Rumos da Política
Rumos da Política – 2ª Quinzena de junho
Publicado
23/06/2021 - 20:10
As lideranças políticas que não temos
Não é um fato recente, mas é fato. O município de São Mateus carece de uma liderança política confiável em que o eleitor possa depositar sem ressalva o seu voto. É uma espécie de “não tem tu, vai tu mesmo”. Em toda eleição isso acontece, até porque a renovação é ínfima com os mesmos nomes de sempre, o mesmo do mesmo. Quando aparece algo diferente, recebe a indiferença (despeito) das “raposas felpudas” e também da maioria do eleitorado que prefere não apostar na renovação e seguir com os mesmo em direção a um futuro que nunca chegou. É uma espécie de voo cego.
Quando o eleitor mateense elege o seu representante, vira as costas e se dá como satisfeito, como se tivesse cumprido o seu papel de cidadão. Livre, leve e solto é tudo que o político quer. Se acha dono do seu mandato, dono do município e daquelas pessoas que não têm a consciência do seu real papel numa democracia.
Nas últimas eleições municipais esse fato se repetiu. Nada de novo e os tais “novatos” são mesmos novatos em quase tudo, principalmente no conhecimento das demandas municipais, na dimensão e importância do momento apostando na ação aventureira, inconsequente e servindo como marionete para grupos e camarilhas manipulá-los. O resultado de tudo isso foi a reeleição de um prefeito que a maioria dos “entendidos” não queria. Ou queria? A impressão é que todos sabiam do risco, mas fizeram um “grande esforço” para que isso acontecesse na certeza de que a composição viria naturalmente com aquele que não queriam. Incoerência? Não muito. Essa é a política característica de São Mateus. Na possibilidade de uma derrota nas urnas ou vitória de um candidato fora dos esquemas, é melhor que fiquemos com o que temos, até porque a composição virá com a força e barganhas muito comuns nesse tipo de articulação. Evidentemente que o município e a população saem sempre perdendo.
Para essa gente isso importa pouco. O que interessa é estar no poder ou próximo a ele. A qualquer custo, desde que favoreçam aos seus interesses. No final os interesses se convergem e aí está consolidado o esquema. Está, assim, consumada a sacanagem e a traição a toda a sociedade, principalmente aquela que produz as riquezas do município que ajudam a pagar salários e privilégios dessas camarilhas.
Somado a tudo isso temos uma outra situação que sacramenta a falta de liderança. Não aparece um para questionar, se posicionar ou apresentar alternativas diante daquilo que criticara no período eleitoral. Se escondem, não querem se comprometer porque, num embate futuro, podem estar no mesmo lado ou no mesmo balaio de gatos e gatunos. Tudo vai depender da ousadia de cada um. Esses candidatos que só dão as caras no período eleitoral eu costumo chamar de “vagalumes”, até porque acendem e apagam. Acendem quando são candidatos e apagam entre uma eleição e outra. Candidatos vagalumes! Isso me remete a lembrança dos grupos políticos intitulados como gafanhotos. São os grupos que passam pelos municípios levando a destruição e até se apropriam da esperança do povo. Saqueiam e depois de vencido seu prazo de atuação voam para outro com a finalidade de eleger seu representante e colocar em prática tudo aquilo que está no seu DNA de corruptos. Esses grupos não desapareceram, continuam ativos, porém, mais cuidadosos. E sofisticados para dissimularem suas ações.
Mas voltamos a São Mateus. Temos efetivamente líderes? Não. Tivemos o saudoso Amocin Leite. Era, de certa forma, um líder de, pelo menos, uma parcela da sociedade, aquela que o via como um ícone contra a elite hipócrita que sempre existe em todo lugar. O problema era que acabava cooptado com o apoio de “alguns” pseudos-companheiros e muito próximos dele, levando-o para o lado que não queria, mas acabava indo. Mais uma vez o eleitor simples ficava órfão.
