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Rumos da Política

Rumos da Política – 2ª edição de abril

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

Um sobrevoo pela História que vale a pena conhecer

O Brasil carece de líderes, de políticos e personalidades verdadeiramente comprometidos com o Brasil. Se olharmos para o passado da nossa história, podemos constatar que muitos dos grandes brasileiros ficaram mesmo no passado. Principalmente, e isso é fato, quando nos deparamos com o que acontece nos dias de hoje, com nossos “representantes” nos parlamentos, nas instituições de poder que abrigam políticos e seus aliados. Difícil o brasileiro não sentir vergonha do que vê.

A República brasileira “ainda” não deu muito certo. O que temos são oligarquias que permanecem no comando do País. Vale lembrar que a República foi “inaugurada” através de um golpe militar com apoio de meia dúzia
de civis. O povo foi o último a saber, pois a Monarquia parlamentar era a forma e sistema de governo que estava, ainda no dia-a-dia da população. E mais, a Família Real Brasileira, tendo à frente Pedro II e sua filha Isabel cuidavam e construíam uma futura república e não essa que aí está. A transição, a abolição eram fatores que incomodaram os oligarcas da época e viram seus interesses ameaçados. Daí para o golpe foi um passo. Perdemos a oportunidade de termos uma possível república parlamentar.

Não sou contra o sistema presidencialista de governo, mas não com essas distorções que o nosso carrega.

Mas, voltando ao nosso propósito de reflexão e comparação com os supostos importantes homens representativos da nossa mambembe república, destacamos um grande brasileiro que ficou no passado glorioso da dignidade
humana e que nos governou e sonhou com um Brasil melhor do que temos hoje por obra e graça de camarilhas que não largam os privilégios às custas do suor do povo brasileiro.

O maior brasileiro dentre poucos (existem anônimos que não têm visibilidade), uma das maiores personalidades mundiais foi o imperador Pedro II.

Mês que vem é maio. Para muitos é o mês das noivas, mas o que é importante para se construir e consolidar o País como uma verdadeira Nação é conhecer um pouco da nossa história. Maio é o mês da abolição da escravatura, uma chaga que até hoje ainda não foi totalmente curada. Portanto algumas reflexões…

Abaixo enumeramos como refrigério, muitas das curiosidades que nem sempre
estão nos compêndios oficiais de História do Brasil.

Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris. / A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Isabel. / A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram
alforriados e assalariados, em todos os imóveis da família. / D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos. / D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente. / A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil. / D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes. / D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga. / Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época. / Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los. / Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal
totalmente abolicionista. / D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições. / Uma senhora milionária do Sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos. / Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica. / Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta. Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.

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E tem mais curiosidades para deleite e comparativos com os nossos governantes e representantes, incluindo os membros da “Suprema” Corte:

– A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).
– (1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.
– (1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.
– (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98.
– (1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano.
– (1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.
– (1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra.
– (1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.

– (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km.
– A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador.
– “Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros”; conta o historiador José Murilo de Carvalho.
– Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. “Imprensa se combate com imprensa”, dizia.
– O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.
– Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.
– Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.

Aprendamos a conhecer a nossa história para qualificarmos o nosso voto.

Abaixo o desconhecimento e a mediocridade! Valorizemos os sábios, os esclarecidos, os comprometidos com o que interessa para nossa evolução.

Não podemos continuar reproduzindo a política rasteira, feita por gente rasteira.

Até quando?

São Mateus de hoje é bem diferente do que conhecemos da sua história como uma cidade de importância ímpar no contexto histórico estadual e nacional. Hoje é um arremedo do que já foi. Basta observar o que grande parte da
população escolhe para ser representada.

Muitos alegam que essa triste realidade tem relação com o advento de grandes projetos industriais no entorno, que trouxeram levas inteiras de pessoas que, uma vez não aproveitadas após a conclusão das obras, optaram por ficar na cidade e, sem identidade com o lugar, se tornaram os “sem pátrias” segundo alguns poucos estudiosos do assunto migratório.

