O vereador e a sua importância no cenário da política

Por paulo Roberto Borges

No Brasil do jeitinho, do desconhecimento das coisas mais relevantes, em que o supérfluo se apresenta com a força da ignorância popular, alguns cargos são menosprezados como se fossem menos importantes em detrimento de outros nem tanto.

O caso dos professores é emblemático, mas na pirâmide da política nacional existe um cargo que não se dá a importância que tem. Estamos falando do vereador. Todos sabemos que moramos nas cidades, antes de morarmos no estado e no país. Portanto, as ferramentas do cidadão estão ali para que possam ser usadas no seu dia-a-dia. Como nem tudo funciona, se apela para um político que possa dar “um jeitinho”. E essa ajuda quase sempre vem do vereador, que normalmente é o vizinho, o amigo, o conhecido e o que está mais próximo. Nessa hora o deputado estadual, federal, governador, senador e presidente não tem serventia. Talvez num momento em que pode nunca vir…

É no legislativo que as leis são elaboradas, a aplicação e destinos dos recursos do orçamento são fiscalizados.

O problema para esse reconhecimento por parte da população, da importância de quem ocupa uma cadeira na Câmara Municipal, seja, quase sempre, do próprio edil, que também desconhece a sua importância para a comunidade, as suas atribuições e não cuida com zelo do seu mandato outorgado pelo eleitor.

As histórias de corrupção, omissão, desfaçatez, oportunismo, cinismo, tudo recaem em suas costas, apesar de outros colegas em instâncias superiores também estarem próximas dessas delinquências da política e do desvio de
caráter.

O vereador é sempre o alvo político preferido, principalmente dos fofoqueiros que se deleitam com suas narrativas. Alguns fazem por merecer, mas não é regra geral, pois existem aqueles que estão compromissados com o seu
município, seus projetos, com a população e com a sua reputação. Pode parecer utopia, mas essas “espécies” existem em vários parlamentos municipais. Conheço e conheci vários parlamentares sérios, como também conheci uma tralha de político que não vale a gravata surrada que usa.

Uma situação que é pouco difundida é a questão da presidência do Poder Legislativo. O seu presidente tem a mesma importância de um prefeito e a este não é submetido. O problema é que os acordos e conchavos acabam desmoralizando essa relação incestuosa, delituosa, que coloca o Legislativo na vitrine do descrédito.

Portanto, o vereador é sim o político mais importante para os cidadãos, é o primeiro degrau para quem deseja seguir carreira política, lembrando que política não é profissão.

Vamos prestar atenção nos nossos representantes municipais, nos que prestam e nos que – por algum motivo – não prestam.

Não é bem assim

Para quem costuma se debruçar sobre as coisas da política de São Mateus, detectou-se que nem tudo são flores na relação Câmara-Prefeitura. Existe uma insatisfação disfarçada que só não é exposta, porque ainda é cedo para cobrar com intensidade compromissos do Executivo com o Legislativo, ainda da época da campanha.

Existem reclamações veladas que vão desde a falta de acesso ao chefe do Executivo para que ouça sugestões, como também questões relacionadas a liberação de alguns cargos, também a intromissão de terceiros em situações específicas que geram desconforto até mesmo em lideranças, além da falta de um projeto de município que se deseja. Passa a impressão para a sociedade que não há um planejamento para se alcançar, de maneira sistemática o objetivo maior que é servir ao município e consequentemente, ao seu povo.

Ainda tem a questão do peso de importância tipo: vereador de oposição e coadjuvante na “quase” destruição do município está tendo mais prestígio e atenção do que os aliados de primeira hora. Pode parecer narrativa, mas existe esse cenário de se valorizar mais um ou outro simpático a gestão passada do que os aliados de antes e de agora do atual gestor. É fato, ouvi de alguns.

Relevante

Agora é lei! Alunos com autismo da Rede Municipal de Ensino de Vitória poderão confeccionar o símbolo mundial de conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos seus uniformes escolares. A Lei nº 10.183/2025, de autoria da vereadora Mara Maroca (PP), foi sancionada pelo prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini (Republicanos). Um projeto simples, porem importante.

