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Rumos da Política

Rumos da Política – 1ª edição de abril

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

Observando alguns “nobres” edis e seu parlamento

Vereador é o político mais próximo da população. Normalmente é a quem o cidadão procura num momento de necessidade. Nessa hora o estado e o município, ficam inacessíveis e a saída é procurar o vereador. Isso acontece muito, principalmente, nas cidades do interior. O vereador costuma ser pau para toda obra.

Infelizmente muitos desses parlamentares municipais não têm noção da sua importância e acreditam que para exercerem seus mandatos necessitam se submeter aos caprichos, vaidades e vontades do Executivo. Isso trás uma situação de bloqueio do próprio vereador de exercer suas principais atribuições, que é fiscalizar a aplicação dos recursos contemplados no Orçamento e legislar, elaborando projetos que beneficiem toda a sociedade, fazendo seus requerimentos e indicações de demandas a serem atendidas pela municipalidade. Vale aqui lembrar, que os cidadãos vivem em cidades, até porque o Estado e o Brasil são coisas distantes.

Outro fator importantíssimo e faz toda a diferença é que a população está toda ela representada no Poder Legislativo. No Executivo não, pois nem todos votam no chefe deste poder. Apenas uma parcela do eleitorado e nem sempre é a maioria. Se forem somados os votos contrários, em muitos casos, eles ultrapassam os que votaram no governante eleito.

Ainda tem vereador que em vez de parlamentar viram empreiteiros, prometem “construir” obras e vivem em peregrinação por gabinetes de secretarias e do prefeito. Alguns para tomarem a benção, outros para buscarem uma solução e compromisso no atendimento aos seus pleitos.

A população, em sua grande parcela, não sabe para que servem os vereadores. Mas isso é culpa, muitas das vezes, deles próprios, que vivem passando para a sociedade um quadro que não informa, não educa e fica a impressão que vereador e prefeito são irmãos siameses nas obras, na indicação de puxas sacos em distribuição de cargos na estrutura do executivo e que acabam sendo moeda de troca. Se não votar a favor dos projetos enviados pelo executivo, perder os cargos que tem e que estão seus indicados.

Acontece, porém, que um presidente do Legislativo deveria ter uma postura firme, independente, questionador e estar em defesa do parlamento sem se dobrar aos interesses que não fazem parte do cardápio legislativo. Cumplicidade não é parceria. É submissão, é a abertura para a manipulação e, assim, virar boneco ventrílogo, sem alma, sem vontade, sem personalidade. As vezes viram e se vestem como uma besta parlamentar, sendo motivo de chacota e indignação dos cidadãos nas ruas, avenidas, becos, sarjetas por aí a fora.

Conheço muitas câmaras municipais e alguns dos seus membros. Esse quadro que pintei acima é uma realidade, é algo comum, mas existem exceções, bons parlamentares, propositivos, entendedor do seu papel como legislador e defensor das demandas da população.

A Câmara Municipal de Vitória – para mim – é um exemplo a ser seguido. As sessões viram palco de debates de qualidade, seus membros são inteirados do que falam, conhecem a cidade, conhecem suas necessidades, elogiam e criticam o prefeito, evidentemente que existem polêmicas, mas fazem parte e movimentam o ambiente o que, para quem assiste, demonstra como deve ser o parlamento. Vale ressaltar a qualidade dos seus membros, o nível é muito bom. Não sou de elogiar “essa fauna e flora” da política, mas não dou lugar a injustiça.

Mas, existem outros parlamentos pelo Estado. Cito a Câmara de Santa Teresa, de Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina, Linhares, Vila Velha, por exemplo. Outras ainda não conheço, mas tenho boas informações de amigos. A de São Mateus, por exemplo, não preciso de intermediário. Essa conheço bem. Ainda tem recaídas, mas a esperança é a última que morre e existem bons vereadores que, aos poucos vão se familiarizando com o ritual do regimento e a postura de bom parlamentar.

