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Rumos da Política

Rumos da Política – 2ª quinzena de julho

Publicado

Por Paulo Borges

Não tenho capacidade de entender essa gente, mas me esforço

O presidente Jair Bolsonaro perde a oportunidade de se tornar um grande presidente quando bate boca com a mídia, quando emite opinião na emoção e fala de tudo que entende e do que não entende. Acho uma bobeira essa psicose com as redes sociais, como se passasse o dia com um celular nas mãos jogando como as crianças e adolescentes. Sempre tive essa impressão e a considero provinciana. Como gosto dos livros, reconheço o valor da tecnologia, mas gosto de ler livros, do papel, do cheirinho de suas páginas.

A comunicação do governo para mim é um setor deficiente. É confuso, desconectado, informações dispersas, sem um sentido coerente, linear para depois ser endereçado aos veículos de comunicação para conhecimento do que se faz para que a população saiba a verdade e não deixe a narrativa adversária e inconsequente, prosperar. Saber se comunicar com clareza é jogar a favor da transparência. Uma comunicação direta com o cidadão através de live pode ser interessante, porém, acho pouco eficiente sem uma organização e planejamento.

Sou daqueles que torcem pelo sucesso do governo, mas não tenho nenhuma vocação para bajular político ou qualquer um que seja. Minha crítica é imparcial, mas não posso deixar de dizer que o Lula é um condenado merecidamente, um ladrão sentenciado, porém, por pirotecnia do STF, está solto. Ele e tantos outros da sua patota deveriam estar presos.

Bolsonaro fala mais do que deve e o Lula roubou mais do que ninguém (Lula e Cia.). Um parece ser porra louca e outro é ladrão já sentenciado.

Apesar de tudo, o atual governo tem feito muita coisa sem a eficiência da divulgação. Caso de corrupção não é comum e, quando existe, é combatido. O presidente não é corrupto. Pelo menos é o que se diz. Querer derrubar um presidente por ser motociclista e falar verdades que político nenhum tem a coragem de falar, não são motivos consistentes para afastar um presidente. Para quem assiste a CPI (como eu), é de ficar com vergonha da postura de alguns políticos, tamanho a cara de pau deles. Ali é palanque do “Azia” e do cangaceiro alagoano, Renan.

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PRTB lança Cazuza pré-candidato em Conceição da Barra

O eleitor do Norte capixaba, principalmente o de Conceição da Barra tem mais um nome que se apresenta como pré-candidato a deputado estadual. Trata-se do Eduardo Cazuza, que na última eleição foi candidato pelo PRTB a prefeito, apresentando novas propostas, porém, não conseguindo obter êxito. Segundo Cazuza, a região e o município de Conceição da Barra, precisam de sangue novo na política, longe dos caciques que sempre dominaram a política capixaba e o seu nome é para que o eleitor ter opção para fugir daqueles que a toda eleição prometem o que não podem entregar. “Vamos fazer a diferença quando nosso momento chegar”, disse ele a este colunista. Cazuza, cuja base eleitoral é Conceição da Barra, tem a Grande Vitória como possibilidade de boa votação.

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Não dá liga

Fala-se muito em uma terceira via para a disputa das eleições presidenciais de 2022. O problema é que a terceira via é à esquerda de banho tomado.

Existe outro partido político surgido no cenário da política nacional. Trata-se do STF. Também não tem afinidade e nem voto da sociedade brasileira. Só julga quem lhe interessa e faz política, muitas vezes tomando as atribuições de outros poderes para si. Fala muito no respeito à Constituição, mas só vale para seus adversários. A seu favor já a rasgou algumas vezes.

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Racismo e outras ignorâncias

Virou assunto que ficou anos ignorado pelos nossos governantes e órgãos oficiais. O racismo existe e o preconceito social também. O próprio Itamarati vendia a imagem da democracia racial para o mundo e se acreditava nessa mentira. Uma maneira de escamotear uma realidade.

Os negros depois do fim da escravidão foram largados à sua própria sorte. Sem direito a nada e nem mesmo a possibilidade de estudar. Por isso foram procurar lugares que ninguém queria morar, como as terras degradadas, morros e pedras. As favelas estão aí como herança de uma época de descaso com a população menos assistida. Enquanto isso, os imigrantes europeus foram recebidos no Brasil ganhando terras e apoio oficial. Aos negros nada, aos brancos imigrantes europeus “quase” tudo.

