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Rumos da Política

Rumos da Política – II Abril/23

Publicado

Por Paulo Borges

Na contramão da vontade popular

Dizem que o povo é soberano e seus representantes devem refletir seus interesses e desejos.

Essa frase cabe em uma moldura para ser colocada na sala para que todos possam vê-la e admirá-la como algo relevante para os anais da humanidade e da política. Mas, no Brasil de hoje, essa frase é uma mera frase, nada mais do que isso. Já foi jogada no lixo faz tempo. O povo não se sente representado por aqueles que elege. Aliás, o eleitor brasileiro não tem, em sua maioria, consciência da importância do seu voto. Se tivesse o valorizava, o qualificaria com escolhas dignas e compromissadas com aquilo que promete quando em campanha eleitoral. Votar se tornou um saco, um feriado que o impede, em dia de sol, a ida à praia, ao churrasco, ao futebol ou a sacanagem.

A consequência de tudo isso estamos assistindo no Brasil e, mais evidente, em São Mateus. O resultado aí está, elegeu-se um prefeito que deu as costas para o seu povo e se aproveitou dessa condição para, em parceria com aliados “ocultos”, cometer os maiores absurdos contra o município impunemente. Até que se tentou frear essa ânsia pelo de cometer irregularidades, mas a justiça não foi feita e ainda teve os que lhe deram mais uma oportunidade o reelegendo. Vai entender a cabeça do eleitor mateense…

O assunto mais discutido na cidade de São Mateus é o Projeto de Lei que autoriza o Executivo a contrair um empréstimo de R$ 100 milhões junto ao Banco do Brasil. A impressão que transborda é que a maioria da população se colocou contra a sua aprovação. Dos 11 vereadores, pelo menos cinco estão alinhados com a vontade da maioria e os outros submissos a minoria, capitaneados pela vontade do prefeito. O projeto não tem especificado como e onde serão gastos essa “mixaria”, até porque são duas folhas, como se alguém, em um papel de pão rabiscasse algumas frases enigmáticas, escondendo a real destinação do dinheiro. Muita gente acredita que pode ter o mesmo destino dos milhões que a Polícia Federal descobriu para onde foram…

A polêmica continua, a novela terá novos capítulos calcados no Regimento Interno da Câmara de Vereadores, sob a direção do presidente da Mesa diretora, como forma de protelar que o projeto seja aprovado, mesmo com a maioria da população o rejeitando.

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A situação justifica a sua aprovação com o argumento da necessidade em se fazer obras e promover ações relevantes para o cidadão. O que não se fala é que o prefeito está há sete anos no poder, recebeu milhões para serem empregados em benfeitorias para a população, mas preferiu usar todo esse recurso para torrar em festas inúteis e ações pouco republicanas…

Portanto, os R$ 100 milhões não vão resolver os problemas do município de São Mateus. Talvez, quem sabe, resolva problemas de caixa do rei.

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Clima voltou a esquentar

Ano passado a Câmara Municipal de Vitória viveu momentos de forte embate entre direita esquerda. Por várias vezes a temperatura atingiu índices de crematório, tamanha eram as discussões acaloradas e, por inúmeras ocasiões desrespeitosas.

O ano começou mais ameno, mas nos últimos dias o clima voltou a esquentar. Uns chamando aos outros de mentirosos, sabotadores e que “não tenho medo de você nem de ninguém” e por aí segue.

Em tempo. Desta vez não é embate ideológico, é disputa de espaço no coração do eleitorado.

As eleições municipais começaram a engatinhar, com vontade de se levantar logo e caminhar.

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Engarrafamento

E por falar em eleições, a lista de pré-candidatos a prefeito de Vitória começa a preencher mais de uma folha de caderno grande com os nomes dos pretendentes. Tem de A a Z.

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Engarrafamento II

Mas, vale destacar que o município de São Mateus é imbatível nessa questão. Ali a quantidade de pré-candidatos a prefeito é tão grande que não preenche um caderno, lota um caminhão. E, acreditem, desgovernado. O resultado já se sabe. O que sobrar vira prefeito, mesmo que não seja o melhor. “Não tem tu, vai tu mesmo! ”.