Leia mais:  Rumos da Política – 2ª edição de fevereiro

O PSB e a Especulação

Recentemente o Partido Socialista Brasileiro (PSB) de São Mateus, realizou o seu congresso para a escolha da sua nova diretoria. Não houve surpresa no fato da recondução de Sidcley Ribeiro à presidência da sigla em nível municipal.

O ex-deputado estadual e candidato a prefeito na eleição passada, Carlinhos Lyrio (Republicanos) foi uma das presenças ao evento. Não é algo comum Lyrio estar presente em eventos de outras siglas que não seja a sua. Mas, lá estava ele e não poderia deixar de surgir alguns comentários de que a possibilidade de se integrar ao PSB pode ser uma realidade futura. Como jornalista, sei que a essa pergunta ele e qualquer outro do partido, vai negar, dizendo que não há nada de concreto nisso. Mas tenho o direito de especular, formar conjecturas para que a realidade apareça em algum momento de “sincericismo”…

Em 2026 Carlinhos Lyrio e Freitas podem estar no mesmo barco. Até mesmo uma dobradinha, um para deputado estadual e outro para federal. Acredito que a presença dele ao evento do PSB, não foi por acaso. Ou foi?

Quando, por ocasião da eleição de prefeito, Freitas provavelmente já vislumbrava essa possibilidade, até porque não conseguiu espaço no barco do Podemos. Restou-lhe embarcar na campanha de Carlinhos Lyrio. É fato que, em conversa de bastidores, ele e o ex-presidente da Câmara, Paulo Fundão (União Brasil), não eram unanimidade no grupo.

Acredita-se que ao tecer críticas ao ex-prefeito Amadeu Boroto (MDB), Freitas “obrigou” Boroto a entrar efetivamente na campanha do empresário Marcus Batista. Claro que outros fatores ajudaram, incluindo apoio da gestão anterior e de recursos que o grupo de Carlinhos não teve. Isso vem provar que eleição não se ganha, no Brasil e – consequentemente – em São Mateus com saliva e boas intenções.

Agora, após o rescaldo, Freitas avaliou todo o cenário passado para projetar o seu futuro político. Freitas-Calinhos, um ajuda o outro, até porque os votos que o primeiro não tem em São Mateus, Lyrio tem, e muito.

Não sou dono da verdade, mas tudo pode levar da conjectura à realidade. Vai saber?!

MDB e a sua Convenção Municipal

Em São Mateus o MDB também realizou a sua convenção. Era para deixar a condição de Comissão Provisória para constituir a sua Executiva Municipal. Amadeu Boroto seguiu na presidência da sigla e Aécio Matos como seu vice.

Sobre candidaturas futuras, não é novidade que Boroto é sempre um nome lembrado, pois é uma liderança política que reúne muitos parceiros. Se não houver nenhum impedimento, pode vir a ser pré-candidato a deputado federal ou até estadual. Ele não fala, usa a tática ineficaz dos políticos ficando mudo sobre essa questão. Mas, deve pleitear alguma “coisa eletiva” em 2026.

Não podemos esquecer que Amadeu Boroto e Carlinhos Lyrio, são as lideranças políticas do município que sempre são lembrados e votados por significativa parcela do eleitorado mateense.

O caso da vice e da Educação

Recentemente a política mateense foi palco de mais um tremor de terra não indicado sua medição no índice de gravidade na tabela Richter. Tudo se deu com a nomeação da nova (?) titular da pasta da Educação. Dizem até que a vice-prefeita, que é professora, sequer foi consultada para opinar na escolha da nomeada para a pasta da Educação.

A Educação estava sem titular após a saída do também professor Edson Pirola. Por isso ficou sendo conduzida em sua interinidade pela chefe de gabinete. Até aí menos mal. O problema foi a demora de se providenciar um titular para conduzir uma secretária fundamental e importante no contexto da estrutura administrativa e do município em si.

