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Internacional

Refém brasileiro é encontrado morto na Faixa de Gaza, diz Exército de Israel

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Corpo do brasileiro Michel Nisembaum, morto pelo Hamas em 7 de outubro, foi recuperado, segundo comunicado militar divulgado nesta sexta-feira (24)

Exército israelense anunciou nesta sexta-feira (24) que recuperou os corpos de três reféns que estavam na Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Um comunicado militar afirma que uma operação conjunta dos serviços de inteligência de Israel em Jabaliya, no norte do território, permitiu recuperar durante a noite os corpos do brasileiro Michel Nisenbaum, do franco-mexicano Orión Hernández Radoux e do israelense Hanan Yablonka. Os três reféns morreram durante o ataque do grupo islamista palestino Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, que desencadeou a guerra, e foram levados para Gaza. Após os exames de identificação forense, as famílias foram notificadas, segundo o Exército. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sob crescente pressão interna para conseguir a libertação dos reféns que permanecem em cativeiro no território palestino, afirmou nesta sexta-feira em um comunicado que “ao lado do povo israelense, minha mulher Sara e eu inclinamos a cabeça com profunda dor e abraçamos as famílias em luto neste momento difícil”.

Quem era o brasileiro refém do Hamas?

Michel Nisenbaum, de 59 anos, imigrou com a irmã para Israel no início da década de 1980 e eles viveram muitos anos em kibutz nos arredores de Gaza. Pai de duas filhas e quatro netos, ele perdeu contato com a família no dia 7 de outubro a caminho de buscar sua neta, que dormira naquela noite com o pai, um soldado israelense. Quando sua filha tentou entrar em contato com ele, às 7h20, a ligação foi atendida em árabe e ouviram-se gritos de “Hamas”. Desde então os familiares lutavam para ter informações sobre o seu paradeiro, sem saber se estava vivo ou morto. O Itamaraty tomou conhecimento sobre o desaparecimento de Nisenbaum, dias após o início da guerra no Oriente Médio. Para encontrar o homem, a família chegou a abrir um caso de pessoas desaparecida e disponibilizaram todas as informações necessárias para acelerar e facilitar o processo de busca.  A Embaixada de Israel no Brasil também comentou sobre o sequestro de Nisenbaum. “Um brasileiro do Rio de Janeiro nas mãos do Hamas! Ido, Alma e Ofri são netos do brasileiro Michel Nisenbaum. Michel foi sequestrado pelo grupo terrorista Hamas no dia 07 de outubro. Seus netos querem ele de volta para casa! Nós queremos ele de volta para casa!”, escreveram.

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Internacional

Maduro anuncia entrega de 180 mil hectares de terras na Venezuela ao MST

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A chamada “Pátria Grande do Sul” tem como objetivo, segundo Maduro, incentivar a produção agroecológica

O ditador venezuelano Nicolás Maduro anunciou nesta quinta-feira, 13, a entrega de cerca de 180 mil hectares de terras agrícolas expropriadas naquele país ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil.

A chamada “Pátria Grande do Sul” tem como objetivo, segundo Maduro, incentivar a produção agroecológica.

Em anúncio na TV estatal venezuelana, Maduro afirmou que este será um “projeto cooperativo, humano dirigido por movimentos camponeses alternativos do mundo inteiro” em parceria com indígenas e militares.

“São terras muito boas para produção, é um dos resgates mais importantes que houve em seu momento e já avançamos tremendamente para ativar todos os planos produtivos”, afirmou o venezuelano.

As terras foram expropriadas durante o governo de Hugo Chávez, seu antecessor, na década de 2000. Segundo o venezuelano, elas serão utilizadas para cultivar alimentos destinados ao consumo na Venezuela, no norte do Brasil e para exportação

Entre as produções previstas estão banana, mandioca, frutas, cana-de-açúcar, abóbora, carnes de frango, porco e bovina, leite e derivados, feijão, hortaliças e milho. O projeto contempla ainda a criação de um banco de sementes tradicionais, um viveiro para reflorestamento do sul venezuelano e uma escola de formação.