Para os ditos sem pátria, que tem todo o direito de votar e ser votado, tanto faz eleger Zé ou Mané, desde que atendam suas “necessidades fisiológicas” e de interesses nem sempre republicanos. O que evoluiu daí foram administrações desastrosas como a mais recente que perdurou por oito anos.

Mas a tal elite mateense, retrógrada e também conivente, omissa e gosta de levar vantagem na política, contribui para esse estado de coisa. Não põem a cara, somente se revela quando outros, verdadeiramente preocupados com o município entram e campo para fazer valer a sua voz.

Não se concebe que o mateense e os que vivem no município não reajam a essa situação esdrúxula, sem noção, impedindo que pessoas decentes do município consigam governá-los e que tenham identidade e amor por essa
terra.

Não sou especialista em coisa esquisita, por isso fico por aqui neste assunto.

Os pré-candidatos de São Mateus

As eleições “supostamente” estão longe. Pelo menos para quem não conhece a dinâmica da política. Os partidos e seus pretensos candidatos se movimentam, esboçam acordos, traem acordos, firmam parcerias, desfazem
parcerias, tudo visando o que virá em 2026, ano eleitoral, em que vamos eleger senadores, deputados estaduais e federais, governador e presidente da República.

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São Mateus tem pré-candidatos a deputado estadual e federal. O cardápio é sortido e o eleitor tem faca e garfo para decidir que prato servido a ser escolhido e o que vai cortar para digerir. Sempre há o risco de vir, em vez de
picanha, carne de pescoço. Infelizmente é o que mais tem servido ao eleitor mateense.

Nomes como Amadeu Boroto (MDB) e Carlinhos Lyrio (Republicanos) sempre se destacam por serem mais conhecidos e, querendo ou não, são as maiores lideranças que temos no tabuleiro da política e do cenário local. Depois deles podemos falar em Freitas (PSB), Rodrigo da Cozivip, Paulo Fundão (União Brasil), Daniel Santana (sem partido), Cássio Caldeira (PP), Cupertino (União Brasil), Isamara da Farmácia (União Brasil), Nilis Castberg (PL) e outros que não tenho na memória. São muitos a serem avaliados. Isso sem contar os estrangeiros que devem passear pelo município tentando convencer os eleitores locais que são melhores do que os nativos. Portanto, a decisão é do eleitor, para o bem ou para o mal, para o certo ou errado, para o comprometido com os princípios morais e éticos e os que apenas engordam camarilhas. Em tempo: falar em moral e ética na política nacional é um pouco forçado da minha parte, não!?

Enfim, aí temos um quadro não tão completo, porém, bem possível para ser colocado na moldura e visto pelo eleitor mateense.

Francisco e Mário, muito parecidos?

A morte do Papa Francisco trouxe comoção ao mundo cristão católico. O pontificado do papa falecido, foi marcado pela divisão da Igreja e por ações polêmicas que foram tomadas, num distanciamento sutil de alguns princípios e
dogmas da religião e do espiritual, parecendo atender a um sistema e a cultura woke, aos globalistas. Francisco foi o oposto ao inesquecível, hoje santo da Igreja Católica, João Paulo II. Mas, na morte todos são ou viram santos…