Ô meu, cadê o meu?

Os servidores do Magistério e da Enfermagem, através do Sindicato que lhes representa, aguardam que Prefeitura de São Mateus libere o piso salarial da categoria. Para o presidente do Sindiserv, Erickson Locatelli, o Executivo está deixando de cumprir uma lei federal. A greve passou a ser uma possibilidade, mas por enquanto houve apenas uma paralisação como aviso.

Picada

O vereador Professor Juscelino (PT), do município de Vitória, disse que os servidores da Prefeitura da capital estão cobrando o reajuste salarial e pediu de maneira dramática, quase chegando à emoção, que o secretário da Fazenda, Regis Mattos Teixeira, retire o escorpião do bolso.

Será que esse escorpião pode pular para o bolso do secretário da fazenda de São Mateus? Se em Vitória um vereador pede reajuste para servidores do município, do outro lado, ao Norte, não há sinal de que algo vai acontecer de bom para os servidores do município de São Mateus.

Parceiro do algoz?

Em recente sessão da Câmara de São Mateus, o vereador e líder do prefeito, Rafael Barbosa (PDT), disse que tinha compromisso com o ex-prefeito Daniel Santana (PDT) de votar pela aprovação de suas contas que estão naquela Casa de Leis para apreciação. Alegou que trabalhou os oito anos com ele e que é do seu partido. Afirmou que sua ação seria por fidelidade ao ex-prefeito, o mesmo que quase destruiu o município e esteve preso por corrupção.

Agora ficou a dúvida: o parlamentar deve ter compromisso com a população, principalmente com seu eleitor, ou com um político que foi algoz do povo enquanto esteve à frente da administração municipal?

Prioridade

Ainda sobre o vereador Rafael Barbosa, que é líder do atual prefeito de São Mateus na Câmara, parabenizou aos organizadores de um evento festivo no balneário (bairro) de Guriri. Inclusive parabenizou a si próprio por ter ajudado dando apoio ao evento. Foi solicitado um aparte, quando Barbosa fazia seu discurso, pelo colega Branco da Penal (PL). Os moradores de Guriri esperavam que ele fosse elogiar o evento, porém, destacar que a prioridade daquela população é resolver as mazelas que vive cotidianamente. Pelo jeito a “praga danielesca” pegou, pois a prioridade parece ser festas.

PONTO FINAL:

Guarda Municipal – A de São Mateus tem a parte que cuida do trânsito, porém, veículos trafegam na contramão sem serem incomodados. +++Possibilidade – O radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos) estuda a intenção
de entrar no jogo eleitoral do próximo ano. Ainda está avaliando o quadro político-partidário e por isso não entrou em seu radar a disputa de uma cadeira na Assembleia Legislativa. +++ Pela tangente – Governo que não tem projeto de País, de governança a saída é criar programas supostamente em benefício das camadas mais pobres da sociedade. A classe média é a mais penalizada e paga todas essas despesas. Pura mídia do governo federal. +++ Destaque – Os vereadores mateenses Isamara da Farmácia (União Brasil) e Vilmar do Seac (PSD) vêm se destacando pela forma como levantam questões importantes. A vereadora Professora Valdirene (PT) também tem sido propositiva. O Parlamento mateense precisa se salvar, mas pelo andar da carruagem vai ter muito trabalho para que não caia no descrédito se não se posicionar em questão importantes esperadas ansiosamente pela sociedade. +++ Feira – Quando Daniel Santana era o gestor do município de São Mateus, o estande de exposição de seus produtos na Feira dos Municípios se destaca pelo “produto” baiano representado por um trio elétrico de brinquedo que fazia barulho no Pavilhão de Carapina, na Serra. Hoje, porém, o estante do município de São Mateus apresentam seus verdadeiros produtos e trás orgulho para quem visita o estande montado pela Prefeitura de São Mateus, na Feira dos Municípios que teve início na sexta-feira (4). +++ Fato é – O Fluminense hoje é o melhor time que representa o Brasil. Já é vencedor, independente do que possa vir nos seus dois últimos jogos. Humildade sempre foi a marca de um clube vencedor que é do Rio, do Brasil e do mundo. O fluminense sempre fez história e ainda leva o nome de Fluminense, de quem é do Rio de Janeiro. Portanto, todos somos Fluminense!