As cotas para o acesso ao ensino superior estão aí como forma paliativa de mascarar algo que não foi resolvido. A dívida com os herdeiros do período escravocrata nunca foi paga.

Para quem chega ao estacionamento da UFRJ só vê carros importados ou de valor alto. É uma universidade federal pública cujo acesso é maior para aqueles que estudaram em colégios renomados e em cursinhos de pré-vestibular caros. Nas faculdades particulares estão grande parte dos pobres e pretos. Quase todos pendurados em financiamentos governamentais. Quando um pobre e preto se destacam viram notícia de jornal, documentários de TV que passa a impressão como se aquilo fosse comum, que todos têm a mesma oportunidade.

Acho que o respeito e as oportunidades devem ser a linha mestra para a superação de todas essas aberrações. Isso serve para os negros, pobres, brancos e homossexuais.

Essa é uma das questões que não temos como discutir aqui em profundidade por motivos óbvios (espaço), mas é uma ponta da coberta por onde se esconde o que o Brasil nunca teve o trabalho de encarar e dizer ao mundo.

Leia mais:  Rumos da Política – II Maio/23

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Verdades e Mentiras

Com o advento do ex-deputado Jair Bolsonaro à Presidência da República, as pessoas passaram a questionar se houve ou não ditadura no Brasil. A última foi em 64, quando militares, apoiados pela ala conservadora da sociedade, da igreja, imprensa e de empresários se articularam para derrubar um presidente eleito democraticamente e rasgaram a Constituição. Golpes e quarteladas eram muito comuns na América do Sul e na nossa história temos exemplos. A própria Proclamação da República foi um golpe contra a Monarquia e a vontade popular. A introdução da República brasileira foi calcada nos alicerces da mentira contra um imperador que amava o País e seu povo. Aí está a República que construímos, sem nenhuma consistência quando a questão é fazer justiça a vontade popular, punir autoridades e um cabedal de coisas. O cardápio é grande e sortido. Temos três poderes que geram crises e desconfianças. O Brasil tem dono e, com absoluta certeza, não é do povo brasileiro. É de uma casta que se aboleta no poder e ali faz sua morada e irradia privilégios para parentes, amigos, grupelhos e camarilhas. O Brasil tem jeito, mas ninguém quer, de fato, dar jeito neste País. Isso serve também para estados e municípios.

Fala-se muito em reformas. Os interesses conflitantes não permitem. A principal seria a do Estado Brasileiro e depois a política e as outras como a tributária e administrativa. O caminho é tortuoso e na conversa fiada não se consegue avançar. E não vamos conseguir avançar como a maioria da população deseja. Somos escravos da vontade dos alheios…. Não seria a hora da libertação? Parece, se depender de alguns, só acontecerão dia 30 de fevereiro…

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Sugestão

O STF não permitiu que a CPI do Renan investigasse estados e municípios. Não seria razoável que assembleias e câmaras investigassem seus governos? Quem não deve não teme e – ao que parece – a maioria teme e deve. Para onde foi tanto dinheiro despejado pelo Governo Federal nos estados e municípios? Será que a maioria desses recursos foram para engordar os cofres com objetivo de bancar as eleições de 2022?

No próximo ano vamos ter a oportunidade de eleger nossos deputados e senadores. É preciso critério rigoroso nessa escolha.

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Olho nessa mulambada!

Foi aprovado recursos para o Fundo Eleitoral de 6 bilhões. E a sociedade não pode agir contra esse escárnio? Precisa de lei para autorizar o povo partir para o confronto com aqueles que se fingem moralistas, mas não mudam essa situação? O povo tudo pode. Enquanto não acontece esse entendimento o que se pode fazer é não votar nessa gente que tem a traição ao eleitor brasileiro como moeda corrente.

Conclusão

A propósito, como diz o Guilherme Fiuza, no Brasil não há oposição. Tem uma criançada brincando de xingar o presidente.