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Justiça seletiva

Nos tempos atuais vivemos no Brasil situações inusitadas. Qualquer crime que vem da esquerda é normal, da parte dos opositores conservadores que tem Bolsonaro como seu maior expoente, é judicializado indo para o STF.

Durante o processo eleitoral, o Lula (PT) chamou o presidente Bolsonaro de genocida e outros “cidas”. Quem não era eleitor da esquerda não podia dizer o óbvio, que o atual presidente, na época, era descondenado, ex-presidiário e amigo das ditaduras nicaraguense, Cubana e venezuelana. Está aí o processo transparente, igual entre dois candidatos. Um lutava com a espada contra o outro cuja arma era apenas um canivete. Missão dada, missão cumprida. Essa é a democracia brasileira.

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Aliás…

Democracia no Brasil nunca existiu. Não temos essa expertise. O povo nunca esteve no poder e não é representado. Nosso sistema mantem a população fora do núcleo do poder porque seus supostos representantes, apesar de usarem o discurso de representá-lo, lhe viram as costas. A população só é lembrada a cada quatro anos.

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Até quando?

A atual administração municipal de São Mateus sob a “chefia do chefão”, continua disseminando ofensas, mentiras, covardias impunemente sem ser incomodado por nenhum bicho de orelha mateense. Parece que a sociedade está anestesiada,

aceitando essas barbaridades. É hora de reagir. Deveria haver uma movimentação dos homens honrados do município e também com o apoio daqueles que se dizem lideranças. Ficamos a perguntar por onde andam os caras que em toda eleição lá estão na porta do eleitor pedindo voto, contando mentira para tentarem alçar ao poder sem qualquer projeto de município? Só dá esperto, oportunista. Se não querem ser taxados desses adjetivos, que mudem suas posturas, se encham de hombridade, de coragem. Aliás, essa gente nunca teve coragem de defender São Mateus. Defende interesse pessoal, das camarilhas as quais pertencem.

Como o eleitor brasileiro tem memória curta, no próximo ano vota nos mesmos, até naqueles que os traem todo o sempre. Eleitor é do tipo mulher de malandro que apanha, mas vai para a cama com o seu algoz. Vai entender.

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Nome tem?

Quando nos debruçamos sobre o cenário político mateense, não conseguimos com facilidade enxergar um nome que consiga empolgar o eleitorado. Nenhum deles tem um projeto de município, assim como o Lula não tem para o Brasil. É só o poder pelo poder. Quando se elegem, viram as costas para seus munícipes e se aliam aos “padrinhos” de fora.

Hoje, no quadro pendurado na parede, não temos nenhum nome para emoldurá-lo. As figurinhas carimbadas deveriam sair da frente dando a vez para alguém que pudesse mudar esse quadro. Mas, procuramos esse alguém e não o encontramos. Em São Mateus temos o ‘candidato piquenique”. É aquele que, na falta em que se ocupar, resolve ser candidato a prefeito.

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Para o exercício da reflexão

“Um povo cujas instituições, públicas e privadas, estão em boa parte corrompidas, não tem futuro. Só passado”.

 

Contato para a coluna: [email protected]

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Rumos da Política

Rumos da Política – 1ª edição de fevereiro

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

A construção dos cenários da política mateense

Desde o dia primeiro deste mês de fevereiro, as assembleias legislativas e o Congresso Nacional realizaram as eleições para a escolha dos seus presidentes para a Mesa Diretora dessas Casas de Leis.

Em São Mateus e outros municípios capixabas fizeram esse dever constitucional desde 1º de janeiro. Vale ressaltar que em São Mateus houve muita confusão para a escolha dos membros da Mesa Diretora para o biênio 2025-2026. Deu Wanderlei Segantini (MDB) e não o Wap-Wap (Podemos), como queriam alguns ensaiar a nova composição, que acabou derrotada. De qualquer maneira, Wap-Wap, ficou na 2ª secretaria e com direito a ter sua mesa funcional sobre o piso elevado da Câmara de São Mateus, o que é inédito, segundo os antigos. Inédito também, é o púlpito – lugar tradicional e sagrado do parlamento – de onde os eleitos fazem seus pronunciamentos, ser “rebaixado” ao nível das mesas funcionais.