Por Paulo Roberto Borges

As contas e boletos

As contas do ex-prefeito de São Mateus, Daniel Santana (sem partido e sem noção) estão sendo apreciadas pela Câmara de Vereadores. A sua aprovação vem sendo dita que é crucial para que o ex-chefe do Executivo mateense
retorne à disputa de uma eleição. Em sua alça de mira está uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2026 ou na Câmara dos Deputados. Já lhe estenderam tapete vermelho, vaga em partido político, toda uma gentileza que,
normalmente é oferecida a quem preza pela seriedade, ética e honestidade. A se pautar pelo que a Polícia Federal descobriu e juntou provas robustas, não é critério para tanta cordialidade com um governante que só implantou a política do caos no município de São Mateus.

O ex-prefeito tem contas e boletos a serem pagos. Quando falo em boletos é uma forma de dizer que ele tem que prestar contas – de verdade – à justiça e, principalmente, à população de São Mateus.

Todos esperam que haja responsalidade e justiça na apreciação e votação das contas do ex-prefeito. Para quem conhece a política e suas entranhas, sempre paira um risco no ar. Malas e verdinhas costumavam circular pelos corredores, gavetas, esconderijos e bolsos, amendrontando os fracos de caráter. Provar sempre foi difícil, mas especular não mesmo.

Hoje temos um legislativo sério, composto por membros compromissados com a retidão e a moralidade daquela Casa de Leis. Mas, só Deus conhece o coração dos homens e até sua conta genérica e a original.

Para quem sabe contar, o ex-prefeito Daniel não tem maioria na Casa. Aliado de primeira hora tem os vereadores Cristiano Balanga (PP) e Isael Aguilar (PP). Transformando em miúdos, isso traduz que ele não tem representatividade no plenário da Câmara. Se houver parecer contrário à sua aprovação ele corre o risco de ficar inelegível. Até os dois vereadores, por fisiologismo, estão alinhados com o atual prefeito, Marcus Batista (Podemos).

Diante desse quadro, tudo leva a crer que Daniel tem suas chances reduzidíssimas por ocasião da apreciação e votação das suas contas.

O relator já pediu mais 30 dias para analisar melhor o que todos já sabem.
Para que tanto tempo?

Papo de Aranha

Surgiu pelos becos, esquinas e bastidores no baxíssimo clero, a conversa de que a mala foi confeccionada para ser enviada… fala-se em R$ 2 milhões. Essas conversas atravessadas sempre ocorreram, mas não há nenhum fundo
de verdade, segundo alguns entendidos do assunto.

Vice prestigiado

Na política todos nós sabemos o que costuma ocorrer com um vice, seja no âmbito municipal, estadual e federal. Vivem no ostracismo e raramente aparece em eventos importantes. Na verdade, vice é reserva, é regra três, não apita
nem o jogo e costuma torcer pelo fracasso da administração que um dia ajudou a construir. Essa situação não se enquadra na política do atual governo estadual. O governador Renato Casagrande (PSB) tem valorizado o seu vice, Ricardo Ferraço (MDB) e o coloca em todos os eventos relevantes e, quando o titular não vai, o vice está presente e com destaque potencializado pelos seus aliados. Em todo discurso em que o governador é citado, o vice também o é.

Tudo bem orquestrado. Isso é fruto do comando, da lealdade do titular com o seu reserva. Ferraço, até o momento é o sucessor de Casagrande. Outros nomes rondam o Palácio, mas até aqui o apoio do governo é para o vice
Ricardo Ferraço na disputa de 2026 para ocupar a cadeira de governador.

