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Internacional

Tóquio 2020 contabiliza 58 casos de covid-19 na semana da abertura

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Preocupação com número de infectados contrasta com clima olímpico das delegações antes da cerimônia no Estádio Olímpico

A semana que marca o início de Tóquio 2020 começou com uma contradição. Enquanto as delegações passam a viver o clima dos Jogos na capital japonesa, os casos registrados de covid-19 entre a comunidade olímpica aumentam a preocupação com relação à segurança do evento. Até esta segunda-feira (19), 58 pessoas foram diagnosticadas com o coronavírus.

Segundo dados disponibilizados pelo comitê organizador, os números registrados a partir de 1º de julho contam: quatro atletas, 17 membros dos comitês internacionais e nacionais, cinco jornalistas, três funcionários de Tóquio 2020 e 29 terceirizados.

Governo de Tóquio registrou 1.008 casos de covid-19 em 24 horas

Médico-chefe de um comitê independente para a covid-19, Brian McCloskey explicou que camadas de proteção foram tomadas para a realização da Olimpíada. Dos testes realizados diariamente nos atletas até a vacinação, não-obrigatória para a entrada no Japão ou participação nas competições, tudo é considerado para conter a disseminação.

“Monitoramos as pessoas desde a chegada no aeroporto e, cada camada do protocolo, é uma proteção a mais, é uma redução do risco de que o coronavírus seja espalhado. E os números de casos positivos até agora são muito baixos”, disse McCloskey.

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Entre os atletas, os casos de maior preocupação estão relacionados aos dois jogadores da seleção sul-africana masculina de futebol. O comitê do país confirmou que os casos são referentes aos jogadores Thabiso Monyane e Kamohelo Mahlatsi, além do analista de vídeo Mario Masha.

Diante dos quadros, a partida de estreia da África do Sul no futebol, justamente contra o Japão, inclusive, ganha contornos ainda mais tensos. A mídia local entende que não se tem a real noção do quanto os membros infectados tiveram contato próximo com o restante da delegação.

O COI (Comitê Olímpico Internacional) também garante que a testagem diária dos atletas é um mecanismo eficiente para evitar a propagação do vírus. O comitê afirma que 8 mil testes para a detecção da covid-19 já foram realizados.

No último levantamento do Governo de Tóquio, 1.008 casos foram registrados em 24 horas. Ao todo, são 189.184 casos, sendo 2.252 mortes.

A Cerimônia de Abertura acontece nesta sexta-feira, no Estádio Olímpico da capital japonesa. Como anunciado no começo do mês, a festa acontecerá sem a presença do público. O COI ainda tenta a liberação de pelo menos ml convidados de honra.

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Internacional

Maduro anuncia entrega de 180 mil hectares de terras na Venezuela ao MST

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A chamada “Pátria Grande do Sul” tem como objetivo, segundo Maduro, incentivar a produção agroecológica

O ditador venezuelano Nicolás Maduro anunciou nesta quinta-feira, 13, a entrega de cerca de 180 mil hectares de terras agrícolas expropriadas naquele país ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil.

A chamada “Pátria Grande do Sul” tem como objetivo, segundo Maduro, incentivar a produção agroecológica.

Em anúncio na TV estatal venezuelana, Maduro afirmou que este será um “projeto cooperativo, humano dirigido por movimentos camponeses alternativos do mundo inteiro” em parceria com indígenas e militares.

“São terras muito boas para produção, é um dos resgates mais importantes que houve em seu momento e já avançamos tremendamente para ativar todos os planos produtivos”, afirmou o venezuelano.

As terras foram expropriadas durante o governo de Hugo Chávez, seu antecessor, na década de 2000. Segundo o venezuelano, elas serão utilizadas para cultivar alimentos destinados ao consumo na Venezuela, no norte do Brasil e para exportação

Entre as produções previstas estão banana, mandioca, frutas, cana-de-açúcar, abóbora, carnes de frango, porco e bovina, leite e derivados, feijão, hortaliças e milho. O projeto contempla ainda a criação de um banco de sementes tradicionais, um viveiro para reflorestamento do sul venezuelano e uma escola de formação.

