Rumos da Política

Rumos da Política – 1 edição de outubro

Publicado

23/10/2023 - 16:17

por

Da Redação

Por Paulo Borges

O cenário da política mateense e seus personagens nas vitrines

As eleições estão “aparentemente” distantes, mas os nomes estão nas vitrines da política de São Mateus expondo e convidando o eleitor para ser criterioso na sua escolha diante daquelas figuras e figurinhas, que possam completar o seu álbum de boas escolhas para governar o município. Infelizmente, nesse cenário, temos poucas novidades e muitas figuras que “já deu”. Nomes que já deram foram os que sempre estão no jogo político quando se aproximam as eleições. Durante os anos em que não temos eleições, essas figuras desaparecem, não se posicionam, não emitem opinião, não defendem os interesses da população. Parecem querer apenas o poder, sem compromisso com o desenvolvimento do município e muito menos com as demandas da população. Pensam apenas em seus interesses ou em defesa de interesses de camarilhas alheias ao município, alheia a sua história, a suas tradições.

Certo dia defendi o nome do ex-prefeito Lauriano como capaz de aglutinar forças para se contrapor aos que estão à frente da administração do município. Hoje, porém, não penso mais assim. Primeiro porque não o vejo se manifestar e segundo porque ele continua, pelo que fui informado, sem poder ser candidato. Somado a isso, não sei se ele ficaria limitado ao seu grupo ou se conseguiria ter o desejo de agrupar outros.

Com relação a ser gestor e com disposição de segurar no chifre do boi, o ex-deputado Freitas tem essa capacidade. Tem conhecimento de gestão, de política, relação respeitosa com os poderes constituídos, é aliado de primeira hora do governador Casagrande (que faz mais por São Mateus do que o prefeito do município) e tem a capacidade de retirar São Mateus da mediocridade em que vive nesses últimos anos. Portanto, Freitas tem todas as qualidades para ser o mandatário desse município. Claro que, para isso, tem a necessidade de obter o respaldo eleitoral da maioria dos eleitores mateense. Vale destacar que a característica do eleitor mateense é de apoiar quem eles acham que “vai ganhar” e ainda prefere o populista, aquele que tem lábia e nada na cabeça que possa transformar a vida da população e levar o município a retomada do desenvolvimento, que ficou no passado.

Além do ex-deputado, temos a única novidade nesse cenário, que é o Marcos da Cozivip. O problema é o momento, que exige articulação, capacidade de aglutinar as forças contrárias ao atual mandatário e a relação com o governador, que – pelo que faz por São Mateus – é uma figura importante nesse cenário político-eleitoral. Marcos tem pouca visibilidade e o processo para se apresentar ao eleitorado é lendo, exige um tempo maior do que dura o período eleitoral. Se tem pretensões de verdade, a hora é agora para que sua mensagem chegue ao eleitor. Guardadas as regras da justiça eleitoral.

Amadeu Boroto sempre será um nome em destaque pelo que fez durante o seu mandato. Com erros e acertos o resultado foi positivo. O problema é que a tal periferia se deixa levar por narrativas daqueles que são rasos naquilo que se espera de um candidato e acabam por levar vantagem contando “estórias” que no final são de terror para todos. Boroto continua sendo importante no processo eleitoral do município, mas ainda existem pendências (sic) que o impede a disputar o próximo pleito. Mas teria dificuldade em chagar no eleitor de periferia, hoje contaminada pelo espírito danoso da prática política do prefeito atual.

Portanto, sem Lauriano e Boroto, o Freitas é o que reúne essa capacidade de alavancar o desenvolvimento mateense depois de arrumar a casa se livrando da bagunça generalizada deixada pelo atual prefeito.

Com relação ao Carlinhos Lyrio (Republicanos) não se pode negar e nem desprezar o seu capital político e, na política, capital é o voto. E ele os têm. Mas, seria importante se construir uma frente contra toda essa tragédia mateense e Lyrio poderia estar nesse contexto no apoio a uma candidatura mais robusta no enfrentamento a camarilha instalada na Prefeitura. Infelizmente Lyrio não tem conseguido ter esse entendimento do cenário e contexto que se abre para a disputa que virá. É candidato e pronto. Quem quiser que se alie a ele. Daí pensar São Mateus do futuro fica prejudicado.

Diante de tudo isso, é necessária a engenharia política na construção dessa frente contra as forças que hoje dominam o poder municipal mateense. É um trabalho difícil e que em São Mateus, apesar de tentativas, nunca deu certo.

