A Organização Mundial da Saúde (OMS) está investigando um surto do vírus Marburg na Tanzânia, que já resultou em oito mortes e nove casos confirmados até o dia 11 de novembro. Este vírus, que pode apresentar uma taxa de letalidade de até 90%, é transmitido principalmente por morcegos e provoca febre hemorrágica em humanos.
O surto está concentrado na região de Kagera, uma área que serve como um importante ponto de trânsito, aumentando o risco de propagação para países vizinhos, como Ruanda e Uganda. Os sintomas da infecção incluem febre alta, dores de cabeça, diarreia e hemorragias, que podem se agravar rapidamente.
O Marburg é um vírus raro da família Filoviridae, mesma do ebola, com uma das taxas de letalidade mais altas já registradas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mortalidade do agente infeccioso pode chegar a 88% dos contaminados. Até o momento, não existem vacinas ou tratamentos antivirais disponíveis para combater o vírus Marburg, o que torna a situação ainda mais preocupante.
A transmissão do vírus ocorre através do contato com fluidos corporais de indivíduos infectados, o que exige medidas rigorosas de controle e prevenção. O vírus Marburg foi identificado pela primeira vez em 1967 na Alemanha e é classificado como uma zoonose, uma vez que sua origem está relacionada a animais.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), dá início a mais uma estratégia para reduzir o tempo de espera por cirurgias eletivas no Espírito Santo, com atendimentos também aos finais de semana. As cirurgias eletivas tiveram início no sábado (15), com 504 procedimentos agendados em 18 unidades hospitalares.
A iniciativa faz parte do Programa Estadual de Redução de Filas e do Tempo de Espera para Cirurgias Eletivas (OperaES) e foi lançada pelo secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, em um dos hospitais que faz parte da programação, o Hospital Estadual de Vila Velha “Dr. Nilton de Barros”, em São Torquato, Vila Velha.
“Temos avançado muito com o nosso Programa Estadual de Redução de Filas para Cirurgias Eletivas, o OperaES, visando aumentar a produção, melhorar o acesso dos pacientes e cumprir as metas estabelecidas para este ano, que é realizar mais de 135 mil cirurgias, ultrapassando o desempenho de 2024”, falou o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.
As 504 cirurgias estão agendadas para acontecer em todas as regiões de saúde do Estado, contemplando 18 hospitais, sendo eles da rede estadual e rede contratualizada. As cirurgias são nas especialidades de oftalmologia, ginecologia, oncologia, otorrinolaringologia, urologia, cirurgia geral adulto e pediátrica.
Segundo a subsecretaria de Estado de Atenção à Saúde, Carolina Sanches, a realização das cirurgias eletivas aos sábados tem como objetivo também otimizar a utilização dos centros cirúrgicos hospitalares. “Especialmente nos finais de semana, períodos historicamente menos demandados, aumentando, assim, a disponibilidade de procedimentos”, explicou Sanches.
Além de cirurgias eletivas aos sábados, a Secretaria da Saúde (Sesa) está elaborando uma programação para ofertar esse tipo de procedimentos em horários estendidos durante a semana. “São ações que reforçam o compromisso do Governo do Estado e da Sesa com a melhoria contínua dos serviços prestados à população capixaba, garantindo o acesso ampliado e o atendimento mais ágil”, destacou o secretário.
Dona Luzinete de Oliveira Amorim, 68 anos, estava ansiosa para operar a mão direita para se livrar das dores do túnel do carpo. “A cirurgia saiu em dois meses, foi rápido. Já fiz vários procedimentos no SUS. Sem ele, nao sei o que seria de nós. O atendimento aqui tem sido muito bom, esse agendamento no sábado facilita minha filha para estar comigo me acompanhando também”, falou.
Hospitais participantes
A partir deste sábado (15), a Secretaria da Saúde (Sesa) dá início à realização de cirurgias eletivas aos finais de semana. Para este primeiro dia de atividades, 504 procedimentos são realizados, em 18 unidades hospitalares alcançando todas as regiões de saúde do Espírito Santo, sendo 10 da rede própria e 08 da rede contratualizada. São eles:
Na Região Sul de Saúde: Unidade Integrada Jerônimo Monteiro (UIJM); Hospital Estadual de São José do Calçado (HSJC); e Hospital Evangélico de Cachoeiro do Itapemirim (HECI).
Na Região Central-Norte de Saúde: Hospital Estadual Dr. Alceu Melgaço Filho (HDAMF), em Barra de São Francisco; Hospital Estadual João dos Santos Neves (HJSN), em Baixo Guandu; Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares (HRAS), São Mateus; Hospital Rio Doce (HRD), em Linhares; e Hospital e Maternidade São José, em Colatina.
Na Região Metropolitana de Saúde: Hospital Estadual de Vila Velha “Dr. Nilton de Barros” (HESVV), Hospital Evangélico de Vila Velha e Hospital Antônio Bezerra de Faria (HABF), em Vila Velha; Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), Hospital Estadual Central (HEC), Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (SCMV), Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM), localizados em Vitória; Maternidade Municipal de Cariacica (MMC), em Cariacica; Hospital São Camilo, em Aracruz; e Hospital Dr. Dório Silva (HDDS), na Serra.
Kits de resinas comercializados online prometem um novo sorriso, mas Conselhos de Odontologia alertam para riscos à saúde bucal
Kits de resinas termoplásticas e “bolinhas fixadoras”, vendidos em plataformas de e-commerce, têm viralizado nas redes sociais. Em vídeos divulgados no “TikTok”, eles passaram a ser conhecidos como “dentes da Shopee”.
Em alguns vídeos, os criadores de conteúdo divulgam os produtos, vendidos entre R$ 20 e R$ 40. Nas publicações, é mostrado até mesmo o passo a passo de como “renovar o sorriso”.
O que são os “dentes da Shopee”?
Nos anúncios dos chamados “dentes da Shopee” são descritos como uma massa ou dentes termoplásticos, ou seja, que se molda conforme a temperatura.
Além disso, os itens têm a intenção de ser uma “solução temporária” para uma futura correção nos dentes.
Entre os principais produtos comercializados estão as “resinas” ou “massas de restauração”, os kits de lente dental, também anunciados como “snap on”, os clareadores dentais e as “joias de dentes”.
Além disso, também há anúncios de toxina botulínica, utilizada para tratamentos de harmonização orofacial, a preços muito abaixo do praticado no mercado.
“Itens colocam em risco a saúde da população”, diz CRO-ES
Procurado pela reportagem, o presidente do Conselho Regional de Odontologia do Espírito Santo (CRO-ES), Luzimar Gomes de Oliveira Pinheiro, explicou que os produtos colocam a saúde da população.
Isso ocorre, pois, com o intuito de resolver um problema provisório, podem gerar questões mais graves.
“Com o intuito de resolver um problema estético provisório, podem causar cáries, inflamações gengivais, disfunção na mordida, alergias e toxicidades em decorrência do material não aprovado pelos órgãos de saúde”, descreve o presidente do CRO-ES,
Órgãos vão combater a comercialização dos produtos
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) informou que foi tomada a decisão de combater a comercialização desse tipo de mercadoria e enviar os ofícios às empresas de comércio eletrônico com a recomendação para os anúncios serem retirados do ar.
“Vamos recomendar às grandes empresas de e-commerce que tirem os anúncios do ar e que sejam parceiras do Conselho Federal de Odontologia na proteção da saúde dos brasileiros”, disse Claudio Miyake, presidente do CFO.