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Política Nacional

PSB não irá apoiar o senador Marcos do Val à reeleição

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Se definir que será candidato à reeleição, senador corre o risco de caminhar sozinho, sem os apoios que teve em 2018

Com um mandato marcado por polêmicas e na mira de investigações do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Marcos do Val (Podemos) conclui, no ano que vem, seu mandato de oito anos no Senado e ainda não está definido – ao menos publicamente – se ele irá disputar a reeleição.

Do Val é filiado ao Podemos, que hoje está na base aliada do governador. Mas, diferente do que ocorreu em 2018, se Do Val decidir disputar a reeleição, ele não deve contar com o apoio do governo e nem dos partidos aliados. A probabilidade é que ele caminhe sozinho.

“Marcos do Val não tem o apoio do PSB”, cravou o presidente estadual do PSB-ES, Alberto Gavini, à coluna, com relação a uma eventual disputa à reeleição do senador. Ele não deu mais detalhes sobre os motivos.

O PSB é o partido do governador e está liderando a frente ampla de apoio ao projeto do governo para 2026, que consiste em eleger o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) ao comando do Palácio Anchieta e o governador Renato Casagrande (PSB) ao Senado.

A segunda vaga de Senado a receber apoio do grupo está sendo bastante disputada, com três nomes já no jogo: o deputado federal Josias da Vitória (PP); o prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos (PSB), e o senador Fabiano Contarato (PT), conforme a coluna noticiou na manhã desta quarta-feira (26).

Já com relação aos três, o posicionamento do dirigente socialista é diferente. “São três nomes possíveis de apoiamento, mas podem também surgir outros nomes. Pelo PSB, não fizemos ainda uma conversa nesse nível de decisão. A única coisa que está certa é a vaga de senador para o governador Casagrande”, disse Gavini.

Em 2018, Do Val contou com o apoio do PSB e de outros 17 partidos em sua campanha. Ele era filiado ao antigo PPS (Cidadania) e fez parte da mesma coligação do governador – ele e Ricardo Ferraço, que era senador, filiado ao PSDB e tentava a reeleição.

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Numa onda de renovação que tomou conta do País, Ricardo não foi reeleito, mas Do Val se deu bem e conquistou 863.359 votos, ficando atrás apenas de outro novato, o senador Fabiano Contarato (à época filiado à Rede), que foi eleito com 1.117.036 votos.

Assim que assumiu, adotou uma postura “lavajatista”, de apoio ao então ministro da Justiça Sergio Moro. Trocou de partido. Depois, com a saída de Moro do governo Bolsonaro, passou a defender as pautas bolsonaristas.

Chegou a anunciar que renunciaria ao mandato e passou a ser investigado pelo STF após admitir ter participado de uma reunião onde teria sido discutido, com Bolsonaro, um golpe de Estado que envolvia gravar ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes.

Ele acabou sendo alvo, em 2023, de uma operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão em seus endereços. Está com as contas de redes sociais suspensas, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, por ter supostamente atacado o STF e os ministros.

“Foco é concluir meu mandato”

Questionado se disputaria a reeleição, Do Val desconversou e disse que avaliaria com os eleitores, com a equipe e com a família.

“Meu foco agora é concluir meu trabalho como senador. Quando isso acontecer, aí sim vou avaliar se a sociedade que me elegeu ainda deseja que eu continue nesse caminho. Depois disso, vem a conversa com minha equipe, depois com minha família e, por fim, uma reflexão sobre minha trajetória e futuro. Somente após tudo isso tomarei uma decisão”, disse à coluna ao ser questionado no último dia 13.

O senador disse ainda que qualquer decisão tomada hoje correria o risco de mudar futuramente. “Qualquer cenário que você considerar hoje, no mês que vem já será outro. Isso sem contar as mudanças que vêm dos Estados Unidos e tudo que o Brasil ainda vai descobrir até as eleições”.

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Gilson Daniel também foi questionado sobre o futuro do senador e se o Podemos daria legenda para ele disputar a reeleição. O deputado informou que iria conversar com Do Val a respeito, e que ainda não havia uma definição.

E do outro lado?