Leia mais:  Rumos da Política – 1ª edição de fevereiro

Conversas de bastidores davam conta que o prefeito Marcus Batista convidou a sua vice, professora Raquel Rocha, para assumir a pasta, após a saída de Pirola. Ela, pelo que consta nessas conversas de bastidores, não aceitou o cargo, mas queria, supostamente, ter a condição de indicar o seu novo titular. Não foi lhe dado esse direito. Por isso a demora em nova escolha, o que acabou, depois de longo tempo, recaindo sobre a ex-secretária de Educação do gestor anterior, Daniel Santana, Edna Rossim. A vice tomou conhecimento, segundo uma fonte ouvida pelo JN, ainda na fase embrionária, mas não quis se manifestar. “No quem cala consente”, o prefeito nomeou essa nova secretária.

O que se sabe sobre a nova integrante do staff do prefeito é que tem grande capacidade de trabalho, porém, dificuldade de relacionamento com a categoria de professores e outros profissionais da educação. Criou-se, então, um clima em que a unanimidade passou à margem.

Como consequência de toda essa situação, aconteceu o rompimento da vice com o prefeito. Fato é que a Educação tem nova secretária. Em três meses da nova gestão foram três nomeações, fora as outras da gestão anterior. A Educação no município de São Mateus necessita de um olhar atento e prioritário para não continuar, como a do Brasil em geral, sendo reprovada em todos os indicativos em nível mundial. Até a vereadora Professora Valdirene (PT) já ligou o alerta de que a Educação em São Mateus está adoecida.

EM LINHA___________________________

Presença – O vereador de São Mateus, Rafael Barbosa (PDT) andou pela capital. É uma forma de ampliar horizontes, conhecimento para qualificar o seu mandato. Esteve na Câmara Municipal de Vitória e foi convidado pelo presidente Anderson Goggi (PP) para sentar ao seu lado. Segantini, presidente do Legislativo mateense poderia agendar um encontro dessa natureza, pois só teria a ganhar. *** Outra perda – Depois do impacto e comoção da morte do ex-vereador e bombeiro Jozail Fugulin, a sociedade mateense, principalmente a acadêmica, foi surpreendida com o falecimento do professor Roberto, o “Braúna”, mestre querido da disciplina Educação Física. Muito emocionada a vereadora, Professora Valdirene (PT), se pronunciou da tribuna da Câmara de São Mateus, dia 23, no dia do acontecido. Uma tristeza esse fato trágico para todos os amigos, colegas, familiares e seus alunos. Sem palavras… *** Obra – O diretor-presidente do DER-ES, Eustáquio de Freitas demonstra sua capacidade de trabalho e empenho com o início das obras do tão sonhado e decantado em verso e prova, a macrodrenagem do balneário de Guriri. A última licença, a ambiental, foi liberada e não há mais impedimento, o que consagra o início dessa tão importante e necessária obra para Guriri. *** Aliada – A vereadora Isamara da Farmácia (União Brasil) tem na causa do Autismo uma de suas bandeiras. *** Na sala de espera – O vereador Vilmar do Seac (PSD), está aguardando a relação das áreas públicas da municipalidade que foram doadas para terceiros pelo governo do ex-prefeito Daniel Festeiro. Está demorando e já tem gente especulando que em 31 de fevereiro ela sai. Mas, disse um curioso: “fevereiro não tem 31 dias”. Então…

Para Reflexão

“Na escola, você recebe a lição e depois faz a prova. Na vida, você faz a prova e depois recebe a lição”.

Autor desconhecido

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Rumos da Política

Rumos da Política – 2ª edição de abril

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

Um sobrevoo pela História que vale a pena conhecer

O Brasil carece de líderes, de políticos e personalidades verdadeiramente comprometidos com o Brasil. Se olharmos para o passado da nossa história, podemos constatar que muitos dos grandes brasileiros ficaram mesmo no passado. Principalmente, e isso é fato, quando nos deparamos com o que acontece nos dias de hoje, com nossos “representantes” nos parlamentos, nas instituições de poder que abrigam políticos e seus aliados. Difícil o brasileiro não sentir vergonha do que vê.

