Rumos da Política
Rumos da Política – 2ª edição de novembro
Publicado
30/11/2024 - 14:57Por Paulo Roberto Borges
A política sem importância
A política no Brasil se tornou um meio de vida e até para alcançar patamares nem sempre dignos. Em vez de ser solução de problemas públicos que afetam a coletividade, tem seu conceito, em muitos casos, desviado do seu propósito.
Saímos de uma eleição municipal e os eleitos e os não eleitos já preparam as malas para desembarcarem nas próximas, em 2026. Até aqueles que foram reeleitos para prefeituras e câmaras já estão se articulando para outro pleito. Alguns esquecem que antes tem um mandato para o qual foram eleitos. São saltitantes, querem pular de 24 para 26. É o político pula-pula.
Pobre eleitor, pobre cidadão que trabalha por cinco meses apenas para pagar impostos que mantem essa estrutura de poder e disso não se livra e nem consegue ter de volta por aquilo que paga. Além de uma verdadeira reforma tributária, precisamos de uma reforma política. Precisamos implantar o voto distrital para começar. Outra coisa, votar no político para um cargo e, no meio do mandato ele disputar outro, não passa de propaganda enganosa. Mas, a bandalheira é geral, o País virou uma zona! Nem vale a pena discutir esses assuntos já batidos e rebatidos. O Brasil de hoje está cansativo, muitas arbitrariedades, injustiças, viramos uma república autoritária. A liberdade pode estar ameaçada. Mas só para os conservadores. Para a esquerda liberou geral.
O que estar por vir em São Mateus
A população mateense aguarda ansiosamente de se livrar da atual gestão municipal. Foram oito anos de bandalhas, improbidades e inúmeras denúncias de ilicitudes. Um período de trevas que encontraram aliados para toda essa desgraça. Na Câmara foram seis “cordeiros” que, sabe-se lá se por puro interesse ou medo, estiveram atrelados ao prefeito e suas ações pouco republicanas.
Para o cidadão, pagador de impostos e o verdadeiro patrão dos seus representantes, pior do que está não pode ficar. É inadmissível. Por essa razão, deposita no futuro governo municipal, algo melhor que possa trazer paz, prosperidade e desenvolvimento. Que o cidadão não seja apenas um detalhe.
Mas, é preciso tomar alguns cuidados, lembrar que nenhum governante é dono dos corações e mentes e muito menos do município. Sempre aparecem – e isso é até recorrente em qualquer administração – aqueles que se julgam acima do bem e do mal, que para mostrar serviço e competência que nem sempre tem, ao chefe. Eminência parda pode ser um entrave para a relação governo e população.
Dito isso, a expectativa de mudança é grande. A cidade precisa ser reorganizada e tem que ter a coragem de desfazer o que o anterior fez. Recuperar a autoestima do morador, oferecer bons serviços, recuperar praças tomadas pela irresponsabilidade de alguns e da delinquência.
Bom seria que os construtores do caos imposto à população não fiquem na impunidade, como se o crime compensasse.
Enfim, vamos aguardar o que vem por aí e que a boa expectativa se torne realidade e não conjectura.
E a Câmara?
Ainda falando de São Mateus, podemos questionar os verdadeiros representes da sociedade, os vereadores. Ali está (ou deveria) o espectro do tecido social do município.
Muito se fala na independência dos poderes constituídos, mas nem sempre essa é uma verdade absoluta. Tornou-se muito comum a prática da “vaquinha de presépio” por parte dos “nobres” edis. Basta ser aliado do Executivo para se curvarem como subserviente, sem qualquer questionamento. Essa praga sempre existiu e, possivelmente, vai continuar a existir aqui, ali e acolá. Pode ser, em nível municipal, a praga dos Gafanhotos do Egito. Trabalhar em harmonia sim, submisso não.
Em tempo: O próximo presidente da Câmara terá uma sombra, assim como os técnicos do Flamengo pós Jorge Jesus…. Tem que mostrar sua competência de articulação e administração. Se assim não for, será mais um comum. O mesmo do mesmo.
