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Segurança

TJES explica liberdade de motorista após morte em Cariacica

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O Tribunal de Justiça esclareceu que a liberdade de motorista após morte em Cariacica não foi causada por falta de servidores. Entenda os detalhes da audiência de custódia

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), se pronunciou afirmando que a decisão de liberdade provisória de Thearlly Feu Rosa Santana, de  20 anos, não decorreu da ausência de servidores na audiência de custódia. 

O condutor foi preso na quarta-feira (11), após realizar uma manobra conhecida popularmente como grau, resultando na morte da esposa, Beatriz Santos da Silva, de 18 anos, no bairro Santana, em Cariacica.

No documento da audiência de custódia, nesta quinta-feira (12), após destacar que o motorista não possuía Carteira Nacional de Habilitação e conduzia um veículo em “péssimo estado”, o juiz citou que o “reduzidíssimo número de funcionários atuando no cartório”, o que teria impedido a pesquisa sobre os registros criminais. 

Após ser questionado sobre a ausência de funcionários, pela reportagem da TV Vitória, o TJES declarou, nesta sexta-feira (13), que “a circunstância foi mencionada apenas em caráter informativo, para justificar a ausência de pesquisa completa sobre antecedentes criminais, e não teve qualquer influência sobre a decisão do magistrado”. 

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Também foi descrito pelo juiz que, a liberação foi incentivada pelo fato de que o o crime atribuído é de natureza culposa- quando não há intenção de matar. “Para o qual não cabe prisão preventiva, conforme o artigo 313 do Código de Processo Penal (CPP)”. 

“Por esse motivo, não houve representação pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, nem por parte do delegado, nem pelo promotor de justiça, que opinou pela soltura mediante o pagamento de fiança”, ressalta o TJES. 

Durante a resposta, o juiz também citou que, nesta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) editou a Súmula 676, estabelecendo que o juiz não pode converter a prisão em flagrante em prisão preventiva sem requerimento expresso. 

“..e que no caso analisado, sequer havia fundamento para tal pedido, já que a legislação brasileira não prevê prisão preventiva para crimes culposos. Assim, a ausência de requerimento de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva foi juridicamente correta”, afirmou. 

Redução de servidores é temporária

O Tribunal de Justiça também descreve que “houve a redução temporária de servidores na audiência de custódia, contudo, medidas estão sendo tomadas para normalizar a situação”.

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Segurança

“Pó virado”: traficantes preparavam droga em piscina até com fermento

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Dentre os integrantes da quadrilha que produzia o pó virado estava um policial militar, segundo investigação da Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu 14 pessoas durante a Operação Killers, desmantelando uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas em Cariacica e Vila Velha, incluindo a prisão de um policial militar que repassava informações estratégicas para traficantes. Os envolvidos eram conhecidos pela produção e venda do chamado “pó virado”.

O pó virado é um processo de mistura de crack com outros produtos como ácido bórico, fermento e até pó de mármore, para simular cocaína e vender aos usuários por um preço mais baixo.

A droga estava em uma piscina e foram encontrados pelo menos 100 quilos do entorpecente. De acordo com a polícia, a quadrilha movimentava de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões com a comercialização.

De acordo com o delegado Alan Moreno, coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), informou que o pó virado dobra o risco para os usuários da droga e aumenta o lucro para a organização criminosa.

“Descobrimos que a organização estava utilizando o ‘pó virado’, um processo de adulteração de crack com outras substâncias como ácido bórico e pó Royal. Isso não só coloca em risco a saúde dos usuários, mas também aumenta o lucro da organização, já que a droga é vendida a um preço mais baixo, mas com um alto potencial de danos para quem consome”, disse.

Operação Killers

A operação, que começou em novembro de 2023, identificou diversas lideranças do tráfico local, como o chefe Adair Fernandes da Silva (vulgo Dadá), preso em maio do mesmo ano, e o traficante José Cândido Javarini Filho, conhecido como Dé, que também foi preso.

Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo e uma grande quantidade de drogas, além de armamentos pesados, demonstrando a complexidade e o poder da organização criminosa.

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A investigação aconteceu com o com apoio do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) e da Subsecretaria de Inteligência (SEI) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e com denúncias do Ministério Público.

O delegado detalhou o início da operação e as dificuldades enfrentadas pelas equipes de investigação:

“A operação começou com a prisão de Gideão da Silva Jorge, em março de 2023, e foi a partir dessa prisão que vimos a necessidade de uma ação contundente, pois o tráfico naquela região era imenso. A área estava basicamente sob o controle de criminosos ligados ao PCC, mas também havia facções menores e traficantes independentes. Com a prisão de Gideão, avançamos com a investigação e fizemos nossa primeira operação, a Cripta, em setembro de 2023”, disse o delegado Alan Moreno.