Mudar todo esse cenário de ausência de lideranças e de políticos comprometidos com o desenvolvimento e com os munícipes, não é tarefa fácil. Até porque à frente dos partidos estão as figuras de sempre. São os capatazes dos verdadeiros donos, que ficam encastelados na capital, nas regionais dos partidos.
Quem pode mudar toda essa panaceia da enganação seria um grupo de verdadeiros cidadãos que teria somente o compromisso de fazer de São Mateus um lugar melhor para se viver e não só para morar.
Mas, tem gente que acredita na mudança. E tem também os pessimistas natos, que acreditam em mudanças quando o mês de fevereiro tiver 30 dias.
Apesar dos pesares, não devemos esmorecer e nem acreditar nas vivandeiras do apocalipse.
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A camarilha não se cansa
Após as eleições municipais do último pleito, algumas coisas se confirmaram como, por exemplo, a falta de amor ao município de São Mateus e a seu povo com o apoio dado por alguns empresários que investiram em uma candidatura aventureira em vez de apostar em outras que tinham mais consistência ou capacidade de resgatar o que havia restado de São Mateus. Passaram anos criticando o atual prefeito, querendo derrubá-lo e, na hora do vamos ver, lançaram um candidato sem qualquer lastro político-eleitoral-administrativo o que só favoreceu a reeleição do prefeito Daniel Santana. E ainda tem empresário que se diz liderança. Hilário a hipocrisia dessas camarilhas que só trazem o atraso para o município, impedindo o seu desenvolvimento. Depois do estrago feito desapareceram, confirmando aquilo que já se sabia… E ainda tem as tais lideranças fajutas que nada representam para o cidadão que deseja ver o progresso chegar. Nada dizem, não se manifestam sobre coisa alguma e, na época das eleições aparecem. Por essas e outras que não são confiáveis e não têm nada de consistente para mostrarem. Só tem voto, às vezes, mas não têm credencial e capacidade para algo mais digno que não seja somente ganhar uma eleição. Essa gente só tem serviço prestado a si mesmo e para satisfazer seu ego e sua conta bancária. Em termos de ações verdadeiramente voltadas para o desenvolvimento do município, não cabem no seu currículo de cidadão e de político. Um bando de retrógrados!


Por Paulo Roberto Borges
Observando o que a população observa
Falo aqui sobre o município de São Mateus, suas demandas, as ações dos poderes o que se ouve pelas ruas, becos e sarjetas. Procuro fazer um relato isento de paixões, até porque confio muito pouco em político. Acredito na política como fator de transformação, uma ciência em movimento e fundamental para que haja prosperidade de cidades e pessoas.
Em São Mateus nem tudo está em consonância com o que foi pensado e aguardado com tanta esperança. Não que as pessoas já desacreditaram das mudanças que começaram. As mudanças ainda de modo tímido, porém, de maneira possível e necessária levando em consideração os cuidados a serem tomados.
No seio da sociedade mateense a gente houve alguns questionamentos. Um deles é a demora do chefe do Executivo na escolha de alguns titulares para ficarem à frente de pastas importantes. Cobrir esse espaço com interinidade me parece complicado, pois se dar conta de uma imagine de duas ou três. Por isso urge a decisão de se nomear um titular competente, bom gestor e com capacidade de entender a máquina administrativa pública para que as coisas aconteçam a contento. Do jeito que está, demandas são esquecidas devido à ausência de quem possa dar a direção diuturnamente, resolver o que chega e se faça o necessário.
A outra questão é a nomeação de pessoas próximas. Isso pode caracterizar nepotismo dando margem à questionamentos e críticas. Não que as pessoas sejam incapazes, mas gera conversa atravessada por parte dos munícipes.
As outras questões podemos dizer que é a dinâmica no desempenho da máquina. É preciso dar celeridade na implementação de ações de varejo no início, para que as de atacados possam encontrar um terreno propício para a sua implantação. Falo em ações diárias, estruturantes para que o município possa ser atrativo aos investidores.
