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Medicina e Saúde

Risco de paralisia facial com vacina contra a Covid é o mesmo sem vacina, conclui estudo

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Ampla revisão de outros trabalhos científicos também deduziu que a própria infecção pelo coronavírus aumenta significativamente os riscos dessa condição

Uma ampla revisão de estudos publicada nesta quinta-feira (27) no Jama Otolaryngology  Head & NeckSurgery, da Associação Médica Americana, concluiu que pessoas que tomaram as vacinas contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca tiveram os mesmos riscos de desenvolver paralisa facial, também chamada de paralisia de Bell, do que as que não tomaram. O perigo, todavia, foi “significativamente maior” entre as que tiveram a infecção pelo coronavírus.

O trabalho é a primeira revisão sistemática e metanálise a abordar a incidência da paralisia de Bell após a vacinação contra a Covid-19.

Foram coletadas informações de 50 estudos prévios, dos quais 17 entraram na síntese quantitativa. Ao todo, os pesquisadores reuniram dados de mais de 53 milhões de doses de vacinas.

As vacinas da Pfizer (tecnologia de RNA mensageiro) e da AstraZeneca (vetor viral) foram as mais utilizadas globalmente e, portanto, há muito mais dados disponíveis.

“Comparamos as duas principais plataformas de vacinas contra o Sars-CoV-2 em termos de ocorrência de paralisia de Bell em mais de 50 milhões de doses. A ocorrência de paralisia de Bell após a infecção por Sars-CoV-2 também foi comparada com o recebimento da vacina em aproximadamente 40 milhões de indivíduos”, explicam os autores.

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Os resultados, escrevem, “sugerem que a incidência de paralisia de Bell após as vacinas contra o Sars-CoV-2 é comparável à incidência geral na população”.

Por outro lado, ter a Covid-19 aumenta em 3,23 vezes os riscos de desenvolver paralisa facial em comparação à aplicação da vacina, “o que favorece um papel protetor da vacina na redução da incidência de paralisia de Bell associada à exposição ao Sars-CoV-2”, argumentam.

A explicação dos autores vai ao encontro do que a ciência já sabia: ter infecções virais aumenta os riscos de uma pessoa desenvolver paralisia facial.

Os vírus Epstein-Barr, adenovírus, do herpes-zóster, herpes simples, da caxumba, rubéola, influenza, entre outros, são frequentemente associados à paralisia de Bell, embora as causas ainda não sejam completamente conhecidas pela ciência.

Os autores, todavia, fazem uma reflexão em relação à paralisia de Bell como efeito adverso da vacina da Pfizer, algo que, inclusive, já havia sido detectado no estudo da própria farmacêutica.

Ainda assim, a incidência foi menor do que entre as pessoas que tiveram a Covid-19.

Os cientistas esclarecem que, “como um evento adverso da vacinação, a paralisia de Bell não é encontrada apenas nas vacinas contra o Sars-CoV-2”.

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Eles citam outro estudo que encontrou essa condição em pessoas que tinham tomado vacinas contra gripe e meningite.

Por fim, os autores concluem que mais estudos são necessários para confirmar a relação entre vacinas e a paralisia de Bell e investigar possíveis mecanismos.

Paralisia de Bell

A paralisia de Bell é o enfraquecimento repentino ou a paralisia dos músculos em um lado da face devido à disfunção do sétimo nervo craniano (nervo facial), de acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento.

Esse nervo é responsável pelos movimentos do rosto, estimula a salivação e as glândulas lacrimais e tem funções auxiliares no paladar e na audição.

Os sintomas incluem dor atrás dos olhos, que evolui para fraqueza moderada e até completa de apenas um dos lados do rosto. O resultado é que a face fica lisa, sem expressão.

Apesar disso, alguns pacientes sentem a face torcida. Segundo o Manual MSD, isso ocorre “porque os músculos da parte não afetada têm tendência a direcioná-la nesse sentido, sempre que realizam uma expressão facial”.

A maioria das pessoas se recupera completamente depois de vários meses, com ou sem tratamento. Medicamentos corticosteroides podem ser usados, sob orientação médica, além de fisioterapia.

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Medicina e Saúde

Saúde emite alerta para população que vai viajar para áreas de detecção da Febre Amarela

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Com o aumento de casos de Febre Amarela em humanos e Primatas não-humanos (PNH) já registrados entre o ano de 2024 e neste ano de 2025 no Brasil, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações, encaminhou aos estados, nessa segunda-feira (03), o alerta sobre a população que pretende se deslocar, em especial, a essas regiões que apresentam os casos confirmados, como São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins.

