Investir em conhecimento científico é fundamental para o desenvolvimento e sustentabilidade da cadeia produtiva da pesca e da aquicultura no Espírito Santo. E a Secretaria de Agricultura, Aquicultura e Pesca (Seag) junto com Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) estão trabalhando para fortalecer cada vez mais o setor pesqueiro no Estado.
No ano de 2019 várias ações foram realizadas. Ao todo, mais de 440 pessoas participaram dos cursos, encontros e seminários realizados pelo projeto. Com reuniões e palestras periódicas, foram apresentadas às associações e colônias as oportunidades que o Estado oferece para os associados.
Inicialmente foi realizada a qualificação do público-alvo, sendo ofertados dias de campo, cursos, seminários e visitas a unidades demonstrativas. Os pescadores e produtores rurais tiveram acesso a novas tecnologias de produção, a fim de promover alternativas de renda. Em seguida, a isenção de impostos na emissão da nota fiscal e sua importância para os municípios e Estado.
Além disso, o direito à Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), com a qual o pescador tem acesso a crédito a juros baixos e longo prazo para quitação, podendo adquirir equipamentos e insumos para melhoria da atividade; possibilidade de acesso a programas e projetos de alternativas de renda; e acesso a programas de compras governamentais.
Conhecer o período reprodutivo das principais espécies marinhas, assim como seus estoques naturais, faz a base das políticas públicas de fomento sustentável da atividade pesqueira. Essas informações determinam os períodos de defeso, o manejo das espécies e permitem a manutenção dos estoques para as gerações futuras, mantendo a atividade viva e garantindo o pescado marinho para os nossos descendentes.
“Identificar quem pesca e a situação socioeconômica desses atores permite desenvolver políticas específicas para as comunidades pesqueiras. A Seag, em parceria com o Ifes de Piúma e Fapes está identificando estoques e período reprodutivo de quatro espécies de camarão marinho no litoral sul do Estado, todas de relevante importância para a pesca. Os resultados serão publicados em revista científica internacional”, disse o gerente de Aquicultura, Pesca e Produção Animal da Seag, Alejandro Garcia.
Outro ponto de destaque é a aproximação das entidades com as instituições públicas que têm a pesca e a aquicultura no seu escopo de ações, tais como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria da Fazenda do Espírito Santo (Sefaz), Fundação Banco do Brasil, Redes para o Desenvolvimento Sustentável (Redes), Instituto Chico Mendes (CMBio), Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), Mepes, Petrobras, Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Instituto Votorantim, Prefeituras Municipais e Entidades da Agricultura Familiar, da Pesca e da Aquicultura.
Projetos
Os projetos de piscicultura em tanques-rede, em viveiros escavados, em sistema de recirculação e o de maricultura, elaborados e coordenados pela equipe técnica do sistema Seag e Fundação Fundagres, encontram-se em pleno funcionamento, gerando renda alternativa para as associações beneficiadas e recebem visitas de associações que desejem diversificar a produção. Para este ano, o fomento à atividade aquícola é uma das prioridades.
“Em 2020, a meta é alcançarmos pelo menos mais 600 pescadores e aquicultores, sempre em parceria com as secretarias de agricultura/pesca e aquicultura de diversos municípios, além dos parceiros já citados. Uma novidade é a reestruturação do Grupo para o Desenvolvimento da Pesca do ES, o Comitê Gestor da Pesca, do qual irão participar 10 instituições públicas com atuação direta na pesca e 10 organizações da sociedade civil, entre associações, colônias e organizações não governamentais, a fim de tratarmos e buscarmos soluções para os gargalos do desenvolvimento do setor pesqueiro no Estado. As reuniões ocorrerão periodicamente, numa construção constante”, destacou.
Em breve, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) iniciará uma ampla Estatística Pesqueira e Diagnóstico Socioeconômico ao longo do litoral e bacia do Rio Doce, junto a outras instituições. A Seag terá importante papel no dialogo e na devolução das informações ao público-alvo, pescadores de todo o Estado. Em relação à aquicultura tanto a maricultura de bivalves em Piúma quanto a carcinicultura em Colatina são projetos de pesquisa e extensão, que irão trazer importante conhecimento para promover a disseminação das atividades, além de publicações em revistas internacionais.
Cotado para ser o herdeiro político da família, filho do ex-prefeito da Serra coloca o nome pra jogo rumo às eleições de 2026
O oftalmologista Serginho Vidigal (PDT) – filho do ex-prefeito da Serra e secretário estadual de Desenvolvimento, Sergio Vidigal (PDT), e da ex-deputada Sueli Vidigal (PDT) – colocou o nome pra jogo na disputa por uma vaga à Câmara dos Deputados, no ano que vem.
“Acho que a Serra tem um papel fundamental no desenvolvimento do nosso Estado e precisa ter representatividade na Câmara Federal também. Meu nome está à disposição para debater essa missão”, disse o filho caçula de Vidigal.
Serginho, como é mais conhecido, tem 37 anos e nunca disputou cargo público. Aliás, até o ano passado, pouco era visto no cenário político. Postura essa que mudou durante a pré-campanha de Weverson Meireles (PDT) a prefeito da Serra.
Ao contrário do irmão, Eduardo Vidigal, que chegou a deixar a presidência do PDT por não concordar com a candidatura de Weverson, Serginho apoiou o agora prefeito desde o início, participando do lançamento do nome, da campanha, da festa da vitória e até de eventos oficiais do novo governo.
A proximidade é tanta que Serginho chegou até a ter o nome ventilado como possível secretário da gestão de Weverson, o que não se confirmou até o momento.
