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Segurança

Quadrilha cobrava até R$ 10 mil de empresas e tinha “banco paralelo” no Rio

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Grupo cobrava mensalidades de até R$ 10 mil para funcionários instalarem internet, água ou gás no Complexo da Maré

Uma quadrilha do Espírito Santo que usava o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, para expandir a capacidade criminosa foi alvo de uma megaoperação integrada das forças de segurança capixabas e fluminenses na manhã desta quarta-feira (29).

Entre as ações da quadrilha, estavam a cobrança de taxas para empresas que precisavam instalar internet, água ou gás em comunidades. O dinheiro, segundo a polícia, era usado para alimentar o crime organizado. A investigação aponta que, em um ano, o grupo movimentou mais de R$ 40 milhões.

Quadrilha cobrava R$ 10 mil de funcionários de empresas

De acordo com a investigação da Subsecretaria de Inteligência do Espírito Santo, o grupo extorquia funcionários, que só podiam atuar nas áreas controladas pela facção mediante o pagamento de mensalidades que chegavam a R$ 10 mil.

Além disso, para gerenciar e ocultar os valores ilícitos, os criminosos possuíam diversas contas bancárias, incluindo as de uma casa lotérica e de um “banco paralelo“, instituição financeira irregular que operava no Complexo da Maré e oferecia empréstimos para os moradores.

Esses mecanismos não apenas lavavam o dinheiro proveniente do tráfico de drogas local, mas também os recursos do TCP, em Vitória, movimentando R$ 43 milhões em menos de um ano. Pedimos o bloqueio de diversas contas bancárias usadas para a lavagem de dinheiro dessa quadrilha“, informou o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, Romualdo Gianordoli Neto.

Investigação começou após prisão de “Irmão Vera”

As investigações tiveram início em novembro de 2023, após a prisão de Luan Gomes de Faria, em Vitória. Ele e o irmão, Bruno Gomes de Faria, são conhecidos como “os irmãos Vera” e são apontados pela polícia como chefes do TCP no Estado. Bruno teria ido para o Complexo da Maré após a prisão do irmão.

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A operação “Conexão Perdida”, realizada nesta quarta no Rio, cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro do Espírito Santo.

“A ação reflete o esforço coordenado entre as forças de segurança do Rio com outros Estados para enfraquecer o crime organizado que ultrapassa divisas. O criminoso que vem para cá se esconder ou fazer escola, será preso. O Rio de Janeiro não tem espaço para criminosos, seja daqui ou de qualquer outro lugar”, ressaltou o governador Cláudio Castro.

Além do Complexo da Maré, são cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em Bonsucesso, Campo Grande, Laranjeiras e em comunidades de Vitória.

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Segurança

“Gangue da Hilux”: suspeito é morto em confronto com a polícia no ES

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Quadrilha que furta caminhonetes no ES foi alvo de operação nesta terça. Um suspeito foi morto, outro baleado e um terceiro preso

Uma operação da Polícia Civil terminou com um homem, de 32 anos, morto na BR-259, na localidade de João Neiva, na região Norte do Espírito Santo. Segundo informações da corporação, ele fazia parte da “Gangue da Hilux”, especializada no roubo de caminhonetes.

A operação, realizada na manhã desta terça-feira (11), deixou outro suspeito ferido no braço, que foi levado para o Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra.

Um terceiro envolvido foi detido e encaminhado para a Delegacia Especializada de Crimes de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).

Segundo informações da Polícia Civil, os três suspeitos, de 27, 29 e 32 anos, eram monitorados pela corporação. Eles foram abordados pela equipe durante uma movimentação na BR-259, no sentido Colatina.

No momento da abordagem, segundo a corporação, eles não obedeceram à ordem de parada e um deles fez menção de que atiraria na direção dos policiais.

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“Para se defender da possível injusta agressão, um dos policiais efetuou um disparo, que atingiu o braço de um dos suspeitos e atingiu o rosto de outro”, diz a polícia em nota.

O suspeito atingido no rosto não resistiu e morreu no local. Já o homem de 27 anos foi socorrido e está internado no hospital da Serra e o de 29 anos foi encaminhado para a delegacia.

“O corpo do suspeito foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares”.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito de 29 anos foi autuado em flagrante por receptação, associação criminosa, adulteração veicular e resistência. Já o de 27 foi autuado em flagrante por associação criminosa, adulteração veicular e resistência.

Como a “Gangue da Hilux” agia?

Segundo a polícia, a “Gangue da Hilux” é especializada em furtar caminhonetes no Estado. A quadrilha é investigada por furtar, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, sete caminhonetes na Grande Vitória, sendo que cinco veículos foram recuperados. 