***

Outros nomes

Existem outras pré-candidaturas colocadas – extraoficialmente – como sucessoras do atual governo municipal. Muito se falou, tempos atrás, no nome do líder do prefeito na Câmara, Kacio Mendes. Não consegue emplacar devido a sua inconsistência na defesa de pautas do Executivo na Câmara. Para o eleitor fica a impressão, a cada sessão em que ele se pronuncia, da sua falta de articulação e clareza nos pontos que defende e naqueles que tenta explicar e convencer as pessoas.

Além dele, surgiu o nome do Wagner Borges, do Corpo de Bombeiros ocupando cargo na Prefeitura. Uma possibilidade que só pode ser brincadeira de fazer política. O estranho, apesar de sua atuação na administração, continua figura estranha, desconhecida e sem qualquer identidade com São Mateus e seu povo. Figurinha fora do álbum.

Agora estão falando da secretária de Educação, Marília Silveira, como pré-candidata ao cargo majoritário na eleição do próximo ano. Sua postura na política e no cargo que ocupa, são impeditivos para sensibilizar o eleitor. Demonstrou, recentemente, em prestação de contas da sua pasta na Câmara de Vereadores, deixou péssima impressão. Desde a incompetência na gestão da sua pasta quanto no trato do político com o eleitor e as pessoas. Talvez, na ocasião, tivesse achando que o seu chefe fosse o dono do município e de corações e mentes. Para se consolidar como a candidata do prefeito, tem uma longa estrada a ser percorrida. Direito ela tem, basta ser filiada a um partido. O voto é que se precisa ter. Tem que buscá-lo.

Bazone e Carlinho Simião (Podemos) também estão colocando seus nomes, mas são de oposição ao prefeito. São forças que podem estar unidas contra a atual situação do município.

O presidente da Câmara, Paulo Fundão (PP), é outra opção a pleitear uma pré-candidatura a prefeito de São Mateus. Tem voto, tem capacidade, porém, conhece o cenário político do município e saberá estar junto daquele que estiver uma melhor condição para enfrentar o adversário.

***

Israel x Hamas

A imprensa militante de esquerda do Brasil não consegue, por conveniência ou submissão a recursos federais, taxar o Hamas como grupo de terroristas. Mas, diz ser terroristas as pessoas que estiveram nas manifestações de 8 de janeiro. Aliás, é o mesmo pensamento daqueles que fingem conhecer a história dessa questão envolvendo Israel e os grupos terroristas daquela região. Os judeus não tomaram terra de ninguém, pois apenas retornaram de onde foram expulsos pelos romanos.

Em tempo: Hamas não defende palestinos. Os palestinos convivem bem como os israelenses, até trabalham lá.

***

A cegueira dos defensores do prefeito Daniel

Tenho acompanhado as sessões da Câmara de São Mateus e não consigo entender os vereadores da base aliada do Daniel Santana fazendo uma defesa de tudo que ele está fazendo no município. Não é possível que não conseguem enxergar o caos instalado no município. Tem um vereador que critica os de oposição dizendo que eles não andam e por isso não reconhecem o que o prefeito está fazendo de bom pela cidade. Acho que é ao contrário. Quem parece não andar pela cidade são os da situação, que não conseguem enxergar, por conveniência, o que está a um palmo do nariz. Os caras não têm argumentos na defesa do chefe, daí as narrativas.

Contra fatos não há argumentos.

***

Aprovado Relatório

Por 20 a 11 votos, foi aprovado o Relatório da CPMI do 8 de janeiro. A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) foi acusada pela oposição de ter sido apenas uma figura decorativa, uma vez que tudo já estava pronto e feito pela equipe do ministro da Justiça, Flávio Dino.

O que é estranho é não ter ouvido, ou permitido ouvir, o próprio ministro, o chefe da Força Nacional e os vândalos. Esse relatório é ficção. Infelizmente.