A justificativa seria o espaço necessário para a colocação “desnecessária” de mais uma mesa ao lado das outras da Mesa Diretora. Mas, é fato.

O que interessa de verdade, é a atuação dos “nobres” edis nessa caminhada de quatro anos que têm pela frente. Ao que parece, por enquanto, o Executivo tem – dos 11 vereadores – ao seu dispor oito. Dois, Cristiano Balanga (PP) e Isael Aguilar (PP) são colocados no pote da oposição oficial, em função do que fizeram no mandato passado, quando foram servos incondicionais do então prefeito, Daniel Santana. O caso do Rafael Barbosa (PDT), é um pouco diferente por ser novato no mandato, mas está na beira do pote, com tendência a pular para dentro em votações de projetos que venham do Executivo, mas somente se deixar levar pela influência dos seus dois pares que já estão dentro. Ou de alguma pressão de fora.

Mas, tudo na política tem o seu lado peculiar, o do jeitinho, do oportunismo, dos interesses fisiológicos e que fazem esses “oposicionistas” ficarem ao lado, sem pressão dos seus tutores, do prefeito atual. Esses dois vereadores são o retrato dos que não conseguem atuar sem o timoneiro do Executivo. Sabem que sem a mão “amiga”, as vezes peludas, da Prefeitura, nada realizam para suas comunidades. Até porque, são vereadores desse naipe, não fiscalizam, apenas “realizam” pegando carona nas ações do Executivo Municipal. Então, ficam entre a cruz e a espada, mas devido ao estilo fisiológico, vão ficar aonde tiver mais vantagens no cumprimento de seus mandatos.

Vale esclarecer que ao falar entre a cruz e a espada quero dizer a obediência ao tutor Daniel e, a espada, ao prefeito Marcus Batista (Podemos), que tem atualmente a caneta e a atribuição de realizar ações concretas em obras e benfeitorias gerais para o município de São Mateus.

Quanto ao vereador Rafael Babosa, pode sim ter uma postura mais solta dessas amarras e virar uma espécie de pêndulo. Não é fiel da balança em votações porque o prefeito tem maioria, independente do voto dos três vereadores que estão “ainda” fora da caixinha chapa branca.

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Ainda sobre a Câmara Municipal, observamos uma avidez do vice-presidente, Wan Borges (PSB), atropelando algumas ações exclusivas do presidente Segantini (MDB). É necessário avisá-lo que vice só existe quando houver algum impedimento do titular da Mesa, mas como vereador ele tem liberdade de se pronunciar após solicitar ao presidente. Simples assim.

Ainda sobre essa questão, percebe-se que na próxima eleição para a Mesa Diretora daqui a dois anos, vice e presidente poderão estar em lados opostos nessa disputa.

Pode parecer conjectura, porém, o ex-deputado e diretor-presidente Freitas (PSB) tem e terá um aliado para defender seu nome quando a eleição para a Câmara dos Deputados entrar no jogo. Wan Borges é cria do Freitas e é natural que venha a defender sua candidatura, natural e legítima. Por isso a presidência do Poder legislativo pode ser uma boa muleta.

Por outro lado, Wanderlei Segantini, pela proximidade com o prefeito Marcus Batista, deve apoiar o deputado federal Gilson Daniel (Podemos), caso venha para a reeleição. Mas, é bom lembrar que o MDB, no qual Segantini está filiado, tem o ex-prefeito Amadeu Boroto como presidente…. Não sei qual será o desfecho disso. Boroto será candidato? E o apoio do MDB ao Ricardo Ferraço para o governo? Neste caso, é mais fácil, até porque Renato Casagrande (PSB) deverá apoiar Ferraço. São conjecturas que podem virar realidade no futuro próximo.

Continuando nessa conversa sobre a Câmara de Vereadores de São Mateus, é preciso que seu presidente ocupe com mais firmeza seu lugar de comando daquele Poder. O discurso da unidade soa como se isso fosse importante para o debate de questões pertinentes do município e da população. A diversidade ajuda no final a se obter o consenso. Não podemos esquecer que se unanimidade houver, lembra o ditado popular de que “toda unanimidade é burra”. Portanto, cada vereador pode ter seu lado, suas divergências, seus apelos seus posicionamentos e críticas, o que não inutiliza a sua “essência de compromisso” em estar na base parlamentar do Executivo Municipal. Fujamos da “unanimidade burra”.