O governador e seu futuro político
O governador Renato Casagrande (PSB) não afirma, mas dá dicas sobre o seu futuro político. Em recente evento em Domingos Martins ele falou sobre o que os observadores da política capixaba desconfiam. Uma candidatura ao Senado é uma possibilidade muito próxima da realidade.
Com relação a permanecer no governo até o final do seu segundo mandato, bem como ser pré-candidato a uma cadeira na Câmara dos Deputados nos parece algo descartável. Vai sim disputar uma das duas vagas para o Senado.
Sobre ficar no governo até o seu final não vejo nenhuma razoabilidade nisso. Ele tem compromisso com o seu vice, Ricardo Ferraço (MDB) que é o preferido para sucedê-lo. Portanto, esse é o mapa político de Casagrande que está sendo desenhado para 2026.
Os quase certos e os enrustidos
As articulações para a presidência das mesas diretoras das câmaras continuam. Tem municípios que os nomes já aparecem com muita força. Este é o caso de Vitória. O vereador Anderson Goggi (PP) tem praticamente assegurada a sua eleição para se tornar o novo presidente do Legislativo Municipal da capital. Seus discursos têm sido de quem deseja fortalecer a Casa e valorizar seus pares.
Em São Mateus se fala em Wanderley Segantini (MDB). Dizem até que já está formada a Mesa Diretora com ele na presidência, Wan Borges (PSB) de vice e Isamara da Farmácia (União Brasil) como 1ª secretária. O fato inusitado é que, supostamente, já até escolheram o líder do prefeito sem ouvir o prefeito. É hilário!
Ainda sobre São Mateus, teria havido uma reunião nesta quinta-feira (28) com o prefeito eleito para discutir essa questão da presidência do legislativo. Se houve ou não dica a dúvida.
Na Serra o atual presidente, Saulinho da Academia (PDT) promove reuniões secretas e fortalece seu nome junto ao cacique-mor serrano, Sergio Vidigal (PDT) e do prefeito eleito, Weverson Meirelles (PDT). Com todo esse aparato, é o cara para continuar à frente do Legislativo do município da Serra.
Em Pedro Canário ainda não tem nenhum nome colocado para a disputa, mas deve acontecer nos próximos dias uma reunião com os eleitos e reeleitos, com o prefeito atual e o eleito para definirem um ou mais nomes a serem avaliados pelos membros do legislativo. Deve acontecer após a diplomação.
Em Aracruz existem alguns nomes sendo colocados para a presidência da Câmara, mas “não tem nada certo”, conforme disse a coluna um dos vereadores.
Em Santa Teresa o que ouvimos era que ainda é cedo para essa articulação e em Santa Leopoldina também nada está definido e que se está construindo essa situação para que as relações legislativo e executivo sejam “saudáveis”.