Contudo, o que parece se confirmar agora é que tamanha visibilidade pode ter um propósito: tornar Serginho o herdeiro político da família Vidigal.
Prefeito Weverson Meireles e Serginho Vidigal (foto: Instagram)
Dificuldade na montagem da chapa
O desafio que será para o PDT montar chapa de federal, caso não vingue o projeto de se federar com o PSB. Os dois partidos negociam e devem chegar a uma conclusão até julho.
Dois puxadores de votos do partido em 2022 – Sueli Vidigal e Philipe Lemos, que juntos tiveram 103.511 votos, mas não conseguiram vaga – não devem disputar no ano que vem, o que aumenta a pressão em cima do dirigente partidário para a busca de nomes competitivos para a chapa.
Tanto que já é cogitado no mercado político que, em último caso, o ex-prefeito Vidigal vá para o “sacrifício”, num esforço de evitar que o partido repita o desempenho ruim que teve em 2022, quando não conseguiu eleger um único deputado.
Hoje, o nome de Vidigal é cotado para a disputa majoritária: seja à sucessão do governador Renato Casagrande (PSB), a compor como vice numa chapa ou, ainda, ser o segundo nome do grupo na vaga de Senado.
“Nós queremos e precisamos estar na mesa de diálogo da majoritária, queremos estar no processo. É o desejo de todo partido. Para isso, precisamos fazer o dever de casa e estar estruturado em todo o Estado”, disse o presidente estadual do PDT, Alessandro Comper.
Transferência de votos é dada como certa, mas…
O próprio Comper, em entrevista à coluna, chegou a citar o nome de Serginho como uma alternativa na chapa de federal. “Quem está começando a fazer um movimento é o Serginho, como soldado do partido. Existe uma possibilidade dele disputar a Câmara Federal? Sim, ou o que for mais viável”.
Com o nome do filho na disputa a federal, Vidigal poderá ficar mais tranquilo para se articular na disputa majoritária, até porque a transferência de votos de pai para filho é dada como certa.
O “case Weverson” mostrou isso. Quando teve sua pré-candidatura lançada, Weverson pontuava 1% nas pesquisas de intenção de votos. O eleitor serrano desconhecia quem era o jovem candidato a prefeito e Vidigal precisou gastar muita sola de sapato para apresentar e pedir voto para seu sucessor.
O esforço, porém, não foi em vão. Weverson passou para o 2º turno do pleito em primeiro lugar e depois venceu a eleição para prefeito da Serra contra o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos).
O que pode implicar é que se Vidigal, no ano que vem, pedir voto apenas para o filho, pode arranjar problema com o restante da chapa – de quem também dependerá se estiver na disputa majoritária.
O PDT vai precisar equilibrar as relações familiares e partidárias para que a situação do partido, que já é difícil, não se agrave por ciúme ou por denúncia de concorrência desleal.
Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, serão abertas 35 vagas, sendo 20 para cargos de nível superior
Ainda neste mês de maio o edital do concurso público da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) deverá ser divulgado, conforme anunciou o presidente Marcelo Santos (União). O processo seletivo abrirá 35 vagas, sendo 20 para cargos de nível superior.
Haverá oferta de 15 vagas para Consultor Legislativo, com remuneração inicial de R$ 9.360,43. Cabe aos consultores exercerem atividades como a elaboração de pareceres para as mais diversas áreas do Parlamento e todo o suporte técnico em várias áreas específicas e necessárias ao desenvolvimento do trabalho legislativo.
Também haverá oferta de cinco vagas para Analista Legislativo, cujo salário inicial é de R$ 4.621,48. Nesse cargo, os servidores são responsáveis pelo planejamento e execução de atividades na área administrativa e/ou legislativa, contribuindo para a realização das funções dos setores aos quais estão vinculados. Ambos os cargos (Consultor Legislativo e Analista Legislativo) são de nível superior.
Além disso, serão abertas 15 vagas para o cargo Agente da Polícia Legislativa, com salário inicial de R$ 3.142,65. Esses servidores cuidam da segurança da sede da Ales, incluindo a recepção e a entrada e saída da população no Palácio Domingos Martins. Todos os valores citados são referentes a maio de 2025.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos (União), avalia que o concurso vai gerar um grande número de candidatos, por conta da remuneração e benefícios pagos pelo parlamento capixaba. “A Assembleia é um Poder que paga relativamente bem. Além do salário, também tem os benefícios”, afirmou o parlamentar.
Benefícios
Os novos contratados terão direito a benefícios como auxílio-alimentação (R$ 1.949,45); auxílio-saúde (de R$ 312,12 até R$ 1.864,95, de acordo com a faixa etária dos servidores) e auxílio-creche (R$ 500,00 para cada filho de até 6 anos de idade, regularmente matriculado em creches ou pré-escolas). Também há possibilidade de progressão de carreira ao longo dos anos para os servidores, o que vai elevando a remuneração.
“Queremos que as pessoas se preparem, porque é um concurso que vai atrair muita gente e nós queremos um pessoal qualificado para auxiliar a Assembleia a promover ações importantes e entregar muito mais para a sociedade”, afirmou Marcelo Santos.
Sobre as datas, o presidente afirmou que tudo ocorrerá brevemente. “Nós estamos aguardando – para que a gente possa publicar o edital do concurso – as respostas das empresas que vão aplicar as provas”. O parlamentar também explicou que a intenção é descentralizar a aplicação das provas. “Nós não vamos fazer unicamente aqui na Grande Vitória. Nós teremos um polo no norte, outro no sul e na Grande Vitória”, garantiu Marcelo.
O último concurso realizado pela Assembleia Legislativa foi em 2011 e as nomeações dos aprovados ocorreram a partir de abril de 2012.