Altas temperaturas, frios extremos, ar seco e até inundações agravam doenças
Você sabia que o clima interfere diretamente na nossa saúde? O meio ambiente pode ser responsável por alterações críticas em nossa qualidade de vida, principalmente quando o assunto são as mudanças climáticas.
De acordo com Marcelo Sampaio, cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a tendência é que os impactos da mudança no clima fiquem cada vez mais evidentes na nossa saúde.
“Temos muitos estudos que comprovam o quanto estas mudanças climáticas são prejudiciais para o nosso organismo. Vemos aumentar os números de ataques cardíacos, arritmias e alterações de pressão, que são trazidos pelo clima”, comenta Marcelo.
As atividades humanas aumentaram a presença de gases de efeito estufa na Terra e no aquecimento global. Assim, o dióxido de carbono, metano e óxido nitroso atrapalham a atmosfera, resultando em aumento da temperatura média.
Cientistas da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmaram que a década passada foi a mais quente já registrada. Assim, em 2019 tivemos as mais altas temperaturas globais.
Por isso, Marcelo nos lembra que um dos principais órgãos afetados pela mudança da temperatura clima é o coração.
“Vemos aumentar os números de ataques cardíacos, arritmias, alterações de pressão trazidos pelo clima e as altas temperaturas ainda causam problemas respiratórios, reumatismo e até traz consequências psicoemocionais, produzindo altos níveis de estresse e tensão”, exemplifica.
Já se sabe que a mudança da temperatura provoca o aquecimento da água, o que facilita a transmissão de patógenos transmitidos nesse meio.
“As doenças transmitidas por mosquitos incluem algumas das mais comuns no mundo como dengue, a febre chikungunya e febre amarela e as doenças virais”, lembra o médico.
Como a mudança no clima interfere em nossa saúde
Calor
Já se sabe que a mudança da temperatura terrestre também aumenta o registro de pacientes com desidratações. Além disso, pode causar arritmias cardíacas, falências renais, acrescer os quadros infecciosos e as alterações de pressão.
Assim, há comprovação de que existe aumento da mortalidade durante ondas de calor devido a complicações em pacientes com doenças crônicas.
As temperaturas cada vez mais baixas, registradas principalmente na Europa e na América do Norte, aumentam as ocorrências de infartos, trazem problemas para as articulações e aceleram processos reumáticos.
Ar seco
CLIMA SECO PODE OCASIONAR DIFICULDADES RESPIRATÓRIAS
A falta de chuvas ocasionada pela mudança da temperatura – e a cada ano mais acentuadas – acelera a secura. Assim, ocorre a piora da qualidade do ar, trazendo já conhecidos problemas respiratórios e levando muitos pacientes aos prontos-socorros.
Chuva e seca extremas devidas à mudança da temperatura
Já as enchentes, inundações, eventos climáticos como furacões, ciclones e até a seca extrema provocam diversos problemas.
Após as inundações são relatados muitos casos de leptospirose e infecções por criptosporidiose, que causam dores abdominais, diarreias, vômito e outros problemas sérios.
Diante das evidências de que o nosso ambiente se transforma pela mudança da temperatura, o médico lembra que, além da própria saúde, precisamos cuidar do bem-estar do planeta.
“Tudo isso tem impacto em nossas vidas, pois temos um organismo vulnerável. É evidente que precisamos redobrar os cuidados com a saúde do planeta onde vivemos” conclui o especialista
Então não tem erro: cuidando do planeta, cuidamos também da nossa saúde e do nosso bem-estar. Agora é só colocar em prática!
Pesquisa utilizou como referência a primeira dose da vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche
O Brasil retornou à lista das 20 nações com a maior defasagem na imunização infantil, ocupando a 17ª posição em 2024, com 229 mil crianças não vacinadas. Os dados, divulgados em um levantamento conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), indicam uma piora no cenário em comparação a 2023, quando o país havia saído do ranking com 103 mil crianças não vacinadas. O relatório destaca que o Brasil é o único país da América do Sul a integrar essa lista. A pesquisa utilizou como referência a primeira dose da vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche.
Globalmente, o estudo revela que mais de 14 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da vacina, ficando vulneráveis a doenças previníveis. A cobertura mundial com as três doses do imunizante está em 85%. Além disso, nenhuma das 17 vacinas monitoradas no último ano atingiu a meta de 90% de cobertura. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, alertou que pequenas quedas na cobertura vacinal podem aumentar drasticamente o risco de surtos e sobrecarregar os sistemas de saúde. Ele ressaltou que cortes em investimentos e a desinformação sobre a segurança dos imunizantes são ameaças que podem reverter décadas de avanços na saúde pública.
A equipe do SAMU 192 Norte, serviço vinculado ao Consórcio Público CIM Norte, participou nos dias 10 e 11 de julho do CONAER 2025, Congresso Nacional de Operações Aeromédicas, realizado em Vitória/ES.
O evento, promovido pela Associação Brasileira de Operações Aeromédicas (ABOA), reuniu especialistas e profissionais de todo o país para debater os desafios e avanços no atendimento aeromédico no Brasil. Representando o consórcio a equipe administrativa do SAMU 192 Norte, estiveram presentes os enfermeiros Aline Regiane, Fernando Pezzin e Janderson Dias, além do médico Dr. Edvaldo Massario.
Durante a programação, os participantes acompanharam painéis sobre gestão de emergências, integração entre forças de resgate, e apresentação de casos clínicos de alta complexidade. Destaque para o simulado técnico de atendimento a múltiplas vítimas realizado na Praia de Camburi, com a participação do SAMU ES e do NOTAER.
A presença da equipe técnica do SAMU 192 Norte reafirma o compromisso do CIM Norte com a formação contínua e a busca por inovação nos serviços de urgência e emergência, beneficiando diretamente os 14 municípios consorciados.