Escuridão

Os vagalumes fazem à festa nas ruas e avenidas da cidade de São Mateus. Os morcegos idem. Lâmpadas queimadas, postes sem o braço para as luminárias e luminárias sem lâmpadas. Enquanto isso o cidadão que paga seus impostos
e até a iluminação pública, fica no escuro. Já dizem que uma lanterna é uma das prioridades quando fazem suas compras do mês.

Vereadores culpam a EDP, mas não conseguem ver que a parte de iluminação pública é de responsabilidade da empresa contratada pela Prefeitura para esse serviço. Digamos que a culpa é meio a meio.

Água e óleo

Pelo que se apurou nessa questão Sindicato com a Prefeitura sobre demandas salariais, o diálogo está a meia bomba. Uma greve pode acontecer e a justificativa é a ausência de proposta vinda da parte do Executivo e o não cumprimento da lei que regulamenta o pagamento do Piso da Educação e da Enfermagem. Tem muita água passando por debaixo da ponte. Está difícil a navegação para os dois lados.

Vamos acordar para a vida

O município de São Mateus tem potencial em vários setores. O problema é que tem poucos estudiosos que conseguem perceber isso. Os que tiram zero nas provas avaliativas, que desconhecem esse potencial e não conseguem elaborar projetos que possam potencializar suas riquezas naturais, culturais, econômicas etc, são as que mais atuam, se empenham no periférico sem conseguir vislumbrar o essencial. Tem muito japonês no samba e que
atravessam o ritmo.

Só se fala em tapar buracos, varrer ruas, coisas, convenhamos, esse serviço corriqueiro qualquer funcionário de plantão pode fazer. A mediocridade no Brasil sempre prosperou. Aqui, ali, acolá.

EM LINHA____________________

Aguardando – Os cidadãos mateenses estão na expectativa dos vereadores, Vilmar do Seac (PSD) e Branco da Penal (PL), divulgarem se a Prefeitura já informou a eles as áreas públicas que foram doadas, incluindo o nome dos
seus beneficiários. *** Água Morna – As sessões ordinárias realizada na Câmara de Vereadores de São Mateus estão em marcha lenta. Não há debate qualificado e quem tem mais conteúdo e discurso forte é a vereadora Professora Valdirene (PT). A vereadora Isamara da Farmácia (União) e o vereador Vilmar do Seac (PSD) também tem lá seus lampejos. *** Pergunta de dois tostões? – Em São Mateus existem partidos políticos, grupos ou bandos oportunistas que só se juntam em período eleitoral? *** Esforço – Não está sendo fácil consertar o município depois da tormenta “DS” (Daniele Santana). Esse “tornado-tornou-tornado” a vida já tornada do povo tornado de São Mateus. Entenderam? *** Tá Difícil – Até quando a feira livre vai continuar atrapalhando o trânsito em frente a Unidade Básica de Saúde do bairro Santo Antônio e a saída e entrada de crianças e jovens que estudam no Caic? ***Matemática – Para fazer conta das contas do ex-prefeito necessitam de mais 30 dias para achar o resultado? *** Que sina! – Coitado do Saae, como se não bastasse os problemas, perseguições e (des)investimentos, teve roubado as lonas em suas dependências de Guriri. Desse jeito, vai à lona! *** Transporte – A situação do transporte urbano da cidade de São Mateus voltou à pauta e o prefeito Marcus Batista (Podemos) talvez tenha sido o primeiro a tomar uma
atitude, chamando à empresa para uma conversa tete a tete. Desse diálogo e cobrança, saíram boas perspectivas para futuro próximo.*** Absurdo – Uma Unidade Básica de Saúde enforcar um dia de tralhado e atendimento aos
pagadores de impostos pelo fato do dia anterior ser “feriado”, é o fim da picada. Quatro dias fechada. É a realidade da saúde mateense.

Para Reflexão
“É difícil viver com as pessoas porque calar é muito difícil”.
Autor: Friedrich Nietzsche 
Assim Falou Zaratustra