EM LINHA____________________

Planeta Água – Para os moradores de Guriri, a sua parceira de sempre continua ao seu lado. São inseparáveis! Trata-se das enchentes constantes. As obras de macrodrenagem devem sair ainda neste século, pelo menos é o que desconfiam alguns moradores mais “apressadinhos”. *** Hibernando – As tais lideranças da política mateense nunca se pronunciam diante de situações que acham contrárias aquilo que pensam e defendem. Ou são frouxas ou são omissas mesmo, esperando o período eleitoral para se pronunciarem e virem como salvadoras da pátria. Amigo urso também hiberna. *** Um nome – São Mateus tem muitos pré-candidatos, mas vale destacar o ex-prefeito de Pedro Canário, Bruno Araújo (Republicanos) que revolucionou aquele município. Hoje é o superintendente regional da saúde do Norte e, como sempre, tem a característica da competência. É outro nome a ser avaliado pelo eleitor mateense, até porque ele conhece os problemas e virtudes do município de São Mateus. Não é estrangeiro, é de casa. *** Grana em caixa – O município de São Mateus vai receber, fruto da repactuação com a Samarco, referente ao acidente da barragem de Mariana, R$ 197.826.937,20. Esses recursos vão estar nos cofres da municipalidade pelos próximos 20 anos. *** Um leque de opções – O governador Renato Casagrande (PSB) tem no seu vice, Ricardo Ferraço (MDB), o sucessor “oficial” que apoia para a disputa ao governo em 2026. Mas, outros estão rondando o governador para serem vistos, caso haja necessidade de uma outra opção. Arnaldinho Borgo, prefeito de Vila Velha; Euclério Sampaio, prefeito de Cariaciça, são os mais vistos na vitrine política
que Casagrande costuma espiar de vez enquanto.
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Para Reflexão
“Nem tudo que reluz é ouro; nem todo político é o que pensamos ser”.
Autor pouco conhecido: Paulo Roberto Borges

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Rumos da Política

Rumos da Política – 1ª edição de maio

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

Cinismo

Esse papo de camisa da Seleção brasileira de futebol de cor vermelha é, com certeza, mais uma ação desesperada da esquerda, chefiada pelo Lula (PT), conquistar a simpatia e o voto da torcida. Não deu certo, não deu pedal, deu
ruim para a turma do presidente sem povo.

O presidente da CBF foi afastado do cargo e o ministro Gilmar Mendes (sócio do Edinaldo), o reconduziu ao cargo. Dizem que agora o Ednaldo parece estar na marca do pênalti.

Meu Deus, o que esse governo fez até aqui a não ser tentar desqualificar a oposição e perseguir quem não pensa igual a ele? Todo governo petista é midiático. Para quem vê os anúncios pensa que estão fazendo do Brasil um
paraíso.

O pré-candidato

O governo Renato Casagrande (PSB) tem, “oficialmente” o seu vice, Ricardo Ferraço (MDB), como o seu pré-candidato à sucessão. Tem gente que acredita ser essa uma verdade inquestionável. Para mim, como adolescente nesse tema, pois não conheço os bastidores, mas acompanho, que não sobrevive até 2026. Existem outras lideranças, em paralelo, pavimentando seus caminhos para serem vistos pelo governador e serem avaliados. O escolhido pode ser outro.

Por outro lado, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) tem carisma, passou a ser conhecido no interior pelas notícias que chegam em função da boa gestão como prefeito da capital. Ainda não tem capilaridade fora da Grande Vitória, porém, vem construindo essa estrada.

São Mateus e as eleições de 2026

O prefeito Marcus Batista (Podemos) tem um leque de opções à sua frente para escolher alguns pré-candidatos para o próximo pleito eleitoral. Para federal não terá como “fugir” do apoio ao presidente do seu partido, Gilson
Daniel. Ele pode vir à reeleição como deputado federal ou vice de alguma chapa a ser construída pelo Palácio Anchieta. Ele e o colega Da Vitória (PP) também almejam essa possibilidade, sendo que Da Vitória é mais ousado e
não descarta a condição de ser cabeça da chapa majoritária em outra via a ser traçada.

Mas, Da Vitória não faz parte do universo da atual gestão municipal de São Mateus e terá como aliado, o ex-prefeito Daniel Santana (sem partido), que deverá vir para deputado estadual. O seu partido, o PP, agora se associa ao
União Brasil, que forma a federação União Progressista. O PP tem dois vereadores no Parlamento mateense, Cristiano Balanga e Isael Aguilar. O União tem a vereadora Isamara da Farmácia, que é o oposto aos dois colegas. Mas em São Mateus outros são candidatos a deputado estadual. O próprio irmão do prefeito, Rodrigo da Cozivip é pré-candidato e o apoio vindo do irmão-prefeito é natural. Mas na base parlamentar no Legislativo municipal, tem
vereadores que desejam disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. É o caso da vereadora Isamara da Farmácia (União Brasil) e do vereador Branco da Penal (PL).