Em Linhas
Achou estranho – Comenta-se, a boca miúda, que o prefeito eleito de São Mateus, Marcus Batista (Podemos) teria ficado surpreso com os vereadores que já até escolheram o seu líder na Câmara para a legislatura vindoura. *** Estacionamento – Essa questão da escassez de vagas de estacionamento no centro da cidade de São Mateus, parecia ter sido resolvida com a instalação do estacionamento rotativo. O atual prefeito não colocou em prática e vai ficar para o próximo gestor resolver. *** Lotação – O presidente da Câmara de Vitória, Leandro Piquet (PP), está buscando uma solução para abrigar os 21 vereadores da próxima legislatura. Hoje são 15 e agora, com esse aumento, a situação tem preocupado o presidente. *** Vai que dá certo – O prefeito de São Mateus, Daniel Santana (sem partido), é pré-candidato a deputado estadual nas eleições de 2026. Os otimistas dizem que é possível, mas os pessimistas acreditam que pode ser, desde que não seja preso antes pela Polícia Federal. *** Futurologia – A pré-candidatura do governador Renato Casagrande (PSB) ao Senado está no prelo. Logo, logo vai para a vitrine da política estadual. *** Na fila – Quem também está na fila para uma provável pré-candidatura a deputado estadual é o empresário mateense e irmão do prefeito eleito, Rodrigo da Cozivip. *** Enigma – Como está a relação do ex-prefeito de São Mateus, Amadeu Boroto (MDB), com o prefeito eleito, Marcus Batista (Podemos)? Cada futriqueiro tem uma versão. *** Alô Freitas! – O pessoal lá do município de Santa Teresa está cobrando do Departamento Estadual de Edificações e Rodovias, intervenções na rodovia ES-80. A chegada da cidade tem crateras e as poças de água, quando chove, molha o paletó dos homens e as saias das mulheres. *** Boa escolha – O professor Edson Pirola para assumir a Secretaria de Educação, foi uma escolha acertada pelo prefeito eleito de São Mateus, Marcus Batista. Certamente contou com o apoio da sua vice, a professora Raquel Rocha. *** Será? – O discurso do empresário Cassio Caldeira (PP) por ocasião da homenagem recebida pela sua empresa (Qualimec), pode ser entendido como de pré-candidato a deputado estadual. A fila aumenta. *** Que legado? – Para aqueles que perguntam qual legado a atual administração do prefeito Daniel vai deixar para os mateense, está retratado na Praça Mesquita Neto, próxima à Rodoviária. O retrato é fiel.
Para Reflexão
“É melhor calar-se e deixar com que as pessoas pensem que você é idiota, do que falar e acabar com a dúvida”.
Autor: Abraham Lincoln, ex-presidente americano.
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Contatos para a Coluna: [email protected]
Por Paulo Roberto Borges
Os pré-candidatos para 2026
Fechadas as urnas, começam as articulações para as eleições de 2026, quando o sofrido e cético eleitor brasileiro vai eleger seu representante para o Congresso Nacional, as assembleias legislativas, para governador e presidente da República. Tudo poderá dar certo para o eleitor se as urnas não tiverem vida própria.
Em São Mateus a lista começa a ser confeccionada. Tem nomes de toda coloração, do desbotado até os sem cor alguma. Oportunistas sempre se incluem nessas iniciativas.
Para a Assembleia Legislativa São Mateus vai de Rodrigo da Cozivip, Ferreira Júnior (Rede), Paulo Fundão (União Brasil), Cupertino (União Brasil), Daniel Santana (sem partido), Célio Vital e alguém do PT. Além desses, existe a possibilidade do radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos) vir a fazer parte dessa lista visando conquistar uma cadeira no Legislativo capixaba. Outro que poderá colocar o seu nome é o pastor Nilis (PL), porém, vai depender da vontade do senador Magno Malta.
Para a Câmara dos Deputados, aparecem o nome do ex-deputado e atual diretor-presidente do DER, Freitas (PSB) e do ex-prefeito Amadeu Boroto (MDB). O primeiro está em campanha faz tempo e o segundo ainda vai definir sua pré-candidatura. Quanto ao ex-deputado Jorge Silva, não existe “ainda” fumaça.
Nesse balaio da política sempre cabe mais um e, por isso, está aberto a outros nomes que ainda não mostraram as unhas, alguns, as garras.
No Norte do Estado ainda temos os prefeitos de Pedro Canário, Bruno Araújo e o de Jaguaré, Marcos Guerra como pré-candidatos a deputado estadual.
Em nível estadual teremos duas vagas para o senado e uma delas terá o governador Renato Casagrande (PSB) a pleiteá-la. A outra vaga, tem o deputado Gilvan da Federal (PL). Para o Governo do Estado, o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) é um nome que está na vitrine. Também teremos o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), o de Serra, Sérgio Vidigal (PDT), Guerino Zanon (PSD), Josias da Vitória (PP) e Evair de Melo (PP). São nomes que estão sendo falados e, nessa lista, cabe mais alguns.