 Contato para a coluna: [email protected]

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Rumos da Política

Rumos da Política – 1ª edição de março

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

Opinando sobre São Mateus

Não sou dono da verdade, não tenho essa pretensão e respeito todas as opiniões de quem quer que seja. Portanto, vou deixar aqui algumas impressões que tenho sobre o quadro que se abriu para mim, em relação ao governo do município de São Mateus que se instalou desde o primeiro dia deste ano.

O prefeito Marcus Batista (Podemos) é um empresário bem-sucedido sem a experiência no serviço público, no trato com a dinâmica de uma prefeitura, em que decisões são tomadas, observando (infelizmente) para não ferir suscetibilidade de políticos, entidades, instituições e até do cidadão. Tudo é complicado, até porque o prefeito “tudo pode até aonde a lei permite”. Diferentemente da atuação em uma empresa privada, em que mando, decido e só devo satisfação a mim mesmo e ao meu sócio.

Pois é, essa é a dificuldade de quem veio da iniciativa privada, sem a cancha de ter passado por embates políticos, exceto na eleição, o que – convenhamos – é pouco. As decisões demoram a chegar na ponte, existem muitas amarras burocráticas, tudo se dá de maneira lenta na execução de uma ação. Mas isso não é impeditivo para se aprender, de se dedicar aos propósitos que se tem e as necessidades de um governo que veio para “consertar” o município diante da herança macabra recebida.

O lidar com a Câmara, com um ou outro vereador fisiológico que ainda tem amarras e a mentalidade do toma lá dá cá, dos tempos tenebrosos do governo anterior, exige habilidade. Principalmente quando este deseja desembarcar na base aliada do prefeito. É preciso também toda uma engenharia política para se construir a própria base de apoio ao governo no Legislativo. Claro que muitos vão dizer de pés juntos que estão fechados com o prefeito. Mas, a política tem seus percalços, sua dinâmica e na hora de votar alguns projetos, os promesseiros de apoio, vão apresentar suas demandas. Sejam de cargos, sejam de qualquer coisa de interesse, até mesmo pessoal. Na política tem dessas coisas, é fato. Portanto, a Prefeitura precisa ter, na assessoria, os “engenheiros” que possam ajudar a construir essas pontes de entendimento, de articulação. O empresário precisa ter essa perspectiva de ter ao seu lado aqueles que, de verdade, desejam colaborar e que tenham essa expertise no entendimento do conjunto da política mateense e seus meandros…

Em São Mateus existem pessoas disposta a ajudar, mas nem sempre são acionadas por, talvez, desconhecê-las ou por algum ou outro impedimento por ouvir gente que pouco representa e conserva a empáfia, a inveja dos capazes e competentes que estão no município e que – mesmo podendo ajudar estão vendo a banda passar sem ser chamado para fazer parte da sua composição. Vêm a orquestra municipal desafinar sem ter a possibilidade de ajudar a afinar essa banda.

A gente sabe que, infelizmente, em todos os governos, tem os acordos os compromissos partidários, de campanha que, no primeiro momento, precisam ser cumpridos. Mas, é necessário se atentar para o maior deles, o que se faz necessário é o compromisso com a população. É a ela que temos que prestar contas e não a “estranhos” à nossa realidade, aos que usam o município como passarela, sem identidade com a terra, com seu povo, suas demandas e, uma vez atendido aos seus interesses políticos e, até, inconfessáveis batem asas para seus condomínios, longe de São Mateus. Para quem conhece um pouco da política que ainda se pratica, sabe bem do que estou falando. O consolo vem com o tempo e depois disso, a depuração para que o alinhamento, mesmo que não seja perfeito, tenha razoabilidade.

Leia mais:  Rumos da Política – 1ª edição de outubro

Tudo se aprende quando há humildade e interesse em aprender. O prefeito Marcus é uma pessoa do bem, é mateense de coração, vive há anos em São Mateus, tem seus negócios no município e se propõe a – junto com a Câmara e população – resgatar a cidade do abandono e do caos deixado pelo gestor anterior. Criticar quem mal sentou na cadeira de governante, diante do grande desafio que se apresenta, não me parece razoável. Parece clichê, mas é preciso paciência, continuar firme no voto de confiança para que São Mateus volte, após tantos anos, ao seu caminho para o desenvolvimento se colocando no patamar mais alto dos municípios prósperos do Estado do Espírito Santo.