Na parte política, não tenho conhecimento de quem são os assessores que possam ajudar nesse setor de relações com os poderes e instituições. Não identifiquei, mas é uma questão importante que passa para a sociedade um clima de entendimento e paz. A relação com a Câmara, por exemplo é importante, não como subserviente tipo puxadinho da Prefeitura. Deve haver uma relação institucional e os vereadores terem essa consciência.
Dito isso, São Mateus deu os primeiros passos depois do caos. A estrada é longa, precisa ser pavimentada para que a população possa trafegá-la em direção ao progresso, a qualidade de vida e finalmente a tão decantada prosperidade.
A Câmara e seus atores
Esse não é um vício somente local, mas como as pessoas moram nas cidades antes de morarem no estado e no país, cabe a nós falar do que está próximo.
O Legislativo de São Mateus tem se qualificado um pouco. Mas ainda conserva características de seus membros acharem que têm que bater ponto em gabinetes do Executivo no café, no almoço e no jantar. Alguns acreditam mesmo que sua função é fazer obras, esquecendo, ou por conveniência, esquecerem das suas principais atribuições, fiscalizar o Executivo e elaborar leis. O nome até ajuda: Casa de Leis e não Casa de Mãe Joana como era em outras ocasiões. A população quer e tem o direito de se ver representada por quem escolheu para representá-la. O vereador deve em primeiro lugar procurar retratar isso no plenário com suas ações. Não tem que dar satisfações ao chefe do Executivo, deve manter uma relação respeitosa e institucional, jamais submissa. Se a população tem queixas, não se pode desconhecer isso, mesmo que se faça críticas à gestão municipal. Rasgar seda para quem faz a obrigação é desnecessária. É hilário. É bajulação, muitas vezes por pura conveniência e interesse.
Mas, tudo ainda é muito recente. Não se pode ficar indecente, até porque, essa fase da indecência já passou. Vida que segue, com esperança de dias e ações propositivas.
EM LINHA_________________
Fato – A gente sabe que a vida da população não está fácil. Paga seus impostos para receber bons serviços e o que lhe é devolvido são arremedos de serviços de baixa qualidade. Evidentemente que isso só vale para o cidadão que trabalha diariamente produzindo riquezas e ajudando com seus impostos manter mordomias de castas que se deliciam no poder. *** Ocupado – o presidente da Câmara de São Mateus, Wanderlei Segantini (MDB) deve estar abarrotado de serviço o que, certamente, dificulta que cumpra algumas agendas pré-estabelecidas. Não estaria faltando uma assessoria? *** Atuante – O deputado estadual e líder do governo, Fabrício Gandini (PSD) tem demonstrado – e não de agora – um parlamentar ativo, preocupado em buscar soluções para as demandas que lhe aparecem. Costuma atender inúmeros municípios com suas emendas e proposições. Vive na capital, mas atua em todo os Estado. *** Próspero – O vereador Rosimar José Lahas (PDT) tem uma granja e com os estratosféricos preços dos ovos pode se tornar o mais novo rico do Legislativo leopoldinense. Seus colegas desconfiam. *** Rotativo – A implantação do estacionamento rotativo nas principais ruas do centro da cidade de São Mateus já deveria ter sido feita pelo governo anterior. Até empresa para essa implantação já existia, mas nada aconteceu. Agora o assunto volta à Câmara. O vereador Vilmar do Seac (PSD) é autor de um requerimento nesse sentido. *** Aprovou – O Partido Progressista (PP) aprovou a entrada da sigla em uma federação partidária com o União Brasil. Essa fusão pode transformar essa federação com a maior bancada da Câmara dos Deputados. Detalhe: O fundo eleitoral também deve aumentar substancialmente. *** No forno – O papo que rola é que dois vereadores do PP de São Mateus podem perder o mandato. Suplentes já abriram o armário e estão namorando o paletó e a gravata. Deve demorar um pouco para usarem. Por enquanto tirando a poeira e mofo para usarem na hora certa. *** Assumiu – O pastor Nillis Castberg, que foi candidato