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Brasil

Quarentena intensiva traria benefício de R$ 298 bi por mês ao país, diz pesquisa

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O dinheiro que o Brasil está gastando com medidas econômicas anticíclicas de proteção de renda e empregos é bastante baixo diante do benefício econômico de manter uma quarentena rígida para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

É o que argumenta um estudo feito pelos economistas brasileiros Diego Cardoso, da Cornell University, e Ricardo Dahis, da Northwestern University. Segundo eles, o benefício financeiro de vidas poupadas por medidas de isolamento social intensivo pode chegar a R$ 298 bilhões ao mês.

O cálculo é baseado nos parâmetros de mortalidade estimada no estudo de impacto de medidas de isolamento publicado em 26 de março feito por pesquisadores da Imperial College of London, e mede o valor atribuído ao benefício de poupar vidas que seriam perdidas para a COVID-19 caso nenhuma medida de contenção fosse adotada.

Os economistas explicam que o cálculo leva em consideração o chamado ‘valor da vida estatístico’. “Não é que estamos colocando preço na vida. O valor de uma vida individual é infinito. A pergunta que queremos responder é ‘quanto que vale salvar vidas?’. O ideia aqui é quantificar o valor gerado pelo benefício em vidas que foram salvas por conta de todas as medidas do governo”, explica Cardoso.

“Pessoas constantemente fazem escolhas com base nos riscos que encontram. Algumas evitam dirigir à noite ou durante uma tempestade; outras modificam hábitos alimentares e estilo de vida visando uma vida mais longa e saudável. Ocupações com maior risco, na média, pagam mais devido à exposição adicional”, dizem os autores. “Cada uma dessas escolhas tem um benefício (reduzir o risco de vir a morrer) e custo implícito (deixar de fazer algo que se desejaria ou receber

O cálculo é baseado nos parâmetros de mortalidade estimada no estudo de impacto de medidas de isolamento publicado em 26 de março feito por pesquisadores da Imperial College of London, e mede o valor atribuído ao benefício de poupar vidas que seriam perdidas para a COVID-19 caso nenhuma medida de contenção fosse adotada.

Os economistas explicam que o cálculo leva em consideração o chamado ‘valor da vida estatístico’. “Não é que estamos colocando preço na vida. O valor de uma vida individual é infinito. A pergunta que queremos responder é ‘quanto que vale salvar vidas?’. O ideia aqui é quantificar o valor gerado pelo benefício em vidas que foram salvas por conta de todas as medidas do governo”, explica Cardoso.

“Pessoas constantemente fazem escolhas com base nos riscos que encontram. Algumas evitam dirigir à noite ou durante uma tempestade; outras modificam hábitos alimentares e estilo de vida visando uma vida mais longa e saudável. Ocupações com maior risco, na média, pagam mais devido à exposição adicional”, dizem os autores. “Cada uma dessas escolhas tem um benefício (reduzir o risco de vir a morrer) e custo implícito (deixar de fazer algo que se desejaria ou receber menos)”.

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É como se apostar numa mudança de hábito, aderir à quarentena, funcionasse como um seguro contra o risco de vir a morrer por ação da doença. Calcula-se o quanto a população estaria disposta a pagar para reduzir esse risco e se compara com as estimativas de mortes evitadas ao se evitar o cenário mais pessimista da pandemia.

Quanto mais vidas poupadas, maior o benefício econômico em economizar esse seguro. Na prática, ele poderia ser ainda maior, porque pessoas também atribuem valor à redução do risco a vida de outras pessoas, como amigos e familiares, e se beneficiam direta ou indiretamente quanto mais pessoas saudáveis estiverem na economia em sociedade.

A análise indica que a redução no risco de mortalidade ao se passar de um cenário de nenhuma ação para o isolamento intermediário da população, com um distanciamento social de entre 35% e 45% da população, geraria um benefício de R$171 bilhões por mês (2.3% do PIB anual).

No cenário em que são adotadas medidas de proteção intensiva de idosos, somadas ao isolamento intermediário, o ganho em vidas poupadas seria equivalente a R$ 212 bilhões por mês (2.9% do PIB anual). “Por fim, um cenário de isolamento social intensivo amplo, no qual se poupam mais vidas, valeria R$298 bilhões por mês (4% do PIB anual)”, dizem os economistas.