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O anúncio contou com a participação de integrante do MST, e da representante Roxana Fernández, que classificou a iniciativa como um “ato de reafirmação do compromisso do MST com o povo venezuelano”.

“O MST reafirma o princípio da solidariedade e o internacionalismo quando fazemos esses atos nesse território, concretizando e mostrando o resultado da luta para tornar a terra um território nosso e construir um projeto diferente de sociedade: o socialismo”, afirmou.

O MST promoveu mais de 70 ações de protestos e invasões entre os dias 11 e 14 de março, em todas as regiões do Brasil. As manifestações reivindicam mais apoio à reforma agrária e criticam o agronegócio. O governo Lula remanejou cerca de R$ 40 bilhões no Orçamento de 2025 para aliados e programas petistas, incluindo o MST, contemplado em duas frentes, que somam R$ 750 milhões.

Antes do anúncio de Maduro, o governo Lula também prometeu apoiar o regime do ditador na área agropecuária. No último dia 12, foi publicado no Diário Oficial da União um acordo entre Brasil e Venezuela para apoiar produção de alimentos com suporte da Embrapa, Ministério da Agricultura e Ministério do Desenvolvimento Agrário. O texto diz que a cooperação não prevê ajuda financeira de um país para outros.

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Esse acordo entre a gestão petista e o governo Maduro é fruto de uma reaproximação após a posse para o terceiro mandato do ditador venezuelano. Como revelou o Estadão, o governo Lula retomou, com discrição, alguns contatos com o regime, enquanto observa com atenção as medidas adotadas pela Casa Branca de Donald Trump em relação à Venezuela.

Acordo entre Maduro e MST já foi alvo de questionamento no Brasil

Em 2014, um outro acordo entre o governo da Venezuela e o MST foi alvo de questionamento por integrantes da oposição. O então deputado Ronaldo Caiado, hoje governador de Goiás e pré-candidato à presidência da República, apresentou requerimento na Câmara para convocar os ministros do governo Dilma Rousseff para dar esclarecimentos sobre o caso.

Na época, Caiado disse ao Estadão que o acordo era uma ameaça aos interesses internos do Brasil. “Pelo que vi, tem mais a ver com formação de milícias. Estão chamando um professor para dar aula de revolução em nosso País”, afirmou.

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Internacional

Julgamento sobre o desastre de Mariana termina em Londres

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Processo foi movido pelos atingidos do rompimento da barragem no Tribunal Superior londrino, que agora reivindicam mais de R$ 260 bilhões em indenizações da mineradora anglo-australiana BHP Billiton

O julgamento sobre o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, chegou ao fim no Tribunal Superior de Londres, marcando um importante capítulo na busca por justiça após um dos maiores desastres ambientais do Brasil. A decisão final, aguardada com grande expectativa, deve ser anunciada nos próximos meses. Este processo foi movido por comunidades, municípios, igrejas e empresas que foram diretamente afetadas pelo desastre, e que agora reivindicam mais de 260 bilhões de reais em indenizações da mineradora australiana BHP Billiton. Esta empresa é uma das controladoras da Samarco, responsável pela barragem que colapsou.

As audiências, que tiveram início em outubro do ano passado, foram concluídas recentemente com as alegações finais das partes envolvidas. Mesmo que a sentença seja proferida até a metade de 2025, há uma possibilidade significativa de que a apresentação de recursos por alguma das partes possa resultar em um novo processo em 2026. O rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 5 de novembro de 2015, liberou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, causando um impacto ambiental e social devastador.

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O desastre não apenas destruiu povoados inteiros e modos de sobrevivência, mas também resultou na contaminação do rio Doce e seus afluentes. A lama tóxica chegou até o Oceano Atlântico através do Espírito Santo, ampliando ainda mais o alcance da tragédia. Além dos danos ambientais, o incidente resultou na morte de 19 pessoas, deixando um legado de dor e perda para as famílias afetadas. A expectativa agora se volta para a decisão do tribunal londrino, que poderá definir o futuro das indenizações e a responsabilidade das empresas envolvidas.

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