Se do lado do governo Casagrande está difícil de Do Val conseguir apoio, do lado oposto a situação não é mais favorável. No grupo que faz oposição ao governador e que conta com lideranças da direita e da extrema-direita, a disputa pela vaga de Senado também está acirrada e é bastante improvável que se abra espaço para o senador.

No PL, o cotado para disputar uma vaga de Senado é o deputado Gilvan da Federal, que tem o apoio do presidente estadual da sigla, senador Magno Malta.

Porém, o ex-deputado federal Carlos Manato, que ainda está filiado ao PL, também está de olho na vaga. Ele estaria disposto até a mudar de legenda para disputar o Senado.

O deputado Evair de Melo (PP) também cogita entrar na disputa. Principalmente depois de ter sido citado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que declarou apoio a uma eventual candidatura ao Senado do deputado.

No Republicanos, o deputado estadual Sergio Meneguelli também teria o nome cotado para a disputa. O ex-prefeito de Colatina tentou ser candidato na eleição passada, mas foi rifado pela sigla que apostou no ex-presidente da Assembleia e presidente estadual do Republicanos, Erick Musso.

Como senador, Do Val não está preso a um partido, como ocorre com os deputados e vereadores. Pode trocar de legenda sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. A dificuldade está em conseguir um partido que lhe dê legenda para uma disputa competitiva. Esse será o desafio de Do Val, se decidir continuar na política.

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Política Nacional

Lula visita Japão e busca solicitar inspeção sanitária para liberar exportação de carne brasileira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, programou uma visita ao Japão entre os dias 24 e 27 de março. O objetivo principal da viagem é solicitar uma inspeção fitossanitária que possibilite a liberação da exportação de carne bovina in natura do Brasil. Essa inspeção é um passo crucial para a abertura do mercado japonês, que ainda não estabeleceu uma data para a realização do processo. Durante sua estadia no Japão, Lula terá a oportunidade de se encontrar com o imperador Naruhito e o primeiro-ministro Shigeru Ishiba. Acompanhado por uma comitiva de aproximadamente 500 empresários, o presidente participará de um fórum empresarial Brasil-Japão em Tóquio. O embaixador japonês no Brasil, Teiji Hayashi, ressaltou que a visita de Lula será um fator importante para fortalecer as relações bilaterais, que celebram 130 anos de diplomacia em novembro.

Além do Japão, Lula também seguirá para o Vietnã, onde se reunirá com líderes locais. O comércio entre os dois países já alcançou cerca de US$ 8 bilhões, e a meta é atingir US$ 15 bilhões até 2030. O governo brasileiro está empenhado em transformar as relações com o Vietnã em uma parceria estratégica, refletindo a importância que o país asiático tem na política externa do Brasil. A ampliação das relações com nações asiáticas é uma prioridade na agenda do governo Lula, que busca diversificar seus parceiros comerciais e fortalecer laços econômicos.

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Política Nacional

Governo publica decreto que facilita comércio interestadual de leite, mel e ovos

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Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, produtos beneficiados pelo decreto ‘não correm nenhum risco de precarização sanitária’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou o decreto que permite, por um período de um ano, a comercialização interestadual de leite fluido pasteurizado e ultrapasteurizado, além de mel e ovos in natura. Essa autorização se aplica a produtos provenientes de estabelecimentos que estejam devidamente registrados em serviços de inspeção, sejam eles estaduais, distritais ou municipais.

A iniciativa tem como objetivo principal a redução dos preços dos alimentos no mercado. De acordo com Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, a medida não compromete a segurança sanitária dos produtos envolvidos, garantindo que a qualidade não seja afetada.

Para que os produtos possam ser comercializados, é necessário que atendam a uma série de requisitos. Isso inclui o registro em um dos sistemas de inspeção, a presença de rótulos que contenham informações sobre rastreabilidade e a implementação de controles oficiais que assegurem a inocuidade dos alimentos.

Além disso, os estabelecimentos que produzem esses itens devem seguir critérios rigorosos relacionados a aspectos microbiológicos, físico-químicos e higiênico-sanitários. É fundamental que mantenham registros auditáveis que comprovem a segurança, qualidade e rastreabilidade dos produtos oferecidos ao consumidor.

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