Guriri e o Carnaval

Pelo que ouvi dos frequentadores do balneário e, principalmente dos moradores, o novo modelo de carnaval, banindo os trios e usando um palco, foi um acerto da administração municipal. Facilitou a segurança, trouxe as famílias para brincar na folia, e, de acordo com a Polícia, inibiu muitos delinquentes, vagabundos mesmo de circularem livremente praticando seus ilícitos.

Os bares e restaurantes estiveram cheios, diferente do tempo em que os trios arrastavam muitos “desocupados” em sua esteira deixando a frequência dos estabelecimentos com menos gente receosa de ser abordada pelos baderneiros e bandidos. Os dados da polícia demonstraram isso. Desta vez teve mais turista do que arruaceiros, baderneiros, bandidos.

Em eventos futuros se aperfeiçoa e potencializa o que deu certo e descarta o que deu errado.

Liderança no Norte

O ex-prefeito de Pedro Canário, Bruno Araújo (sem partido), vem se destacando nos meios políticos da região como uma nove e jovem esperança para o pleito de 2026. Não é segredo que ele é pré-candidato a deputado estadual e tem essa decisão consolidada pelo fato de ter sido, quando foi prefeito de Pedro Canário por dois mandatos, ter saído com altíssimo índice de aprovação e inda ter feito o seu sucessor com larga margem de vantagem sobre seus concorrentes. Bruno hoje está na Superintendência da Saúde no Norte, nomeado recentemente pelo governador Renato Casagrande (PSB). É pelo que se desenha, é nome forte no cenário político da região.

Cinema brasileiro premiado

Não podemos negar que o filme “Ainda Estamos Aqui” merecidamente foi premiado com um Oscar pela categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Sobre isso, conheci o Marcelo Paiva quando adolescente. Vivi a época. Ele teve seu pai, Rubem Paiva (PTB), desaparecido no Alto da Boa Vista, no Rio, e, depois de anos, dona Eunice foi considerada como viúva pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Antes não havia reconhecimento oficial pelo estado pela responsabilidade dele ter sido assassinado pela ditadura militar.

Fui estudante universitário no período mais agudo da ditadura. Participei de eventos contra ela e tive colegas desaparecidos e seus nomes em murais da universidade de famílias querendo saber dos seus paradeiros. Até quando comecei a lecionar e abordar temas espinhosos, fui chamado à direção para receber o “conselho” de evitar tais temas pois correria o risco de ter uma viatura descaracterizada do Dops carioca para me conduzir aos inquisidores prestar esclarecimentos.

Por isso, posso dizer que hoje estamos caminhando para uma ditadura em que opinião daqueles que discordam do atual governo ou de ações do Supremo pode ter seus direitos constitucionais cassados. Não precisam me dizer o que é ditadura. Vive uma, de perto.

Ainda sobre cinema

Leia mais:  Rumos da Política – 2ª edição de novembro

Tive o privilégio de viver o Rio de Janeiro dos bons tempos. Diante do falecimento do grande cineasta Cacá Diegues, me veio à mente, quando, ainda adolescente, ia todos os sábados à PUC, na Gávea encontrar com os amigos para jogar na quadra externa da universidade Futebol de Salão. Após o nosso jogo, era a vez dos adultos. Era sempre convidado a jogar com eles e, dentre os jogadores da pelada, tinham personalidades conhecidas. Foi aí que conheci Cacá Diegues, Eduardo Escorel (premiadíssimo também), Lauro Escorel, seu irmão e fotógrafo cinematográfico etc.

Quando olho para o passado vejo que fui privilegiado por tantas coisas vividas pelo fato de estar e viver na Cidade Maravilhosa do nosso tempo. Vez ou outra estou no meu bairro, Copacabana. Saudade sempre do meu Rio dos bons tempos.

Em tempo. Mas, vale registrar que só fui conhecer o Brasil de verdade, ao vir para outros lugares. As pessoas boas, competentes e inteligentes estão em todos os lugares. Também tenho esse privilégio de ter feito muitos amigos que preservo para sempre. Aqui e lá.