Contatos para a coluna: [email protected]

Comente abaixodestaque4

Rumos da Política

Rumos da Política – Segunda Edição de Outubro

Publicado

25/10/2025 - 18:08

por

Da Redação

Por Paulo Roberto Borges

O empréstimo de 200 milhões de reais

O projeto de lei, em que a Prefeitura de São Mateus encaminhou à Câmara Municipal e essa aprovou, a autorização para celebrar empréstimo de R$ 200 milhões com instituição financeira, foi motivo de muita discussão, de revolta no seio da sociedade de São Mateus. Esse negócio de setor público fazer volumoso empréstimo deixou um trauma no mateense, ao lembrar do tempo do ex-prefeito Daniel Santana (PDT) que pediu R$ 100 milhões. Naquela ocasião o medo era desses recursos serem drenados para a realização de festas e shows em detrimento de demandas importantes da saúde, educação e outros serviços básicos. Isso sem contar o endividamento do município por vários anos.

Com maestria, o ex-presidente daquela Casa de Leis, Paulo Fundão, usou o seu conhecimento do Regimento Interno, protelou por várias sessões até que, aprovado pela maioria dos vereadores do cocho municipal, perdeu até o sentido pela demora e acabou negado pela instituição financeira que o prefeito tentou usar.

O atual projeto aprovado recentemente, chegou à Câmara como algo fundamental para turbinar o programa “Acelera São Mateus”, elaborado pelo Executivo. Mas, apesar de vir com selo de urgência, sem as explicações detalhadas da destinação dos recursos a serem captados, suscitou desconfianças na assistência presente à sessão e grande parte da população. Inclusive as pessoas que acompanhavam a sessão pelas redes sociais.

Dos 11 vereadores, nove votaram pela aprovação da demanda da Prefeitura. Os dois votos contrários ficaram por conta do ex-líder do prefeito Marcus Batista (Podemos), vereador Raphael Barboza (PDT) e da vereadora do PT, Professora Valdirene. Os dois contrários deixaram claro que não eram contra o projeto, mas pediram vistas (negada) para melhor apreciação e estudo daquilo que estava chegando às mãos dos parlamentares. Haviam dúvidas e é natural que se debruce sobre aquilo que não ficou bem apresentado, nem bem explícito. Mas isso, que deveria ser uma atitude natural, não foi acolhido pela maioria do plenário. Presidentes de Comissões, dizendo que não cabia pedido de vista pelo fato de o projeto vir com o pedido de urgência, indeferiram a solicitação dos dois vereadores – que em vários parlamentos é regimental.

Em consulta que fiz ao vereador veterano da Câmara Municipal de Vitória, Maurício Leite (PDR), ele disse que a urgência ou urgentíssima, deveria ser votada pelo plenário. Mas, fez uma ressalva, destacando que no Legislativo da capital é assim e acredita que em São Mateus é diferente a tramitação etc.

Na minha opinião, em função da complexidade e importância do projeto, com regimento ou não, um pedido de vista seria legítimo até porque estaria atendendo o desejo da população em saber o que estaria celebrado no seu conteúdo. Transparência é algo necessário e deveria ser normal, até porque pode impactar quem vai pagar o empréstimo dos R$ 200 milhões. Quanto de juros, de prazo e valor final de toda essa operação futura que vai sobrar para o pagador de impostos mateense? Seria menos desgastante, para prefeito e seus aliados diante se houvesse mais clareza que muitos gostariam de saber os detalhes do que está escrito no projeto. Abrindo a discussão com certeza todos ganhariam, inclusive em credibilidade.

Na última sessão, desta segunda-feira (20), a resenha continuou. E ainda tinha o projeto do piso do magistério, na verdade da equiparação salarial para alcançar o piso. Mais uma polêmica pelo fato, de acordo com o vereador Raphael Barboza e da vereadora Professora Valdirene, não terem acesso com mais tempo para a leitura do projeto vindo do Executivo. A vereadora alegou que só chegou às suas mãos no meia da tarde para ser votado no início da noite. Ficou a impressão de ter sido aprovado a toque de caixa.

Para quem acompanhou todo esse processo, mais um desgaste para a Câmara e seus parlamentares, principalmente os componentes da base de apoio ao prefeito.

A impressão que passou, para quem assistia a sessão, foi um ambiente de confusão, falta de comando e ordem. Mas, o projeto foi aprovado com o voto contrário de Raphael Barboza e a abstenção da vereadora Valdirene.

A Comitiva

Recentemente mais uma situação foi posta para a sociedade mateense. A comitiva que foi a São Paulo para visitar uma feira sobre equipamentos e inovações ligadas ao saneamento e abastecimento de água. Também incluiu na pauta uma visita ao sistema Smart Sampa. Uma viagem normal, objetivos relevantes, porém, o que se discute é o tamanho da comitiva. As pessoas perguntam da necessidade de se levar na bagagem cinco dos onze vereadores. Algum bônus pela colaboração na Câmara? Talvez melhor ter levado um engenheiro ou técnico e até um representante do Legislativo.