Liderança e estrutura

A organização criminosa em questão é liderada por Adair Fernandes da Silva, vulgo “Dadá”, de 42 anos, figura central do tráfico de drogas e armas no bairro Flexal II, em Cariacica.

“Dadá” carrega um extenso histórico criminal, envolvendo-se diretamente no controle de diversos pontos de venda de entorpecentes e no comércio de armas. Sob sua liderança, a organização se mantém estruturada, com uma hierarquia bem definida, capaz de manter suas operações mesmo diante das constantes investigações.

A estrutura inclui figuras de confiança, como o gerente Gideon da Silva Jorge, conhecido como “CAVEIRA”, responsável pela coordenação das operações de tráfico de cocaína e crack.

Wemerson Rosa de Oliveira, vulgo “BOI”, gerencia a venda de maconha, enquanto Vandeilson da Fonseca Antunes, “Vandinho”, cuida do tráfico de skank (haxixe), sendo ambos elementos essenciais para o abastecimento de entorpecentes na região.

Outros membros da organização, como Carlos Eduardo Silva Correa, “Lambão”, e Matheus Martins Barbosa, “Gaguinho”, Ruan Lourenço Correa, vulgo “Marola”, Marcos de Jesus Bispo, vulgo “Chapinha”, auxiliam na preparação e ocultação de veículos e propriedades adquiridas com os lucros do tráfico.

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As outras prisões foram de Sidney dos Santos Nunes, vulgo “Nego Sidney”, que tinha participação no tráfico de drogas. Ederson Braga Paradela, na sua residência , foram encontrados armas, munições e entorpecentes.

E também de Carlos Victor Hugo de Oliveira, vulgo “Coroa Mel”, segundo a Polícia, ele revendia aparelhos telefônicos para o grupo de Dadá, além de habilitar linhas em seu nome, para facilitar a comunicação do grupo.

Policial Militar envolvido em espionagem criminosa

Um dos aspectos mais chocantes da operação foi a descoberta de que um policial militar estava envolvido com o tráfico de drogas, fornecendo informações operacionais sobre a Polícia Militar para os criminosos.

O PM, identificado como Maurício Simonassi de Andrade, mantinha contato direto com os líderes do tráfico, repassando escalas de serviço e fotos dos policiais, o que colocava em risco a segurança de seus colegas.

O Policial fornecia informações sigilosas, incluindo rotas de patrulhamento e horários, e
alertas sobre operações policiais, permitindo que a organização evitasse a apreensão de drogas e dinheiro.
Ele recebia pagamentos regulares de “Dadá”, estimados em R$ 5 mil mensais, em troca do fornecimento das informações confidenciais. Também há indícios de que recebeu um veículo usado como pagamento, um Fiat Palio, registrado sob nome falso.

O delegado também comentou sobre a ação envolvendo o policial militar:

“Infelizmente, um policial militar, Maurício, foi identificado como colaborador do tráfico. Ele passava informações sigilosas para a organização criminosa, como escalas operacionais e fotos de policiais, colocando a vida de seus colegas em risco. Esse é um fato lamentável, mas que foi fundamental para nosso avanço na operação”, disse o Delegado Alan Moreno.

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Segurança

Foragido manda cachorro morder PM para escapar de prisão

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Rapaz ainda tentou dar um nome falso para não ser reconhecido, mas acabou preso. Com ele, os policiais encontraram uma drogas e dinheiro

Um homem de 37 anos foi preso em uma operação policial no bairro Divino Espírito Santo, em Vila Velha, após uma tentativa frustrada de fuga. Para tentar se livrar dos policiais, o rapaz deu ordens para o cachorro morder os militares.

Pablo Velten de Jesus, segundo a polícia, estava foragido do sistema prisional desde setembro e possuía uma extensa ficha criminal.

Durante uma ação no bairro, policiais militares viram o suspeito no “Beco da Lica”. De acordo com a polícia, o rapaz estava com uma sacola suspeita e, ao notar a presença dos policiais, tentou escapar e jogou a sacola para um lado. Nela, foram encontradas mais de 200 pedras de crack e R$ 200.

O rapaz acabou detido pouco depois. No momento da prisão, Pablo reagiu com violência e desferiu socos e chutes contra um dos policiais. 

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Ele ainda ordenou que o cachorro atacasse os agentes. O animal mordeu um policial na perna, que precisou de atendimento médico. Pablo ainda tentou dar um nome falso aos policiais. O homem foi levado para a delegacia e acabou preso.

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