Segundo a polícia, a menina gravou as agressões e publicou os vídeos da tortura em aplicativo de conversas
Uma adolescente de 13 anos foi detida pela Polícia Civil suspeita de torturar o sobrinho, de 5 anos, e divulgar as imagens em grupos de aplicativo de conversas.
O caso foi descoberto após a Polícia Civil receber informações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e do Ministério de Justiça e Segurança Pública (MJSP), no dia 3 de dezembro.
No mesmo dia, os policiais foram até a residência da adolescente e conversaram com o pai dela, que não sabia do caso. Inicialmente, a menina negou ter cometido os atos, mas depois afirmou ter sido coagida a praticar o crime.
Todos os envolvidos foram encaminhados à Delegacia Regional de Linhares para serem ouvidos. O celular da adolescente foi apreendido na ocasião, mas, no mesmo dia, a menina havia voltado a publicar conteúdo no aplicativo por meio de outro aparelho.
No dia 4 de dezembro, o Ministério da Justiça recuperou os vídeos que haviam sido postados anteriormente pela adolescente, confirmando que os conteúdos continuavam sendo publicados pela jovem.
“Diante do risco à integridade física da criança de 5 anos, representamos pela internação da adolescente, e a medida foi deferida pela 2ª Vara da Infância e Juventude de Linhares e cumprida no último sábado (07)”, esclareceu o titular da Delegacia Regional de Linhares, delegado Fabrício Lucindo.
De acordo com o delegado, além de torturar a criança, a adolescente praticava autolesão, utilizando lâminas de barbear para cortar os braços e as pernas.
“O menino de 5 anos passou por exames de corpo de delito, e os pais dele também foram ouvidos. O caso está finalizado, aguardando apenas o parecer da Polícia Científica”, concluiu Fabrício Lucindo.
O mandado de busca e apreensão foi cumprido pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Regional de Linhares e da Delegacia Especializada de Proteção à Criança, Adolescente e Idoso (DPCAI) de Linhares, em ação conjunta com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).