A República brasileira “ainda” não deu muito certo. O que temos são oligarquias que permanecem no comando do País. Vale lembrar que a República foi “inaugurada” através de um golpe militar com apoio de meia dúzia
de civis. O povo foi o último a saber, pois a Monarquia parlamentar era a forma e sistema de governo que estava, ainda no dia-a-dia da população. E mais, a Família Real Brasileira, tendo à frente Pedro II e sua filha Isabel cuidavam e construíam uma futura república e não essa que aí está. A transição, a abolição eram fatores que incomodaram os oligarcas da época e viram seus interesses ameaçados. Daí para o golpe foi um passo. Perdemos a oportunidade de termos uma possível república parlamentar.

Não sou contra o sistema presidencialista de governo, mas não com essas distorções que o nosso carrega.

Mas, voltando ao nosso propósito de reflexão e comparação com os supostos importantes homens representativos da nossa mambembe república, destacamos um grande brasileiro que ficou no passado glorioso da dignidade
humana e que nos governou e sonhou com um Brasil melhor do que temos hoje por obra e graça de camarilhas que não largam os privilégios às custas do suor do povo brasileiro.

O maior brasileiro dentre poucos (existem anônimos que não têm visibilidade), uma das maiores personalidades mundiais foi o imperador Pedro II.

Mês que vem é maio. Para muitos é o mês das noivas, mas o que é importante para se construir e consolidar o País como uma verdadeira Nação é conhecer um pouco da nossa história. Maio é o mês da abolição da escravatura, uma chaga que até hoje ainda não foi totalmente curada. Portanto algumas reflexões…

Abaixo enumeramos como refrigério, muitas das curiosidades que nem sempre
estão nos compêndios oficiais de História do Brasil.

Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris. / A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Isabel. / A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram
alforriados e assalariados, em todos os imóveis da família. / D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos. / D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente. / A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil. / D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes. / D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga. / Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época. / Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los. / Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal
totalmente abolicionista. / D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições. / Uma senhora milionária do Sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos. / Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica. / Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta. Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.

Leia mais:  Rumos da Política -1ª edição de janeiro

E tem mais curiosidades para deleite e comparativos com os nossos governantes e representantes, incluindo os membros da “Suprema” Corte:

– A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).
– (1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.
– (1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.
– (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98.
– (1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano.
– (1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.
– (1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra.
– (1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.

– (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km.
– A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador.
– “Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros”; conta o historiador José Murilo de Carvalho.
– Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. “Imprensa se combate com imprensa”, dizia.
– O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.
– Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.
– Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.

Aprendamos a conhecer a nossa história para qualificarmos o nosso voto.

Abaixo o desconhecimento e a mediocridade! Valorizemos os sábios, os esclarecidos, os comprometidos com o que interessa para nossa evolução.

Não podemos continuar reproduzindo a política rasteira, feita por gente rasteira.

Até quando?

São Mateus de hoje é bem diferente do que conhecemos da sua história como uma cidade de importância ímpar no contexto histórico estadual e nacional. Hoje é um arremedo do que já foi. Basta observar o que grande parte da
população escolhe para ser representada.

Muitos alegam que essa triste realidade tem relação com o advento de grandes projetos industriais no entorno, que trouxeram levas inteiras de pessoas que, uma vez não aproveitadas após a conclusão das obras, optaram por ficar na cidade e, sem identidade com o lugar, se tornaram os “sem pátrias” segundo alguns poucos estudiosos do assunto migratório.

Para os ditos sem pátria, que tem todo o direito de votar e ser votado, tanto faz eleger Zé ou Mané, desde que atendam suas “necessidades fisiológicas” e de interesses nem sempre republicanos. O que evoluiu daí foram administrações desastrosas como a mais recente que perdurou por oito anos.