Voltou com todo o gás

A Câmara de Vitória iniciou seus trabalhos do ano legislativo nesta segunda-feira (3) com seus 21 vereadores. Na legislatura passada eram 15. O presidente Anderson Goggi (PP) tem tido dificuldade para disponibilizar espaço e conforto aos seus pares e aos funcionários de alguns setores. O prédio é antigo – plenário e anexo – e para acomodar essa nova realidade tem lhe exigido muita atenção em busca de solução. Os debates neste primeiro dia foram intensos e demonstraram que são vereadores preparados, comprometidos com a população e sabem que existe cobrança dos eleitores.

Desaprovação do local

O Estado do Pará, mais precisamente a sua capital Belém, vai receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30). O evento está programado para novembro. Os mais otimistas estimam mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da Conferência.

Mas, embaixadas de vários países estão pressionando o governo brasileiro para que não seja realizada em Belém. Alegam falta de infraestrutura da capital paraense.

Livre, leve e solta

A turma da esquerda diz que a primeira dama Janja não tem que prestar contas dos seus gastos aos parlamentares. Alegam que ela não ocupa nenhum cargo no Executivo. Acontece, porém, que justificam suas viagens, gastos astronômicos, presença em eventos oficiais e até representando o País numa clara ilegalidade por ocupar funções que não lhe cabem. Janja é despesa.

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Se Janja é a primeira dama, Alckmin e a segunda – ou melhor – o segundo damo.

EM LINHA_____________________

Já? – Nem sentou direito na cadeira e tem gente cobrando ações contundentes do prefeito de São Mateus, Marcus Batista-Cozivip (Podemos). Daniel Santana, o “gestor do caos”, ficou oito anos e não houve cobrança acirrada, no início, meio e fim do seu mandato. *** O mesmo do mesmo – A reeleição do deputado Marcelo Santos (União Brasil) para a presidência da Mesa Diretora da Assembleia Legislativo do Espírito Santo, era favas contadas. Não houve nenhuma turbulência de percurso para continuar seu voo rumo a reeleição. *** Xerife – Foi bizarra a atitude do vereador de São Mateus, Vilmar do Seac (PSD) ao dizer ao seu colega vereador Cristiano Balanga (PP), que este poderia fazer proposições com indicações para o bairro Seac, de onde ambos têm reduto eleitoral. Mas, como uma condição, segundo Vilmar, desde que não o atrapalhe. Avisa lá que nenhum “nobre” edil é dono de coisa alguma, nem do mandato que é do partido e dos que os elegeram. *** Vai que cola – o ex-prefeito de São Mateus, Daniel Santana (sem partido e sem vergonha do que fez) deve ser candidato a deputado estadual nas eleições de 2026. Se não houver nenhum impedimento jurídico, vai para o pleito com o “risco” de se eleger. Podem criticá-lo, mas arregimentou muitos “colaboradores” e foi leal com aqueles que lhe ajudaram a se manter no poder por oito anos, inclusive de sair da cadeia. *** Uma verdade – Se não há competência cria-se circo e dá o pão. *** Outra verdade – Quem tem proposta apresenta soluções. Quem não tem, invade terra, queima prédios públicos, persegue adversários, impõe a censura aos seus adversários, cria narrativas, manipula com mentiras para esconder a incompetência. *** Disseram – Ouviu-se nos bastidores da política que “não há narrativa dos petistas que prosperam diante da verdade”. *** Faz sentido – Esse governo do Lula está uma tiriça. Disposição somente para justificar o injustificável… E muitos são uma baba de boi cansado. *** Guloso – A estrutura tributária do Brasil não estimula o empreendedor. Cobra impostos antes de quem deseja empreender começar a abrir o seu negócio. O único órgão que funciona em perfeição é a receita federal. A máquina arrecadadora do governo é contra o cidadão. É preciso arrecadar, esfolar o brasileiro que produz para manter castas que vivem nababescamente as custas do trabalho honesto do brasileiro. Essa situação sempre existiu no Brasil.