O alerta, segundo a Nota Técnica Conjunta Nº 27/2025, orienta àqueles que planejam ir para áreas com registro de transmissão de Febre Amarela ou para áreas rurais e de mata, que verifiquem a carteira de vacinação e, caso ainda não estejam vacinadas contra a doença, procurem as Unidades de Saúde com pelo menos 10 dias de antecedência para se vacinarem, evitando a exposição a áreas e situações de risco sem proteção.

No Espírito Santo, o último ano com casos confirmados em humanos foi em 2018, que registrou cinco casos e nenhum óbito. Em 2017, foram 256 casos confirmados em humanos e 81 óbitos. Nesses dois anos, a Secretaria da Saúde (Sesa) realizou a vacinação da população para a proteção à Febre Amarela, e foram usadas as doses padrão para a imunização. Entretanto, devido ao cenário epidemiológico na época, alguns estados receberam a dose fracionada, cuja dose de reforço deve ser aplicada no intervalo de oito anos.

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Em virtude dessa especificidade, a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, orienta também que, em caso de residir atualmente no Estado e tenha recebido a dose da Febre Amarela em outro estado com a dose fracionada e precise se deslocar para as regiões de casos confirmados, que procure a sala de vacinação mais próxima para verificação da situação vacinal.

A vacina Febre Amarela faz parte do calendário básico de vacinação das crianças de 9 meses a menores de 5 anos, com uma dose de reforço aos 4 anos de idade. Em 2024, a cobertura vacinal no Estado em menores de 1 ano de idade foi de 72,50%, com meta preconizada de 95%. A população de 5 a 59 anos não vacinadas, podem receber a dose única. Sendo que nesta população, a cobertura vacinal no estado é superior a 95%.

 

Recomendações adicionais para a estratégia de vacinação

Para a vacinação daqueles que pretendem se deslocar para regiões com confirmações de casos da Febre Amarela, o Ministério da Saúde define seguir as estratégias abaixo:

Dose de reforço para viajantes: Indivíduos que receberam a vacina fracionada contra a febre amarela em 2018 em outros estados e que se destinam a áreas com circulação comprovada do vírus da febre amarela, deverão receber uma dose adicional da vacina em dose padrão;

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Dose zero: A dose zero da vacina contra a febre amarela, aplicada em crianças entre 6 e 8 meses de idade, somente deve ser administrada em crianças que residem ou se desloquem para área onde há circulação confirmada do vírus;

Vacinação de idosos: A vacinação de pessoas com 60 anos ou mais deve ser precedida por uma avaliação médica individualizada, considerando o risco de exposição ao vírus da febre amarela e as condições clínicas do paciente.

 

Áreas de alerta para Febre Amarela

Segundo a Nota Técnica Conjunta Nº 27/2025, do Ministério da Saúde, as áreas de alerta são os estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. Nesses estados, foram confirmados casos de Febre Amarela em Primatas não-humanos (PNH), entre o ano de 2024 e 2025.

Em relação aos casos em humanos, durante o mesmo período, foram confirmados 08 casos de Febre Amarela, sendo 07 em São Paulo (Socorro, Joanópolis e Tuiuti) e um caso em Minas Gerais (Camanducaia). Destes, 04 casos evoluíram para o óbito, todos no estado de São Paulo.

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Câncer de mama em homens: uma doença rara que exige atenção

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Homens com histórico familiar da doença devem conversar com um médico sobre a possibilidade de realizar exames genéticos e fazer um acompanhamento mais cuidadoso

Quando se fala em câncer de mama, a maioria das pessoas associa a doença ao público feminino. No entanto, homens também podem desenvolver esse tipo de câncer, ainda que em menor escala. No Brasil, estima-se que menos de 1% dos casos ocorram em pacientes do sexo masculino.

Por ser pouco conhecido e de baixa incidência, o câncer de mama masculino é diagnosticado tardiamente na maioria dos casos, o que reduz significativamente as chances de um tratamento eficaz. A falta de informação é um dos principais obstáculos, pois muitos homens não imaginam que possam desenvolver a doença e, por isso, não procuram ajuda médica ao notar os primeiros sinais.

Mas, afinal, como identificar os sintomas e quais são os fatores de risco? E, mais importante, quais são as novas possibilidades de tratamento para combater esse tipo de câncer?