Mas a tal elite mateense, retrógrada e também conivente, omissa e gosta de levar vantagem na política, contribui para esse estado de coisa. Não põem a cara, somente se revela quando outros, verdadeiramente preocupados com o município entram e campo para fazer valer a sua voz.

Não se concebe que o mateense e os que vivem no município não reajam a essa situação esdrúxula, sem noção, impedindo que pessoas decentes do município consigam governá-los e que tenham identidade e amor por essa
terra.

Não sou especialista em coisa esquisita, por isso fico por aqui neste assunto.

Os pré-candidatos de São Mateus

As eleições “supostamente” estão longe. Pelo menos para quem não conhece a dinâmica da política. Os partidos e seus pretensos candidatos se movimentam, esboçam acordos, traem acordos, firmam parcerias, desfazem
parcerias, tudo visando o que virá em 2026, ano eleitoral, em que vamos eleger senadores, deputados estaduais e federais, governador e presidente da República.

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São Mateus tem pré-candidatos a deputado estadual e federal. O cardápio é sortido e o eleitor tem faca e garfo para decidir que prato servido a ser escolhido e o que vai cortar para digerir. Sempre há o risco de vir, em vez de
picanha, carne de pescoço. Infelizmente é o que mais tem servido ao eleitor mateense.

Nomes como Amadeu Boroto (MDB) e Carlinhos Lyrio (Republicanos) sempre se destacam por serem mais conhecidos e, querendo ou não, são as maiores lideranças que temos no tabuleiro da política e do cenário local. Depois deles podemos falar em Freitas (PSB), Rodrigo da Cozivip, Paulo Fundão (União Brasil), Daniel Santana (sem partido), Cássio Caldeira (PP), Cupertino (União Brasil), Isamara da Farmácia (União Brasil), Nilis Castberg (PL) e outros que não tenho na memória. São muitos a serem avaliados. Isso sem contar os estrangeiros que devem passear pelo município tentando convencer os eleitores locais que são melhores do que os nativos. Portanto, a decisão é do eleitor, para o bem ou para o mal, para o certo ou errado, para o comprometido com os princípios morais e éticos e os que apenas engordam camarilhas. Em tempo: falar em moral e ética na política nacional é um pouco forçado da minha parte, não!?

Enfim, aí temos um quadro não tão completo, porém, bem possível para ser colocado na moldura e visto pelo eleitor mateense.

Francisco e Mário, muito parecidos?

A morte do Papa Francisco trouxe comoção ao mundo cristão católico. O pontificado do papa falecido, foi marcado pela divisão da Igreja e por ações polêmicas que foram tomadas, num distanciamento sutil de alguns princípios e
dogmas da religião e do espiritual, parecendo atender a um sistema e a cultura woke, aos globalistas. Francisco foi o oposto ao inesquecível, hoje santo da Igreja Católica, João Paulo II. Mas, na morte todos são ou viram santos…

EM LINHA____________________

Planeta Água – Para os moradores de Guriri, a sua parceira de sempre continua ao seu lado. São inseparáveis! Trata-se das enchentes constantes. As obras de macrodrenagem devem sair ainda neste século, pelo menos é o que desconfiam alguns moradores mais “apressadinhos”. *** Hibernando – As tais lideranças da política mateense nunca se pronunciam diante de situações que acham contrárias aquilo que pensam e defendem. Ou são frouxas ou são omissas mesmo, esperando o período eleitoral para se pronunciarem e virem como salvadoras da pátria. Amigo urso também hiberna. *** Um nome – São Mateus tem muitos pré-candidatos, mas vale destacar o ex-prefeito de Pedro Canário, Bruno Araújo (Republicanos) que revolucionou aquele município. Hoje é o superintendente regional da saúde do Norte e, como sempre, tem a característica da competência. É outro nome a ser avaliado pelo eleitor mateense, até porque ele conhece os problemas e virtudes do município de São Mateus. Não é estrangeiro, é de casa. *** Grana em caixa – O município de São Mateus vai receber, fruto da repactuação com a Samarco, referente ao acidente da barragem de Mariana, R$ 197.826.937,20. Esses recursos vão estar nos cofres da municipalidade pelos próximos 20 anos. *** Um leque de opções – O governador Renato Casagrande (PSB) tem no seu vice, Ricardo Ferraço (MDB), o sucessor “oficial” que apoia para a disputa ao governo em 2026. Mas, outros estão rondando o governador para serem vistos, caso haja necessidade de uma outra opção. Arnaldinho Borgo, prefeito de Vila Velha; Euclério Sampaio, prefeito de Cariaciça, são os mais vistos na vitrine política
que Casagrande costuma espiar de vez enquanto.
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Para Reflexão
“Nem tudo que reluz é ouro; nem todo político é o que pensamos ser”.
Autor pouco conhecido: Paulo Roberto Borges