CNN teve acesso antecipado ao estudo, que está em vias de ser publicado pelo Instituto Mercado popular.

Estudo britânico

O Imperial College calculou que o Brasil teria 44 mil mortos se a quarentena mais rígida fosse aplicada desde o início no país. Os pesquisadores britânicos estimaram, ainda, que o país poderia ter mais um milhão de mortes pela Covid-19 caso nenhuma providência de contenção da doença fosse adotada.

Mas há algumas limitações metodológicas que os pesquisadores assumiram: a taxa de reprodução do vírus é extrapolada a partir de como ele se alastra em países ricos e na China.

Além disso, fatores culturais e econômicos dos países não foram considerados no cálculo do potencial de mortos. Os estudiosos acreditam que países pobres poderiam desenvolver mortalidades ainda maiores do que as estimativas apresentadas, tanto devido a fatores econômicos quanto por dificuldades estruturais em aplicar medidas de isolamento.

Ou seja, para eles o Brasil poderia ter um cenário ainda mais pessimista, mas não é possível mensurar isso agora porque não há parâmetro de disseminação do vírus nas nossas condições. Isso só poderá ser definido depois de acabada a primeira epidemia de coronavírus no Brasil e os cientistas poderem se debruçar nos registros consolidados.

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menos)”.

É como se apostar numa mudança de hábito, aderir à quarentena, funcionasse como um seguro contra o risco de vir a morrer por ação da doença. Calcula-se o quanto a população estaria disposta a pagar para reduzir esse risco e se compara com as estimativas de mortes evitadas ao se evitar o cenário mais pessimista da pandemia.

Quanto mais vidas poupadas, maior o benefício econômico em economizar esse seguro. Na prática, ele poderia ser ainda maior, porque pessoas também atribuem valor à redução do risco a vida de outras pessoas, como amigos e familiares, e se beneficiam direta ou indiretamente quanto mais pessoas saudáveis estiverem na economia em sociedade.

A análise indica que a redução no risco de mortalidade ao se passar de um cenário de nenhuma ação para o isolamento intermediário da população, com um distanciamento social de entre 35% e 45% da população, geraria um benefício de R$171 bilhões por mês (2.3% do PIB anual).

No cenário em que são adotadas medidas de proteção intensiva de idosos, somadas ao isolamento intermediário, o ganho em vidas poupadas seria equivalente a R$ 212 bilhões por mês (2.9% do PIB anual). “Por fim, um cenário de isolamento social intensivo amplo, no qual se poupam mais vidas, valeria R$298 bilhões por mês (4% do PIB anual)”, dizem os economistas.

CNN teve acesso antecipado ao estudo, que está em vias de ser publicado pelo Instituto Mercado popular.

Estudo britânico

O Imperial College calculou que o Brasil teria 44 mil mortos se a quarentena mais rígida fosse aplicada desde o início no país. Os pesquisadores britânicos estimaram, ainda, que o país poderia ter mais um milhão de mortes pela Covid-19 caso nenhuma providência de contenção da doença fosse adotada.

Mas há algumas limitações metodológicas que os pesquisadores assumiram: a taxa de reprodução do vírus é extrapolada a partir de como ele se alastra em países ricos e na China.

Além disso, fatores culturais e econômicos dos países não foram considerados no cálculo do potencial de mortos. Os estudiosos acreditam que países pobres poderiam desenvolver mortalidades ainda maiores do que as estimativas apresentadas, tanto devido a fatores econômicos quanto por dificuldades estruturais em aplicar medidas de isolamento.

Ou seja, para eles o Brasil poderia ter um cenário ainda mais pessimista, mas não é possível mensurar isso agora porque não há parâmetro de disseminação do vírus nas nossas condições. Isso só poderá ser definido depois de acabada a primeira epidemia de coronavírus no Brasil e os cientistas poderem se debruçar nos registros consolidados.

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Prefeitura viraliza ao instalar placa inusitada em terreno: ‘Só joga lixo quem é corno’

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A Prefeitura de Prata, em Minas Gerais, usou o humor para combater o descarte irregular de lixo com um cartaz que viralizou: “Aqui só joga lixo quem é c0rno assumido”.