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O anúncio contou com a participação de integrante do MST, e da representante Roxana Fernández, que classificou a iniciativa como um “ato de reafirmação do compromisso do MST com o povo venezuelano”.

“O MST reafirma o princípio da solidariedade e o internacionalismo quando fazemos esses atos nesse território, concretizando e mostrando o resultado da luta para tornar a terra um território nosso e construir um projeto diferente de sociedade: o socialismo”, afirmou.

O MST promoveu mais de 70 ações de protestos e invasões entre os dias 11 e 14 de março, em todas as regiões do Brasil. As manifestações reivindicam mais apoio à reforma agrária e criticam o agronegócio. O governo Lula remanejou cerca de R$ 40 bilhões no Orçamento de 2025 para aliados e programas petistas, incluindo o MST, contemplado em duas frentes, que somam R$ 750 milhões.

Antes do anúncio de Maduro, o governo Lula também prometeu apoiar o regime do ditador na área agropecuária. No último dia 12, foi publicado no Diário Oficial da União um acordo entre Brasil e Venezuela para apoiar produção de alimentos com suporte da Embrapa, Ministério da Agricultura e Ministério do Desenvolvimento Agrário. O texto diz que a cooperação não prevê ajuda financeira de um país para outros.

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Esse acordo entre a gestão petista e o governo Maduro é fruto de uma reaproximação após a posse para o terceiro mandato do ditador venezuelano. Como revelou o Estadão, o governo Lula retomou, com discrição, alguns contatos com o regime, enquanto observa com atenção as medidas adotadas pela Casa Branca de Donald Trump em relação à Venezuela.

Acordo entre Maduro e MST já foi alvo de questionamento no Brasil

Em 2014, um outro acordo entre o governo da Venezuela e o MST foi alvo de questionamento por integrantes da oposição. O então deputado Ronaldo Caiado, hoje governador de Goiás e pré-candidato à presidência da República, apresentou requerimento na Câmara para convocar os ministros do governo Dilma Rousseff para dar esclarecimentos sobre o caso.

Na época, Caiado disse ao Estadão que o acordo era uma ameaça aos interesses internos do Brasil. “Pelo que vi, tem mais a ver com formação de milícias. Estão chamando um professor para dar aula de revolução em nosso País”, afirmou.

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Internacional

Julgamento sobre o desastre de Mariana termina em Londres

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Processo foi movido pelos atingidos do rompimento da barragem no Tribunal Superior londrino, que agora reivindicam mais de R$ 260 bilhões em indenizações da mineradora anglo-australiana BHP Billiton

O julgamento sobre o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, chegou ao fim no Tribunal Superior de Londres, marcando um importante capítulo na busca por justiça após um dos maiores desastres ambientais do Brasil. A decisão final, aguardada com grande expectativa, deve ser anunciada nos próximos meses. Este processo foi movido por comunidades, municípios, igrejas e empresas que foram diretamente afetadas pelo desastre, e que agora reivindicam mais de 260 bilhões de reais em indenizações da mineradora australiana BHP Billiton. Esta empresa é uma das controladoras da Samarco, responsável pela barragem que colapsou.

As audiências, que tiveram início em outubro do ano passado, foram concluídas recentemente com as alegações finais das partes envolvidas. Mesmo que a sentença seja proferida até a metade de 2025, há uma possibilidade significativa de que a apresentação de recursos por alguma das partes possa resultar em um novo processo em 2026. O rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 5 de novembro de 2015, liberou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, causando um impacto ambiental e social devastador.

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O desastre não apenas destruiu povoados inteiros e modos de sobrevivência, mas também resultou na contaminação do rio Doce e seus afluentes. A lama tóxica chegou até o Oceano Atlântico através do Espírito Santo, ampliando ainda mais o alcance da tragédia. Além dos danos ambientais, o incidente resultou na morte de 19 pessoas, deixando um legado de dor e perda para as famílias afetadas. A expectativa agora se volta para a decisão do tribunal londrino, que poderá definir o futuro das indenizações e a responsabilidade das empresas envolvidas.

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