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Medicina e Saúde

São Paulo confirma primeiro caso de sarampo em 2025

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A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo anunciou a confirmação do primeiro caso de sarampo em 2025. O paciente, um homem de 31 anos residente na capital paulista, já está recuperado e havia recebido a vacina. As autoridades de saúde estão investigando a origem da infecção, uma vez que o último caso autóctone no estado foi registrado em 2022. O homem começou a apresentar sintomas após uma viagem a Jacarezinho, no Paraná. Considerada uma doença altamente contagiosa, o sarampo é transmitido por meio de gotículas respiratórias. A vacinação continua sendo a principal estratégia para prevenir a doença. Os sintomas típicos incluem febre elevada, erupções cutâneas, tosse, conjuntivite e um geral mal-estar. A vacina contra o sarampo está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em São Paulo.

O Brasil obteve a certificação de eliminação do vírus do sarampo em 2016, mas essa conquista foi revertida em 2019, quando houve um aumento significativo no número de casos. O último registro de um caso endêmico ocorreu em junho de 2022, no Amapá. Em novembro do ano passado, o país foi novamente certificado como livre da circulação do vírus, mas a situação atual levanta preocupações. As autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação para evitar a propagação do sarampo, especialmente em um cenário onde novos casos podem surgir. A vigilância epidemiológica está em alerta, e a população é incentivada a manter a caderneta de vacinação em dia.

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Medicina e Saúde

Prefeitura de Jaguaré emite novo alerta sobre o risco de chikungunya e reforça medidas de prevenção

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A mobilização dos moradores é considerada essencial para reduzir os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Chikungunya, que apresenta aumento de casos; Seac continua sendo o bairro que mais preocupa; doença pode deixar as pessoas incapacitadas total ou parcialmente, por meses ou anos e também há riscos de desenvolverem doenças reumáticas

A Prefeitura de Jaguaré, em levantamento realizado na 20ª Semana Epidemiológica de 2025, apontou 227 casos confirmados de chikungunya no município até o dia 17/05, além de outros 353 que estão em análise. No mesmo período do ano passado nenhum caso foi relatado. O aumento dos casos da doença fez a Prefeitura emitir alerta à população para medidas de prevenção ao mosquito transmissor de Chikungunya – o mesmo que transmite dengue, aedes aegypti.

O alerta foi emitido pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenação de Vigilância Ambiental como medida de prevenção aos moradores. Desde o mês de janeiro deste ano foram notificados 805 casos de chikungunya, com a confirmação de 227 casos. Doença pode incapacitar pacientes por até dois anos, com sintomas de fortes dores. Na avaliação periódica também foram confirmados, até o momento, 80 casos de dengue.

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Seac preocupa

O Bairro Seac é onde se encontra a maior concentração de focos do mosquito e, portanto, é o local que está recebendo mais visitas dos agentes comunitários de saúde. “Os agentes da Secretaria voltaram ao bairro para fazer um pente fino após nossa última ação na localidade para tentar descobrir focos e, infelizmente, foram encontrados muitos focos novamente no bairro, menos de dois meses depois da última ação”, relatou o coordenador de Vigilância Ambiental, Luciano Colatti.

O coordenador também informa que está havendo intensificação do uso do carro fumacê no bairro. O ciclo de transmissão da chikungunya é mais rápido do que o da dengue. A partir da infecção, em no máximo sete dias, o mosquito começa a transmitir o vírus. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde alerta à população para estar atenta no sentido de reduzir os depósitos de água, que são criadouros do mosquito.

Sintomas

Na fase aguda da chikungunya, o paciente sente febre alta, que aparece de repente e é acompanhada de dor de cabeça, dor muscular, erupção na pele, conjuntivite e dor nas articulações. Esse é o sintoma mais característico da doença: dor forte nas articulações que, inclusive, impede movimentos e pode permanecer por meses depois que a febre passa. Estudos revelam que entre 30 e 40% dos pacientes que tiveram a febre Chikungunya têm apresentado doenças reumáticas autoimunes, como artrite, fibromialgia, lúpus e esclerodermia.

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Combate ao mosquito

A forma mais eficaz de prevenção é o combate ao mosquito Aedes aegypti. Abaixo, algumas ações eficazes que a população pode tomar, pelo menos uma vez por semana.

– Verificar se a caixa d’água está bem tampada.

– Deixar as lixeiras bem tampadas.

– Colocar areia nos pratos de plantas.

– Recolher e acondicionar o lixo do quintal.

– Limpar as calhas.

– Cobrir piscinas.

– Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários.

– Limpar a bandeja externa da geladeira.

– Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação.

– Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado.

– Cobrir bem a cisterna.

– Cobrir bem todos os reservatórios de água.

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Medicina e Saúde

Cirurgia bariátrica tem novas regras: veja o que muda e quem pode fazer

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Um novo consenso sobre cirurgia bariátrica e metabólica foi divulgado nesta terça-feira, 20, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A entidade sugere abrir o leque de pessoas elegíveis para esse tipo de procedimento, reduzindo as exigências para adolescentes e englobando pessoas com índice de massa corporal (IMC) menor do que 35 kg/m², desde que possuam doenças associadas.

A nova resolução também aborda como deve ser a estrutura hospitalar para realizar esse tipo de procedimento e quais os métodos cirúrgicos mais recomendados. Veja a seguir o que muda com a norma.

Adolescentes

Antes, adolescentes entre 16 e 18 anos só podiam fazer a cirurgia caso se enquadrassem em padrões específicos, como ter as cartilagens das epífises de crescimento dos punhos consolidadas.

Além disso, menores de 16 anos só eram autorizados a passar pelo procedimento se estivessem participando de pesquisas científicas, uma vez que a cirurgia nessa faixa etária era considerada experimental.