Dos vereadores de Vitória, Karla Coser (PT), a mais votada, é uma certeza para disputar uma vaga à Assembleia Legislativa, O seu pai João Coser (PT), nesse caso, sairia para deputado federal. Aliás, a Karla, tem sido atuante fazendo um mandato propositivo e o resultado foi ter sido a campeã de votos da capital capixaba.
Guriri, o balneário de São Mateus
O balneário de Guriri, que é um bairro da cidade de São Mateus, segue sua via crucis de sofrimento e abandono pelo poder público. Só é lembrado em período de festa, quando se maquia para dar a impressão de lugar sem problema e que abarca um povo feliz. Puro engodo. No Guriri os alagamentos são constantes, a proliferação de mosquitos é fato, ruas desleixadas, árvores que não vê poda faz tempo, insegurança e, agora, nesse período de festas, a arruaça e bandalhas vão visitar seus moradores. Portanto, os moradores passam o ano inteiro enfrentando tantos problemas e nesses meses de festança são lembrados por pura conveniência. Mas os serviços básicos não chegam. Chegam os trios do prefeito atual, seus contratados, suas bandas e bundas e os moradores dançam diante de tanta desfaçatez. Para os comerciantes só comemoração, até porque chegam os veranistas para comprarem seus produtos por um tempo, depois vão embora e ficam os clientes rotineiros, que “vivem” no lugar. Veranistas valorizados, moradores desprezados.
O fato é que Guriri carece de quase tudo, principalmente da presença dos serviços necessários que são negligenciados pela Prefeitura.
As Festas de Verão
A virada de ano está programada com inúmeras bandas. Uma fortuna a ser gasta para favorecer a poucos. O prefeito Daniel Santana ainda comanda a farra. Já está tudo devidamente orçado para a festa dele e de alguns.
Os moradores de Guriri estão na expectativa de que essa insanidade não aconteça mais, sugando os recursos preciosos para outras benfeitorias que realmente possam tornar melhor a qualidade de vida de quem mora no bairro Guriri.
Infelizmente o Daniel Festeiro, o Imperador do Caos mateense, vai ainda dar a sua graça nas festividades do verão. Espera-se que seja a última bandalheira com o dinheiro dos impostos da população produtiva do município. Pelo menos na virada ele é o prefeito. Depois de meia-noite de 1ª de janeiro, ele “desvira” e vai, por enquanto, para casa. Para a sociedade de São Mateus que sofreu durante oito anos, o caminho deveria ser para outro destino…
O cancelamento de tanto gasto poderia ser feito? A essa pergunta não tenho resposta. Existiu algum acordo de quem sai e de quem entra para que essa questão fosse deixar acontecer devido a já estarem empenhados os seus valores?
De qualquer maneira, acredita-se que essas barbaridades contra a população, protagonizadas pelo atual prefeito Daniel, não mais prosperem. Novo governo está chegando e reacende a esperança da população mateense de que dias melhores virão. A conferir.
Marcus e suas escolhas
O prefeito eleito de São Mateus vem coordenando com critério as escolhas dos nomes que vão compor o seu secretariado. Já se anunciou seis nomes e espera-se que nesta semana outros serão anunciados. A expectativa é com relação a Saúde e Educação, pilares de qualquer administração.
Lembrando que nomes nem sempre vêm com o selo de competência.
Câmaras
Vereadores estão se articulando para a presidência das Casas Legislativas. Em Vitória tudo indica que Anderson Goggi (PL) é o nome mais forte. Até o seu discurso está mais ameno, defendendo o equilíbrio e a união dos seus pares.
Em Santa Leopoldina os nomes fortes para a presidência da nova Mesa Diretora são o atual presidente Nelson do Sindicato (PSD), o ex-presidente Sérgio Lago (Republicanos), Marquinhos Rauta (Podemos) e o mais votado, Marcelo Leppaus (PDT). Mas, apesar disso, pouco se fala sobre a composição da mesa diretora para o biênio 2025/2026. Uma fonte comentou com a coluna que acha até estranho o silêncio sobre essa questão. Apesar de ser novato nessa nova legislatura, Leppaus poderia ser o preferido do prefeito eleito Fernando Rocha (PDT) por serem do mesmo partido e por ter sido o mais votado nas eleições – 410 votos. Mas são conjecturas; certeza só em 1ª de janeiro de 2025.
