Medicina e Saúde
Sarampo volta a assustar o Brasil em meio à queda da vacinação
Publicado
18/04/2022 - 09:53
Preocupação acontece porque uma pessoa doente pode transmitir para até 18 outros indivíduos não imunizados
A confirmação de dois casos de sarampo em São Paulo, um deles na capital e o outro na cidade de São Vicente, no litoral sul do estado, trouxe de volta uma preocupação que ficou adormecida nos dois anos da pandemia do novo coronavírus: a possibilidade de um surto da doença, como aconteceu em 2019.
De acordo com o Ministério da Saúde, naquele ano houve 18.203 casos confirmados e 15 mortes no Brasil. Com isso, o país perdeu o certificado de erradicação da doença, concedido em 2016 pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).
Para Juarez Cunha, presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), o distanciamento social imposto pela Covid-19 passou a ideia de que o surto de sarampo estava resolvido, porém, isso não era real.
“Os números diminuíram em decorrência das medidas não farmacológicas adotadas para a Covid-19, porque o sarampo também se transmite de forma respiratória, mas nós continuamos com um surto no país. Ainda tínhamos casos em São Paulo e Amapá, mesmo durante a pandemia. A tendência é que esse quadro aumente agora”, alerta o pediatra.
A única forma de combater a doença é por meio da vacinação, que no Brasil tem registrado coberturas cada vez menores. Dados do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) mostram que no ano passado pouco mais de 49% da população tinha as duas doses do imunizante contra o sarampo – o número considerado ideal é 90% da população.
“Isso significa que temos um número muito importante de crianças suscetíveis acumulando ano a ano, porque essa queda tem sido observada de alguns anos para cá. Além de muito adultos que não foram vacinados porque na época deles não tinha vacina ou simplesmente porque não aderiram à campanha de vacinação”, explica Juarez Cunha.
Para se ter uma ideia da baixa adesão à vacinação no país, a campanha deste ano começou no dia 3 de abril e até agora o número de doses aplicadas não chegou a 400 mil. O Ministério da Saúde estima que 18.822.908 brasileiros estejam aptos a receber o imunizante.
Um infectado pode transmitir a doença para até 18 pessoas não vacinadas
A grande preocupação no cenário de baixa vacinação acontece devido à alta taxa de transmissibilidade da doença. Em uma população suscetível, cada caso confirmado pode transmitir a infecção para, no mínimo, 12 pessoas e, no máximo, 18.
“Ela é considerada uma das doenças mais transmissíveis. Então, em um ambiente em que estiver alguém com sarampo junto de não vacinados ou que não tiveram sarampo, a tendência é essa pessoa infectar todos que estão ali. Ela tem uma transmissibilidade de até 18 vezes”, ressalta o presidente da SBIm.
A complacência é apontada como o principal fator para a baixa cobertura vacinal. “A ideia que as pessoas têm de que [para] doenças que elas não conhecem, nunca viram, não é preciso se vacinar leva a esses índices baixos”, lamenta o médico.
Porém, é importante lembrar que o sarampo segue sendo umas principais causas de morte de crianças nos países menos desenvolvidos, apesar de existir uma vacina segura desde 1963.
“Pode ter consequências muito graves, pode levar à morte, à internação hospitalar, pode deixar sequelas – e temos uma vacina segura, eficaz e gratuita”, incentiva o especialista.
Quem pode tomar a vacina?
De acordo com a SBIm, são consideradas imunes pessoas que receberam duas doses da vacina, com o distanciamento de pelo menos um mês, a partir de 1 ano de idade. O Ministério da Saúde disponibiliza nos postos de saúde os imunizantes para pessoas de até 59 anos, mas não há limite de idade para receber a injeção.
“Não tem limite de idade para tomar a vacina. O ministério estipula até os 59 anos porque a possibilidade de pessoas com 60 anos ou mais terem tido sarampo na infância é muito grande, porque era uma doença que praticamente todo mundo tinha quando ainda não existia a vacina”, explica Juarez Cunha.
Todavia, o especialista destaca que, “em situações de surto, por exemplo, quando alguém desenvolve o sarampo em um ambiente de trabalho, todas as pessoas que não são vacinadas ou não sabem se são [vacinadas] devem receber a aplicação, mesmo aquelas com mais de 59 anos”.
O imunizante é indicado para indivíduos de 1 ano, e as duas doses devem ser aplicadas com pelo menos um mês de intervalo. Quem não tem certeza de que recebeu as duas aplicações pode se vacinar novamente.
“Não há nenhuma contraindicação em aplicar a vacina em quem já a tomou ou em pessoas que já tiveram sarampo.”
No caso das mulheres, a indicação é engravidar um mês após receber a injeção e não se vacinar durante a gestação. Pessoas com imunossupressão só devem receber a proteção com autorização médica, já que o antígeno é feito com vírus vivo atenuado.
Não precisam receber o imunizante indivíduos que já tiveram a doença com diagnóstico confirmado por médicos e quem já recebeu as duas doses.
Quais são os sintomas do sarampo?
De acordo com a Opas, o primeiro sinal da doença é febre alta, podendo haver secreções no nariz, tosse, olhos vermelhos e aquosos. Pequenas manchas brancas dentro das bochechas também podem se desenvolver no estágio inicial.
Após mais de uma semana de exposição ao vírus, aparecem erupções cutâneas, geralmente no rosto e na parte superior do pescoço. Em três dias as manchas se espalham, atingindo eventualmente as mãos e os pés. Elas duram de cinco a seis dias.