a prefeito de São Mateus na última eleição pelo PL, foi nomeado como secretário de Apoio aos Munícipes na Câmara Municipal. Ele afirmou que deseja aproximar mais os vereadores da comunidade e vice-versa. *** Aleluia! – A tão falada ponte do Nativo vai sair. O governador já deu a autorização para que se construa a nova ponte, substituindo a que de madeira que lá está. *** Vapt-Vupt – O governo, depois de três meses, enviou de madrugada, o Orçamento para que os parlamentares, na tarde do mesmo dia, lessem as três mil páginas e o votasse. Foi aprovado e, pasmem, com críticas da turma do PSOL, uma vez que os R$ 3 bilhões para a cultura foram reduzidos para a “mixaria” de R$ 1 bi. *** Sem brilho – É comum ouvir do torcedor brasileiro que perdeu o interesse em assistir à seleção de futebol jogar. Um time qualquer, sem identidade com o País, com as nossas tradições de quando a seleção Canarinho tinha coisa melhor para nos apresentar. *** Perda – Nossos sinceros sentimentos aos familiares e amigos e a todos que tiveram o privilégio de ter conhecido e convivido com o nosso Jozail Fugulin. Era amigo e, em muitas reportagens, buscava informações com ele. Uma perda impactante. _____________________

Por Paulo Roberto Borges
Opinando sobre São Mateus
Não sou dono da verdade, não tenho essa pretensão e respeito todas as opiniões de quem quer que seja. Portanto, vou deixar aqui algumas impressões que tenho sobre o quadro que se abriu para mim, em relação ao governo do município de São Mateus que se instalou desde o primeiro dia deste ano.
O prefeito Marcus Batista (Podemos) é um empresário bem-sucedido sem a experiência no serviço público, no trato com a dinâmica de uma prefeitura, em que decisões são tomadas, observando (infelizmente) para não ferir suscetibilidade de políticos, entidades, instituições e até do cidadão. Tudo é complicado, até porque o prefeito “tudo pode até aonde a lei permite”. Diferentemente da atuação em uma empresa privada, em que mando, decido e só devo satisfação a mim mesmo e ao meu sócio.
Pois é, essa é a dificuldade de quem veio da iniciativa privada, sem a cancha de ter passado por embates políticos, exceto na eleição, o que – convenhamos – é pouco. As decisões demoram a chegar na ponte, existem muitas amarras burocráticas, tudo se dá de maneira lenta na execução de uma ação. Mas isso não é impeditivo para se aprender, de se dedicar aos propósitos que se tem e as necessidades de um governo que veio para “consertar” o município diante da herança macabra recebida.
O lidar com a Câmara, com um ou outro vereador fisiológico que ainda tem amarras e a mentalidade do toma lá dá cá, dos tempos tenebrosos do governo anterior, exige habilidade. Principalmente quando este deseja desembarcar na base aliada do prefeito. É preciso também toda uma engenharia política para se construir a própria base de apoio ao governo no Legislativo. Claro que muitos vão dizer de pés juntos que estão fechados com o prefeito. Mas, a política tem seus percalços, sua dinâmica e na hora de votar alguns projetos, os promesseiros de apoio, vão apresentar suas demandas. Sejam de cargos, sejam de qualquer coisa de interesse, até mesmo pessoal. Na política tem dessas coisas, é fato. Portanto, a Prefeitura precisa ter, na assessoria, os “engenheiros” que possam ajudar a construir essas pontes de entendimento, de articulação. O empresário precisa ter essa perspectiva de ter ao seu lado aqueles que, de verdade, desejam colaborar e que tenham essa expertise no entendimento do conjunto da política mateense e seus meandros…
Em São Mateus existem pessoas disposta a ajudar, mas nem sempre são acionadas por, talvez, desconhecê-las ou por algum ou outro impedimento por ouvir gente que pouco representa e conserva a empáfia, a inveja dos capazes e competentes que estão no município e que – mesmo podendo ajudar estão vendo a banda passar sem ser chamado para fazer parte da sua composição. Vêm a orquestra municipal desafinar sem ter a possibilidade de ajudar a afinar essa banda.