Recentemente muito se falou na Câmara Municipal, de ter candidatos do próprio parlamento. A gente sabe que esse apoio não se confirma, pois na hora da verdade e da campanha, a “mala” vem dos limites de fora da jurisdição
mateense e torna alguns desses apoios aos colegas da Câmara uma ficção.

Uma chuva de Verão. Hoje o apoio é prometido, depois, com a mala recheada a conversa e as justificativas para desdizer o que dizem hoje é fato. Aliás, tem outro nome que acompanha o fato: hipocrisia. Se algum candidato sair da Câmara, esperando apoio dos seus pares, que hoje falam da importância de ter membros vereadores candidatos, como Isamara e Branco (PL), vão ficar na chuva.

Para deputado federal o pré-candidato Freitas (PSB) já é ponto pacífico. É o “queridinho” do governador na região Norte do Estado. Na Câmara Municipal de São Mateus tem cabos eleitorais declarados. É o caso emblemático do Wan Borges (PSB), já apelidado de “Freitinhas”. Mas o PSB tem também o vereador Schaeffer. Outros existem e o Vilmar do Seac (PSD) já defendeu o nome do diretor-presidente do DER em plenário. Pelo menos, para ele, o pré-candidato deve sair do Legislativo mateense.

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Mas, não se pode desconhecer que o prefeito é aliado do deputado federal, Gilson Daniel (Podemos), cujo partido está se juntando ao PSDB, e isso pode ser um complicador para seus aliados que compõem a base parlamentar na
Câmara de São Mateus, uma salada de partidos que tem suas diretrizes vindas sede estadual e de lá pode vir uma “ordem” para apoiar seus candidatos. Isso acontecendo, haverá a banda voou, pois haverá o dilema: alinhar a sugestão do prefeito ou atender a ordem da executiva estadual do partido de cada vereador?

Com relação ao radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos,) que foi derrotado na última eleição para prefeito de São Mateus, o natural é que venha como pré-candidato a deputado estadual. Ele ainda não se declarou, mas como sempre disputa as eleições, deve estar pensando numa candidatura. Muito se fala que ele estava praticamente eleito para o Executivo na eleição de 2024. A virada, pelo que se ouviu nos becos, nas esquinas, nas ruas e avenidas da cidade, foi cheia de “complexidade”…

E Amadeu Boroto (MDB)? Existe a vontade para disputar estadual ou federal. Pelo que se sabe, tem impedimentos junto à justiça eleitoral que não o deixa vislumbrar um caminho livre para disputar o pleito de 2026. É um desejo
pessoal, do partido, dos seus simpatizantes. É vingança política?

Por falar em Amadeu, que é presidente do MDB de São Mateus, o presidente da Câmara é o vereador Wanderlei Segantini que se elegeu pelo MDB. Numa eleição futura vai apoiar quem? Vai ter fidelidade a sigla partidária, apoiando uma candidatura puro sangue e até mesmo o próprio Boroto ou vai seguir na cartilha política do atual prefeito? Recentemente Segantini declarou sua lealdade e fidelidade ao prefeito Marcus Batista (Podemos). Alguém poderá dizer que ele está sendo coerente, pois o MDB é aliado e colaborou com o Podemos para eleger o atual chefe do Executivo.

Acontece, porém, que Boroto e Batista não estão alinhados como antes. E então? Onde estará a fidelidade partidária, caso não aconteça um entendimento MDB com o Podemos? Falo em termos municipais.

No Brasil, fidelidade política é obra de ficção. Interesses superam esse princípio moral e ético. Tem gente que diz que partido não vale nada, o que vale é o candidato. Vai aqui uma sugestão como teste: quem desejar ser candidato se lança, sem se filiar a alguma sigla partidária, já que partido não é importante. O problema é que os próprios políticos desqualificam essas entidades e seus dirigentes não têm, em muitos casos, postura de homem de
moral ilibada. Para grande parte da população, agora mais do que nunca, partido e quadrilha têm sido sinônimos. Basta assistir o noticiário nacional. Sem estar filiado a um partido político, não há candidatura ao pleito eleitoral.