Em Santa Teresa, ainda não há fogo e nem fumaça nessa questão de nome preferido pelos legislativos para ocupar a presidência da Câmara. De acordo com o atual presidente, Bruno Araújo (PL), que não se elegeu a prefeito, não há movimento. Para ele está cedo.
Sobre o papo de que prefeito não se mete em assunto da Câmara serve apenas como discurso, pois na prática a mão do executivo sempre pesa nessa hora.
Em São Mateus o mais cotado para a presidência é o vereador Wanderlei Segantini (MDB). Pelo menos foi o que rolou tempos atrás pelos bastidores da política do município. Ainda não se sabe se existe outro nome para disputar a presidência. Aliás, nomes até existem. Em se falando de Câmara, todos são pretendentes. Sabem que é só teatro e ainda tem gente que cai nessa conversa fiada.
Não aconteceu, mas…
Quando o prefeito de São Mateus, Daniel Santana, foi preso pela polícia e solto pela justiça, começaram as conversas das vivandeiras afirmando que ele não terminaria o seu segundo mandato. Mas, para quem conhece a justiça brasileira, não acreditava nessa possibilidade de cassação. Houve gente que, para enaltecer e bajular o judiciário, afirmava que a cassação definitiva do prefeito estava na eminência de acontecer. Na verdade, vai acontecer dia 31 de dezembro deste ano, quando Daniel findar o seu mandato. E em grande estilo, fazendo a festa da virada! Daniel cresce e a justiça se apequena, neste caso. E mais, vem para concorrer a uma vaga de deputado estadual nas eleições de 2026. Um amigo dele me disse: “Se não for preso antes”. Mas ele tem voto e muito dinheiro “arrecadado” para gastar. Pode ser “condenado” a conquistar uma cadeira no parlamento capixaba.
Os presidencialismos
O presidencialismo é um sistema de governo que só deu certo nos Estados Unidos da América. No caso do Brasil é um presidencialismo capenga, uma colcha de retalhos com tantos ministérios criados para acolher os aliados indicados pelos partidos. O governo fica na obrigação de atender os interesses dessas legendas. Esse presidencialismo de coalizão é inviável para a eficiência do governo em suas ações que favoreçam o povo e não os caciques políticos e seus satélites.
Nos Estados Unidos o governo central tem pouco impacto no dia-a-dia do cidadão comum. Lá é uma federação. No Brasil, federação é somente no nome oficial do país. Aqui dizer que é uma federação é piada. No Brasil o sistema é unitário, central, todas as políticas púbicas são elaboradas no planalto central. A autonomia dos estados é limitada.
Por isso seria necessária uma reforma do estado brasileiro, embutida aí a reforma administrativa, política etc.
Mas, nada disso interessa aos donos do poder, as castas que habitam o poder central e a capital federal.
Trump eleito
A vitória de Donald Trump foi arrasadora, contrariando as pesquisas de opinião que davam uma disputa apertada. A imprensa ativista, muito parecida com o consórcio midiático do Brasil, apostava e criava narrativa contra o candidato republicando. Todos apostando na Kamala Harris.
Aliás, a candidata democrata confirmou tudo que se falava dela quando escolhida para compor o Governo Biden. Despreparada, sem noção, principalmente de política internacional.
Quando se falava que Donald Trump seria um perigo para as relações com os países em conflito, no seu primeiro mandato, foi justamente ao contrário. Foi um período sem guerra. Com Joe Biden conflitos explodiram pelo mundo. Trump foi massacrado, perseguido pela mídia.