Para Reflexão

“De 15 em 15 anos o brasileiro esquece o que aconteceu nos últimos 15 anos”

Autor: Ivan Lessa

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Rumos da Política

Rumos da Política – 2ª edição de janeiro

Publicado

Por Paulo Roberto Borges

Esquerda, Volver!

O Maduro tomou posse. Para quem achava que ele cairia de maduro, se frustrou. Também quem ainda acha que o Brasil é neutro nessa contenda, se enganou. O atual governo brasileiro, foi representado por sua embaixadora em Caracas, pelo PT, MST e por dois representantes do Fórum de São Paulo, órgão fundado por Lula e Fidel Castro.

Diante dos atos de repressão, de fraudes nas eleições venezuelanas, o governo nunca teve uma posição de repúdio firme, consistente, de verdade. Ficou encima do muro, mas tendendo a cair para o lado de apoio ao ditador Nicolás Maduro.

Beira as raias do cinismo, quando aqui os políticos e autoridades condenam a ditadura implantada na Venezuela, acusando seu ditador de praticar perseguição aos seus opositores, censura, ações fora do que rege a constituição, atitudes flagrantemente antidemocráticas. E aqui no Brasil, o que vemos? Nos parece uma contradição óbvia. Os antigos diziam que “macaco só olha o rabo dos outros, no dele senta em cima”. É o que vemos, claramente, nessas declarações dos que estão à frente, hoje, dos destinos do Brasil.

Várias ações engendradas durante todos esses anos no Brasil, se assemelham em muito com o que ocorre na Venezuela.

O início de governo

Em São Mateus o novo governo, capitaneado pelo prefeito Marcus Batista-Cozivip (Podemos), teve início ainda patinando, o que é natural. O dia-a-dia deve calejá-lo na tomada de ações. Depois do caos herdado, para a reconstrução é necessário montar uma equipe qualificada para executar tudo aquilo que foi prometido e que se faz fundamental para São Mateus começar a ver a luz no fim do túnel.

Vale dizer que críticas irão surgir, contra e a favor isso faz parte do jogo democrático. Mas só tem valor quando são feitas dentro de uma lógica, de argumento convincente e não a crítica pela crítica de quem está órfão, por não ter obtido êxito nas eleições de outubro. Sintomas como dor de cotovelo, de corno, de frustração, de ansiedade, de depressão são possibilidades adquiridas depois de um embate político-eleitoral. Normal. Com o tempo essas comorbidades passam e o remédio costuma ser a próxima eleição.

Os atores políticos do Norte

No Brasil o político quando se elege já se prepara para a próxima eleição. Toma gosto pela coisa e começa a se articular para se manter no poder ou dar o suporte necessário para o seu padrinho político que, certamente, irá disputar cargos característicos daquela nova eleição.

Depois dessas eleições municipais, alguns nomes apareceram de maneira positiva no cenário da política capixaba na região norte. Destaque para o ex-prefeito de Pedro Canário, Bruno Araújo (Republicanos), que em oito anos fez o que outros nunca fizeram. Seu índice de aprovação chegou perto do máximo em todas as pesquisas realizadas. Ainda fez com facilidade o seu sucessor. Naturalmente, se assim desejar, se coloca como candidatíssimo a uma vaga no legislativo estadual ou até mesmo em nível federal. Bruno é o novo na política do Norte e isso é indiscutível.

Outra liderança é o prefeito reeleito do município de Jaguaré, Marcos Guerra. Vem fazendo uma administração responsável, com muitos avanços e realizações importantes para a população. É parceiro do governador e poderá ser mais um nome a ser colocado sobre o tabuleiro da política da região.

Quem também se destaca nessa composição de possíveis pretendentes é o empresário Rodrigo da Cozivip. Pelo que se diz pelos prados da política mateense, é pré-candidato a deputado estadual. Certamente terá o apoio do irmão Marcus, hoje prefeito de São Mateus. Uma administração de qualidade do irmão, poderá refletir, positivamente, no seu anseio de se tornar dono de uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2026. Rodrigo já esteve candidato em outra eleição, mas agora as possibilidades de se sair bem é real.