Diferença

Ponto Facultativo não é feriado. Invenção brasileira para potencializar a preguiça, muitas vezes a malandragem. Tudo pago com o suado trabalho do brasileiro que produz riquezas e paga elevados impostos.

Sobre pagar impostos e receber péssimos serviços em troca, me lembra do ex-craque da seleção, Gerson, quando foi jogar no São Paulo. Ele dizia que passava a bola redondinha para seus colegas e recebia de volta uma melancia
(ou abóbora) nas costas.

EM LINHA_____________________________

Meu Mestre – O vereador e presidente da Câmara de São Mateus, Wanderlei Segantini (MDB), disse em discurso no evento em que a Guarda Municipal foi homenageada, que Marcus Batista (Podemos) é o seu prefeito. Isso
sacramenta e vira fato, que oposição à atual gestão por parte do Legislativo, é zero. Onze vereadores, onze apoiadores e tem como comandante, o presidente. *** Sem Noção – Sem querer querendo, não deixei de observar a movimentação do vereador Wan Borges (PSB) com exagerada desenvoltura na cerimônia em que a Guarda Municipal e seus membros foram homenageados. Na coletiva ele ficou entre o prefeito e o presidente da Câmara dando entrevista. Pior, os coleguinhas da imprensa fazendo perguntas a ele em vez de focar nos dois principais anfitriões do evento. Dizem que na Câmara de Vereadores, Wan Borges quer ser presidente. Será que na Prefeitura quer ser prefeito? Menos né?! *** Casagrande na Caminhada – O governador Renato Casagrande é figura cativa, todo ano, no tradicional Caminho do Imigrante, em que os participantes vão de Santa Leopoldina a Santa Teresa. A turma torce para que o governo se sensibilize e cuida da manutenção da estrada. Reivindicação antiga feita ao DER. *** Vigilante – O vereador e presidente da Câmara Municipal de Vitória, Anderson Goggi (PP), é do diálogo, da democracia, da liberdade, mas não deixa de enquadrar seus pares quando ferem o Regimento daquela Casa de Leis. O homem é pau bola! ***Empolgado – O vereador e vice-presidente do Legislativo da capital, Leo Monjardim (Novo) foi convidado a ser o pré-candidato ao Senado. Tem chance? Ele acredita que sim. *** Lá e Cá – Durante o lançamento do livro “O Velho e o Mar”, do escritor Maciel de Aguiar, no Espaço Cultural Triplex Vermelho, na sala ao lado realizava, ao mesmo tempo, uma reunião do PT. Quem ia para a reunião política passava pelo espaço do lançamento do livro e confabulava com o escritor, a ponto de alguns esquecerem da reunião. Perly Cipriano monitorava a chegada dos companheiros para direcionarem à sala do PT. *** Detonaram – Os vereadores Branco da Penal (PL) e Vilmar do Seac (PSD), deram nome e características dos vereadores da gestão passada, que
acoitaram as falcatruas do ex-prefeito Daniel Santana (sem partido e sem noção). Acusaram de ser corresponsáveis pela roubalheira e o caos deixado no município de São Mateus. Vilmar chegou a dizer que alguns políticos de fora
levaram muita grana embora e não trouxeram quase nada para compensar o saque. *** Polêmica e Polêmico – O vereador Cristiano Balanga (PP), disse que a Ponte do Nativo continua fazendo vítimas sem que o DER tome providência. Disse que tem projeto, tem recursos e a obra não sai do papel. Para ele, o diretor-presidente Freitas, não faz e não fará a obra, já liberada pelo governador. Garantiu que é uma questão política, uma vez que o deputado Foletto recebeu apoio daquela comunidade o que pode ter contribuído para não ter eleito Freitas, na disputa para deputado federal. Foletto (PSB) foi reeleito e Freitas acabou na planície. Mas ano que vem tem nova disputa. Se der certo a ponte de concreto poderá sair. *** Destaque – O município de Santa Teresa, foi reconhecido em nível nacional pela excelência na alfabetização, recebendo o Selo Ouro do MEC, através do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. O prefeito Kleber Médice (PSDB) tem compromisso com a educação de qualidade, com importantes investimentos que trouxeram resultados. Sua reeleição não foi por acaso. *** Pulou do barco – O diretor do Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto (SAAE), Felipe Ribeiro Santos, deixou a autarquia municipal de São Mateus. Parece, pelas suas declarações, não foi uma saída amistosa. Quem pediu a sua exoneração? Disse que a sua saída poderia ter sido o cumprimento de um acordo político. Vai saber!
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Para Reflexão