O prefeito Marcel Vieira Rodrigues da Cunha, o Xéxeu, afirmou que a estratégia já trouxe resultados, reduzindo o lixo em terrenos baldios e incentivando o uso do EcoPonto Municipal.

Segundo Xéxeu, mais de 60 terrenos cheios de lixo foram identificados e limpos pela Prefeitura.

Para evitar novos descartes, a população foi orientada a utilizar o EcoPonto, que funciona diariamente das 6h às 18h.

A placa gerou engajamento, com moradores monitorando terrenos para flagrar infratores. “A conscientização é essencial, mas o humor tem funcionado”, disse o prefeito.

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Brasil

ES Mais+Gás: Espírito Santo passa a liderar mercado livre de Gás Natural no Brasil

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No mês de janeiro, 82% do Gás Natural distribuído à indústria capixaba foi adquirido no mercado livre, onde as empresas negociam diretamente com os fornecedores. Esse resultado coloca o Espírito Santo no topo do ranking nacional. Os dados são de um levantamento feito pela ES Gás, concessionária estadual responsável pela distribuição do combustível.

Esse movimento de migração das empresas capixabas para o mercado livre ganhou força no ano passado, impulsionado pelas mobilizações do Programa ES Mais+Gás. Desde o lançamento do programa, em agosto de 2024, o volume de Gás Natural negociado no mercado livre saltou de 25% em julho para 82% em janeiro de 2025, um crescimento de 58 pontos percentuais.

A ampliação do mercado livre de gás no Espírito Santo abre espaço para mais fornecedores, aumentando a concorrência e reduzindo os custos de produção para a indústria. Na ponta, esse movimento pode refletir em preços mais acessíveis para o consumidor final.

“É ou não é uma conquista que merece muito destaque? Esse caminho que estamos pavimentando no Espírito Santo favorece, e muito, a manutenção e a expansão de uma série de atividades. Competitividade e dinamismo econômico que geram oportunidades, empregos. Em pouco tempo mudanças interessantes. Redução de tributação, investimentos na rede de distribuição e abertura de mercado. Os principais agentes que atuam no setor estão trabalhando em sintonia e o trabalho conjunto, organizado, permite esses avanços bem interessantes”, destaca o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo, Ricardo Ferraço.

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Atualmente, o Espírito Santo ocupa a liderança nacional em volume de gás natural negociado no mercado livre, com 82% do total. O percentual se destaca em comparação com os demais estados da Região Sudeste, onde Minas Gerais registra 35%, São Paulo 30% e o Rio de Janeiro 25%.

 

Mobilização

A migração das empresas capixabas para o mercado livre de gás foi viabilizada por uma série de instrumentos regulatórios.

Em 2021, a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) publicou uma resolução que estabeleceu um modelo padrão de contrato de uso do serviço de distribuição (CUSD), definindo, entre outros pontos, o volume mínimo diário necessário para a migração. Essa medida abriu caminho para que grandes indústrias passassem a operar no mercado livre nos anos seguintes.

Já em 2024, com o lançamento do programa ES Mais+Gás, esse movimento se intensificou com a atuação da agência na revisão e validação de contratos do mercado livre e cativo, além da habilitação de novos comercializadores, ampliando as opções de negociação para os consumidores.

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“Indiscutivelmente, abrimos o mercado de gás no Espírito Santo! Isto é um marco para o setor. Hoje, contamos com usuários com 100% do consumo de gás no mercado livre, 23 comercializadores habilitados, arcabouço regulatório estruturado, tarifas competitivas. Isso demonstra o papel primordial que a regulação estabelecida pela ARSP teve para a promoção do desenvolvimento, que, alinhada a uma série de ações junto a outros agentes, trouxe este resultado bem-sucedido”, ressalta a diretora de Gás Canalizado e Energia da ARSP, Débora Niero.

Além disso, a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo aprovou uma nova redução nas tarifas do gás natural. Dependendo do modelo de contrato e do período, a economia para empresas consumidoras no mercado livre pode chegar a 14%. O mercado cativo, que inclui os segmentos residencial, comercial, industrial, Gás Natural Veicular (GNV), entre outros, também foi beneficiado, com redução na tarifa média de 7,49%, já válida desde 1º de fevereiro de 2025.

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