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Rumos da Política

Rumos da Política – 2ª edição de março

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

Observando o que a população observa

Falo aqui sobre o município de São Mateus, suas demandas, as ações dos poderes o que se ouve pelas ruas, becos e sarjetas. Procuro fazer um relato isento de paixões, até porque confio muito pouco em político. Acredito na política como fator de transformação, uma ciência em movimento e fundamental para que haja prosperidade de cidades e pessoas.

Em São Mateus nem tudo está em consonância com o que foi pensado e aguardado com tanta esperança. Não que as pessoas já desacreditaram das mudanças que começaram. As mudanças ainda de modo tímido, porém, de maneira possível e necessária levando em consideração os cuidados a serem tomados.

No seio da sociedade mateense a gente houve alguns questionamentos. Um deles é a demora do chefe do Executivo na escolha de alguns titulares para ficarem à frente de pastas importantes. Cobrir esse espaço com interinidade me parece complicado, pois se dar conta de uma imagine de duas ou três. Por isso urge a decisão de se nomear um titular competente, bom gestor e com capacidade de entender a máquina administrativa pública para que as coisas aconteçam a contento. Do jeito que está, demandas são esquecidas devido à ausência de quem possa dar a direção diuturnamente, resolver o que chega e se faça o necessário.

A outra questão é a nomeação de pessoas próximas. Isso pode caracterizar nepotismo dando margem à questionamentos e críticas. Não que as pessoas sejam incapazes, mas gera conversa atravessada por parte dos munícipes.

As outras questões podemos dizer que é a dinâmica no desempenho da máquina. É preciso dar celeridade na implementação de ações de varejo no início, para que as de atacados possam encontrar um terreno propício para a sua implantação. Falo em ações diárias, estruturantes para que o município possa ser atrativo aos investidores.

Na parte política, não tenho conhecimento de quem são os assessores que possam ajudar nesse setor de relações com os poderes e instituições. Não identifiquei, mas é uma questão importante que passa para a sociedade um clima de entendimento e paz. A relação com a Câmara, por exemplo é importante, não como subserviente tipo puxadinho da Prefeitura. Deve haver uma relação institucional e os vereadores terem essa consciência.

Dito isso, São Mateus deu os primeiros passos depois do caos. A estrada é longa, precisa ser pavimentada para que a população possa trafegá-la em direção ao progresso, a qualidade de vida e finalmente a tão decantada prosperidade.

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A Câmara e seus atores

Esse não é um vício somente local, mas como as pessoas moram nas cidades antes de morarem no estado e no país, cabe a nós falar do que está próximo.

O Legislativo de São Mateus tem se qualificado um pouco. Mas ainda conserva características de seus membros acharem que têm que bater ponto em gabinetes do Executivo no café, no almoço e no jantar. Alguns acreditam mesmo que sua função é fazer obras, esquecendo, ou por conveniência, esquecerem das suas principais atribuições, fiscalizar o Executivo e elaborar leis. O nome até ajuda: Casa de Leis e não Casa de Mãe Joana como era em outras ocasiões. A população quer e tem o direito de se ver representada por quem escolheu para representá-la. O vereador deve em primeiro lugar procurar retratar isso no plenário com suas ações. Não tem que dar satisfações ao chefe do Executivo, deve manter uma relação respeitosa e institucional, jamais submissa. Se a população tem queixas, não se pode desconhecer isso, mesmo que se faça críticas à gestão municipal. Rasgar seda para quem faz a obrigação é desnecessária. É hilário. É bajulação, muitas vezes por pura conveniência e interesse.