“Quando você vota em políticos corruptos, mesmo sabendo que eles são
corruptos, mostra em você, não a ignorância, mas sim o seu caráter”.
Autor: Ruan Vieira

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Rumos da Política

Rumos da Política – 1ª edição de abril

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

Observando alguns “nobres” edis e seu parlamento

Vereador é o político mais próximo da população. Normalmente é a quem o cidadão procura num momento de necessidade. Nessa hora o estado e o município, ficam inacessíveis e a saída é procurar o vereador. Isso acontece muito, principalmente, nas cidades do interior. O vereador costuma ser pau para toda obra.

Infelizmente muitos desses parlamentares municipais não têm noção da sua importância e acreditam que para exercerem seus mandatos necessitam se submeter aos caprichos, vaidades e vontades do Executivo. Isso trás uma situação de bloqueio do próprio vereador de exercer suas principais atribuições, que é fiscalizar a aplicação dos recursos contemplados no Orçamento e legislar, elaborando projetos que beneficiem toda a sociedade, fazendo seus requerimentos e indicações de demandas a serem atendidas pela municipalidade. Vale aqui lembrar, que os cidadãos vivem em cidades, até porque o Estado e o Brasil são coisas distantes.

Outro fator importantíssimo e faz toda a diferença é que a população está toda ela representada no Poder Legislativo. No Executivo não, pois nem todos votam no chefe deste poder. Apenas uma parcela do eleitorado e nem sempre é a maioria. Se forem somados os votos contrários, em muitos casos, eles ultrapassam os que votaram no governante eleito.

Ainda tem vereador que em vez de parlamentar viram empreiteiros, prometem “construir” obras e vivem em peregrinação por gabinetes de secretarias e do prefeito. Alguns para tomarem a benção, outros para buscarem uma solução e compromisso no atendimento aos seus pleitos.

A população, em sua grande parcela, não sabe para que servem os vereadores. Mas isso é culpa, muitas das vezes, deles próprios, que vivem passando para a sociedade um quadro que não informa, não educa e fica a impressão que vereador e prefeito são irmãos siameses nas obras, na indicação de puxas sacos em distribuição de cargos na estrutura do executivo e que acabam sendo moeda de troca. Se não votar a favor dos projetos enviados pelo executivo, perder os cargos que tem e que estão seus indicados.

Acontece, porém, que um presidente do Legislativo deveria ter uma postura firme, independente, questionador e estar em defesa do parlamento sem se dobrar aos interesses que não fazem parte do cardápio legislativo. Cumplicidade não é parceria. É submissão, é a abertura para a manipulação e, assim, virar boneco ventrílogo, sem alma, sem vontade, sem personalidade. As vezes viram e se vestem como uma besta parlamentar, sendo motivo de chacota e indignação dos cidadãos nas ruas, avenidas, becos, sarjetas por aí a fora.

Conheço muitas câmaras municipais e alguns dos seus membros. Esse quadro que pintei acima é uma realidade, é algo comum, mas existem exceções, bons parlamentares, propositivos, entendedor do seu papel como legislador e defensor das demandas da população.