O prefeito Marcus Batista tem se aproximado do governador Renato Casagrande (PSB), fazendo com muita competência o trabalho da boa vizinhança, até porque não seria diferente, uma vez que o seu partido, tem na presidência o deputado federal Gilson Daniel, aliado do governo estadual, inclusive vem sendo figura sempre presente em alguns eventos governamentais.

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Isso nos dá o direito de especular. Haverá uma dobradinha Rodrigo-Gilson ou Rodrigo-Freitas? O diretor-presidente do DER e ex-deputado estadual Freitas (PSB) é declaradamente pré-candidato à Câmara Federal. Adiciona a isso, ser aliado de primeira hora do governador Casagrande, que, aliás, não diz abertamente, mas é pré-candidato ao Senado.

O jogo vem sendo – ainda – jogado nos bastidores, mas não custa lembrar que 2026 está logo ali.

Não custa registrar que outros pretendentes estão circulando pela região e quase todos, de uma forma ou de outra, têm o governador como aliado. Diante disso, Casagrande – no palco – vai se dizer neutro, mas na coxia tem seus preferidos. As eleições prometem!

Problemas com a chuva

Para alguns prefeitos que assumiram pela primeira vez o mandato, as chuvas estão obrigando-os a adiarem alguns projetos e ações para se dedicarem a esse problema que assola grande parte do estado.

Fernando Rocha (PDT), é um desses prefeitos que estão às voltas com essa situação. Santa Leopoldina entrou o ano debaixo d’água.

No caso de prefeito como o de São Mateus, não é só a chuva que alaga e destrói, mas por ter herdado um município destruído pela gestão anterior. Daniel Santana, o Da Açaí, sem partido, sem noção e sem vergonha do que causou, deixou uma bomba relógio, de retardo que está para explodir e trazer mais problemas para o prefeito Marcus Batista resolver. O atual prefeito tem muito trabalho e obstáculos a serem suplantados, por isso precisa contar com o apoio dos vereadores, das entidades e cidadãos comprometidos com a reconstrução do município e o desejo de ver São Mateus retomar o caminho do desenvolvimento, da prosperidade. A união faz a força e faz virar realidade o sonho sonhado de todo mateense.

Mais um quase…

Muito se falou na derrota, mais uma vez, do ex-deputado estadual Carlinhos Lyrio (Republicanos). Foi parlamentar por um mandato há anos atrás e nunca mais se elegeu a nenhum cargo político, apesar de toda eleição se colocar como participante. Esteve perto, nas duas últimas eleições municipais, de se tornar prefeito, mas cometendo os mesmos erros, perdeu as eleições. Aliás, sua prateleira está repleta de derrotas. O que não o desqualifica, pois, circunstâncias diferentes aparecem a cada pleito e ele, em eleição municipal, é um nome natural, porém, ainda sofre alguns preconceitos de uma elite sem coloração ideológica e quase sempre fisiológica, que parece não gostar de gente de casa, apostando sempre em outro que não seja de todos os cômodos da casa, não apenas da cozinha…

Lyrio nunca conseguiu formar um grupo político. E, todos sabem que na política o trabalho é coletivo, de um grupo que congrega as mesmas ideias e interesses, inconfessáveis ou não. Além disso, ele coloca ao seu redor pessoas que pouco sabem de uma campanha consistente que o leve à vitória. Acredita-se que Carlinhos reúne parcela do eleitorado muito vulnerável aos assédios de outros e que, supostamente, a coisa não decola…. Seu discurso é populista, de pouco conteúdo, não aborda de maneira profunda os reais problemas da cidade e se pega nas palavras chaves, que empolgam, mas não convencem o eleitorado. Ainda é adepto da velha política, cujas práticas já não funcionam. Mas teve chance de mudar, estudar mais as vicissitudes do seu município para modernizar e dar mais consistência e realidade ao que diz em seus discursos.

Outro fator é a falsa humildade dos que o cercam. Bastou o candidato estar à frente nas pesquisas para se cantar vitória, desqualificando seus adversários. Não que ele seja o protagonista desses erros, até porque sabe que em política tem muito do imponderável. E, muitas vezes, o imponderável acontecem.

