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Brasil

Seguro-desemprego poderá ser prorrogado em mais duas cotas; 6 milhões podem ser beneficiados

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Em defesa da medida, as centrais justificam que a crise no mercado de trabalho já dura seis meses desde a decretação de calamidade, enquanto o número médio de parcelas do seguro desemprego está em quatro

Representantes do governo, dos trabalhadores e das empresas decidem hoje se prorrogam os pagamentos de seguro-desemprego a quem for demitido durante a calamidade provocada pela pandemia da covid-19. Se aprovada, a medida pode beneficiar 6 milhões de trabalhadores.

O custo de cada parcela adicional é estimado em R$ 8,35 bilhões, segundo cálculos da equipe econômica obtidos pelo Estadão/Broadcast. A proposta das centrais sindicais é pagar duas parcelas adicionais, o que levaria a uma despesa extra de R$ 16,7 bilhões.

A medida será votada no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), responsável por operar políticas como abono salarial e seguro-desemprego. O colegiado tem 18 integrantes indicados por trabalhadores, empresas e governo. Cada categoria tem seis assentos no conselho.

A bancada dos empregadores deve ser o fiel da balança na votação, já que tanto governo quanto trabalhadores devem votar em bloco e em direções opostas. Na última reunião do Codefat, representantes dos setores de agricultura e turismo sinalizaram apoio à prorrogação do seguro-desemprego, enquanto a indústria foi contra, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Com o placar indefinido, tanto o governo quanto as centrais deflagraram uma ofensiva para tentar angariar votos das confederações empresariais.

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As centrais precisam conseguir ao menos três aliados dentro do conselho, já que, em caso de empate, o voto de minerva é do presidente do Codefat. A presidência é exercida por Francisco Pegado, indicado da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Em defesa da medida, as centrais justificam que a crise no mercado de trabalho já dura seis meses desde a decretação de calamidade, enquanto o número médio de parcelas do seguro desemprego está em quatro (o máximo é cinco, a depender da duração do contrato rescindido). Quem foi dispensado no início da crise pode já estar sem o benefício e, ao mesmo tempo, sem poder solicitar o auxílio emergencial criado para socorrer os mais vulneráveis, uma vez que o cadastro foi finalizado no início de julho.

“Há um desespero, uma preocupação e uma comoção grande por parte dos desempregados”, diz Sérgio Leite, representante da Força Sindical no Codefat. Entre março e agosto de 2020, 3,9 milhões de trabalhadores que tinham carteira assinada solicitaram o seguro-desemprego, 12,4% a mais do que em igual período do ano passado.

O representante da Confederação Nacional do Turismo (CNTur), Virgílio Carvalho, disse que o tema será analisado “com muito cuidado” para não comprometer a sustentabilidade do fundo nem deixar os trabalhadores desamparados.

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Autorização

A lei do seguro-desemprego autoriza o Codefat a pagar duas parcelas adicionais do benefício para grupos específicos de segurados, desde que o gasto adicional da medida não ultrapasse, em cada semestre, 10% da reserva mínima de liquidez que o fundo mantém para honrar suas obrigações. Essa reserva é calculada ao redor de R$ 13 bilhões – ou seja, a despesa extra não poderia passar de R$ 1,3 bilhão.

Um parecer da própria Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), no entanto, avalia que o orçamento de guerra, aprovado pelo Congresso Nacional para abrir caminho às despesas de combate à pandemia, afasta a restrição dos 10%. Além disso, o órgão jurídico do Ministério da Economia também vê elementos suficientes para justificar a abertura de um crédito extraordinário e permitir que a despesa fique fora do teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação, já que as parcelas extras ficariam restritas a 2020.

Na prática, a prorrogação do seguro-desemprego depende apenas da aprovação do Codefat e da edição de uma Medida Provisória (MP) para abrir o crédito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasil

Preço do café tem a maior inflação em 30 anos e sobe 80%

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Segundo o IBGE, essa é a maior alta do café moído, em 12 meses, desde a introdução do real. Problemas climáticos afetaram produção global

O preço do café moído já subiu 80,2% nos últimos 12 mesessegundo o o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (9).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior inflação acumulada do café moído em 12 meses desde maio de 1995, quando o índice foi de 85,5%.