Agora, diante de estudos longitudinais que demonstraram a segurança e a eficácia das cirurgias, pacientes a partir de 16 anos poderão ser elegíveis ao tratamento seguindo os mesmos critérios dos adultos, desde que compreendam os riscos e a necessidade de mudança de hábitos de vida inerente ao procedimento.

Em situações excepcionais, adolescentes entre 14 e 15 anos também poderão ser operados. Para isso, deverão apresentar obesidade grave (IMC acima de 40 kg/m²) associada a riscos clínicos relevantes. A decisão deverá ser cuidadosamente avaliada por uma equipe multidisciplinar e a família.

“Se ele (o adolescente) preencher todos os pré-requisitos, tem condição de realizar o procedimento. Antes, não tínhamos estudos efetivos que mostrassem isso, mas pesquisas nacionais e internacionais evidenciaram que a cirurgia também tem benefícios e segurança para essas crianças”, explica o médico Sérgio Tamura, relator da nova resolução.

IMC

Também houve a ampliação do perfil de pacientes elegíveis ao procedimento cirúrgico com base no IMC, calculado a partir do peso em quilos dividido pelo quadrado da altura em metros.

A partir de agora, pessoas com IMC entre 30 kg/m² e 34.9 kg/m² poderão ser submetidas à cirurgia, desde que apresentem comorbidades graves, como diabetes tipo 2 de difícil controle, apneia obstrutiva do sono ou esteatose hepática avançada.

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Até agora, o limite mínimo para ser elegível era de 35 kg/m², com doenças associadas.

Segundo Tamura, a medida reforça que a cirurgia bariátrica não tem finalidade estética ligada ao emagrecimento. Ela visa reduzir os riscos ligados à obesidade e melhorar a qualidade de vida.

Para pacientes com IMC entre 35 kg/m² e 39.9 kg/m², a cirurgia é recomendada caso haja pelo menos uma doença agravada pela obesidade. Já para aqueles com IMC acima de 40 kg/m², não há necessidade de enfermidade associada. A cirurgia deve ser realizada o quanto antes.

Técnicas atualizadas e cirurgias proibidas

Outro destaque da norma é a atualização das técnicas cirúrgicas permitidas. Foram mantidas como principais opções o bypass gástrico e a gastrectomia vertical (chamada também de sleeve), procedimentos considerados seguros e eficazes. Por outro lado, técnicas como a banda gástrica ajustável e a cirurgia de Scopinaro foram oficialmente contraindicadas.

Alguns procedimentos, antes tidos como “experimentais”, passaram a ter reconhecimento normativo, embora continuem restritos a casos específicos e sob supervisão. São exemplos: duodenal switch com gastrectomia vertical e o bypass gástrico com anastomose única. “Estudos mostraram que elas são efetivas nos casos em que há a falta de resposta para o tratamento convencional, por exemplo”, diz Tamura.

Exigências hospitalares

Antes, a exigência era de que o procedimento fosse realizado em hospital com UTI e com condições para atender pacientes com obesidade mórbida. Agora, a cirurgia deve ser realizada em hospital de grande porte, com capacidade para cirurgias de alta complexidade, com UTI e plantonistas 24 horas.

Ademais, cirurgias em indivíduos com IMC superior a 60 devem ser realizadas em hospitais com capacidade física (camas, macas, mesa cirúrgica, cadeira de rodas e outros equipamentos) e equipe multidisciplinar adequadas, uma vez que esses pacientes são “mais propensos a eventos adversos devido à maior complexidade de sua doença”, destaca o CFM na resolução.

Mundo em alerta

A decisão do CFM ocorre em um momento de alerta para os números da obesidade no Brasil. Três em cada dez brasileiros vivem com obesidade, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025. Em todo o mundo, a doença afeta mais de 1 bilhão de pessoas.

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O documento da Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation, WOF) revela que 68% dos adultos no País têm IMC acima de 25 kg/m². Significa que quase sete em cada 10 brasileiros podem ser classificados com sobrepeso (IMC de 25 a 29,9), obesidade grau I (IMC entre 30 e 34,9) ou obesidade grau II (IMC acima de 35).

Também surge em um contexto de melhor entendimento da doença. Recentemente, um grupo de cientistas atualizou o conceito de obesidade, englobando critérios além do IMC, como sintomas ligados ao sistema nervoso central, vias aéreas superiores, sistema respiratório e cardiovascular.

Entre os riscos associados ao quadro, os especialistas destacam o diabetes tipo 2, doença arterial coronariana (situação em que há uma redução do fluxo sanguíneo nas artérias do coração, prejudicando o envio de sangue e oxigênio ao músculo cardíaco), acidente vascular cerebral (AVC) e alguns tipos de câncer.

Desafios

A obesidade é causada por múltiplos fatores: genéticos, comportamentais, ambientais e metabólicos, como resistência à insulina. Por essa razão, não existe uma solução única ou “mágica” para a condição. Para pacientes com obesidade estabelecida, o tratamento pode envolver ajustes no estilo de vida, medicamentos antiobesidade e, em casos mais graves, as intervenções cirúrgicas. Mas as indicações devem considerar as particularidades de cada pessoa.

Isso é necessário porque a obesidade é uma doença complexa, permeada por aspectos como preconceito, falta de medicamentos e tratamentos adequados, dificuldades no acesso às cirurgias e financiamento insuficiente.

Nesse cenário, a nova resolução do CFM deve ajudar a guiar a prática médica em todo o território nacional. Na avaliação de Tamura, as mudanças refletem avanços nas evidências científicas sobre o tema e buscam responder à crescente demanda por tratamentos mais eficazes contra a obesidade.

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