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Política Nacional

Sancionada lei que transfere Coaf para o Banco Central

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O Coaf tem como atribuições produzir e gerir informações de inteligência financeira para a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro

O presidente Jair Bolsonaro sancionou sem vetos, nesta terça-feira (7), a Lei 13.974/20, que transfere o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o Banco Central, reestruturando o órgão. A lei foi publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira (8).

De acordo com a lei publicada, o órgão dispõe de autonomia técnica e operacional e atua em todo o território nacional. Criado em 1998, o Coaf tem como atribuições produzir e gerir informações de inteligência financeira para a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro; e promover a interlocução institucional com órgãos e entidades nacionais e internacionais que tenham conexão com suas atividades.

A norma se originou da Medida Provisória 893/19, aprovada pela Câmara em dezembro. O texto original da MP alterava o nome do Coaf para Unidade de Inteligência Financeira (UIF), mas a mudança foi rejeitada pelo Congresso.

Colegiado

O plenário do órgão é formado pelo presidente e por 12 servidores efetivos de reputação ilibada e conhecimento nas áreas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro. Compete ao presidente do Banco Central escolher e nomear o presidente do Coaf e os membros do plenário.

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Os servidores que integram o plenário do Coaf podem ser escolhidos entre os quadros do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Superintendência de Seguros Privados (Susep), da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Receita Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Polícia Federal, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Controladoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União. A participação em sessões deliberativas é considerada prestação de serviço público relevante não remunerado.

Compete ao plenário decidir sobre as diretrizes sugeridas pelo presidente do Coaf e aplicar penalidades administrativas a pessoas físicas e jurídicas que atuem nas áreas de captação ou intermediação de recursos financeiros de terceiros; compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial; e negociação de títulos ou valores mobiliários. Os processos administrativos conduzidos pelo Coaf devem respeitar o contraditório e a ampla defesa. Às decisões do plenário cabe recurso ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

Quadro técnico

Além do plenário, o Coaf conta com um quadro técnico composto pelo gabinete da presidência, pela secretaria-executiva e por diretorias especializadas, cujos titulares são escolhidos pelo presidente do órgão. Ele também tem a função de nomear servidores, militares e empregados públicos cedidos ao Coaf e ocupantes de cargos em comissão e funções de confiança.

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As requisições de pessoal de qualquer órgão ou entidade da Administração Pública Federal para o Coaf são irrecusáveis. Os servidores não podem participar de pessoas jurídicas que atuem nas áreas de competência de fiscalização do órgão. Além disso, ficam proibidos de emitir parecer ou atuar como consultores daquelas empresas e de manifestar opinião nos meios de comunicação sobre processo pendente de julgamento. O servidor que fornecer ou divulgar informações a pessoas sem autorização legal fica sujeito a pena de reclusão de um a quatro anos e multa.

A lei mantém os cargos em comissão e as funções de confiança integrantes da estrutura do Coaf em 19 de agosto de 2019. Também ficam assegurados os atos de cessão, requisição e movimentação de pessoal destinados ao Coaf editados até essa data. Até 31 de dezembro de 2020, os ministérios da Economia e da Justiça devem prestar apoio técnico e administrativo para o funcionamento do órgão.

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Política Nacional

Moro diz que Dia de Combate à Corrupção é como se fosse “de luto” no Brasil

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“O combate à corrupção voltará, mas não agora”, escreveu o ex-juiz

O senador Sérgio Moro (União-PR) fez uma publicação na rede social X (antigo Twitter) na qual afirmou que o Dia Internacional de Combate à Corrupção, comemorado nesta segunda-feira (9) é “como se fosse um dia de luto” no Brasil, durante o governo Lula. 

“Condenações anuladas, bandidos tratados como autoridades, agentes da lei perseguidos, órgãos de controle manietados. O combate à corrupção voltará, mas não agora”, escreveu o ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Operação Lava Jato.

A Operação Lava Jato teve início em 2014 como uma investigação da Polícia Federal (PF) envolvendo a Petrobras. A operação resultou na prisão do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2017, determinada pelo então juiz federal Sérgio Moro.

A condenação enquadrou Lula na Lei da Ficha Limpa e o tirou da corrida presidencial de 2018, que foi disputada por Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Após a vitória de Bolsonaro no pleito, Moro deixou o cargo de juiz e aceitou o convite para ser ministro da Justiça e Segurança Pública, permanecendo até 2020 no cargo. Em 2022, se elegeu senador pelo Estado do Paraná.

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Em 2021, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para o processo e julgamento das quatro ações da Operação Lava Jato contra o ex-presidente, anulando todas as decisões daquele juízo nos respectivos casos.

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, do STF, um dos primeiros a se opor à condução da Operação Lava Jato, fez uma crítica indireta a Moro, dizendo que a Curitiba da década de 1970, onde foi realizado um congresso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre alternativas à ditadura, não era a “Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro e companhia”. 

O ex-juiz foi à rede social para criticar o magistrado, dizendo que “ninguém se importa com a opinião” do ministro.

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Política Nacional

Lula está consciente após cirurgia de emergência e deve permanecer na UTI por 48 horas

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Presidente passou por uma cirurgia de emergência após sentir dor na cabeça. Médicos identificaram uma hemorragia em decorrência da queda sofrida em outubro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está consciente e tranquilo após realizar uma cirurgia de emergência na cabeça. O procedimento foi feito madrugada desta terça-feira (10) para drenar um hematoma no crânio.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que o procedimento foi bem-sucedido e que Lula não apresenta sequelas, mas que deverá ficar 48 horas na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês. 

Segundo o ministro, o presidente não apresenta nenhum tipo de sequela e após essas 48 horas será possível ter uma posição mais clara sobre quando ele poderá retornar a Brasília.

A cirurgia ocorreu após a detecção do hematoma em exames realizados no dia anterior. Pimenta reforçou que o procedimento foi necessário para estabilizar a saúde do presidente e que novas atualizações sobre sua recuperação serão divulgadas nas próximas horas.

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