Ô meu, cadê o meu?

Estava na imprensa domesticada que o governo Lula ia antecipar o pagamento do benefício dos aposentados antes do carnaval. Tudo propaganda enganosa, pois os aposentados só tiveram seu benefício a partir do dia 6. Tiveram que sair no bloco “Perdeu Mané”.

EM LINHA___________________

Feira Livre – É hilário ver alguns assessores que em vez de estarem em seus locais de trabalho, circulam atoa, falando alto, gargalhando, tomando cafezinho e sem saber para que servem, exceto puxarem o saco e receberem seus proventos ao final do mês. *** Ao que parece – Em Aracruz o prefeito reeleito Dr. Coutinho vem obtendo ótimos níveis de avaliação. A sua reeleição demonstra, inequivocamente, essa realidade. Por isso, é cobiçada a sua ajuda para aqueles que serão candidatos em 2026. Mas, surgiu a conversa de bastidores que ele vai apoiar a filha para uma vaga na Assembleia Legislativa. Isso pode ter “esfriada” a intenção de uns e de outros de pedir o seu apoio. *** Rescaldo – Fim de festa, alguém tem que trabalhar neste País. Não se quer aceitar, mas o ano começa (infelizmente) depois da folia de Momo. Até os preguiçosos são chamados à realidade. *** Independência? – Todo parlamentar quando assume o mandato diz que vai adotar uma postura de independência com relação ao Executivo. Só que, após o discurso para a plateia, nos escurinhos dos conchavos, se submetem as benesses do poder. É comum vereadores (falo em nível municipal), passarem mais tempo em prefeituras do que nas câmaras. Mais parecem mosca de padaria e, pior, levam consigo seus “assessores”. *** Absurdo – Crianças órfãs de mães vivas que estão presas por suposta participação do também suposto golpe de estado. O caso da Débora é o símbolo do absurdo, condenada a 17 anos pelo fato de, com um baton, escrever na estátua em frente do STF Perdeu Mané. Com água e sabão limpava a estátua. A dama do tráfico, ao contrário, foi recebida em um ministério e, pasmem, com as passagens pagas pelo erário. *** Diferença – A Câmara Municipal de Santa Teresa é composta por 11 vereadores e cada parlamentar tem um assessor com salário de R$ 2.097,07. A de São Mateus, para o mesmo número de vereadores, tem sete assessores.

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Para Reflexão

“Errar é humano. Culpar outra pessoa é política”.

Autor: Hubert H. Humphrey

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Rumos da Política

Rumos da Política – 2ª edição de fevereiro

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

De olho no cenário

Para quem costuma observar o cenário da política e ter uma visão crítica do comportamento de alguns dos nossos governantes e representantes nas esferas legislativas, forma uma opinião que nos traz dissabores e decepções. Nem sempre é conosco, mas com as pessoas que ainda acreditam nessa gente sem compromisso com o município, o estado e o País.

Os novos gestores, eleitos no último pleito, lutam com a situação caótica em que encontraram seus municípios e, alguns, com enorme desafio a ser enfrentado, como é o caso do prefeito de São Mateus, Marcus Batista (Podemos). Além do início das aulas em meio ao sucateamento das escolas deixado pelo gestor anterior, tem o fator “Verão Guriri” que demanda inúmeras intervenções da municipalidade, inclusive com atribuições que não são da Prefeitura, mas que muitos acham que tem essa obrigação. A turma se acostumou muito mal. Mudar essa mentalidade demanda tempo e determinação, ignorando aos críticos pela crítica.

Marcus só terá condições de dar início ao projeto de resgate da máquina pública e da autoestima da população a partir de março, após o encerramento dessas situações iniciais. Será o momento, certamente, de ouvir pessoas, políticos, entidades etc.

Por isso, devemos ter a compreensão e paciência com quem deseja, de verdade, fazer um governo propositivo, de resultados que levem ao desenvolvimento do município e da qualidade de vida dos munícipes.

Lideranças

As eleições de 2026 estão na pauta de nossos políticos. Parece que no Brasil governar é preparar-se para a próxima eleição, como se a população não esperasse ver suas demandas atendidas.