Medicina e Saúde
Covid-19: com casos em alta, procura por autotestes cresce na Grande Vitória
Publicado
04/07/2022 - 12:53
Nos últimos 14 dias, o aumento no número de pessoas infectadas foi de quase 128% no Espírito Santo
O Espírito Santo vive uma nova onda da covid-19, com número de novos casos em alta. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), nos últimos 14 dias, o aumento no número de pessoas infectadas foi de quase 128%.
Com mais pessoas com sintomas ou com contato com pacientes que testaram positivo para a covid-19, a procura por autotestes também tem aumentado. A venda desta modalidade de teste para identificar a presença do coronavírus começou em março, mas farmácias da Grande Vitória começaram a registrar um aumento de vendas nos últimos dias.
Um levantamento realizado pela reportagem do Folha Vitória constatou que a procura pelo autoteste cresceu na última semana, quando o número de novos casos registrados chegou a cinco mil por dia. O autoteste é encontrado por cerca de R$ 70.
Em uma farmácia da Rede Drogasil, em Cariacica, eram vendidos, em média, dois testes por dia há cerca de duas semanas. Nos últimos dias, a média de venda diária saltou para dez por dia.
Na Serra, uma drogaria da Rede Farmes também registrou aumento. Segundo os funcionários, o teste para covid-19 é realizado de forma gratuita no Terminal de Laranjeiras, que fica próximo ao estabelecimento, mas por conta da fila, muitas pessoas preferem comprar o autoteste.
Em uma farmácia da rede Santa Lúcia, em Vitória, a busca pelo autoteste também cresceu. De acordo com os funcionários, a procura é maior durante os fins de semana. No último, foram vendidos cerca de oito testes por dia.
A situação se repete em Vila Velha. Uma farmácia da Rede Pacheco vendeu 60 testes somente entre sexta-feira (01) e domingo (03). No mês de junho inteiro, foram vendidos 32 testes.
Como usar o autoteste do covid-19?
O exame, segundo especialistas, é simples de ser utilizado. Ele se assemelha com o teste rápido de antígeno da farmácia, em que é recolhida uma amostra de secreção nasal ou saliva por meio de um swab — semelhante a uma haste com algodão na ponta. No teste das farmácias, é necessário auxílio de um profissional de saúde.
Já no autoteste, a pessoa pode fazer o exame sozinha em casa, sem a necessidade da presença de um profissional de saúde. A recomendação é que seja feito entre o primeiro e sétimo dia de sintomas. Por isso, é preciso ter muita atenção.
Como cada fabricante apresenta uma maneira diferente de condução, é fundamental ler a bula com calma. Ao seguir o passo a passo, você evita o risco de fazer o teste de maneira errada e ter um resultado impreciso.
Com o kit em mãos, é feita a coleta da secreção da boca ou do nariz com um cotonete. Logo em seguida, a haste é introduzida em um recipiente com um líquido químico para a testagem.
Depois, é preciso pingar algumas gotas desse líquido no campo de teste (uma plaquinha retangular) e esperar de 30 a 40 minutos até que o resultado apareça. Caso surjam duas linhas, o teste indica que o paciente positivou para a covid-19.
Quais sintomas podem indicar que estou com covid-19?
O autoteste é recomendado para pessoas com sintomas que apontem para a covid-19. Entre eles:
– Dor de garganta;
– Febre;
– Cansaço;
– Dores no corpo;
– Tosse;
– Perda do paladar ou olfato.
Medicina e Saúde
Beber álcool corta o efeito do remédio: verdade ou mito?
Publicado
02/07/2022 - 17:01
Tudo depende de onde o medicamento é metabolizado, afirma especialista
Atire a primeira pedra aquele que nunca pensou em curtir um happy hour com os amigos depois de uma semana cansativa de trabalho. Para os que tomam remédios controlados ou até mesmo em casos eventuais, no entanto, há a preocupação de a ingestão de álcool interferir diretamente nos efeitos dos medicamentos no organismo. Mas, afinal, existe mesmo essa relação?
Segundo a psicóloga e nutricionista Thais Araújo, tudo depende de onde o medicamento é metabolizado. Se for no fígado, a possibilidade de ele não surtir efeito é grande.
— O álcool é metabolizado na enzima hepática, a mesma que metaboliza alguns remédios. Nesses casos, a pessoa tende a sofrer com os efeitos colaterais, porque é como se o fígado ficasse “ocupado” com outra substância, não dando espaço para o medicamento agir — explica a especialista.
Combinar bebidas alcoólicas com antidepressivos e/ou medicamentos tarja preta deve ser rigorosamente evitado. Se o remédio estiver fora dessa seara e for metabolizado em local diferente do fígado, não há problema. Para isso, o indicado é ler a bula e consultar um médico.
— Os antidepressivos misturados às bebidas alcoólicas não vão ter a ação esperada. O álcool é um depressor do sistema nervoso central, então vai piorar o quadro de depressão — avisa Thais.
Para Rafael Cangemi, especialista em medicina de família e comunidade, a discussão sobre o álcool vai além das interferências sobre um medicamento. Deve-se considerar os danos que essa substância pode causar no organismo se ingerida em excesso. Entre eles, comprometimento do fígado, órgão responsável pela produção de bile, substância fundamental para a digestão da gordura e detox do corpo.

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