Ele está de volta. Venceu de A a Z as eleições americanas. No voto popular e no colégio eleitoral. Na Câmara de Deputados e no Senado fez maioria. Ganhou em todos os estados. A Kamala Harris, a queridinha da “esquerda americana” e do Brasil foi varrida, saiu pela porta dos fundos e, ao tomar o lugar do presidente Biden não conseguiu coisa alguma.
Lula, o presidente que afirmou ser comunista com muito orgulho, disse, a uma rádio, que Donald Trump era fascista e quem era seu favorito era o Biden para continuar na presidência americana. Trump seria um perigo para a paz no mundo. Faltou dizer, depois da desistência do presidente Biden, a santa imaculada passou a ser a Kamala. Aliás, até outro dia era o Maduro.
Para Reflexão
“Nada é tão lamentável e nocivo como antecipar desgraças”.
Por Paulo Roberto Borges
Reflexões para um futuro governo
Falo aqui especificamente do município de São Mateus, uma terra maltratada pelo governo que está deixando o bastão da destruição. Para o que entra em janeiro de 2025, o trabalho será árduo e vai exigir muita determinação e coragem para desmontar as gambiarras político-administrativas feitas pelo governo Daniel Santana (sem partido, sem noção, sem pudor e sem vergonha).
O prefeito eleito de São Mateus, Marcus Batista (Podemos), se desejar fazer a diferença, basta governar com responsabilidade e em favor do município e da sua população que trabalha, produz e gera riquezas. Uma profilaxia contra os oportunistas e páreas municipais, aos malandros políticos por conveniência, e deve favorecer o diálogo com gente séria que esteja alinhada com o desejo de contribuir com o desenvolvimento do município e o bem-estar dos seus moradores.
Vale alertar o futuro prefeito que existem cidadãos mateense com boas ideias, bons projetos e que estão ávidos para colaborar. É necessária essa abertura para quem deseja unir o município para um bem maior que é o resgate da dignidade e autoestima, tão aviltadas pela administração nefasta e criminosa do atual mandatário municipal. É o momento de desarmar os espíritos beligerantes e pulverizar a administração pública com um repelente eficaz chamado choque de gestão, choque de ordem, de ética, moral e de honestidade de propósitos. Se assim não o fizer, teremos o mesmo do mesmo que sempre tivemos em São Mateus. O caso do atual é de polícia, coisa que outros governos passados nem sempre estiveram nessa seara.
É preciso ter cuidado com as camarilhas externas, que chegam para devastar o município e vão embora. Os tais gafanhotos. Digas com quem andas e direis quem eis, já falavam os seculares.
Outra questão que vai merecer a atenção do futuro governo é a relação com a Câmara de vereadores. O legislativo tem muitas histórias cabulosas, relações pouco republicanas com vários governos. Essa dinâmica tem que ser revista urgentemente. Existe um contraceptivo para isso. Se tem um projeto importante para toda a sociedade e o parlamentar quer “negociar e chantagear”, que o governo convoque uma coletiva com todos os atores constituídos do município, com a imprensa e esclareça, diga nome, endereço, cpf dessa tralha. Jogue para avaliação do caráter dessa mulambada, para a população conhecer quem é quem.
Representante do povo tem que governar para o povo, para o pagador de impostos e não para grupos, grupelhos e camarilhas.
Toda a população mateense está confiante de que vai ter um governo decente. Assim esperamos e torcemos, até porque todos estão no mesmo barco. O timoneiro tem competência.
Os nomes que surgem…
Mal acabaram as eleições e começam a surgiu nomes para pleitos futuros. Para o político, 2026 é logo ali. Candidatos eleitos ou não, porém, bem votados já se colocam no grid de largada.
No Norte do Estado existem novas lideranças que estão surgindo. Aliás, está passando da hora de renovar ideias e nomes. As figurinhas carimbadas já deram caldo e devem dar espaço para os bons que chegam. Em Pedro Canário tem o atual prefeito Bruno Araújo; jaguaré Marcos Guerra; em São Mateus o Rodrigo da Cozivip e alguns que ainda não se manifestaram.