Isso, apesar da boa intenção, desgasta a todos.

O antigo Greca

A Prefeitura de São Mateus baixou decreto desapropriando a área do Complexo SócioEsportivo do Greca, da empresa Suzano, no bairro Novo Horizonte. O local estava abandonado por mais de 15 anos.

Fomos o primeiro jornalista a fazer uma reportagem de página inteira sobre a situação de abandono do ginásio, do campo, quadra e a parte social com lanchonete, destruído pelo rigor do tempo. Fiz outras reportagens nesses últimos anos. Parece que a novela acabou, mas surgiu uma informação de que a desapropriação veio com a área já vendida. Acredito que com um novo proprietário, não impede da municipalidade, justificando os inúmeros benefícios sociais, culturais e esportivos, pode desapropriá-la, o que foi feito. Soube que a questão estava em juízo e o pagamento, após avaliação do valor da área, foi pago em juízo.

Valeu o empenho e determinação do prefeito Marcus Batista.

Tá na fila

As eleições para a presidência da Mesa Diretora da Câmara de São Mateus só acontecem no próximo ano. Dizem que foi antecipada para julho e o vereador e vice-presidente, Wan Borges (PSB), já foi colocado na vitrine. Mas, se havia unanimidade no grupo para a sua escolha, hoje existe aqueles que já acham melhor manter o atual presidente, Wanderlei Segantini (MDB).

No próximo ano vai haver eleição estadual e nacional e Wan Borges é “cria” do competente e atuante diretor-presidente do DER, Freitas (PSB). Lealdade ao partido e lealdade ao ex-deputado, Borges só tem uma opção: apoiar o seu criador. Aliás, já tem gente o chamando de “Freitinhas”.

Mas, vamos lá…

Não podemos deixar de reconhecer que o Eustáquio de Freitas, o ex-deputado estadual e atualmente diretor-presidente do DER, tem café no bule. Os críticos, por apenas implicância, não reconhecem o óbvio. Freitas foi o mais atuante parlamentar para a região Norte e para São Mateus. Hoje, no DER, tem feito um grande trabalho. E não é só em São Mateus. Tenho andado pela região serrana e lá está o baixinho ao lado do governador, inaugurando mais uma obra executada pelo Departamento Estadual de Edificações e Rodovias, onde é o comandante.

Freitas é pré-candidato a deputado federal. Tem serviço prestado, tem uma pasta de obras, tem o apoio do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB) e tem competência naquilo que se propõem a fazer.

_______

Saideira

Apreensão – Proprietários de terras no Espírito Santo estão preocupados com a possível demarcação de suas áreas como território quilombola. Ser produtor rural, pequeno, médio e grande, só pode ter paz se se disser que é quilombola. /// Fato – “Ao longo dos anos a população foi manipulada pela Rede Globo”. /// Estratosférico – A “competência” de gestão do PT deu um rombo aos correios de R$ 8,3 bilhões. Em quase de três anos de governo, depois de superávit do governo anterior, mais uma obra da companheirada petista e seus cúmplices. /// Fujão – O Lula não quer conversar com o seu colega Trump. Se resolver as pendências entre eles, o Lula perde um dos seus “penduricalhos” para usar na disputa eleitoral do próximo ano. Quer continuar com essa questão, conversando fiado, construindo narrativas e prejudicando o País as empresas e as pessoas. /// Em baixa – Os vereadores de São Mateus, exceto os dois que se posicionaram contra a maneira como foi encaminhado e aprovado o projeto dos 200 milhões, foram muito criticados pela população. Acredita-se que seja devido o trauma dos 100 milhões do Daniel Santana (PDT), o demolidor do município. Sua obra de destruição durou oito anos. /// Evento – Em março do próximo ano vai acontecer em São Mateus, o Fórum das Águas. A realização é do empresário Rui Baromeu e a Rede Sim/SBT. /// Parceria – Não é só em Vila Velha que ruas e avenidas alagadas viram mar. Na Serra a parceria é igual. Alagamento é recorrente em vários barros. /// Acontece – Na próxima quarta-feira, dia 29, em Santa Leopoldina, o projeto Mistura Capixaba. O lançamento será na Fazenda Barão do Império, ás 9 horas. Vale a pena prestigiar e conhecer os detalhes desse evento que valoriza a cultura.

