passeios ao ar livre e evitar festas. “Dá para manter distanciamento social em uma viagem de turismo, mas em uma aglomeração de festa é muito difícil. As pessoas ali bebem, estão sem máscara, falam alto, se abraçam, é um ambiente muito propício para a propagação do coronavírus”, explica o epidemiologista.

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Medicina e Saúde

Vila Velha passa a ofertar teleconsultas com médicos especialistas

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Vila Velha dá mais um passo importante para melhorar o serviço de saúde para os moradores. A Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Governo do Estado, passa a ofertar teleconsultas com especialistas. A iniciativa vai facilitar o acesso à Atenção Especializada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e diminuir o tempo de espera para consultas.
 
As teleconsultas serão agendadas pelo Governo do Estado e os munícipes deverão se dirigir até o Centro de Atendimento Médico Especializado (Cemas) na data e horário agendado. As salas foram adaptadas para receber esses usuários, que contarão com o acompanhamento de um profissional de enfermagem durante a consulta virtual.
 
“Há uma demanda reprimida por consultas em especialidades médicas e, a implementação das teleconsultas vai beneficiar a população, já que vai garantir o seu acesso aos serviços médicos, reduzindo filas e tempos de espera”, explica a secretária de Saúde da Prefeitura de Vila Velha, Cátia Lisboa.
 
As 12 especialidades médicas ofertadas são: angiologia adulto; cardiologia adulto e pediátrica; dermatologia adulto; gastroenterologia adulto; neurologia adulto; ortopedia adulto e pediátrico; otorrinolaringologia adulto e pediátrica; psiquiatria adulto; e urologia adulto.

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Medicina e Saúde

Volta às aulas: pais devem ficar atentos aos sintomas de virose

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Aumento da interação social, mudanças de temperatura e convivência em ambientes fechados com volta às aulas favorecem disseminação de vírus

Com a volta às aulas neste começo de fevereiro, os pais devem ficar atentos aos possíveis sintomas de virose que os filhos podem apresentar. Elas se espalham rapidamente em ambientes coletivos, por isso a atenção à saúde das crianças deve ser redobrada.

Para a prevenção das doenças, os pais devem estar atentos aos sinais. Alguns dos sintomas de viroses mais comuns incluem febre, dor de garganta, coriza, tosse, diarreia, náuseas e vômitos.

A atenção deve ser redobrada com o aumento da interação social, as mudanças de temperatura e a convivência em ambientes fechados, fatores que favorecem a disseminação de vírus.

A médica infectologista da Unimed Vitória, Ana Carolina D’Ettorres, alerta que a volta às aulas pode afetar a saúde das crianças. Além do maior contato dos estudantes em ambientes fechados, as crianças menores ainda têm um sistema imunológico em desenvolvimento.

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“A volta às aulas representa um aumento no número de contatos entre os estudantes, criando um ambiente propício para a transmissão de vírus respiratórios, como o da gripe, resfriados, incluindo o vírus da Covid-19, e os causadores de gastroenterites”, orienta a médica.

Segundo a médica, o compartilhamento de materiais escolares, como lápis, canetas e até brinquedos, também facilitam a transmissão de vírus.

Sintomas de viroses para ficar de olho

Os sintomas são sinais importantes para os pais ficarem atentos. Segundo a médica Ana Carolina, a postura da criança é outro sinal a se investigar. Caso ela esteja demonstrando falta de energia, pode ser um indicativo de virose.

“É possível observar uma postura mais ‘prostrada’ nas crianças, como cansaço e desânimo para realizar atividades que antes eram prazerosas, como correr e brincar, além de uma possível falta de apetite”, descreve a infectologista.

Os sintomas mais comuns de uma virose são:

  • febre;
  • dor de garganta;
  • coriza;
  • tosse;
  • diarreia;
  • náuseas;
  • vômitos.

Vacinação em dia e bons hábitos de higiene

A pediatra da Unimed Vitória, Iria Giacomin, orienta que manter bons hábitos de higiene e manter a caderneta de vacinação das crianças em dia é a principal forma de prevenção. Lavar as mãos com água e sabão, especialmente antes das refeições e após o uso do banheiro, é essencial.

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“Vacinas contra o sarampo, gripe, hepatite, entre outras, são fundamentais para a proteção da saúde coletiva. Além disso, pais, alunos e escolas, precisam trabalhar em conjunto, a fim de manter a boa higienização das crianças e dos materiais escolares utilizados por eles”, aponta a médica.

Tratamento inclui repouso e hidratação

Iria Giacomin afirma que muitas viroses podem ser tratadas em casa, com repouso e hidratação. Mas, segundo ela, é fundamental estar atento aos sinais que indicam complicações.

“Caso a criança apresente dificuldade para respirar, febre muito alta que não cede com medicamentos, dor abdominal intensa, ou uma piora no quadro, é necessário buscar orientação médica”, indica a pediátra.

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