Em São Mateus temos duas das maiores expressões da política local. Falo do empresário e comerciante Amadeu Boroto (MDB) e do radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos). Boroto para federal e Lyrio para estadual, uma possibilidade mais do que real. Ambos provaram ter capital eleitoral e, vale ressaltar que o voto é o capital do político, coisa que ambos têm.

A gente costuma ouvir das pessoas a necessidade de se eleger representantes locais e da região. O problema é que na hora de decidir, os paladinos da política, traem a sua gente e elegem os estrangeiros. E isso tem custos, tem mala recheada. Um parêntese: mala na política não carrega roupas.

Em conversa com uma das mais respeitadas lideranças políticas do norte capixaba, Adelson Salvador, discutimos muito sobre essa questão de se eleger representantes verdadeiramente da região. Adelson foi – talvez – a maior expressão da política do norte capixaba e hoje afastado, mas é sábio no entendimento das coisas da política.

Vale destacar que temos outros nomes que devem se colocar como pré-candidatos. Rodrigo da Cozivip, Freitas (PSB), Cabo Cupertino (União Brasil), Daniel Santana (se não tiver impedimento), Bruno Araújo (ex-prefeito de Pedro Canário), Paulo Fundão (União) e Isamara da Farmácia (União Brasil). Outros existem, mas vão se declarar no momento conveniente.

Bairrismo tem semelhança com autoestima e os eleitores de São Mateus necessitam dessas duas “virtudes”. Vamos valorizar a prata da casa, pois os nossos não precisam de passaporte…

Lideranças II

Ainda sobre candidaturas, Boroto e Carlinhos não confirmam suas pré-candidaturas, mas isso são apenas detalhes, pois serão candidatos. Não confirmam, mas essas duas lideranças não vão ficar de fora. Só se houver algum impeditivo para o Boroto.

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Esquecidos por quê?

Certos lugares acontecem coisas que a própria razão desconhece. Falo com relação as escolhas de pessoas e profissionais para ocuparem ou fazer parte de um governo. Normalmente critérios como competência, formação acadêmica, capacidade de gestão administrativa e política são deixadas de lado. Os critérios costumam ser quem indicou, quem não ameaça meu saber (mesmo reduzido), um auxiliar que só vai dizer que tudo está bem, o puxa-saco, tem todo um rosário de inutilidade que só atrapalha.

Isso acontece Brasil afora. Mas, vamos ao caso de São Mateus. Temos na sociedade mateense personalidades, cidadãos altamente capacitados para ocuparem cargos muito maior do que a cidade precisa. Mesmo assim, existem naturais da cidade que se colocam à disposição e desejam contribuir sem interesses ocultos com o desenvolvimento do município. Mas, muitas vezes, em detrimento de acordos, as escolhas são equivocadas e, lá na ponta, a conta vai chegar.

Em São Mateus temos talentos em todas as áreas. De “A a Z”. Mas nesse alfabeto da política não os cabem. Infelizmente. Por isso, o analfabetismo ronda muitas prefeituras Brasil a fora.

Disputa

Em 2026 vamos ter duas candidaturas ao governo do Estado que se destacam. Trata-se do vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) e o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos). Ferraço com o apoio do maior cabo eleitoral do Estado, o governador Renato Casagrande. No caso de Pazolini, a grande gestão que vem fazendo em Vitória e que fora da capital vem tomando corpo.

As primeiras pesquisas apontaram o prefeito de Vitória liderando. Mas ainda é muito cedo para fazer qualquer juízo sobre liderança e possibilidade nas eleições. É cedo, tem muito chão a ser percorrido.

Destaques

A Câmara Municipal de São Mateus, em sua nova concepção, vem revelando alguns dos seus membros como gratas surpresas. O vereador e vice-presidente, Wan Borges (PSB) é um deles. O jovem parlamentar é articulado, transita bem entre os colegas e é um nome que pode ser lembrado para outros voos na política.

Outro vereador é o Branco da Penal (PL). Propositivo, discurso claro, sabe ser entendido no que diz e se revela entendedor da importância do Legislativo no cenário político-administrativo do município.