O preço do café moído já subiu 80,2% nos últimos 12 mesessegundo o o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (9).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior inflação acumulada do café moído em 12 meses desde maio de 1995, quando o índice foi de 85,5%.

Nesse período, a fruta foi impactada pelo calor e a seca que atingiram o país, entre outros fatores que afetaram a produção (veja abaixo).

O preço do café moído subiu 4,48% somente em abril. É uma desaceleração em relação aos meses anteriores – em março, por exemplo, a alta foi de 8,14%. Em fevereiro, a inflação do café foi de 10,77%, a maior subida mensal em 26 anos.

Segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, o preço segue influenciado pela tendência internacional de alta. “E o dólar também acaba encarecendo”, disse Gonçalves, segundo o Valor Online.

Em fevereiro, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) já havia alertado que os preços iam continuar subindo nos dois meses seguintes porque a indústria ainda não havia repassado todo o custo da compra de café em grão.

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Brasil

Suzano registra a maior receita líquida para um primeiro trimestre na história

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Resultado reflete câmbio e produção de novas fábricas no MS e nos Estados Unidos

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, divulga hoje o balanço referente ao primeiro trimestre de 2025 (1T25) com um novo recorde histórico de receita líquida para o período. As vendas totalizaram R$ 11,6 bilhões, alta de 22% em relação a igual período de 2024. O antigo recorde entre janeiro e março havia sido registrado em 2023, com vendas de R$ 11,3 bilhões.

O resultado foi impulsionado principalmente pelo câmbio mais favorável às exportações, pelo aumento do volume de vendas de celulose proporcionado pela nova fábrica de celulose construída em Ribas do Rio Pardo (MS), que iniciou suas operações em julho de 2024, e pelo efeito positivo em volumes e preços do negócio de papéis com a aquisição de fábricas de papelcartão nos Estados Unidos, concluída ao final de 2024. Houve, por outro lado, grande concentração de paradas para manutenção no trimestre, incluindo as linhas de produção das unidades de Três Lagoas (MS), Mucuri (BA) e Aracruz (ES), além da primeira parada programada da Unidade Ribas do Rio Pardo.

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As vendas superaram 3 milhões de toneladas, um crescimento de 12% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Foram comercializadas 2,7 milhões de toneladas de celulose e 390 mil toneladas de papéis, com alta de 10% e 25%, respectivamente, em igual base de comparação.

O EBITDA ajustado atingiu R$ 4,9 bilhões no trimestre, alta de 7% em relação a igual período de 2024. A geração de caixa operacional totalizou R$ 2,6 bilhões, expansão de 5% na mesma comparação. Na última linha do balanço, o resultado foi positivo em R$ 6,3 bilhões, influenciado pelo impacto contábil da variação cambial na dívida e nas operações de hedge em moeda estrangeira.

“Nosso time entregou mais um trimestre de forte performance, com todos os nossos principais indicadores dentro do planejado”, afirma o presidente da Suzano, Beto Abreu. “Embora a direção da nossa estratégia permaneça inalterada, diante da crescente incerteza macroeconômica global, estamos intensificando o foco em aumentar nossa competitividade e nossa resiliência, de forma a garantir uma condição de geração livre de caixa positiva em qualquer cenário de preço ou câmbio. Nossa disciplina estratégica tem também o objetivo claro de reduzirmos nossa alavancagem ao longo do ano”, completa o executivo.

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Em dólares, a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado terminou o trimestre em 3 vezes. No período, a Suzano destinou R$ 2,2 bilhões ao pagamento de juros sobre capital próprio para seus acionistas e investiu R$ 3,6 bilhões em manutenção, modernização e expansão da sua base de ativos.

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