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 A polícia explicou que os criminosos usam aparelhos para destravar a caminhonete e bloquear o rastreador. Dessa forma, o criminoso entra e sai com o veículo como se fosse o dono.

Suspeito foi preso na última semana

A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos prendeu, na última quinta-feira (6), em Cariacica Sede, um homem de 24 anos suspeito de integrar a associação criminosa. É apontado como um dos responsáveis pelos furtos de dois veículos Toyota Hilux, ocorridos nos dias 5 e 6 de fevereiro.

“Ele teria praticado o crime ao lado de outro suspeito de 27 anos e de um terceiro envolvido, que ainda não foi identificado, utilizando um Toyota Etios”, diz a polícia.

Desde a última quarta-feira (05), equipes realizavam diligências contínuas, incluindo a análise de imagens de videomonitoramento, para identificar e localizar os envolvidos. O Etios utilizado nos furtos foi encontrado com um suspeito capturado.

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Segurança

Projeto Cozinhas Internas da Sejus é referência nacional

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No ano de 2024, a Secretaria da Justiça (Sejus) finalizou o cronograma previsto de implantação de cozinhas internas nas unidades prisionais do Estado. Com a proposta, estima-se uma redução de sete milhões anual com a alimentação nos presídios. Após a implantação das cozinhas internas, houve redução de 54,55% do total de denúncias recebidas referentes à alimentação e redução de 68,27% do total de irregularidades na entrega das refeições à massa carcerária, comparado ao ano anterior.

O projeto tem se destacado como modelo para demais estados do País. No final de janeiro, a Sejus recebeu a equipe da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) do estado do Pará, que estuda implantar cozinhas internas nas unidades prisionais locais. Eles puderam conhecer a cozinha em estrutura modular montada na Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes), no Complexo de Viana, e a estrutura do Centro de Detenção Provisória de Guarapari (CDPG).  

“As cozinhas industriais nas unidades garantem que a alimentação seja de qualidade, além de disponibilizarem muitas vagas de trabalho aos custodiados. Estrategicamente, entendemos que é uma ferramenta que contribui para a gestão penitenciária, garantindo o controle e a promoção da gestão social. Estamos ansiosos para colocar o projeto em prática no Pará”, ressaltou Belchior Machado, diretor de Trabalho e Produção da SEAP.

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Com as cozinhas internas, as vagas de trabalho à população carcerária do Espírito Santo foram ampliadas. Atualmente, 563 internos remunerados atuam em frentes de trabalho durante o preparo da alimentação nos presídios. O modelo de gestão inserido nas unidades prisionais também reflete na segurança.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, explica que além da redução das irregularidades no contrato de alimentação, com o aumento da qualidade na prestação do serviço, as cozinhas internas impactam diretamente nas ações operacionais.

“Aumentamos nosso poder de fiscalização não só do contrato de prestação de serviço, mas também da entrada de pessoas e materiais ilícitos nas unidades. O controle passa pelo acompanhamento do trabalho interno, o rigor na entrada e seleção dos trabalhadores do contrato, bem como na atividade-fim realizada na cozinha. A qualidade da alimentação é outro ponto importante, pois diminuiu o número de ocorrências relacionadas às refeições sem condições de consumo, o que evita possíveis motins e rebeliões”, enfatizou Rafael Pacheco.

Rádios Internas

Além das cozinhas internas, a comitiva do estado do Pará também conheceu o projeto Rádios Internas da Secretaria da Justiça, iniciativa pioneira no Brasil. Na ocasião, eles visitaram o estúdio da Rádio Black, montado dentro da Penitenciária Estadual de Vila Velha 3 (PEVV3), no Complexo de Xuri.

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“Ficamos animados com os dois projetos exitosos que vimos no Espírito Santo. A rádio é uma ferramenta que auxilia no controle das galerias, garantindo uma comunicação eficiente para a gestão interna, além de proporcionar momentos como as mensagens dos familiares, que promovem a conexão afetiva e emocional dos custodiados, diminuindo a tensão e o estresse dentro das unidades. Tudo isso contribui e muito para a gestão prisional”, destacou Belchior Machado, diretor de Trabalho e Produção da SEAP.

Com uma programação voltada para a massa carcerária, as rádios auxiliam na gestão das penitenciárias com assuntos sobre educação, rotina interna, saúde, religiosidade, entretenimento e música. O objetivo é transmitir mensagens importantes sobre o dia a dia da unidade, compartilhar programas educacionais, promover reflexões sobre cidadania e convivência e fortalecer vínculos afetivos das famílias com a pessoa presa.  Atualmente, são oito estúdios montados, mas a meta é que todas as 37 unidades prisionais do Estado passem a contar com rádios internas ainda este ano.

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