A Câmara Municipal de Vitória – para mim – é um exemplo a ser seguido. As sessões viram palco de debates de qualidade, seus membros são inteirados do que falam, conhecem a cidade, conhecem suas necessidades, elogiam e criticam o prefeito, evidentemente que existem polêmicas, mas fazem parte e movimentam o ambiente o que, para quem assiste, demonstra como deve ser o parlamento. Vale ressaltar a qualidade dos seus membros, o nível é muito bom. Não sou de elogiar “essa fauna e flora” da política, mas não dou lugar a injustiça.

Mas, existem outros parlamentos pelo Estado. Cito a Câmara de Santa Teresa, de Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina, Linhares, Vila Velha, por exemplo. Outras ainda não conheço, mas tenho boas informações de amigos. A de São Mateus, por exemplo, não preciso de intermediário. Essa conheço bem. Ainda tem recaídas, mas a esperança é a última que morre e existem bons vereadores que, aos poucos vão se familiarizando com o ritual do regimento e a postura de bom parlamentar.

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O PSB e a Especulação

Recentemente o Partido Socialista Brasileiro (PSB) de São Mateus, realizou o seu congresso para a escolha da sua nova diretoria. Não houve surpresa no fato da recondução de Sidcley Ribeiro à presidência da sigla em nível municipal.

O ex-deputado estadual e candidato a prefeito na eleição passada, Carlinhos Lyrio (Republicanos) foi uma das presenças ao evento. Não é algo comum Lyrio estar presente em eventos de outras siglas que não seja a sua. Mas, lá estava ele e não poderia deixar de surgir alguns comentários de que a possibilidade de se integrar ao PSB pode ser uma realidade futura. Como jornalista, sei que a essa pergunta ele e qualquer outro do partido, vai negar, dizendo que não há nada de concreto nisso. Mas tenho o direito de especular, formar conjecturas para que a realidade apareça em algum momento de “sincericismo”…

Em 2026 Carlinhos Lyrio e Freitas podem estar no mesmo barco. Até mesmo uma dobradinha, um para deputado estadual e outro para federal. Acredito que a presença dele ao evento do PSB, não foi por acaso. Ou foi?

Quando, por ocasião da eleição de prefeito, Freitas provavelmente já vislumbrava essa possibilidade, até porque não conseguiu espaço no barco do Podemos. Restou-lhe embarcar na campanha de Carlinhos Lyrio. É fato que, em conversa de bastidores, ele e o ex-presidente da Câmara, Paulo Fundão (União Brasil), não eram unanimidade no grupo.

Acredita-se que ao tecer críticas ao ex-prefeito Amadeu Boroto (MDB), Freitas “obrigou” Boroto a entrar efetivamente na campanha do empresário Marcus Batista. Claro que outros fatores ajudaram, incluindo apoio da gestão anterior e de recursos que o grupo de Carlinhos não teve. Isso vem provar que eleição não se ganha, no Brasil e – consequentemente – em São Mateus com saliva e boas intenções.

Agora, após o rescaldo, Freitas avaliou todo o cenário passado para projetar o seu futuro político. Freitas-Calinhos, um ajuda o outro, até porque os votos que o primeiro não tem em São Mateus, Lyrio tem, e muito.

Não sou dono da verdade, mas tudo pode levar da conjectura à realidade. Vai saber?!

MDB e a sua Convenção Municipal

Em São Mateus o MDB também realizou a sua convenção. Era para deixar a condição de Comissão Provisória para constituir a sua Executiva Municipal. Amadeu Boroto seguiu na presidência da sigla e Aécio Matos como seu vice.

Sobre candidaturas futuras, não é novidade que Boroto é sempre um nome lembrado, pois é uma liderança política que reúne muitos parceiros. Se não houver nenhum impedimento, pode vir a ser pré-candidato a deputado federal ou até estadual. Ele não fala, usa a tática ineficaz dos políticos ficando mudo sobre essa questão. Mas, deve pleitear alguma “coisa eletiva” em 2026.

Não podemos esquecer que Amadeu Boroto e Carlinhos Lyrio, são as lideranças políticas do município que sempre são lembrados e votados por significativa parcela do eleitorado mateense.