A gente sabe que, infelizmente, em todos os governos, tem os acordos os compromissos partidários, de campanha que, no primeiro momento, precisam ser cumpridos. Mas, é necessário se atentar para o maior deles, o que se faz necessário é o compromisso com a população. É a ela que temos que prestar contas e não a “estranhos” à nossa realidade, aos que usam o município como passarela, sem identidade com a terra, com seu povo, suas demandas e, uma vez atendido aos seus interesses políticos e, até, inconfessáveis batem asas para seus condomínios, longe de São Mateus. Para quem conhece um pouco da política que ainda se pratica, sabe bem do que estou falando. O consolo vem com o tempo e depois disso, a depuração para que o alinhamento, mesmo que não seja perfeito, tenha razoabilidade.
Tudo se aprende quando há humildade e interesse em aprender. O prefeito Marcus é uma pessoa do bem, é mateense de coração, vive há anos em São Mateus, tem seus negócios no município e se propõe a – junto com a Câmara e população – resgatar a cidade do abandono e do caos deixado pelo gestor anterior. Criticar quem mal sentou na cadeira de governante, diante do grande desafio que se apresenta, não me parece razoável. Parece clichê, mas é preciso paciência, continuar firme no voto de confiança para que São Mateus volte, após tantos anos, ao seu caminho para o desenvolvimento se colocando no patamar mais alto dos municípios prósperos do Estado do Espírito Santo.
Guriri e o Carnaval
Pelo que ouvi dos frequentadores do balneário e, principalmente dos moradores, o novo modelo de carnaval, banindo os trios e usando um palco, foi um acerto da administração municipal. Facilitou a segurança, trouxe as famílias para brincar na folia, e, de acordo com a Polícia, inibiu muitos delinquentes, vagabundos mesmo de circularem livremente praticando seus ilícitos.
Os bares e restaurantes estiveram cheios, diferente do tempo em que os trios arrastavam muitos “desocupados” em sua esteira deixando a frequência dos estabelecimentos com menos gente receosa de ser abordada pelos baderneiros e bandidos. Os dados da polícia demonstraram isso. Desta vez teve mais turista do que arruaceiros, baderneiros, bandidos.
Em eventos futuros se aperfeiçoa e potencializa o que deu certo e descarta o que deu errado.
Liderança no Norte
O ex-prefeito de Pedro Canário, Bruno Araújo (sem partido), vem se destacando nos meios políticos da região como uma nove e jovem esperança para o pleito de 2026. Não é segredo que ele é pré-candidato a deputado estadual e tem essa decisão consolidada pelo fato de ter sido, quando foi prefeito de Pedro Canário por dois mandatos, ter saído com altíssimo índice de aprovação e inda ter feito o seu sucessor com larga margem de vantagem sobre seus concorrentes. Bruno hoje está na Superintendência da Saúde no Norte, nomeado recentemente pelo governador Renato Casagrande (PSB). É pelo que se desenha, é nome forte no cenário político da região.
Cinema brasileiro premiado
Não podemos negar que o filme “Ainda Estamos Aqui” merecidamente foi premiado com um Oscar pela categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Sobre isso, conheci o Marcelo Paiva quando adolescente. Vivi a época. Ele teve seu pai, Rubem Paiva (PTB), desaparecido no Alto da Boa Vista, no Rio, e, depois de anos, dona Eunice foi considerada como viúva pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Antes não havia reconhecimento oficial pelo estado pela responsabilidade dele ter sido assassinado pela ditadura militar.
Fui estudante universitário no período mais agudo da ditadura. Participei de eventos contra ela e tive colegas desaparecidos e seus nomes em murais da universidade de famílias querendo saber dos seus paradeiros. Até quando comecei a lecionar e abordar temas espinhosos, fui chamado à direção para receber o “conselho” de evitar tais temas pois correria o risco de ter uma viatura descaracterizada do Dops carioca para me conduzir aos inquisidores prestar esclarecimentos.