Silencioso e Perigoso: Como o Câncer de Mama se Manifesta nos Homens

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a previsão é que, até 2025, o Brasil registre 73.610 novos casos de câncer de mama. Os homens fazem parte dessa estatística, mas, como representam uma parcela muito pequena, não há campanhas de rastreamento ou exames preventivos específicos para eles.

Na ausência desses exames, o diagnóstico precoce depende da atenção aos sinais do corpo. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Nódulo endurecido na mama
  • Retração da pele ou do mamilo
  • Secreção mamilar, podendo conter sangue
  • Aumento da sensibilidade ou dor na região

Como os sintomas são inespecíficos e muitas vezes confundidos com outras condições, como a ginecomastia (aumento das mamas em homens), o câncer de mama masculino costuma ser identificado já em estágios avançados. Isso dificulta o tratamento e reduz as chances de cura.

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Quem Tem Mais Risco de Desenvolver a Doença?

Embora qualquer homem possa ser diagnosticado com câncer de mama, alguns fatores aumentam significativamente a predisposição à doença. Os principais são:

  • Histórico familiar e genética – Homens com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 correm maior risco.
  • Idade – O câncer de mama masculino é mais frequente após os 60 anos.
  • Desequilíbrio hormonal – O uso prolongado de hormônios femininos ou doenças hepáticas que aumentam o nível de estrogênio no corpo podem favorecer o desenvolvimento de tumores.
  • Obesidade – O excesso de gordura corporal também eleva os níveis de estrogênio, aumentando o risco da doença.
  • Exposição à radiação – Homens que passaram por radioterapia no tórax podem desenvolver mutações que favorecem o câncer de mama.

Se houver a presença de um ou mais desses fatores de risco, é fundamental prestar atenção a qualquer alteração nas mamas e procurar um médico em caso de dúvida.

Avanços no Tratamento: Crioablação Pode Revolucionar a Abordagem do Câncer de Mama

Nos últimos anos, a medicina tem investido em alternativas menos invasivas e mais eficazes para tratar o câncer de mama, especialmente em estágios iniciais.

Uma dessas abordagens inovadoras é a crioablação, um procedimento que usa temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir células tumorais, sem a necessidade de cirurgia tradicional. Essa técnica já é aplicada no tratamento de outros tumores e está mostrando resultados promissores para o câncer de mama.

Entre as principais vantagens da crioablação estão:

  • Menor invasividade do procedimento
  • Possibilidade de realização sem internação
  • Recuperação rápida e preservação estética
  • Redução do risco de complicações cirúrgicas

Além disso, esse método torna-se uma opção viável para pacientes que não podem passar por cirurgias convencionais.

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Outro avanço importante é a radioterapia corporal estereotáxica (SBRT), que permite a aplicação de radiação altamente precisa diretamente no tumor, reduzindo danos aos tecidos saudáveis e aumentando a eficácia do tratamento.

Pesquisadores também estudam a combinação da crioablação com imunoterapia, para estimular o sistema imunológico a combater as células cancerígenas de forma mais eficiente. Se comprovada sua eficácia, essa abordagem poderá mudar o futuro do tratamento do câncer de mama.

Diagnóstico Precoce: A Chave para Salvar Vidas

Como o câncer de mama em homens é raro e não há exames preventivos rotineiros, a conscientização torna-se fundamental. Falar sobre o assunto, reconhecer os sinais e buscar atendimento médico ao menor sintoma pode salvar vidas.

Homens com histórico familiar da doença devem conversar com um médico sobre a possibilidade de realizar exames genéticos e fazer um acompanhamento mais cuidadoso. O câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem altas taxas de cura, o que reforça a necessidade de vigilância.

Quebrar o tabu sobre o câncer de mama masculino é essencial. Informar-se, estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica precocemente são passos fundamentais para aumentar as chances de cura.

O câncer de mama masculino pode ser raro, mas isso não significa que deva ser ignorado. A falta de informação ainda é um grande obstáculo para o diagnóstico precoce, tornando a conscientização uma ferramenta essencial no combate à doença.

Com novas opções de tratamento, como a crioablação e a radioterapia de precisão, o cenário do câncer de mama pode mudar nos próximos anos. Mas, enquanto essas tecnologias avançam, a informação continua sendo a melhor aliada para garantir que mais homens tenham um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. Seja um multiplicador dessa mensagem: compartilhe essa informação e ajude a salvar vidas.

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