Vale ressaltar que não ouvi de nenhum deles me falarem desse interesse, mas nem precisam dizer, até porque, esse desejo, faz parte da ordem natural das coisas. Ou da política.
Para lembrar: craque sim, bagre não
No futebol o jogador aprende ou aperfeiçoa os fundamentos para prática do seu ofício. Sabe o básico que se alia ao talento que traz consigo. O craque faz o diferencial, que o destaca como acima da média. O que esperamos dos novos governantes é ser craque naquilo a que se propõem. Para fazer o mesmo que até cabeças de bagre fazem, é frustrar o torcedor ávido para assistir um bom jogo.
Alô, alô novos governantes, pensem nisso.
A desigualdade
Muito se fala na mídia adestrada sobre as desigualdades que acontecem no Brasil desde tempos idos. Hoje, com a “democracia relativa”, a desigualdade se resume e atinge os que são conservadores. Basta se intitular de direita, a perseguição é flagrante. O tal do politicamente correto é o fim da picada! Mas, sendo de esquerda tudo é permitido, até saquear as nossas esperanças de um País melhor, mais próspero e justo.
No lado errado
A diplomacia brasileira sempre foi respeitada pela sua atuação em prol do equilíbrio e colaboração para um mundo menos beligerante. Nesse cenário, foi que me despertou o interesse pela carreira diplomática me levando a me preparar para o ingresso no Instituto Rio Branco. Acabei mudando de cidade e estado e o sonho ficou para trás, porém, sempre fui um estudioso das relações internacionais.
Hoje, vejo a diplomacia brasileira patinar, se submetendo aos absurdos perante o consenso do que se tem de justo no cenário mundial. A diplomacia presidencial só tem prejudicado a diplomacia oficial. Lula sai pelo mundo falando asneiras e deixa o Ministério de Relações Exteriores constrangido. Diplomatas de carreira ficam ruborizados, exceto os que são plantados pelo governo.
O Brasil, que ficou encima do muro, acabou pulando para o lado errado, apoia o Hamas, o Hezbollah, o regime dos aiatolás iranianos, faz parte do grupo de países que são ditaduras e nada diz contrários a elas.
Uma verdade meia boca
O povo está representado no Poder Legislativo. Ali estão todas as facetas, os puros e impuros de caráter. É o retrato da nossa sociedade. Por essa razão, se faz necessário sempre ser criterioso na escolha dos nossos representantes.
Vamos observar e fiscalizar nossos eleitos, para que eles fiscalizem o Executivo e elabore leis que favoreçam a população. A gente sabe que representatividade política no Brasil é deformada. O eleitor coloca o sujeito lá e este só defende interesses pessoais e inconfessáveis. O povo passa a ser apenas um detalhe.
Diante disso, não custa defender, mais uma vez, a reforma política e administrativa. Voto distrital e a reorganização do Estado Brasileiro. Do jeito que está configurado é uma zona!
Movimento e ação cultural
Existem muitos governos municipais comandados por gente limitada no conhecimento e no entendimento da importância da cultura, o que leva, com essa mentalidade, a alienação e mediocridade de grande parte dos seus cúmplices e munícipes.
Em São Mateus não desejamos que isso aconteça, daí a necessidade de se fazer uma escolha criteriosa em quem vai ocupar essa pasta.
Devemos valorizar a cultura valorizando nossas tradições, mas não se deve esquecer da importância de se desenvolver projetos voltados para os jovens e nas escolas, promovendo atividades sócio educativas e científicas, incentivando a participar de ações verdadeiramente edificantes na formação de caráter.
Projetos para a divulgar e valorizar a nossa Lira Mateense; a retomada de festivais, que nessas ocasiões movimentavam a cidade.
Mas, para que isso possa acontecer, é preciso ter alguém capaz de implementar essas ações.
Para reflexão
Um único homem pode mandar num País inteiro, mesmo sem ter recebido um voto sequer que o autorizasse a isso?
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