Mas, tudo ainda é muito recente. Não se pode ficar indecente, até porque, essa fase da indecência já passou. Vida que segue, com esperança de dias e ações propositivas.

EM LINHA_________________

Fato – A gente sabe que a vida da população não está fácil. Paga seus impostos para receber bons serviços e o que lhe é devolvido são arremedos de serviços de baixa qualidade. Evidentemente que isso só vale para o cidadão que trabalha diariamente produzindo riquezas e ajudando com seus impostos manter mordomias de castas que se deliciam no poder. *** Ocupado – o presidente da Câmara de São Mateus, Wanderlei Segantini (MDB) deve estar abarrotado de serviço o que, certamente, dificulta que cumpra algumas agendas pré-estabelecidas. Não estaria faltando uma assessoria? *** Atuante – O deputado estadual e líder do governo, Fabrício Gandini (PSD) tem demonstrado – e não de agora – um parlamentar ativo, preocupado em buscar soluções para as demandas que lhe aparecem. Costuma atender inúmeros municípios com suas emendas e proposições. Vive na capital, mas atua em todo os Estado. *** Próspero – O vereador Rosimar José Lahas (PDT) tem uma granja e com os estratosféricos preços dos ovos pode se tornar o mais novo rico do Legislativo leopoldinense. Seus colegas desconfiam. *** Rotativo – A implantação do estacionamento rotativo nas principais ruas do centro da cidade de São Mateus já deveria ter sido feita pelo governo anterior. Até empresa para essa implantação já existia, mas nada aconteceu. Agora o assunto volta à Câmara. O vereador Vilmar do Seac (PSD) é autor de um requerimento nesse sentido. *** Aprovou – O Partido Progressista (PP) aprovou a entrada da sigla em uma federação partidária com o União Brasil. Essa fusão pode transformar essa federação com a maior bancada da Câmara dos Deputados. Detalhe: O fundo eleitoral também deve aumentar substancialmente. *** No forno – O papo que rola é que dois vereadores do PP de São Mateus podem perder o mandato. Suplentes já abriram o armário e estão namorando o paletó e a gravata. Deve demorar um pouco para usarem. Por enquanto tirando a poeira e mofo para usarem na hora certa. *** Assumiu – O pastor Nillis Castberg, que foi candidato a prefeito de São Mateus na última eleição pelo PL, foi nomeado como secretário de Apoio aos Munícipes na Câmara Municipal. Ele afirmou que deseja aproximar mais os vereadores da comunidade e vice-versa. *** Aleluia! – A tão falada ponte do Nativo vai sair. O governador já deu a autorização para que se construa a nova ponte, substituindo a que de madeira que lá está. *** Vapt-Vupt – O governo, depois de três meses, enviou de madrugada, o Orçamento para que os parlamentares, na tarde do mesmo dia, lessem as três mil páginas e o votasse. Foi aprovado e, pasmem, com críticas da turma do PSOL, uma vez que os R$ 3 bilhões para a cultura foram reduzidos para a “mixaria” de R$ 1 bi. *** Sem brilho – É comum ouvir do torcedor brasileiro que perdeu o interesse em assistir à seleção de futebol jogar. Um time qualquer, sem identidade com o País, com as nossas tradições de quando a seleção Canarinho tinha coisa melhor para nos apresentar. *** Perda – Nossos sinceros sentimentos aos familiares e amigos e a todos que tiveram o privilégio de ter conhecido e convivido com o nosso Jozail Fugulin. Era amigo e, em muitas reportagens, buscava informações com ele. Uma perda impactante. _____________________

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