O caso da vice e da Educação

Recentemente a política mateense foi palco de mais um tremor de terra não indicado sua medição no índice de gravidade na tabela Richter. Tudo se deu com a nomeação da nova (?) titular da pasta da Educação. Dizem até que a vice-prefeita, que é professora, sequer foi consultada para opinar na escolha da nomeada para a pasta da Educação.

A Educação estava sem titular após a saída do também professor Edson Pirola. Por isso ficou sendo conduzida em sua interinidade pela chefe de gabinete. Até aí menos mal. O problema foi a demora de se providenciar um titular para conduzir uma secretária fundamental e importante no contexto da estrutura administrativa e do município em si.

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Conversas de bastidores davam conta que o prefeito Marcus Batista convidou a sua vice, professora Raquel Rocha, para assumir a pasta, após a saída de Pirola. Ela, pelo que consta nessas conversas de bastidores, não aceitou o cargo, mas queria, supostamente, ter a condição de indicar o seu novo titular. Não foi lhe dado esse direito. Por isso a demora em nova escolha, o que acabou, depois de longo tempo, recaindo sobre a ex-secretária de Educação do gestor anterior, Daniel Santana, Edna Rossim. A vice tomou conhecimento, segundo uma fonte ouvida pelo JN, ainda na fase embrionária, mas não quis se manifestar. “No quem cala consente”, o prefeito nomeou essa nova secretária.

O que se sabe sobre a nova integrante do staff do prefeito é que tem grande capacidade de trabalho, porém, dificuldade de relacionamento com a categoria de professores e outros profissionais da educação. Criou-se, então, um clima em que a unanimidade passou à margem.

Como consequência de toda essa situação, aconteceu o rompimento da vice com o prefeito. Fato é que a Educação tem nova secretária. Em três meses da nova gestão foram três nomeações, fora as outras da gestão anterior. A Educação no município de São Mateus necessita de um olhar atento e prioritário para não continuar, como a do Brasil em geral, sendo reprovada em todos os indicativos em nível mundial. Até a vereadora Professora Valdirene (PT) já ligou o alerta de que a Educação em São Mateus está adoecida.

EM LINHA___________________________

Presença – O vereador de São Mateus, Rafael Barbosa (PDT) andou pela capital. É uma forma de ampliar horizontes, conhecimento para qualificar o seu mandato. Esteve na Câmara Municipal de Vitória e foi convidado pelo presidente Anderson Goggi (PP) para sentar ao seu lado. Segantini, presidente do Legislativo mateense poderia agendar um encontro dessa natureza, pois só teria a ganhar. *** Outra perda – Depois do impacto e comoção da morte do ex-vereador e bombeiro Jozail Fugulin, a sociedade mateense, principalmente a acadêmica, foi surpreendida com o falecimento do professor Roberto, o “Braúna”, mestre querido da disciplina Educação Física. Muito emocionada a vereadora, Professora Valdirene (PT), se pronunciou da tribuna da Câmara de São Mateus, dia 23, no dia do acontecido. Uma tristeza esse fato trágico para todos os amigos, colegas, familiares e seus alunos. Sem palavras… *** Obra – O diretor-presidente do DER-ES, Eustáquio de Freitas demonstra sua capacidade de trabalho e empenho com o início das obras do tão sonhado e decantado em verso e prova, a macrodrenagem do balneário de Guriri. A última licença, a ambiental, foi liberada e não há mais impedimento, o que consagra o início dessa tão importante e necessária obra para Guriri. *** Aliada – A vereadora Isamara da Farmácia (União Brasil) tem na causa do Autismo uma de suas bandeiras. *** Na sala de espera – O vereador Vilmar do Seac (PSD), está aguardando a relação das áreas públicas da municipalidade que foram doadas para terceiros pelo governo do ex-prefeito Daniel Festeiro. Está demorando e já tem gente especulando que em 31 de fevereiro ela sai. Mas, disse um curioso: “fevereiro não tem 31 dias”. Então…

Para Reflexão

“Na escola, você recebe a lição e depois faz a prova. Na vida, você faz a prova e depois recebe a lição”.

Autor desconhecido

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