Outra situação é o sumiço. Esses candidatos vaga-lumes, que aparecem e desaparecem, também deixam o eleitor cismado das suas reais intenções em prol da sociedade. Lyrio agora hiberna para aparecer quando 2026 vier. Se ele tem vontade de retornar ao cenário da política, também é preciso virar a chave, aprender com as lições que lhes foram dadas e “reconstruir” nova visão e entendimento de vencedor. Não sou daqueles que tripudiam pessoas, vejo equívocos que não são necessariamente atos de gente do mau. Temos alguns, mas Carlinhos Lyrio, certamente, não é um desses.

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Mas, vale ressaltar, que Carlinhos tem seu capital político, é um nome importante para a cidade. Essa importância só vai aflorar em termos de vitória eleitoral, se puxar para perto um time melhor nas articulações e que passe credibilidade. Se assim não o fizer, vai continuar a ouvir dos maledicentes que continua sendo cavalo paraguaio. Infelizmente.

EM LINHA_____________________

Quando? – Muitos se perguntam, em São Mateus, quando a Praça Mesquita Neto, um dos cartões de visita para quem chega à cidade pela rodoviária, se livrará da ocupação irregular de barracas, barraqueiros e desocupados? Aquele logradouro público já foi local de encontro e eventos de famílias. Hoje mais parece uma terra de ninguém. *** Sem solução – Guriri tem sido a pedra no sapato de várias administrações, principalmente nesse período de verão e de atividades festeiras e sócio esportivas. Os alagamentos de suas ruas e avenidas continuam e as soluções não dependem apenas de ações da Prefeitura. Em função de recursos volumosos para se resolver esse problema, é fundamental a parceria com o Estado e até mesmo, com a União. *** Transporte – A cidade de São Mateus padece do serviço de transporte coletivo urbano de qualidade, que ainda tem na empresa concessionária desse serviço – a Viação São Gabriel. Seus melhores veículos rodam alugados para empresas e circulam em cidades como Colatina, sua sede. Para São Mateus mandam sucatas “travestidas de alguma coisa que transporta pessoas”. *** Qualidade – E por falar em transporte, os ônibus de Vitória são novos, limpíssimos, com ar condicionado e no último dia 12 tiveram suas passagens reajustadas. A passagem passou de R$ 4,70 para R$ 4,90. Domingos e feriados há redução no preço. Em Vitória tem fiscalização da Prefeitura, dos usuários e das associações de bairros. Em tempo: Vitória tem o melhor prefeito cujo nome é Lorenzo Pazolini (Republicanos). *** Será que sai? – O estacionamento rotativo na cidade de São Mateus tem lei aprovada, até uma empresa se habilitou e a coisa não saiu da vontade do ex-prefeito, Daniel Santana. Agora, na nova gestão, existe a esperança, porém, não pode ser a última que morre. Esperança, para quem precisa de vaga de estacionamento no centro da cidade, só combina com realidade. *** validade – Os governantes costumam dizer que seis meses é o tempo para aferir capacidades e competências de seus colaboradores. É quando podem existir necessidades de mudanças e o término de cumprir compromissos de campanha. *** É hilário – Chega as barras da hipocrisia vê políticos que destratavam adversários e agora exaltarem qualidades que antes diziam adversários não as terem. *** Incerteza – Os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dora Arnizaut Silvares (CAIC), estão sem saber se as aulas vão começar devido as obras, com outras escolas. As obras continuam, mas parecem não ficarem prontas a tempo do início do ano letivo. *** Mudança – Corre nos becos, esquinas e sarjetas brasileiras que quem fez o “L” de Lula está trocando e fazendo o “E” de engodo. *** Diferença – vale avisar aos legislativos que união para colaborar na governança não é o mesmo que união para omissão e submissão. /// Audiência – O deputado federal, Nikolas Ferreira (PL), gastando zero reais, conseguiu se comunicar com milhões de cidadãos brasileiros através de um vídeo em que explicava, de maneira simples e objetiva da questão do Pix. Enquanto isso, o governo Lula gasta milhões com a sua Comunicação para não dizer coisa nenhuma que venha a ser verdade. Só narrativa.

 

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Para Reflexão

 

“O primeiro escalão do governo Lula é o mesmo que pegar jogadores pernas-de-pau e colocá-los na titularidade”

 

Autor: Thiago Pavinato, dito em seu programa “Faroeste a Brasileira”.

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