____________

dest

Para Reflexão

“O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre”.

Autor: Waldemar Valle Martins

Continue lendo

Rumos da Política

Rumos da Política – Primeira edição de outubro

Publicado

07/10/2025 - 19:14

por

Da Redação

Por Paulo Roberto Borges

Enfeitando o Pavão

O governo Lula aumentou em 360% com publicidade. Tudo para fazer do presidente um bom moço, que tem um governo amigo do povo pobre e defensor dos verdadeiros valores morais e éticos e da soberania brasileira. Mas, ao que parece, não tem dado muito certo, uma vez que ele continua não podendo sair às ruas sem ser xingado.

Chantagem

O presidente da Câmara de Vitória, Anderson Goggi (PP), esteve em Brasília para tratar da questão da transferência do Legislativo do Bento Ferreira para o centro da cidade, para se instalar em um prédio da Câxia Econômica Federal. O prédio foi invadido e com o apoio de simpatizantes do Psol e PT.

Revoltado Goggi ouviu da Caixa que a liberação estaria condicionada com projeto de construção de casa popular para as famílias que ocupam o imóvel. Vale dizer que a obrigação seria do governo federal, não da Prefeitura. Tem gente de outros municípios fazendo parte desse crime de invasão de órgão público.

A situação ainda não tem prazo para ser resolvida.

Sambão desafinado

A Prefeitura de São Mateus, destinou para uma escola de samba de Vitória R$ 400 mil, para que no carnaval, apresente em seu desfile, um enredo falando da história e belezas do município de São Mateus. Num momento em que o município sai de oito anos de destruição e de ser assaltado, de acordo com investigações da Polícia Federal apresentando provas robustas, levando inclusive o chefe do executivo e alguns assessores à cadeia, não nos parece uma ação sensata da atual administração municipal. Temos problemas sérios na saúde, educação, mobilidade urbana, organização urbana dentre outras questões, o ato de destinar esse vultoso valor para uma entidade carnavalesca de Vitória, acaba se tornando um escândalo.

Um assunto desse grau deveria ser pauta importante dos vereadores na sessão desta segunda-feira (6). O próprio presidente poderia levantar essa questão pedindo detalhes oficiais à municipalidade, numa atitude coletiva para exercer a principal atribuição do Legislativo que é fiscalizar a aplicação dos recursos orçamentários pelo Executivo. Uma ação normal, pelo menos, deveria ser assim, o que não costuma acontecer em centenas de Casas legislativas pelo Brasil a fora.

Na sessão ordinária da última segunda-feira (6) da Câmara Municipal de São Mateus, o caso dos recursos destinados para uma escola de samba da capital, iria passar batido, soterrado por questões menores, mas não desimportante, como pedir limpeza, tapar buracos de ruas e coisas similares. Mas, para mostrar compromisso de parlamentar que sabe de suas atribuições, a vereadora Professora Valdirene (PT) levantou a questão, o mesmo acontecendo com o vereador Branco da Penal (PL).

A vereadora disse e eu concordo, que esse recurso deveria ser usado para resgatar as nossas manifestações culturais e o apoio aos nossos talentos em várias áreas da cultura mateense.

Além disso, ser usado para fortalecer a Secretaria da Cultura, hoje sem importância na constelação do staf da composição administrativa do município. Poderia valorizar a cultura e seus protagonistas. Por lá já passaram alguns nomes e não há um planejamento estratégico na construção de ações voltadas para a cultura da cidade e do município em geral.

Surgiram informações oficiosas, porém, sem confirmação, do convite ao historiador Eliezer Nardoto de vir a assumir a pasta. Ainda não há definição oficial. É uma luz que se acende, uma vez que, pois o suposto convidado tem conhecimento histórico-cultural mateense.

Portanto, é necessária uma participação mais efetiva do Poder Legislativo de São Mateus em questões mais relevantes do que pedir nomeação de aliados, operação tapa-buraco, limpeza de logradouros públicos e, muitas vezes, “passar pano” em situações que merecem mais atenção dos parlamentares.

Trabalho só amanhã?

Por algumas vezes, o vereador Vilmar do Seac (PSD), tem exposto o sentimento de que o município vai deslanchar, que o prefeito vai fazer o que é necessário para melhorar as condições da população mateense. Mas, somente no próximo ano que ele e todos vão trabalhar nessa direção. Ora, o mandatário foi eleito para gerenciar o município desde o primeiro dia de gestão. As coisas estão sendo feitas, por isso o parlamentar deveria ajustar sua fala no alinhamento com o que já vem sendo feito desde janeiro pelo chefe do Executivo.