Isamara da Farmácia (União Brasil), a campeã de voto, dispensa maiores apresentações. Vítima da morosidade da Justiça Eleitoral, teve seu primeiro mandato mutilado, o que não a impediu de em pouco mais de um ano, desenvolver um bom trabalho na legislatura passada. Teve reconhecida a sua atuação e por esse motivo, foi reeleita com grande quantidade de voto.

EM LINHA_______________________

Cartão Vermelho – O prefeito de São Mateus, Marcus Batista (Podemos), foi obrigado a exonerar o seu secretário de Obras, Infraestrutura e Transporte, João Pedrosa. Ele reclamou que não estava tendo liberdade para promover ações que achavam necessárias sem falar com seu chefe. Foi chamado ao gabinete e recebeu cartão vermelho. Outros estão para receber cartão amarelo como advertência. O da Educação parece que vai pedir para sair. *** Destaque – O vereador Branco da Penal (PL), que está em seu primeiro mandato, vem demonstrando desenvoltura no desempenho das suas funções legislativas. Dos onze vereadores que compõem a Câmara Municipal de São Mateus, ele e a vereadora Isamara da Farmácia (União Brasil) tem sido os mais atuantes. *** Competência – A ex-vereadora Almery Lilian Moraes Lopes, conhecida nos meios políticos de Santa Teresa como Dra. Mel (PSDB), assumiu a Procuradoria da Câmara Municipal. Ela foi uma vereadora propositiva, mas não foi reeleita por faltarem 16 votos. Pela sua capacidade profissional como advogada e conhecedora dos trâmites do Legislativo teresense, sem contar o trabalho que fez como legisladora, foi – com justiça e reconhecimento – nomeada na Procuradoria daquela Casa de Leis. Parabéns a ela e ao presidente Professor Giovane Prando (PSDB). *** Exemplo – E por falar em Santa Tersa, os vereadores apresentaram para toda a sociedade seus assessores durante uma das primeiras sessões. São Mateus poderia seguir o exemplo. Talvez por falta de espaço não seria possível, pois teria que ter um espaço maior pela quantidade desnecessária de assessores. *** Festa e Prestígio – O renomado historiador mateense, Eliezer Nardoto, reuniu amigos e familiares para comemorar seus 70 anos. Foi um evento que pelas presenças, demonstrou prestígio e admiração. Eliezer é uma das personalidades que orgulha a cidade de São Mateus e por onde passa defende sua terra e divulga a história mateense. *** Nomeações – Vários órgãos estaduais estão trocando seus diretores. As eleições de 2026 estão começando a fazer efeito. *** Na Contramão – A Guarda Municipal de Trânsito precisa coibir veículos que não respeitam as leis de trânsito. Carros circulam na contramão e estacionam também em sentido oposto ao que informam as placas de sinalização. A cidade de São Mateus ainda continua parecendo o que recebeu de herança da gestão anterior. *** Conciliando – O vereador e presidente do Legislativo mateense, Wanderlei Segantini (MDB), tem conseguido conciliar conflitos e manter a harmonia na Casa. *** Nulidades – Existem legendas partidárias que nada representam para o desenvolvimento do município. Não elegem nenhum vereador e vivem aguardando a oportunidade para subir no barco vencedor. As vezes o barco naufraga. *** Pesquisas – Apesar das eleições acontecerem no próximo ano, já tem nomes se destacando. O governador Renato Casagrande (PSB) é um deles. Uma das vagas do Senado está à sua afeição. Ao governo, o nome do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) tem aparecido com boa pontuação. *** Aracruz – Não é só o prefeito Dr. Coutinho que está em alta no município. As praias de Aracruz foram eleitas como as mais bonitas do Estado por, pelo menos, 80% dos entrevistados. *** Essas mulheres… – Quando tem mulher à frente de qualquer órgão de governo e até na iniciativa privada, os homens têm que reconhecer que ali vai ter competência, dedicação e capricho. O caso da Dilma não conta, é o reverso disso. *** Ficção – Este é o nome dado as narrativas do governo Lula, da PGR e do STF sobre o caso do suposto golpe de estado protagonizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Leia mais:  Rumos da Política – 2ª edição de novembro

Para Reflexão

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado”.

Autor: Roberto Shinyashik

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