conecte-se conosco


Brasil

‘Vamos viver umas 20 semanas duras’, diz ministro da Saúde

Publicado

BRASÍLIA – O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta quarta-feira, 11, que o Brasil deve viver semanas “duras” após o começo da transmissão comunitária do novo coronavírus. “Vamos passar por isso. Vai ser duro. Vão ser quatro meses que vamos viver, mais ou menos umas 20 semanas duras”, afirmou Mandetta.

Segundo o ministro, é difícil apontar o momento em que o limite de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) será superado pelo avanço da doença, pois o País é “assimétrico”. “O Rio de Janeiro aguenta muito pouco. São Paulo aguenta um pouco mais. O Paraná é nosso melhor sistema, a melhor rede de distribuição. O Acre não tem nenhum caso. O Brasil é um continente”, disse ele, ao lembrar que, nessa fase da doença, já não é possível identificar quem transmitiu o vírus para quem.

Mandetta fez um périplo pelo Congresso nas últimas semanas para garantir parte dos R$ 15 bilhões em emendas que estão nas mãos do relator do orçamento, Domingos Neto (PSD-CE), ao enfrentamento do novo coronavírus. Ele pediu que ao menos R$ 5 bilhões sejam usados por sua pasta para aplicar no combate à doença, retirando dos parlamentares o poder de definir como alocar a verba.

À espera das “duras semanas”, Mandetta reuniu a sua equipe no último fim de semana. Pediu um mapeamento de hospitais, enfermarias e outras unidades de saúde em que podem ser instalados leitos para receber possíveis pacientes da nova doença. O governo avalia, inclusive, montar hospitais de campanha.

Leia mais:  Falecimento de criança de 6 anos acende alerta sobre uso do pula-pula; conheça os riscos da brincadeira

O ministro também quer repetir a compra de equipamentos já feita pelo governo. A ideia é trazer mais álcool em gel, soros, luvas e cerca de 20 milhões de máscaras. Como os produtos têm validade longa, se a demanda não for tão alta, ele segue estocado para outras ocasiões. Como a demanda mundial cresceu, porém, o preço das máscaras importadas pelo governo subiu de R$ 0,11 para R$ 2, disse Mandetta.

Em outra frente, Mandetta e sua equipe avaliam formas de otimizar a triagem para a doença. Há uma discussão com especialistas sobre criar orientações específicas para telemedicina e atendimento domiciliar, por exemplo. A ideia é entregar os estudos até o fim da próxima semana.

O governo federal também cobra que Estados revisem os seus planos de contingência. Mandetta reclamou, durante audiência na Câmara, que alguns secretários apenas “copiaram e colaram” planos usados no combate à pandemia de Influenza A (H1N1), registrada há mais de uma década. O ministro afirmou que é hora, por exemplo, de governos estaduais avaliarem mexer no calendário de cirurgias eletivas para que leitos fiquem livres.

Em audiência com parlamentares, Mandetta afirmou que a doença preocupa, mas avança dentro do esperado. Disse que entre a quinta e a sétima semana, após o primeiro caso, costuma haver um “surto”. “O vírus é extremamente duro. Ele derruba o sistema de saúde. Se não tem uma letalidade individual elevada, tem uma letalidade ao sistema de saúde”, afirmou o ministro na Câmara.

Leia mais:  7 em cada dez sofrem dificuldade econômica na quarentena

Internações

As internações de casos mais graves são as principais preocupações do governo, pois chegam a durar três semanas. O ministério, no entanto, ainda não recomenda cancelamento de eventos, manifestações — como a pró-governo no dia 15 de março –, restrições a metrôs, cinemas e outros locais de aglomerações.

“Estamos tentando ser técnicos. Para falar para a população ‘cuidado, (siga) medidas de higiene. Se estiver gripado, evite sair, não visite idosos’. Mas não estamos fazendo restrição coletiva. Seria irresponsabilidade”, disse. “Pode ser necessário? Pode acontecer. No momento não tem por que dizer ‘fecha o portão'”.

O ministro pediu um levantamento aos Estados de grandes eventos que devem ser feitos nos próximos meses. Ele afirmou, ainda, que solicitou ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, análise sobre planos de ação em instituições de ensino. Observou, no entanto, que ainda há dúvidas sobre a efetividade do cancelamento de aulas.

“Chega uma hora que isso se impõe (suspender aulas). Quem fica com as crianças? Vai deixar com avós? Se for num formato desses, as crianças vão contaminar exatamente aquele grupo que mais precisa de hospital (os idosos). A ideia é dimensionar isso bem para não fazer um movimento que pareça, no primeiro momento, adequado, e no momento seguinte, inadequado”, argumentou Mandetta.

Fonte: ESTADÃO

publicidade

Brasil

Governo autoriza concurso público para a Polícia Federal com 192 vagas; confira cargos

Publicado

O governo federal autorizou a realização de um concurso público para a Polícia Federal (PF) com 192 vagas, sendo a maioria para o cargo de agente administrativo. Veja a lista de cargos e vagas abaixo.

A autorização, assinada pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, foi publicada na edição desta sexta-feira (6) do Diário Oficial da União. 

De acordo com a portaria, o prazo para a publicação do edital de abertura do concurso será de até seis meses, contados a partir da data da autorização.

Ainda segundo a publicação, o prazo mínimo entre o edital e a primeira prova do certame é de dois meses.

Já o provimento dos cargos, após homologação do resultado final do concurso, fica condicionado à adequação orçamentária e financeira da Polícia Federal.

A PF também é responsável por outras atribuições, como editar os atos administrativos necessários à realização do concurso público, observar as leis e os regulamentos que tratem sobre políticas de reserva de vagas em concursos públicos.

Confira a lista de cargos e vagas:

  • Agente administrativo: 100 vagas
  • Assistente social: 13 vagas
  • Contador: 9 vagas
  • Enfermeiro: 3 vagas
  • Médico: 35 vagas
  • Psicólogo: 6 vagas
  • Farmacêutico: 2 vagas
  • Nutricionista: 1 vaga
  • Estatístico: 4 vagas
  • Administrador: 6 vagas
  • Técnico em comunicação social: 3 vagas
  • Técnico em assuntos educacionais: 10 vagas

Continue lendo

Brasil

Café fica mais caro e preço do pão deve subir no início de 2025

Publicado

A grande dupla do café da manhã do brasileiro, o café com pão, deve ficar mais cara neste início de 2025.

O café segue em uma escalada de preços há vários meses, enquanto o pão, que apesar das flutuações do dólar não teve alta de preços recente, deve ficar mais caro nos primeiros meses do ano devido a repasses de elevação de custos como energia elétrica e reajustes salariais dos trabalhadores da panificação.

De acordo com a cesta básica de um estado no Nordeste apurada e divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço do café subiu 5,3% em outubro deste ano – a segunda maior elevação mensal da cesta entre os itens, perdendo apenas para a carne, que subiu 9,9%.

Nos outros meses, ainda segundo o Dieese, o produto também pesou nos gastos com alimentação. Em um semestre, o preço do café subiu 30,5%. Na série de 12 meses, o preço subiu quase 50%.

Leia mais:  Inscrições de projetos para pesquisa de biodiversidade na bacia do rio Doce vão até o dia 13 de maio

Continue lendo

São Mateus

Política e Governo

Segurança

Camisa 10

Mais Lidas da Semana