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Medicina e Saúde

Saúde dos olhos de alunos pede atenção na volta às aulas

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Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam problemas de visão

Com retorno das aulas em escolas de boa parte do país, a saúde ocular dos alunos entra em foco no começo do ano. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam problemas de visão.

Dentre as alterações visuais mais comuns nessa faixa etária estão miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Em entrevista à Agência Brasil, o oftalmologista Álvaro Dantas alerta que problemas no aprendizado ou desinteresse em determinadas atividades escolares podem ser sinais de complicações oculares.

“Alterações visuais são bastante comuns na infância e podem impactar diretamente no aprendizado. Se a criança enxerga mal, ela absorve mal o conhecimento que é passado e isso pode trazer repercussões importantes.”

Segundo Dantas, o estrabismo, popularmente conhecido como olho desviado, também figura como um quadro comum na infância e mais fácil de perceber.

“É um sinal de alerta muito importante porque pode haver um problema sério em um dos olhos que precisa de tratamento imediato para evitar outra doença que estamos sempre muito atentos: a ambliopia ou olho preguiçoso.”

“Se a criança tem uma deficiência em um dos olhos e isso não é detectado a tempo, a falta de tratamento faz com que aquele olho não desenvolva sua capacidade visual e isso só tem solução até os 8 anos de idade. Se não for feito nessa época, essa criança pode se tornar um adulto com uma deficiência eterna em um dos olhos. Por causa de diagnóstico e tratamento a tempo.”

Problemas de visão atrapalham alunos

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O oftalmologista destaca que a visão desempenha papel fundamental no processo de aprendizagem e que, quando a criança tem dificuldade para enxergar, pode perder informações importantes em sala de aula, ficar desmotivada ou mesmo apresentar falta de concentração.

“Isso pode levar a uma queda no rendimento escolar e, em alguns casos, ser confundido com alguns transtornos de aprendizado ou déficit de atenção”.

“Essas crianças também podem ficar estigmatizadas e podem ser vítimas de bullying. É algo que pode acontecer. Tudo isso provocado por uma deficiência visual. O estrabismo e a ambliopia podem afetar a coordenação visual e ela pode ter muita dificuldade nas práticas esportivas. Por isso, identificar e tratar precocemente esses problemas é essencial para garantir um aprendizado pleno e sem dificuldades desnecessárias.”

Sinais para observar

O médico lembra que, muitas vezes, a própria criança não é capaz de perceber que tem um problema de visão, já que nunca enxergou as coisas de outra forma. “Para ela, aquela percepção visual é o normal”.

Por esse motivo, ele considera fundamental que pais e professores fiquem atentos aos seguintes sinais:

  • Se aproximar muito de livros, cadernos e telas;
  • Dificuldade para enxergar o quadro ou copiar conteúdos corretamente;
  • Se queixar frequentemente de dor de cabeça ou cansaço ocular;
  • Lacrimejamento excessivo ou sensibilidade à luz
  • Desinteresse por atividades que exigem esforço visual, como leitura e desenho;
  • Tendência a piscar excessivamente ou esfregar os olhos com frequência.

Ao notar qualquer um desses sinais, a orientação é levar a criança o quanto antes ao oftalmologista para uma avaliação.

O ideal, segundo o médico, é que toda criança passe por um exame oftalmológico completo ainda no primeiro ano de vida. Nessa fase, é possível diagnosticar problemas congênitos, como catarata, glaucoma e até mesmo o retinoblastoma, câncer que atinge a região dos olhos.

“O diagnóstico tardio pode levar à perda de um olho e, até mesmo, à morte. É um tipo de câncer que, dependendo da fase diagnóstica, pode ter alta letalidade. A partir da idade escolar, o recomendado é manter o acompanhamento anual ou conforme a orientação do oftalmologista, especialmente se houver qualquer histórico de problemas de visão na família.”

Na adolescência, segundo Dantas, a rotina de consultas anuais podem ser mantida. No entanto, há também a possibilidade de consultas a cada dois anos, a depender da saúde ocular do jovem.

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“Em casos de miopia progressiva que, hoje em dia, está cada vez mais comum – a gente vive uma epidemia de miopia –, esse acompanhamento pode ser mais precoce para evitar vários problemas futuros”.

“A miopia, sem dúvida alguma, é um dos problemas que a gente mais tem preocupação porque tem solução e tem tratamento eficiente. Só se consegue um diagnóstico preciso indo ao oftalmologista. A miopia progressiva pode ser controlada com medidas adequadas pra evitar o aumento exagerado do grau. Hoje, temos várias orientações, óculos especiais e alguns colírios que podem interferir na evolução da miopia”, explicou.

“Crianças que enxergam bem têm melhor desenvolvimento acadêmico e social. Isso evita frustrações e dificuldades no aprendizado. Por isso, o acompanhamento oftalmológico regular é um investimento na saúde e no futuro nas crianças. É graças a um bom atendimento nessa fase da vida que a gente vai ter adultos enxergando bem e sem graves problemas.”

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Brasil volta à lista dos países com mais crianças sem vacina, diz Unicef

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Pesquisa utilizou como referência a primeira dose da vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche

O Brasil retornou à lista das 20 nações com a maior defasagem na imunização infantil, ocupando a 17ª posição em 2024, com 229 mil crianças não vacinadas. Os dados, divulgados em um levantamento conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), indicam uma piora no cenário em comparação a 2023, quando o país havia saído do ranking com 103 mil crianças não vacinadas. O relatório destaca que o Brasil é o único país da América do Sul a integrar essa lista. A pesquisa utilizou como referência a primeira dose da vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche.

Globalmente, o estudo revela que mais de 14 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da vacina, ficando vulneráveis a doenças previníveis. A cobertura mundial com as três doses do imunizante está em 85%. Além disso, nenhuma das 17 vacinas monitoradas no último ano atingiu a meta de 90% de cobertura. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, alertou que pequenas quedas na cobertura vacinal podem aumentar drasticamente o risco de surtos e sobrecarregar os sistemas de saúde. Ele ressaltou que cortes em investimentos e a desinformação sobre a segurança dos imunizantes são ameaças que podem reverter décadas de avanços na saúde pública.

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Equipe do SAMU 192 Norte participa do CONAER 2025 em Vitória

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A equipe do SAMU 192 Norte, serviço vinculado ao Consórcio Público CIM Norte, participou nos dias 10 e 11 de julho do CONAER 2025, Congresso Nacional de Operações Aeromédicas, realizado em Vitória/ES.

O evento, promovido pela Associação Brasileira de Operações Aeromédicas (ABOA), reuniu especialistas e profissionais de todo o país para debater os desafios e avanços no atendimento aeromédico no Brasil. Representando o consórcio a equipe administrativa do SAMU 192 Norte, estiveram presentes os enfermeiros Aline Regiane, Fernando Pezzin e Janderson Dias, além do médico Dr. Edvaldo Massario.

Durante a programação, os participantes acompanharam painéis sobre gestão de emergências, integração entre forças de resgate, e apresentação de casos clínicos de alta complexidade. Destaque para o simulado técnico de atendimento a múltiplas vítimas realizado na Praia de Camburi, com a participação do SAMU ES e do NOTAER.

A presença da equipe técnica do SAMU 192 Norte reafirma o compromisso do CIM Norte com a formação contínua e a busca por inovação nos serviços de urgência e emergência, beneficiando diretamente os 14 municípios consorciados.

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