Por isso, posso dizer que hoje estamos caminhando para uma ditadura em que opinião daqueles que discordam do atual governo ou de ações do Supremo pode ter seus direitos constitucionais cassados. Não precisam me dizer o que é ditadura. Vive uma, de perto.
Ainda sobre cinema
Tive o privilégio de viver o Rio de Janeiro dos bons tempos. Diante do falecimento do grande cineasta Cacá Diegues, me veio à mente, quando, ainda adolescente, ia todos os sábados à PUC, na Gávea encontrar com os amigos para jogar na quadra externa da universidade Futebol de Salão. Após o nosso jogo, era a vez dos adultos. Era sempre convidado a jogar com eles e, dentre os jogadores da pelada, tinham personalidades conhecidas. Foi aí que conheci Cacá Diegues, Eduardo Escorel (premiadíssimo também), Lauro Escorel, seu irmão e fotógrafo cinematográfico etc.
Quando olho para o passado vejo que fui privilegiado por tantas coisas vividas pelo fato de estar e viver na Cidade Maravilhosa do nosso tempo. Vez ou outra estou no meu bairro, Copacabana. Saudade sempre do meu Rio dos bons tempos.
Em tempo. Mas, vale registrar que só fui conhecer o Brasil de verdade, ao vir para outros lugares. As pessoas boas, competentes e inteligentes estão em todos os lugares. Também tenho esse privilégio de ter feito muitos amigos que preservo para sempre. Aqui e lá.
Ô meu, cadê o meu?
Estava na imprensa domesticada que o governo Lula ia antecipar o pagamento do benefício dos aposentados antes do carnaval. Tudo propaganda enganosa, pois os aposentados só tiveram seu benefício a partir do dia 6. Tiveram que sair no bloco “Perdeu Mané”.
EM LINHA___________________
Feira Livre – É hilário ver alguns assessores que em vez de estarem em seus locais de trabalho, circulam atoa, falando alto, gargalhando, tomando cafezinho e sem saber para que servem, exceto puxarem o saco e receberem seus proventos ao final do mês. *** Ao que parece – Em Aracruz o prefeito reeleito Dr. Coutinho vem obtendo ótimos níveis de avaliação. A sua reeleição demonstra, inequivocamente, essa realidade. Por isso, é cobiçada a sua ajuda para aqueles que serão candidatos em 2026. Mas, surgiu a conversa de bastidores que ele vai apoiar a filha para uma vaga na Assembleia Legislativa. Isso pode ter “esfriada” a intenção de uns e de outros de pedir o seu apoio. *** Rescaldo – Fim de festa, alguém tem que trabalhar neste País. Não se quer aceitar, mas o ano começa (infelizmente) depois da folia de Momo. Até os preguiçosos são chamados à realidade. *** Independência? – Todo parlamentar quando assume o mandato diz que vai adotar uma postura de independência com relação ao Executivo. Só que, após o discurso para a plateia, nos escurinhos dos conchavos, se submetem as benesses do poder. É comum vereadores (falo em nível municipal), passarem mais tempo em prefeituras do que nas câmaras. Mais parecem mosca de padaria e, pior, levam consigo seus “assessores”. *** Absurdo – Crianças órfãs de mães vivas que estão presas por suposta participação do também suposto golpe de estado. O caso da Débora é o símbolo do absurdo, condenada a 17 anos pelo fato de, com um baton, escrever na estátua em frente do STF Perdeu Mané. Com água e sabão limpava a estátua. A dama do tráfico, ao contrário, foi recebida em um ministério e, pasmem, com as passagens pagas pelo erário. *** Diferença – A Câmara Municipal de Santa Teresa é composta por 11 vereadores e cada parlamentar tem um assessor com salário de R$ 2.097,07. A de São Mateus, para o mesmo número de vereadores, tem sete assessores.
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Para Reflexão
“Errar é humano. Culpar outra pessoa é política”.
Autor: Hubert H. Humphrey

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