Percentual exagerado

O prefeito encaminhou projeto de lei para que possa remanejar recursos do orçamento em 50%. O projeto está na Comissão de Justiça tendo na presidência o vereador Branco da Penal. Ele pediu prazo para melhor análise da solicitação do Executivo. A decisão pode vir após uma reunião do prefeito com os vereadores nesta quarta-feira (8). É possível que nesta reunião esse assunto venha a baila.

O que se sabe é que existe a intenção da maioria dos membros da comissão de liberar apenas 11% para que o prefeito possa “mexer” na destinação dos recursos.

Caso seja aprovado o projeto original, em que o Executivo pede o percentual de 50% de recursos a serem remanejados pela vontade do gestor, a Câmara de Vereadores passa a ser passageira no avião. Para os mais radicais, pode até ser fechada, uma vez que perde o seu poder de “barganha”. Na verdade, perde o poder de negociação em busca de um senso comum. O Executivo não irá precisar dos vereadores para aprovar a maioria dos projetos.

Contraponto

Quando o vereador Wan Borges (PSB) subiu ao púlpito, já se esperava que ia falar das ações do governador Casagrande (PSB), principalmente do diretor-presidente do DER, Freitas. Para muitos é uma propaganda política, mais ou menos velada. Ele falava das obras realizadas no município de São Mateus.

Nesse momento, o seu colega de parlamento Raphael Barboza (PDT), retrucou dizendo que ele anuncia as obras que já estavam programadas e que estavam sendo feitas, para favorecer o seu “padrinho” político Freitas. “Isso é fácil, quero ver cobrar o que não foi feito e que precisa ser feito”, disse em volume máximo, Raphael.

Visitas

O senador Magno Malta (PL), um dos mais atuantes e corajosos do Senado da República, esteve em São Mateus, Jaguaré e região Norte capixaba. Veio acompanhado da sua filha Maguinha Malta, pré-candidata a uma das duas vagas para o Senado nas eleições do próximo ano. Magno, em sua estada no município, teve encontro com um grupo de pequenos produtores rurais, no Cantinho da Roça, no Rio Preto, para ouvir a realidade de hoje desses bravos agricultores.

O parlamentar ouviu relatos emocionados diante da política governamental em favorecimento às comunidades Kilombolas, em que alguns tocam terror contra seus antigos aliados. Dizem que é gente que veio de fora para doutrinar e orientar para o confronto.

Participaram também do encontro os vereadores Branco da Penal (PL) e Isamara da Farmácia (União Brasil) e o historiador Eliezer Nardoto. Também esteve presente o presidente do PL de São Mateus, Nilis Castberg.

O senador mais ouviu do que falou.
_______

Saideira

Decisão – O vereador Cristiano Balanga (PP) garantiu à nossa reportagem, que não é candidato a deputado estadual. /// Vapt-Vupt – A vereadora Professora Valdirene, do PT de São Mateus, disse, com relação ao samba-enredo sobre São Mateus ser feito e cantado no carnaval, em desfile de escola de samba de vitória, dura 40 minutos e, depois disso, São Mateus acaba, será esquecido novamente. Para ela, é melhor usar os R$ 400 mil na valorização da cultura mateense, para os mateenses. /// Cobrança – “Cadê a ponte do Nativo”, perguntou pela
milésima vez o vereador Cristiano Balanga, cobrança direcionada ao diretor-presidente, Freitas. Já virou novela e provocou alguns risos no plenário. /// Mudanças – O engenheiro agrônomo, Wellington Scundino, deixou a pasta do Meio-Ambiente e foi nomeado na da Pesca. Responde interinamente pela da Cultura, até que se nomeia um novo titular. Para o Meio-Ambiente foi nomeada Flávia Barbosa Mendonça, cunhada do prefeito Marcus Batista (Podemos). /// Bom papo – Tive a oportunidade de conversar sobre vários assuntos nacionais e estaduais com o senador Magno Malta. Conhece a realidade do Parlamento e do Brasil como poucos.
____________

Para Reflexão
“Ir com muita sede ao pote, pode quebrar o pote. E ser penalizado por isso”.
Autor: Eu mesmo, numa adaptação ao ditado popular.

Continue lendo